Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Neste 10º Grupo, Mabel Cavalcanti, Maria Alcina Magro, Maria José Reis, Maria Graça Melo, Maria Vitória Afonso, Mário Bragança e Mário Vitorino Gaspar.
De cada um, selecionei uma Poesia, como habitualmente.
Cabe a si, caro/a Leitor/a, apreciar!
*******
MABEL CAVALCANTI
“ ESQUEÇAM, PARA LEMBRAR”
“ Esqueçam tudo que eu já sofri
Pois hoje renasci
Sou toda primavera
Renasci de amor em outra terra
Num inverno onde quase morri.
Foi aquele ali
Que me devolveu
Todas as estações
E hoje sou flor
Sou chuva e sabor
Num outono de amor
Desse verão
Apaguem minhas notas tristes
Aquela lá já não existe
Hoje sou bem melhor
Sou amor e sou amada
E ando acompanhada
Numa linda estrada
De girassol.
Esqueçam meu ontem chuvoso
E vejam que sol maravilhoso
É o meu andar
E deixem que eu cante a minha esperança
Nessa noite sempre criança
Esqueçam
Para se lembrar
Que só o amor, eterna semente
É meu futuro e presente
É o que me faz cantar.”
*******
MARIA ALCINA MAGRO
“A TUA AUSÊNCIA”
“Em silêncio, ou por palavras desconhecidas dos poetas,
gostava de te dizer o que sinto com a tua ausência,
o que sofro com a tua partida,
o que penso, com o teu silêncio.
O Sol enche de luz a minha casa,
as pombas espreitam às janelas
e sentam-se, descaradamente, na varanda.
As abelhas vêm beber a água dos vasos
e beijar as pétalas macias e coloridas das flores.
Viajo com as águas do Tejo que vejo correr
para o mar, lá longe, em Cascais.
Tenho saúde, agradeço este dia
em que contemplo a beleza do mundo,
e sinto bem fundo o amor que alimento.
Vivo com esta desmedida nostalgia,
com esta profunda saudade
humedecida nas paredes do meu peito
no momento em que me deito,
no momento em que me levanto.”
*******
MARIA JOSÉ REIS
“ALVORADA”
“Vejo nascer doirada a madrugada
Alegria renasce a cada instante,
Já vejo o claro dia alvoraçada
Essa dispersa luz tão madrugante!
Infinita alegria misteriosa
A aurora desperta com sua graça,
Inundando a paisagem radiosa
Cobrindo de harmonia a quem passa.
E no imenso altivo horizonte
Ouço chilrear aves matinais
E água a sair na clara fonte.
É o conhecimento p´lo amor
Duma vida florindo sempre mais
Em uma madrugada sempre em flor!... ”
******* MARIA GRAÇA MELO
“AMOR ETERNO”
“No espanto dos teus olhos me espanto
Sempre e quando me perguntas inocente
Se o mundo vai girando e a gente
Continuará a se amar tanto, tanto
Não sei que responder mas de repente
Sinto em nossos corações o mesmo pranto
A dizer-nos que este amor é sacrossanto
E em nós, irá durar eternamente…
Este laço que nos une é permanente
Seiva e sangue a correr pelas artérias
Que a sábia natureza não desmente
E pr’além de todo o amor, o nosso alento
Haverá dentro de nós marcas etéreas
A servir às nossas almas de alimento…”
*******
MARIA VITÓRIA AFONSO
“AGOSTO”
“Avança o tempo, surge o mês de Agosto
Em casa permaneço assim calada
Deixa Deus que esse tempo, que não gosto
Se eclipse e doutro mês surja a madrugada.
Aqui encontro-me eu a contragosto
Desse meu Alentejo já exilada
Grita a saudade; a alma com desgosto
Perde a serenidade costumada.
Está-me assim, doendo a solidão
E sinto forte a falta de convívio
E nas horas de plena evocação,
Eis meu ser mergulhado no declívio
Deus me dê o alento e reflexão
Me traga, à soledade, pleno alívio.”
