Raposa no Galinheiro!
Uma Fábula Interativa
Ou seja
Palavras interditas, que podem e devem ser ditas.
(Mas que aqui não são escritas.)
*orra!... Chi**!
Que ponham no galinheiro
Raposa a guardar dinheiro…
Para que nós – Tu e Eu
Paguemos
Galinhas que ela comeu…
E que nos danemos…!
Não é justo nem leal
O que se passa em Portugal!
Bem se podem desdizer
Ou até contradizer…
E mesmo reclamar
Uns p´rós outros empurrar
E, inclusive, se olvidar…
São todos responsáveis!
Mas que tudo, execráveis!
Os que lá estiveram e passaram
E por lá se amesendaram.
Que nos pilhem cada mês
Uma galinha pedrês
Através de comissão…
É pecado sem perdão!
E quem diz… *orra! Diz… Chi**!
(E não digo mais palavrão
Só por boa Educação!)
É de uma injustiça atroz
Que tenhamos que ser nós
Os pagantes
Das raposas pilhantes!
É caso para dizer…
Palavras interditas
Que podem e devem ser ditas!
*******
Este texto faz parte do conjunto das “narrativas em verso” que venho escrevendo mais acentuadamente desde 2017, sobre problemáticas que nos afetam. Mas que já anteriormente escrevia. Umas vezes de forma rimada, outras não. Veio sendo escrito desde Janeiro, era para já ter sido publicado, mas só agora foi possível.
As palavras interditas ainda não são explicitadas. Continuam as **! Um dia… quem sabe!
É interativo. Porque pressupõe a colaboração do “público – alvo”, a repetir algumas palavras, como se de um coro se tratasse. Não são as palavras em **. Já foi ensaiado uma vez na SCALA – Almada.
É imperioso e urgente continuar a ser dito!