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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Quem conta um conto…

…Acrescenta-lhe um ponto!

Efabuladeiras da Associação Almada Mundo – Galeria e Sede da SCALA - Almada

Ontem - 5 de janeiro 2019

 

Foto original DAPL. 2018. jpg

 

Nas várias vertentes das Artes que Associações como a SCALA promovem, no respetivo programa de atividades anuais, ainda não tivera o grato prazer de assistir a esta verdadeira Arte da Efabulação. Em boa hora fui e assisti.

Quatro narradoras: Joaninha Duarte, Alexandra Lima, Rosa Gonçalves, Marília Calado.

Cinco contos, histórias, efabulações, centradas na temática do Natal - Nascimento.

 

Bebendo em fontes impolutas de Arte de Contar.

Um conto, por Joaninha Duarte, centrado no Nascimento, a partir de história de Mª Alberta Meneres e António Torrado. “Histórias em Ponto de Contar”?

Alexandra Lima - O 4º Rei Mago, que também viu a estrela brilhar e a seguiu e através dela foi seguindo a Jesus, sempre à distância, mas sempre perto, nas ações de espalhar e fazer o Bem pelo Caminho. Seguiu a sua Estrela, a sua Luz. E todos nós temos a nossa Luz!

Rosa Gonçalves – O Pouco Juízo e a Pouca Vergonha (?) a Morte – História tradicional da Beira Baixa.

Marília Calado – Conto de Miguel Torga, do homem que passou a Noite de Natal consoando com a Santa Virgem, no adro da ermida, aquecendo-se na fogueira feita com a madeira do andor, e fazendo de São José.

Joaninha Duarte contou e encerrou esta parte da narrativa, a partir do Poema do Menino Jesus, de Alberto Caeiro.

Que dizer?!

Fiquei maravilhado, maravilhadíssimo, com tão extraordinária Arte de contar histórias, de contar e recontar com tanta beleza e maestria narrativas, recriando-as, embelezando-as com tanta Sabedoria, Arte e Engenho.

 

Friso o que venho escrevendo no blogue, desde que comecei.

Neste País, no nosso País, existem verdadeiros e extraordinários talentos, que passam completamente despercebidos!

Porque os nossos meios de comunicação nacionais insistem em promover as mediocridades: são as novelas dos Bê – dê – Cês, as toupeiras eletrónicas, os senhores que não sabem o bê (ah!) bá e que foram para o El Ali – Arábia Feliz; as Rei – Naldices; a promoção de energúmenos a estrelas de programas matinais… Eu sei lá!

 

(Mas adiante, que já quase escrevi uma página. E não quero ultrapassar!)

 

Com tão extraordinárias dádivas e tão maravilhosas Artes de Dizer Poesia, através de narrativas em contos, também chegou a vez das Mestres da SCALA dizerem da sua Maestria, agradecendo e retribuindo!

Clara, a Mestre, disse, declamou, cantou e encantou!

Gertrudes, a mestre da sala e da SCALA, não lhe ficou atrás.

E eu, Francisco, fiz o que pude, que não sou mestre, apenas licenciado, que no meu tempo, os cursos eram de cinco anos!

Gabriel, o Sanches foi-nos também sempre maravilhando, tocando as suas melodias.

Estamos todos de Parabéns. A SCALA, como sempre, faz do melhor! Almada é impagável em termos culturais! (Os media, ignorando, prestam um péssimo serviço ao Povo Português.)

Viva a Poesia! Viva a Efabulação!

(A fotografia?! Como quase sempre, original DAPL. Reporta-nos para a magia do final da tarde, quando a hora de contar se propiciava, fosse ao canto do lume, no Inverno; fosse no poial, na rua, no Verão...)

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