O meu Natal foi noutro tempo.
Já não acredito no Pai Natal.
Nunca cheguei sequer a’creditar.
Pai Natal nasceu p’ra mim noutro tempo,
Passara meu tempo d’acreditar.
No tempo em que ainda acreditava
Acreditei. No Menino Jesus!
Na sua crença, na chaminé pus
Sapatinho. Supus… Melhor, pensava
Manhãzinha cedo, ao levantar
O encontraria ainda a tempo
E, com ousadia, lhe perguntar:
- Jesus, porque não é sempre Natal?!
Aldeia da Mata – 19/11/22
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(Este é o postal nº 1095, reportado ao postal nº 100 de “Apeadeiro da Mata”.
O poema foi estruturado a partir do que está publicado em Apeadeiro.
Ambos ilustrados com os enfeites da Casa-Museu de Aldeia da Mata.
(Há um novo enfeite: Coroa de Natal. E um outro elemento vegetal: ramo com fruto de um arbusto autóctone. Que arbusto/árvore?!)
Muito Obrigado, Caro/a Leitor/a, por nos acompanhar nestas narrativas.)