*******
MÁRIO BRAGANÇA
“MULHER BONITA”
“Se mais bonita é a mulher
Mais bonita ela quer ser
Faz tudo que pode e quer
Para bem melhor parecer
A mulher é uma beleza
Para o homem tentação
Mas nunca tem a certeza
De um dia a ter a mão
A mulher é importante
No mundo em que vivemos
Perdem tudo num instante
Se as não compreendemos
Os dons que a mulher tem
Fazem sempre companhia
Deles se orgulha e bem
Para lhe dar força e alegria
Atributos da mulher
Por vezes exagerados
Ela aumenta o que poder
E nunca são censurados
A mulher comanda a vida
Se nasceu para comandar
É uma vida bem vivida
Quando os dois se estão amar”
*******
MÁRIO VITORINO GASPAR
“A NUDEZ”
“A Princesa de nome Rosa,
na parede Jesus!
Brota uma só gota lacrimosa
nos esbeltos seios nus!
- Nua, sem vestido?
A Princesa a Deus implora
- … Não faz sentido!
Outra lágrima e chora.
- Nua… Sem vestidos,
só joia de brilhantes?
Nos seios recém-nascidos
baú de ouro e diamantes?
Joias! São peças únicas,
verdade! E de certeza,
nem sequer umas túnicas
cobrem a linda princesa?
Dançam nos seus olhitos…
Lágrimas! São folhas caídas,
gotículas aos saltitos,
nas curvas proibidas!
Cristais crescem sem nexo,
ninho que o choro nobre,
na virgindade do sexo,
a nudez não encobre!
A criança é nua ao nascer –
e disso não há engano
- Veste-se até morrer,
nem que seja com um pano.
Sai uma lágrima cristalina
e a nudez é de nascença,
sendo ela tão divina…
Qual a diferença?”
*******
Notas Finais:
- Este é o penúltimo grupo de antologiados de que apresento um texto poético, de entre os que cada um deu a conhecer na XX Antologia.
- É natural e possível que tenha cometido alguma gaffe.
- Se, por acaso, verificar algum erro “tipográfico”, ou de outro tipo, involuntário, frise-se, agradeço que me dê conhecimento, se faz favor!
- Clicando, em espaços especificamente assinalados, poderá ficar com uma ideia significativa sobre a Antologia.
- Landa Machado, Liliana Guerreiro, Liliana Josué, Lu Lourenço e Luís Branco.
De cada um, selecionei uma Poesia, como habitualmente.
Aprecie, caro/a Leitor/a.
*******
LANDA MACHADO
“SE QUERES SABER”
“Se queres saber de mim
Numa tarde de sol-pôr
Pede às rosas no jardim
Que te mostrem sua cor
Se quiseres entretanto
Saber de mim com certeza
Estarei em qualquer canto
Onde houver amor, beleza
E se de mim tens saudade
Longe não precisas ir
Estou onde há amizade
E alguém saiba sorrir
Se me queres encontrar
Pergunta à noite estrelada
À luz branca do luar
Vou subindo a minha estrada”
*******
LILIANA GUERREIRO
“LISBOA”
“Acabaram as férias e eu regresso do Sul
Com a alma cheia daquele mar manso e quente
Vejo um belo céu tão brilhante tão azul
Tornando a luz de Lisboa resplandecente
Entro na ponte atravessando o rio Tejo
As saudades, que eu já tinha, vão embora
Minha cidade, não sabes quanto te desejo
Quero passear nas tuas ruas, a toda a hora
As tuas cores, os teus cheiros, os teus sons
Envolvem-me com tanto carinho e tanto amor
Enchendo-me de tanta força e tanta energia
Fazendo desaparecer toda a amargura e dor
Depois de chegar a casa, abro todas as janelas
Para ver teu lindo sorriso dourado pelo entardecer
Antes que o sol se vá embora com as estrelas
E as sombras da noite brinquem até amanhecer”
*******
LILIANA JOSUÉ
“POEMA DEDICADO A ELES”
“ Vivo a solidão do tempo
no verde de cada folha
deste espaço que era vosso
a ti mãe eu dava a mão
numa indefinida e disfarçada ternura
não queria que te afoitasses
na erva mal aparada
ou no degrau do portão
a ti pai oferecia um sorriso
discreto e meio embaraçado
por me pareceres sempre mais longe
mesmo que tão unido ao meu peito.
