«O Sino da Nossa Aldeia»
«O SINO da NOSSA ALDEIA»
(rancho)
«O sino da nossa aldeia
Sabe sentir como nós
Ri ou chora, canta ou reza,
O clamor da sua voz.
(Coro)
Vê o que tu fazes
Escuta o que eu digo
Espreita os meus passos (bis)
Se passo contigo
E se eu rio faz dlim dlim
Mas se eu choro faz dlão, dlão
O sino da nossa aldeia
Parece ter coração.
Mora no alto da torre
Toda cheia de luar!
Como firme sentinela
Que esta aldeia quer guardar.
Quando nós nos batizámos
Fez assim: dlim, dlim, dlim, dlim
Mas quando um dia casarmos
Fará: dlão, dlão, dlão, dlão, dlim.
No adro da nossa igreja
Brincámos em pequeninos
E ali, sem q’rer aprendemos
A gostar da voz dos sinos.
Quando estou longe d’Aldeia
Do sino, tenho saudades
Mas quando chego, me alegro
Com o toque das trindades!»
(Aldeia da Mata, Verão de 1960.)
In.
De Altemira Fiz Um Ramo – 2018 – (pag. 94) – “Cantigas de Dona Maria Águeda”.
A publicação desta “Cantiga” é uma Homenagem a esta Srª Professora de Aldeia da Mata, que exerceu o Magistério Primário em Vila Viçosa, terra natal de Florbela Espanca.
É também uma Homenagem à “Nossa Aldeia”!
Ilustrada com foto original, do Sino e da Igreja da “Nossa Aldeia”! - Memórias de “Outros Tempos”.
Quem detinha, na sua posse, estas “Cantigas” e, indiretamente, no-las fez chegar a nós, era D. Francisca Fonseca. O nosso Muito Obrigado!