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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Rei… Naldo, reinaldices; Política, politiquices; Futebol, futebolices

Questões pertinentes… Perguntas impertinentes?

bola de ouro. in. arlloufill.com

 

Então, mas o Ronaldo não está de parabéns pela conquista da sua (dele, não sua, caro/a leitor/a) quarta bola de ouro?!

Pois claro que está. Então não haveria de estar?!

 

Só que choca, tanto beija mão real, tanta adulação, tanta idolatria, Ronaldo para aqui, Ronaldo para ali… E parabéns e felicitações dos personagens mais importantes do Estado e da Nação, não vá o rapaz ficar melindrado pelo esquecimento.

E, é a política a aproveitar-se do futebol! Que também se encosta na política quando lhe convém.

 

E tanta idolatria relativamente ao objeto per si. Relativamente à própria bola de ouro (?), à taça, a isto e aquilo. Ao bezerro de ouro? Ao dinheiro!

 

Não é que o indivíduo não mereça.

Que merece. E é um exemplo, um modelo, pela forma como se supera a si mesmo, como superou as adversidades e contingências da sua própria vida.

Mas Ronaldo só há um. E, por um Ronaldo que brilha no firmamento das estrelas do futebol, milhares de ronaldos enterram os seus sonhos nas agruras e adversidades da vida.

Porque a vida não é só futebol, e o futebol das estrelas e do glamour é só para alguns eleitos.

E, se Ronaldo pode ser um modelo para milhões de deserdados da fortuna, um leit-motiv para os desafortunados do mundo, também acaba por não ser mais que isso e, desse modo, não ser mais que uma ilusão.  

Por isso, choca e aborrece e desvirtua o papel do personagem, que os media insistam tanto em tanta “ronaldice”.

Que exagerem tanto e até à exaustão, em tanta “reinaldice”, do dito cujo personagem.

 

E que se fale tanto e tanto, e mais que tanto, em milhões para aqui e para acolá, sempre que se fala em futebol.

Quando, tantos milhões contam os tostões à vida…

 

E de onde vem tanto dinheiro?! Que tanta falta faz noutros campos, que andam sempre à míngua do dito cujo, e onde ele é muito mais necessário, acentue-se.

 

E que se fale tanto e tanto nos árbitros que não cumprem a sua função de arbitragem, que não cumprem ou alteram as regras do jogo, que favorecem esta ou aqueloutra equipa…

Quando o Árbitro dos árbitros, que devia apenas sê-lo, quando o é; mas que também é jogador, sendo igualmente árbitro, procede como procede, quando tem que arbitrar…

 

(Mas, dir-me-á. “Esta não estou a perceber”. E tem razão em não estar, porque, nesta saída, saí do futebol e entrei noutro campo de jogo. A ele ainda hei-de voltar noutro dia…)

 

E, retornando ao campo e conversa primeira…

 

A comunicação social parece não ter mais sobre que perorar.

Os media tresandam a futebol…

As redes sociais a futebolice, a penaltice, a tunelice a benfiquice, a sportinguice, a portice… a clubice!

 

Ele é, sobre se houve ou não penalty, se a bola foi mais para a direita ou mais para a esquerda e não foi ao centro; se a mão bateu ou não na bola ou se a bola bateu na mão; se houve ou não encontrão, canelada ou aleijão… se o árbitro favoreceu ou não a equipa A ou a B, se… se… se…   (…)

 

E estes assuntos propalam-se durante o jogo, já antes houve e deixou de haver falas e mais falas e faladuras, faladores e, atualmente, até faladeiras.

Continuam a comentar durante o encontro e após, nos vários programas televisivos e radiofónicos, nos jornais e revistas, de todas as cores e cada caso, por mais ou menos caso que seja, é esmiuçado ao pormenor, visto e analisado, sob os vários ângulos e pontos de vista, revisto, bivisto e trivisto, batido e debatido, e rebatido até se ficar surdo de tanto ouvir e reouvir.

E vemos, e revemos as imagens aumentadas e diminuídas, ampliadas e reduzidas até à exaustão e sempre a sermos bombardeados com futebol e futebol e mais futebol.

 

Nunca neste país houve tanto futebol!

 

Mas, então, não gosta de futebol?

Não vibra com a seleção nacional?

Não tem um clube de preferência?

 

E, pergunto eu:

 

E não haverão também outros desportos?

 

E não haverão também outras atividades e eventos de interesse nacional?!

 

Tantos acontecimentos e ocorrências de natureza cultural, de caráter nacional e regional, de interesse, que passam completamente ao lado dos media! Totalmente ignorados.

 

E, por hoje, me quedo por aqui. Que até publiquei dois posts.

 

*******

P.S. – E como neste post também remeto para a POLÍTICA, quero expressar as minhas congratulações ao Senhor Engenheiro António Guterres que irá assumir funções no mais Alto Cargo Mundial na ONU. E desejar-lhe os maiores sucessos.

E acho muito bem que o Senhor Presidente da República de Portugal e o Senhor Primeiro Ministro de Portugal tenham ido felicitá-lo à ONU.

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