Junto ao poço pejado de rachas e musgos
permanecíamos em cúmplice silêncio
em jeito desajeitado
que para nós era perfeito
voltem para mim
fazem-me falta
mesmo no meu sono fatigado”
*******
LU LOURENÇO
“MEU CANTO NA CIDADE”
“Estes blocos de cimento
que vejo da minha janela
são desalento, cansaços,
Infância sem mimo e regaços,
jardins com sebes e vento.
São o céu enegrecido
com densas nuvens cinzentas,
trovoada, enchente e lama,
nestas gentes da cidade
que tem pão e agasalho
mas vivem sem irmandade.
Ah, se umas gotas de orvalho
viessem humedecer
o horizonte na janela!
Eu seria barco à vela,
Borboleta em voo alado,
Primavera a acontecer,
E a alegria de viver
num jardim à beira-mar
sem blocos de cimento armado
P’rós meus sentidos turvar.
Baloiço no meu quintal,
entre azedas e papoulas,
sem medos, freios, algemas.
E o sol, a pino, a brilhar
Sem blocos de cimento armado
P’rós meus sentidos matar.”
*******
LUÍS BRANCO
“QUEM ÉS TU”
“Quem és tu que interrompestes-me em meio à multidão?
Quem és tu cujo olhar penetrou-me a alma e descobriu o
menino que abriga-se em mim?
Quem és tu que com tuas lágrimas regastes a minha esperança?
Quem és tu que do nada criastes-me um novo mundo?
Quem és tu que atraiu-me para mais perto?
Quem és tu que fizestes com que as minhas mais sólidas
estruturas balançassem com o soprar das palavras que saiam da
tua boca?
Quem és tu cujos lábios despertaram-me a fome?
Quem és tu que abristes a gaiola onde jazia minh’alma?
Quem és tu que como as filhas de Aqueloo fizestes-me
adormecer para a razão?
Quem és tu que tornastes-me o adeus uma tortura cruel?
Quem és tu que fizestes com que meu coração acelerasse seus
batimentos?
Quem és tu que fizestes com que a minha respiração fosse
alongada?
Quem és tu que fizestes-me agir como menino?
Quem és tu que com tuas lágrimas fizestes-me chorar por
dentro?
Quem és tu que com teu sorriso levastes-me ao devaneio?
Quem és tu que fizestes-me sonhar com o impossível, desejar o
inalcançavel, querer o proibido, amar profundamente o
efêmero e tocar o intangível?
Minha agonia é saber que talvez nunca te conheças.
Minha agonia é conhecer todas as distâncias que nos separam.
Minha agonia é sentar-me aqui e escrever meus versos, versos
invólucros, versos que talvez nunca leias e que a ninguém
importa.
Minha agonia é ser assim, sentimento.”
*******
Notas Finais:
- Se alguém de entre os Antologiados, neste grupo ou em qualquer dos anteriores, não concordar com a divulgação, agradeço que me comunique, Se Faz Favor.
- Se, por acaso, verificar algum erro “tipográfico”, ou de outro tipo, involuntário, frise-se, também agradeço que me dê conhecimento.
Finalmente consigo organizar-me para dar continuidade à divulgação dePoesia da XX Antologia da APP – 2016. Agora um sexto grupo, neste post nº 490.
Este será o grupo dos eFes, em que também me incluo.
Seguem-se os Poemas de: Feliciana Garcia, Felismina Mealha, Fernando Corte Real, Fernando Sousa, Filipe Papança, Filomena Fonseca e Francisco Carita Mata.
*******
FELICIANA GARCIA
(Maria do Tempo)
“POEMA DEDICADO À MINHA FILHA (MÃE)”
“Aquele pedacinho lindo
Que um dia de mim nasceu,
É hoje, mulher e mãe.
E tem tal e qual como eu,
Dois pedacinhos também.
Abençoai-nos Senhor,
São pedacinhos de mim
Gerados pela linda flor,
Que nasceu no meu jardim.”
