Antologia da APP – Associação Portuguesa de Poetas (VIII)
XX Volume - 2016
(57 Autores)
Editor: Euedito
Introdução:
Hoje, apesar de já ter publicado outro post, integrado nesse jogo de “seguir a sexta-feira – “follow friday”, volto a “postar”.
Finalmente, consigo voltar à divulgação de Poesia da Antologia!
Neste 8º Grupo, também apenas de Poetas, continuamos a divulgar Poesia da XX Antologia da APP – 2016, enquadrando o 508º post.
Nele, incluímos: Joaquim Sustelo, Jorge Nuno, José Branquinho, José Manuel Macedo e Joaquim Marques.
E, mais uma vez, o Amor sempre presente.
Aprecie, caro/a Leitor/a.
Este Post, dada a sua temática, é também uma evocação do “Dia Internacional da Mulher”!
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JOAQUIM SUSTELO
“ELOGIO”
“Tu és, de entre as glórias, a mais alta
Que me aperalta desde o alvor dos dias
Das melodias, a que faz mais falta,
És… luzes da ribalta… que alumias
Fonte de inspiração de poesia
Que faço em cada dia e que te exalta!
A que me “assalta” em sonhos na acalmia
E faz de amor, magia, quando “assalta”
A companheira de anos deste enlevo…
A que me atrevo a afirmar que adoro
A que namoro desde anos distantes
Se te elogio é porque sei que devo!
E se o que escrevo é sempre com decoro,
Mais aprimoro por sermos amantes.”
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JORGE NUNO
“FOGO SENTIDO”
“Quero deitar roupa velha no fogo
Ver aquelas chamas transfiguradas,
Incandescentes brasas acossadas,
Estranhas sombras com que dialogo…
Quero lançar as cinzas fumegadas
Às imponentes estrelas, a quem rogo
Ardentes respostas, quando interrogo
Sobre a paz e vidas iluminadas.
Sem distorção da minha identidade…
Como projeção de mero holograma,
Surge em mim, imagem da fé de um povo.
Num sentido retorno à claridade
Tal como bálsamo que se derrama…
Vejo emergir do velho, um homem novo.”
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“AO TEU OLHAR”
“Doce olhar que me endoidece
E me faz sofrer assim
É esse que em ti se esquece
E eu quisera ter em mim.
Olhas-me e fico fascinado
Todo o meu ser transtornado
Pulsa mais meu coração.
Abraço-te enternecido
Fico assim tempo esquecido
Encontrei a salvação.
Quisera-o sempre perto
Do meu peito a palpitar
E o meu árido deserto
Mais suave me tornar.
Com ele no meu caminho
Sentindo um tal carinho
Melhor seria o meu mundo!
Encontraria a felicidade
Outra seria a realidade
Meu viver mais profundo.
Quisera-o sempre a fitar-me
Com bondade, com afeição,
Para que à noite ao deitar-me
O levasse em meu coração.
E, de manhã ao acordar
Depois de com ele sonhar
Em meus sonhos de ilusão
Envolto nesta real paixão…
Poder ter o teu doce olhar
Bem juntinho ao coração.”
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JOSÉ MANUEL MACEDO
“AMOR NA PRAIA DESERTA”
“Caminho solitário na praia deserta
deixando marcas efémeras,
que o mar bramindo, recusa guardar.
Olho o horizonte escuso da bruma
onde os corpos se somem em volátil espuma.
O vento quente que o meu rosto roça
leva de mim a vontade de o teu beijar.
A música de fundo sobe de tom a cada segundo
e morre na calma da praia.
A tua ausência sente-se forte, intensa,
como a força do mar a bater na rocha densa.
O meu coração bate ao ritmo da ondulação,
incerto, inconstante.
O murmúrio do mar absorve-me o pensamento,
e traz-te até mim, provocante.
O sol toca o teu corpo e pinta-o de tons divinos.
Sento-me contigo e abraço-te,
minha amada.
Depois, deixo que o mar nos guarde
enquanto te amo sobre a areia molhada.”
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JOAQUIM MARQUES
“NÃO TENHO MEDO DE TE PERDER”
“Não tenho medo de te perder
De jamais te voltar a encontrar
Mesmo que nunca mais te volte a ver
Tudo me deste pra te recordar
Vale sempre a pena quando se ama
Ainda que doloroso seja o adeus
Mesmo apagada fica viva a chama
A iluminar todos os passos meus
Se à proteção do amor tudo não fiz
Não poderei deixar de ser feliz
A marca está tatuada no peito
Quero ter-te minha toda a vida
Levar longe a loucura consentida
Sustentada no amor e no deleito”
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(Fotografia original de D.A.P.L. - 2016)