Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
…/ fez ressurgir em mim todo um passado que, apesar de tudo foi feliz. / …
Alguém disse que a saudade é irmã da eternidade. / …
Mas quero dizer-vos também, / …
Pai és o braço forte, terno amigo, / …
O dia chegou… deu-se o inevitável! / …
… / o que é pai até que crie, / …
… / Com vosso olhar brilhante
Beijando teu retrato com saudade, / …
… / E jamais, jamais, te esquecerei”.
… / Minha divina fonte de energia no Além
Certa noite sonhei / …
… / Benditos dias!
… / O meu Pai era a minha casa, o meu abraço, o laço, / …
Não penses que com o passar do tempo, deixei de te ouvir, / …»
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Pese embora este Mês de Maio seja habitualmente conotado com a celebração do “Dia da Mãe”, o “Dia do Pai” costuma ser festejado em Março, todas estas festividades escalonadas em determinados momentos específicos são sempre muito relativas.
Por isso mesmo não podíamos deixar de tentar organizar também um “Poema Coletivo”, com um verso de cada um dos antologiados na coletânea já referida.
Foi esse texto poético que apresentámos anteriormente.
Talvez um pouco abusivamente, “construímos” um novo Poema! Este dedicado aos Pais. A todos os Pais!
A maioria dos versos corresponde ao primeiro de cada um dos textos dedicados ou inspirados nos Pais. Mas nem sempre isso foi possível. Nem sempre havia um poema especialmente direcionado ao Pai. Quando esse facto ocorreu, escolhi um verso que, embora não sendo o primeiro ou não esteja especificamente destinado ao Pai, pudesse ser englobado nesse contexto e enquadrado no tema.
Penso que resultou bem, globalmente. Também ficou muito bonito. Acho eu.
“Quem há de gabar a noiva senão o Pai?!”
Esta metodologia pode ser utilizada, por ex., em trabalhos de criação artística, escrita criativa, em que a partir de uma base de vários poemas se constrói um outro poema, com um verso de cada um deles.
E chegou, agora, a altura de divulgação de todos os autores, apenas fora realizada uma divulgação parcelar, segundo a ordem em que estão publicados na Coletânea.
O lugar da Mãe é sempre no trono da alma e da memória. / …
A Mãe é ninho de Amor / …
Mãe, fazes-me falta… / …
A mãe é nascente de vida, de alma pura, / …
A minha fada do lar /…
Aconchego-me no teu colo / …
Mãe, com tua pele de seda, teus cabelos pretos, olhos verdes, eras uma menina linda. / …
Mãe / Muito jovem partiu / …
Minha mãe é pobrezinha / …
Quero-te Mãe / …
Chamarei sempre o teu nome / …
Porque são os vossos olhos tristes? / …
Estamos a chegar a mais uma Páscoa! / …
Já não tenho pai nem mãe, / …
Tu mulher querida mãe, / …
Outono da vida – Inverno, muito frio! / …
É o eixo entre os filhos e o marido e todos os familiares, / …
No céu existe uma estrela / …
Mãe… / Um nome suave, tão doce / …
Menino (lembro-me tão bem) / …
No teu perfumado e doce ventre, / …
O navio… ia navegando, / …
Saudosos dias… / …
… A Mãe era mais discreta… / …
Ser mãe é ser o farol / … »
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Este Poema dedicado a todas as Mães, mesmo às que só puderam sê-lo, espiritualmente, foi “criado” por todos os Poetas e Poetisas que participaram na “Coletânea de Poesia e Prosa Poética” – 2017, subordinada à temática “Pai e Mãe”, de vários Autores e coordenada pela vice-presidente da APP – Associação Portuguesa de Poetas, Maria Graça Melo.
De cada poema, recolhi o primeiro verso ou aquele primeiro em que primeiro se fala especificamente da Mãe. De duas prosas poéticas, os títulos, que realcei, que assim estão nos textos originais.
Alguns textos não estão unicamente direcionados para as Mães. Mas, deles, lá está o 1º verso!
Estruturei-os pela ordem em que se encontram alojados no livro e resultou, digo eu, um lindo Poema Coletivo.
Ou não?!
Sim! Eu atrevo-me a dizer que concorda comigo. Concretizámos um Lindo Poema!
Até seria muito interessante que, um dia, fosse lido em conjunto. Pode ser…
Ah! Falta frisar que, na concretização desta ideia, inspirei-me na metodologia utilizada no Prefácio da XX Antologia da APP, 2016, da Autoria de João Coelho dos Santos.
(P.S. – Dir-me-á que falta referir o nome de todos os Antologiados. O que é inteiramente verdade. Darei conhecimento no próximo post, em que estruturarei os versos direcionados aos Pais. Que conseguiremos também um lindo Poema coletivo!)
Neste "Post" evocativo do “Dia da Mãe”, que importa se ainda publicado em Abril, se os “Dias da Mãe” são todos os dias?!
É ele constituído por “Quadras Tradicionais”, e Fotos Originais, e dedicado a todas as Mães, sendo ou não biológicas. A todas as Mães de Afeto.
À nossa Mãe, à Mãe dos nossos filhos e filhas, à Mãe da nossa Mãe, à Mãe da Mãe dos nossos filhos e filhas, às Mães de todos e de cada um de nós. Às Mães ainda presentes e às Mães a que nos lembra o travo doce e amargo da Saudade!