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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“Águas de Março”: Uma crónica salteada de ocorrências

Crónica sobre acontecimentos relativos a Março

 

Luz... Original DAPL 2016.jpg

 

Não, não vou falar sobre a célebre canção de Elis e Tom Jobim, não.

 

Também não vou comentar sobre tanta coisa importante ou nem por isso, que por aí pulula nos media. Muitos assuntos, até preocupantes, que nos surpreendem ou talvez não, como foi possível chegar-se a tal. Não estou virado para as “políticas e politiquices”, apesar de haver assuntos que mereceriam alguns comentários.

Nem também sobre o Portugal – Hungria irei perorar. Por enquanto, o futebol não me merece destaque. Acompanhemos o campeonato e aguardemos o próximo sábado.

 

Falo-vos, e para começar, precisamente de águas… de chuva.

Que finalmente resolveu brindar-nos, já na Primavera, quando se esquecera de nós, todo o Outono e Inverno. Mas, mais vale tarde… Que, “Março, marçagão…”

E, com ela, o frio. Não sei como serão as águas de Março, lá para o Rio, que anunciam o final do Verão. Aqui, “deveriam” (?) vir no Inverno e/ou no Outono, mas só agora chegaram. Precisamente com a Primavera! Que supostamente se deveria anunciar radiosa, alegre, iluminada. Mas não! Chuva e frio!

Ainda bem que nós não mandamos nisso, diz o povo!

 

E é precisamente e também da Primavera e das ocorrências humanas a ela associadas, que vos quero falar.

Ainda no dia 20, pela tarde, quando o sol, no seu movimento aparente, atingiu a posição de equinócio, passando a linha do equador, para o hemisfério Norte, oficialmente, iniciou-se a dita Primavera!

 

Habitualmente, essa ocorrência situa-se no dia 21 e é nesse dia que se celebram duas datas festivas importantes: “Dia da Árvore” e “Dia da Poesia”!

 

Em Almada, associada às boas-vindas à Primavera, organizam-se os “Dias da Floresta”.

Nessas atividades, entre outras igualmente interessantes, promovem a distribuição de árvores, plantas, arbustos, ervas aromáticas, a troco de lixo para reciclagem, conforme pode verificar na ligação anteriormente assinalada.

Já, por diversas vezes, temos participado nessa ação, neste ano novamente.

Cada pessoa tem direito a duas plantas, em função dos respetivos objetos levados para serem incorporados nos bidons específicos de reciclagem.

Cinco árvores: um pinheiro manso, dois carvalhos, uma alfarrobeira, uma azinheira e uma planta aromática, cujo nome não fixei, mas que, supostamente, é dissuasora dos mosquitos, quando colocada à janela! Haverei de saber-lhe o nome.

Ainda no âmbito das atividades integradas nos “Dias da Floresta”, ocorreram no dia 23, 5ª feira, as ações “Vamos Plantar!” e “Observação de Aves”.

Já tenho participado nesta última ação noutras ocasiões. Desta vez, envolvi-me mais na primeira: “Vamos Plantar”!

E plantei?!

Plantar, plantar mesmo, como já fiz imensas, tantas vezes, no Alentejo; em Almada e no Parque da Paz, não.

Apenas ajudei a plantar. De pá, com enxada, apenas atirei a terra para as covas onde os técnicos da Câmara haviam depositado uns choupos de folha branca e uns carvalhos portugueses. Que as covas estavam feitas, as árvores já colocadas.

Nesta ação, dei a minha ajuda e colaborei com as crianças da Escola “Primária” do Pragal, que aí estavam, entusiasmadíssimas, num trabalho prático, que lhes perdurará, certamente, nas suas vidas futuras, essa lembrança.

“- Sabes?! Recordas-te?!, quando viemos plantar estas árvores, aqui, quando andávamos na Escola?!” Dirão elas, daqui a alguns anos, quando, já crescidas, vierem correr ou passear para o Parque.

Também havia alguns adultos, mas poucos, que eu contasse, apenas quatro e um, o que pretendia era o kit das ervas aromáticas, que supostamente deveriam dar-lhe, em troca da participação. Ironicamente, não haviam sido levados os kits para o evento, com medo da chuva!

 

E voltando à plantação. Após pedir a pá a uma criança, questiona-me esta, numa voz cheia de alegria, contentamento e admiração.

“ – Você é Alentejano?!”

Dada a resposta, após saber o como e o porquê de tal pergunta, trivialíssima; chegou a minha vez de saber também a localidade de origem da menina. Que ela era daqui, de Almada, só que os familiares são da Esperança, já se viu nome mais bonito para uma aldeia?! Esperança: concelho de Arronches, duas localidades tão bonitas!

 

E voltando ou continuando na Poesia!

 

No dia 21, também o C. N.A.P. – Círculo Nacional D’Arte e Poesia promoveu uma bonita sessão dedicada a esta Arte Poética, no Centro de Dia de São Sebastião da Pedreira.

Disseram-se poemas, poesias, recitaram-se, leram-se, declamaram-se versos e rimas ou não, sobre temas poéticos; pelos presentes, que rimaram o ambiente do Centro. Parabéns a todos.

Também circularam boas amêndoas da Cidade de Régio.

 

E, nessa bela Cidade, e à mesma hora, a Poesia saiu à rua, homenageando os seus Poetas e suas Poetisas, em “Momentos de Poesia”!

 

E também e ainda em Março, se comemora o “Dia do Pai. Que todos os dias são dias de pai. E que Saudades e que falta me fazes, PAI!