*******
FELISMINA MEALHA
“PEQUENA ODE AO BERÇO”
“Abres-te a Sul como quem diz:
“Sejam Bem-vindos!”
E, desde o Moinho do Nica
Desces pressurosa até à quinta!
Aí, espraias-te, como um mar chão…
E abres a nossos olhos, as belas terras do Pão!
Ferragial da Volta
Cerca Grande
Cerca do Sr. Loução…e,
Ao fundo… a Corte com a charneca…
Os Barrancões, a Crimeia…
E caminhas abrasada, até ao Garvão!
Por esses caminhos, quantas estórias
Meu irmão?
A Funcheira, em cujo cais, tantas lágrimas,
Foram ali derramadas
Em cada separação!
A escola! A algazarra!
A brancura das batas
As canções de roda
As Amoreiras, o muro
As letras… o futuro!
O tempo escuro, muito escuro…
Mas, ao fundo, a luz da esperança!
A casa! Oh, a casa!
Lugar onde sempre encontrei
A força, a coragem, a preocupação, a luta!
A abordagem dos temas, os lemas…
O carinho, a alegria, a segurança!
A vida, ofereceu-me sem reservas
Uns olhos de ver contente,
A minha terra, a minha gente!
O meu chão seco, ou florido,
E as aves voando em bando
Acordando este meu grito!
Ia atrás delas, voando
Com minhas asas de sonhos
Cheia de sonhos…cantando!
Havia naquela casa
Dois pares de olhos tão belos
e dois corações tão perfeitos,
que me fizeram pensar
Que o mundo se multiplicava
em corações e olhares
Daquele jeito… perfeito!
Oh! Como eu guardo dessa casa
E desses corações, as asas
Com que voei tanta vez,
até cair e acordar desse sonho tão bonito…
Tão perfeito, que o bendigo,
por dele me recordar!
Terra! terra de cheiros agrestes
da esteva, do rosmaninho,
do alecrim, da arruda…
Terra muda, mas gritando
a fome desses teus filhos,
Que desde muito novinhos,
Saudosos… te iam deixando!...
Terra, que tanta luz me ofereces-te
Tanta beleza me deste
Tanto verde salpicado de amarelo,
Aonde esse Sol tão belo, se revia namorado!
Oh terra onde nasci!
Nunca me esqueço de ti,
O meu presente…é passado!
Cantar-te-ei minha terra
Ao Sol nascente de Julho
Ao Sol poente de Agosto
Ao Sol rubro de Setembro, prometendo…
Um amadurecer dos frutos
E de homens resolutos
Que vão nascendo e morrendo
Tanto vermelho papoila
Gritando na Planície,
E desenhando nos trigais
Verdes-rubros, por de mais…
Uma Bandeira de esperança!
Uma Bandeira, Saudade,
dos meus dias de criança!”
*******
FERNANDO CORTE REAL
“CASCA DE NOZ”
“Eu…
Que me sinto às vezes uma casca de noz
E como um barco desço o rio das madrugadas
Que tenho no teu corpo a mais bonita foz
Sou um tonto à deriva nestas águas inspiradas.
Eu…
Que por vezes não entendo os teus sinais
Nem tenho na distância o sabor da felicidade
Que desejava ver no silêncio dos meus ais…
Só me afundo no perfume de uma saudade.
Eu…
Que nesta vida não sou mais nem menos
Nem quero a distinção de quem passa por mim
Que a diferença só traz sonhos obscenos
E todos vamos caminhando para o mesmo fim.
Eu…
Que ando nesta selva de gritos prepotentes
Em que as árvores morrem sem saber porquê
E não é o vento que nos mata as sementes
Mas o poder com o machado que ninguém vê.
Eu…
Que já estou cansado de não ter o sossego…
A Paz que desejava quando quero aqui escrever
Não as palavras a que o mundo tem apego
Mas tudo o que me impede de ser livre e o dizer.
Eu…
Que levantei o rosto para ver a desgraça
Daqueles a quem são negados direitos universais
Navego por este rio e digo a quem passa…
Eu sou poeta, às vezes casca de noz, e nada mais.”
