POESIA!
Hoje dia 22 de Março, domingo, vou lembrar:
- A Sessão de Poesia, "FESTA da POESIA", realizada na passada 6ª feira, dia 20/03, na Biblioteca Municipal de Lisboa, na Rua do Combro, promovida pelo Círculo Nacional D’Arte e Poesia – C.N.A.P.
Aí vários poetas e poetisas disseram/leram/declamaram/recitaram os seus poemas ou de outros autores, cada um ao seu modo e estilo, na sua “Arte de Dizer”, mas em que todos engrandeceram a arte nobre que é a Poesia. Sócios do Círculo, a maioria, ouvimos: Adelaide Freitas, Cacilda Duval, Fernanda Carvalho, Francisco Carita Mata, Francisco Matos Serra, João Francisco da Silva (Poeta da Arruda), Josefina Almeida, Lithales Soares, Manuel Costa, Manuel Faria Bento, Maria Manuela Mendonça, Maria Olívia Diniz Sampaio e Rosa Redondo.
Parabéns a todos, à organização do evento e obrigado à Biblioteca e seus colaboradores.
Biblioteca Municipal de Camões
E divulgo uma poesia publicada na IX Antologia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia – CNAP – 2006.
Poesia obrigada a mote
Belas Brandas, Brisas Breves
Soprando Soltas, Serenas…
Passam Suaves e Leves,
Levam Mágoas, Lavam Penas.
Ardendo, arde leve aragem
Quente na quietude do quintal
Ramo rumoreja na ramagem
Piando parte, perdido, o pardal.
Temente que fora o suão
Dormente, o guardião desperta.
Somente aragem, fora em vão
Que acordara de sonos leves
Ouvindo o vento que liberta
Belas Brandas, Brisas Breves.
Escorrendo doces e amenas
Brisas bordam belos beijos.
Massajam mouras morenas
Delicados dedos, desejos
Acenando afáveis, almejam
Destinos de encantamento.
Encantos quebrados mourejam
À chuva e sol, em tormento.
Voam brisas tão terrenas
Soprando Soltas, Serenas…
Soltam sonhos, devaneios
Passam desejos, anseios
Revelam-se sentimentos
Criam-se laços, enleios
Ideias e pensamentos
Infinitos e momentos
Tacto, sabor e fragrância
Na memória tudo escreves.
Sonhos da tua infância
Passam suaves e leves.
As penas do teu penar
Moira, mulher de mourama
Ninguém as queira igualar
Ardente fogo, acesa chama.
Que a luz do teu olhar
Tem condão de perdoar
Por penas leves de aves
Mais leve, a leveza apenas
Que ventos calmos, suaves
Levam Mágoas, Lavam Penas.
O mote é do Poeta Francisco Matos Serra.
Escrito em 2003.
Publicado em:
IX Antologia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia – CNAP – 2006