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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“Poesia à Solta”: Foi de arrasar!

Tertúlia da SCALA – “Poesia à Solta” - 29/09/18 – Sábado

Exposição de Pintura – João Pedro

 

Pensava que eu me esquecia da Sessão de Poesia na SCALA?! Nem mais nem por menos! Foi uma sessão de arrasar!

 

Pintura João Pedro in. facebook SCALA Almada

Além do mais e por demais, porque nesse mesmo dia foi inaugurada uma Exposição de um jovem Pintor, João Pedro, que é de fascinar. Pinturas constituindo todo um conjunto harmonioso, enquadradas esteticamente num estilo muito pessoal. É identitária a mostra, dado que nos direciona para uma mesma origem autoral. Mal se entra na sala, sempre muito bem organizada estruturalmente, percecionamos desde logo e à primeira vista, o fascínio e a qualidade do que nos é mostrado. E reconhecemos uma marca original, a mesma impressão digital! Enquadraria a temática numa estética abstrata. (Estarei correto?)

(Mas, simultaneamente, perceciono, percebo, um lado muito orgânico nos traços picturais. De algum modo, imagino estruturas microscópicas de seres vivos, plantas principalmente, ampliadas e pintadas. Imaginação minha! Que o pintor me disse não ser esse o modelo.)

Estão de parabéns o Autor e a SCALA. Esta Exposição não desmerece de figurar, futuramente, em qualquer Galeria de Arte, Museu, ou Sala a esse fim destinada. Só na Cidade de Almada há vários espaços onde este conjunto de Obras, estilisticamente personalizadas, devem ter honras de aparecer! Sala Pablo Neruda, Oficina de Cultura, Galeria, Casa da Cerca, eu sei lá!

Siga em frente, João!

(São da Exposição, as duas fotos de pinturas apresentadas no post: In. Facebook da SCALA, amabilidade de DAPL, que mas recolheu! Obrigado a todos.)

 

Pintura de João Pedro. In. facebook SCALA. Almada. 2018.jpg

 

Houve algum tempo para quem quisesse visualizar e apreciar os quadros expostos, dialogar, enquanto Gabriel, o Sanches, nos envolvia com a musicalidade do seu órgão. Esteve razoável público, pena não terem ficado todos para a Tertúlia. Ficaram ainda bastantes pessoas, maioritariamente familiares e amigos do pintor. (Éramos vinte, na totalidade, número que parece ser agora o habitual nas tertúlias!) E abrangendo várias gerações, pessoas bastante mais novas que as que normalmente habitam as várias tertúlias que frequento, em que somos jovens, é certo, mas de espírito. Que de idade, já estamos mais para lá do que para cá. Nesta Tertúlia tivemos o grato prazer de termos a assistir jovens, jovens mesmo, de idade!

Penso que não desmerecemos no trabalho que lhes apresentámos, porque todos, mas todos sem exceção, revelámos o nosso melhor!

Será fundamental que futuramente estes intercâmbios artísticos se entrecruzem. Nas várias atividades, proporcionar uma simultaneidade de eventos: Poesia e Arte de Mãos dadas! Será uma forma de estruturar públicos diversos e revelar a cada um desses públicos diferenciados que as várias Artes não são paralelas, mas convergem todas para um mesmo fim: revelar o que de melhor a Humanidade tem!

E frisar o que escrevo sempre: Pena que a comunicação social não valorize a Poesia! Só perdem!

 

E sobre a Tertúlia?!

Começo por referir quem disse: Presente! Clara Mestre, Maria Gertrudes Novais, Amélia Cortes, Palmira Clara, Gabriel Sanches, Arminda Vieira, além deste cronista.

João Pedro também se aventurou a ler um poema: “… vidas construídas…”. Continue, que estamos sempre a aprender.

A dizermos Poesia, continuadamente, fomos sete. Os Sete Magníficos! (Pretensiosismo meu?!) Poucos a dizer, quer dizer, que mais dissemos! (Houve cinco voltas de carrocel poético, para quem quis.)

 

Clara Mestre, disse, cantou, poesia sua e de outros autores: “Tudo pára, para ouvirmos só poesia…” “Amor combate”, de J. Pessoa; “Cinema”, de sua autoria; “A vida deve sorrir”, de Gertrudes Novais; “Silêncio e tanta gente”, de Mª Guinot.

 

Maria Gertrudes Novais disse, de sua autoria: “Amarras”, “Entre o céu e a natureza”, “Gritos de alma”; “Planície”, “Utopia” e finalizou com um poema sobre o teatro.

 

Amélia Cortes, também de sua autoria: “Maria dos ventos”, “A cabana no penhasco”, “Terra”, “Praga”, “Vento sueste”.

 

Francisco Carita Mata, de sua autoria: “Selfie”, “Amor do Facebook”, “O Futuro morre na praia!”, “Futebol é arrebol”, “Revista cor de rosa”.

 

Palmira Clara: “Cigarro”, de Gabriel Sanches; “Melodia”, de Gertrudes Novais; “Cântico Negro” de José Régio; “… em cada um de nós há um segredo…”, de Gertrudes Novais; “Por caminhos de Santiago”, de sua autoria.

 

Arminda Vieira disse, de Gertrudes Novais: “Novo amanhecer” e “Vento agreste”.

 

Gabriel Sanches também disse e também cantou poesia de sua autoria: “Nós poetas somos loucos…”, “Aos amigos quero oferecer”, “Se…outro planeta houvesse…”, “A minha vida de cão…”, e “Canção da promoção…”, com a música de J. Afonso de “eles comem tudo…” em que finalizou que um dos tais, que por aí andam a comer tudo, foi para o Céu pagar a dívida ao Espírito Santo!

 

Nem mais, nem por menos! Que esta crónica ultrapassou o limite de uma Página A4 e estará enviesada, como de costume. Mas, para a corrigir, conto com a sua colaboração, Caro/a Leitor/a.

Por vezes, apetece-me dar a volta ao texto, mas tento ser o mais objetivo, com o devido respeito que todos os intervenientes me merecem.

E Obrigado pela Vossa atenção e pelas Vossas prestações Artísticas! Que nos enriquecem!

 

 

 

 

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