As Fotografias são todas originais de D.A.P.L. - 2016, tiradas em vários locais do País: Alentejo, Algarve, Grande Lisboa. Fazem parte de um acervo de que disponho e com que, habitualmente, ilustro os posts. De uma forma bastante livre, é certo. O que se verificará também neste, no respeitante aos vários Poemas. Me desculpem os Poetas e Poetisas! Mas lembremo-nos do conceito: "Liberdade Poética"!
Conforme prometido, irei divulgando, no blogue, poesias dos vários antologiados, à medida que for tendo oportunidade, conforme fiz com a XIII Antologia do CírculoNacionalD'Arte e Poesia - CNAP, 2015.
Alguns poetas e poetisas, que figuram na Antologia da APP, já constam do blogue, no contexto da Antologia do CNAP, a saber:
Ainda na Introdução à XX Antologia da APP, mencionar que o Prefácio é da Autoria de João Coelho dos Santos. Como o próprio refere, uma forma “original” de elaboração.
Neste 1º conjunto de Poesias, divulgarei de:
Aires Plácido, Aline Rocha, Ana Matias e Ana Silvestre.
*******
AIRES PLÁCIDO
“VELHOS”
“Vão ao baile, vão dançar
Quem em novo dança bem...
Aperaltados lá vão
Dos sessenta e tal aos cem.
E depois na leitaria
Dá gosto vê-los!,
Riem muito e namoram
Falam pelos cotovelos.
Ainda bem é viver
A vida quer-se risonha,
A vida sem um sorriso
Tropeça, tomba tristonha.
Vão ao baile, vão dançar
Dançar é como se fosse...
Caísse do céu madura
Na boquinha pera doce.
Fazem bem, a vida
Que triste é ver alguém,
Esperar que a morte venha
Em casa e sem ninguém.
Vão ao baile, sejam felizes
E namorem..., pois então!
Esta vida são dois dias
E às vezes nem dois são.
Velhos?- Palerma!
Quem dia a dia dança,
(Que bela atitude!)
Ri e muito namora...
Tem eterna juventude.”
*******
ALINE ROCHA
“VALSA DA VIDA”
“Dançámos a longa valsa da vida
ao som e ao ritmo da nossa idade
deslizando em passos ou corrida
numa sala chamada de saudade
A música, por nós dois era sentida
com o fervor da nossa mocidade
em meus braços uma rosa florida
fruto dessa dança da liberdade
Resta-nos viver da recordação
que convida ao beijo e ao abraço
choram nossos olhos de emoção
lágrimas vagarosas de cansaço
Fiz este poema para recordar
o que o nosso coração não esqueceu
por certo, não conseguimos valsar
mas o meu amor será sempre teu”
*******
ANA MATIAS
“TU E EU”
“Nas densas florestas
De ti
Quero entender...
O semblante,
Do teu ser...
Nessas escuras veredas
Por árvores frondosas
Sentir-te...
Ser parte de ti.
Na estrada parcamente
Iluminada
Ver a luz da tua vida
Em mim...
Cercada dessa aura
Nos abraços
Que não te dou
Dos momentos...
No olhar por fixar
Em ti...
No teu eu,
E no meu...
Olho-te sem te ver
Sinto-te sem te ver
Vivo-te sem viver
Em toda a complexa
Panaceia,
De nós...”
*******
ANABELA SILVESTRE
“POETA”
“Tatua letras, palavras,
Emoções...
Em toda a sua pele.
Não consegue agrilhoá-las
Em si,
Fogem para o infinito.
Já não são suas,
Saíram de si
São de quem as ler.
Poeta,
Viajante de sensações,
Grava desenhos na alma,
Que eterniza diariamente
Poeta, simplesmente poeta,
Bebendo em si!”
*******
Epílogo:
Pois, caro/a leitor/a, espero que tenha gostado destes belos poemas!
A Foto, original de D.A.P.L., 2015, intitula-se “Frutos de Outono”.
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("Epifania da Primavera: Flores da Amendoeira - Original DAPL - 2015?)
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XX ANTOLOGIA APP
Clique, para aceder a um poema de cada um do antologiados, S. F. F.