Portugal - Áustria: Questões Pertinentes? Perguntas Impertinentes?
A angústia de um Jogador que falha um penalty.
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O reverso da medalha
Algumas opiniões ou questões lamechas!
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"As conversas são como as cerejas"!
Já tinha implicitamente escrito no blogue, num post, a propósito da série “Um Crime um Castigo”, que em princípio, não escreveria mais sobre essa personagem mediática, que enche mentes e corações de milhões de adeptos por todo o Mundo, isto é, Ronaldo.
Mas depois de ontem e do jogo Portugal – Áustria, vá lá resistir a deixar alguns comentários, melhor, algumas questões, não sei se pertinentes se impertinentes. Se lógicas, se nonsense!
De certo modo, ontem, Ronaldo viveu a situação de “reverso da medalha” relativamente à final dos Campeões Europeus, modernamente intitulada “Champions”, em que marcou o penalty da vitória do Real de Madrid, frente ao Atlético, também da mesma cidade.
Compartilhou a angústia, a frustração, o desespero, do jogador do Atlético, cujo nome não fixei, “dos fracos não reza a História?”, mas sobre quem tentarei pesquisar. Sobre quem, aliás, também tinha pensado em perorar, na sequência dessa final madrilena, realizada em Milão!
Observa-se no jogador uma enormíssima tensão e frustração, resultantes do falhanço na concretização dos tão almejados golos. Tão enorme é o desejo de concretização e tão acentuada é a permanente focalização da câmara e consequente imagem, na vedeta, projetando para milhões e por milhões, o sofrimento e angústia, os sentimentos estampados no rosto do atleta! Algo permanentemente observável, nomeadamente nestes dois jogos do Euro, também praticamente os que vejo, que, habitualmente só visualizo estes embates emblemáticos.
E aqui deixo algumas questões:
- Senhor Leitor, Senhora Leitora, (atualmente, as Senhoras também jogam futebol), consegue colocar-se no posicionamento de um jogador, diante da baliza adversária para marcar um penalty?
- Que sentimentos, que pensamentos, que lembranças, que imagens de passado ou de futuro, que desejos, que...sei lá, sabemos nós, ou saberá ou terá consciência o próprio marcador, naqueles momentos marcantes, que antecedem e materializam o ato de chutar a bola?!
- Já alguma vez marcou algum penalty?
Das possíveis sensações experimentadas pelos próprios, quando marcam, conseguimos pelo menos imaginá-las, pelas expressões que nos são transmitidas e amplificadas pelos media.
Quando falham, também.
Que jogar, é ganhar e é também perder, cara e coroa da mesma moeda!
Outra questão:
Ronaldo, ontem, falhou, inexplicavelmente (?), a baliza, o espaço entre as traves, onde era suposto, preciso e necessário, introduzir a bola. Todavia e de uma forma certeira, apontou na trave esquerda, na sua perspetiva; direita, do guarda-redes.
Este preâmbulo, poderá parecer um paradoxo, mas lá vem a questão.
- Em termos estatísticos, o que tem maior probabilidade de acontecer, o jogador rematar e a bola dirigir-se ao espaço das redes, podendo ou não entrar nelas, ou o remate ir acertar numa das traves?!
Dir-me-á, ou direi eu... Que é na baliza, entre as traves, nas redes, onde é maior essa probabilidade. Não só porque o espaço é muito maior, apesar de um obstáculo móvel e inteligente e com vontade própria no meio, o guarda-redes, mas também porque é essa a vontade, a intencionalidade, a motivação, a ação, do rematador.
O acertar na trave tem pois uma probabilidade muitíssimo menor de ocorrência. Bastaria fazerem-se estudos estatísticos sobre o assunto e os resultados matemáticos confirmariam esta afirmação.
O mais difícil é a entrada nas redes, dada a existência do guardião! Apesar de ser essa a intenção do rematador.
- E quero eu inferir algo sobre esta questão?!
Deixo isso à sua consideração, cara leitora, caro leitor!
- E será que quero ainda levantar mais alguma questão sobre estas problemáticas do Euro, dos jogos, dos jogadores?!
Pois quero!
Começo por referir, que não percebo nada, nem pretendo nada sobre as designadas “questões de bancada”, ou de “treinadores” da dita cuja.
Só gostaria de tomar a liberdade de expressar uma, não sei se sugestão, se questão, ou sei lá o que seja, ao excelentíssimo senhor selecionador, Fernando Santos, que não vai de certeza absoluta, ler este ou qualquer outro post deste blogue.
- Senhor Selecionador, não acha que os rapazes estão demasiado tensos?! (Demasiado, é favor, que eu acho que eles estão excessivamente tensos.)
- Antes do próximo jogo, Portugal – Hungria, que é imprescindível que ganhem, não acha que eles, pelo menos os mais marcantes ou os que assim quisessem, ou todos sem exceção, precisariam de algum relax?!
(Isto digo eu, que não percebo nada do assunto e espero que me tenha feito entender...)
E ainda sobre o momento marcante da marcação do penalty.
Será que Ronaldo pensou em alguém? No filho? No pai? Na mãe Dolores? Na família? Na célebre ex - ? Em nada? Em ninguém? ...?
Com tanta força e energia dirigida à trave, não sei...
O que acha?!
(...)
E, agora e também uma sugestão (?), à "nossa" querida Tia Dolores e Vovó Ronalda.
(Que também não irá lê-la, de certeza absolutíssima!)
Gosto imenso de a ver nos cartazes publicitários da banana da Madeira. Que também é a minha preferida!
Mas não aprecio especialmente a exposição mediática a que o seu querido netinho está permanentemente sujeito.
Aliás, normalmente detesto esses programas televisivos em que crianças são expostas nos media!
Não sei porquê, lembram-me as crianças e recorda-me o netinho, esse personagem lendário, essa criança cantora, ave canora dos filmes espanhóis dos anos sessenta, do século XX, da Espanha franquista, essa voz cortante e avassaladora de corações, na época, o celebérrimo Joselito.
Alguém ainda se lembra?!
Daquela voz de rouxinol agrilhoado, sofredor, na sua condição de humilde prisioneiro da pobreza e obscurantismo desses tempos? Daquele trinado canoro, que partia qualquer coração empedernido, para mais de crianças?!
Daquelas histórias de vida que perpassavam no enredo dos filmes, de fazer chorar as pedras da calçada?!
Ainda hoje me lembro... E de como, quase sempre, me faziam emocionar, quase chorar... ou chorar mesmo!
E, se faz favor, observe, caríssima Leitora, caríssimo Leitor.
Como começámos e onde terminámos.
Que isto das conversas, são como as cerejas!