Selfie – Selfish (2ª Versão)
(Auto Retrato - Egoísta)
Me pediu pessoa amada
Que eu escrevesse um poema
Versejando sobre um tema
De cariz social.
Mas que maçada!
Não encontro mesmo nada
Que não seja banal.
Lembrei-me de selfie!
Mas… Que raio de palavra
Que ela não se destrava
Nem uma rima se lavra
Com tal roseira brava.
Associei com selfish
Palavra bem mais fixe.
Que rima com… egoísmo
Quadra com… narcisismo
Talvez egocentrismo
Quiçá cabotinismo!
E cismo!
Que achada a rima
Mais abaixo, mais acima
Uma selfie vou tirar
Com qualquer uma qu’encontrar.
Basta só me (em)quadrar.
E tirei!
Tirei comigo.
Tirei contigo.
Com amigo….
Com inimigo…
Com a vizinha do lado
Com peixeira no mercado.
E… na minha lista
Tenho até futebolista
E, bem afamado artista.
Até canário… com alpista!
Não há quem me resista!
Ao meu apelo, ao meu pedido
Nada me é indeferido.
E… é tal a premência
Que… só com Sua Excelência
O Senhor Presidente
E por mais que eu tente
Ainda não consegui
Tirar uma selfie!
E, agora… Nesta hora
Com isto da Covid
Mesmo que me convide
Selfies não vou tirar.
Bem me pode chatear!
Notas Finais:
Esta é a 2ªversão deste poema, já publicado anteriormente no blogue.
Resolvi republicá-lo, atendendo a todas as alterações que se têm verificado na sociedade. E também aos modos de dizer esta poesia, que também fui alterando.
Esta nova versão, com a referência à Covid, ainda não foi testada em público, pois que não tem havido tertúlias ao vivo.
Algumas em zoom, mas ainda não entrei nessas tecnologias.
E que saudades tenho das tertúlias ao vivo:
Até uma próxima oportunidade!