 

E, igualmente em Março, e como de costume, o Grupo Coral Etnográfico Amigos do Alentejo do Feijó, comemorou o seu trigésimo primeiro aniversário, no Clube Recreativo do Feijó. Aniversário a vinte e um, festejado ontem, sábado, vinte e cinco.

E que belos momentos se vivenciaram, através daquelas vozes telúricas, que em coro, no ponto ou no alto, nos evocam o nosso querido Alentejo, no âmago mais profundo do seu Ser!

 

E esta “crónica salteada” ainda tem mais condimentos?

 

Ontem, também planeara ir à sede da SCALA, aonde haveria também uma Sessão de Poesia.

Julgava que funcionava na Incrível. Também aportei à Academia. Aí indicaram-me a localização, no esquema: “direita, esquerda, frente…” e é facto assente, não dei com o local. Acabei por desembocar, voluntariamente, na Casa da Cerca. Local lindíssimo da Cidade de Almada, que é imprescindível visitar-se.

De volta, acabei por saber, no Centro de Interpretação de Almada Velha, que a sede da SCALA é na antiga Delegação Escolar, junto à antiga Escola Conde Ferreira.

Já sei, in loco, onde fica. Futuramente já não me irei “perder”!

 

E, nestas deambulações, antes passara pela Oficina da Cultura e pela Biblioteca, constatei o óbvio, em Almada: Cidade e Concelho.

Há sempre imensas atividades culturais, dos mais diversos tipos e âmbitos e pelos mais variados locais públicos e em espaços relativamente perto uns dos outros.

Por vezes, o difícil é escolher. Dada a simultaneidade dos eventos!

 

E, por aqui me fico, nesta crónica salteada, de eventos e “condimentos”, por locais e acontecimentos!

 

E a POESIA e a NATUREZA são sempre uma LUZ...

 

(Fotografia original DAPL - 2016)

Post 500º - POESIA!

Lírio - Original DAPL 20160124.jpg

Este é o Post Nº 500.

Poderia fazer um balanço do blogue, mas é algo que já fiz noutras situações.

 

Este ano propus-me divulgar, mais ainda, a Poesia.

Por isso, neste quinto-centésimo post, aproveito para dar a conhecer a Agenda da APP – Associação Portuguesa de Poetas, de Março, como tenho feito ao longo destes anos de blogue.

 

AGENDA EVENTOS Março 2017.jpg

 

Não esqueci a divulgação da Poesia da XX Antologia!

 

*******

Anexo dois links, para blogues que subscrevo e sigo sempre com atenção, que nos trazem sempre lindas Poesias, ilustradas por sugestivas e belíssimas imagens:

poetaporkedeusker

rumoaonossosul.

 

E também solpaz, que nos brinda sempre com belos poemas declamados por sócio da APP.

 

*******

E também para Poetas e Poetisas, sócios do CNAP, que também aqui tenho apresentado. 

E de "Momentos de Poesia"!

Pena tenho que ainda não tenha conseguido organizar-me com um tema sobre "Mensageiro da Poesia"!

 

*******

Deixo igualmente ligações para posts em que divulguei Poetas Consagrados:

 

António Gedeão

 

Jorge de Sena

 

José Régio

 

Luís Vaz de Camões

 

E para a Poetisa Florbela Espanca.

 

Penso ir continuando com outros Poetas e Poetisas, à medida que for tendo oportunidade.

 

*******

 

E gostaria de deixar neste Post também dois Poemas de um Poeta e uma Poetisa, que tiveram muita relevância na Associação Portuguesa de Poetas.

Mas ainda tenho que fazer pesquisa documental sobre o assunto.

 

*******

E sobre o 500º Post, e, por agora, é tudo!

Se for clicando pode navegar pelo Blogue e pela Poesia! Acredite, que não se arrependerá!

 

A foto ilustrativa é de D.A.P.L. – 2016.

“Momentos de Poesia”: - «PORTALEGRE» - «RECANTOS»

Portalegre - sentido único. Foto original DAPL 2015 jpg

 

 

«PORTALEGRE»

 

«Portalegre arruína-me a pessoa

de sol, brancura,

candura mesquinha

de tanta ladainha

proibida montanha

que me esgatanha a sede de morrer

porque fazes isto aos poetas cidade branca?

 

Vou ao verso ver a serra

e da Penha vejo-me caído

o sol torrando a face

moreno, caído eu sou

que só sendo ainda me destruo a ver o tempo passar

como os dias são longos

como são terrivelmente longos

na cidade onde nasci

 

Quero sair e volto aqui

queria partir para onde já não sei

tão longe fica o tempo

que sozinho escandalizo a vergonha de ficar

 

Cidade veneno

tão branca e bela

vou ferver num tacho furado

velho como os sofás esburacados

por pontas de cigarro no Alentejano

isto já do tempo moço de minha mãe

que aqui chegou e resignou

instalou, alheou à serenidade mórbida das igrejas

 

É uma cidade branca

um cemitério vivo com riscas amarelas

e nada mais além duma praça vazia

outrora árvores

um úmero estacionamento

o fermento da vida que passa

não jaz ao músculo que alcança

a assim se amansa

a vontade de aqui ficar a ver e ruir

numa noitada de praça vazia

onde as cadeiras sozinhas

esperam a tarde do café de amanhã

 

E cidade veneno da vida que me deste

que sotaque me ensinaste

que mentira eu sozinho

ganhei de mim ao ver o sonâmbulo que nunca fui

mas insonso a cada dia mais só

só insónias

tudo para ter de ser poeta

e ver padecer a cidade

aos dias e noites infinitos

na cidade branca

veneno de vida

onde brando, bebo, choro e vejo passar

o tempo lento de ver passar

o tempo a passar

e nada se passar

a roupa talvez

e de nada serve a vida na cidade branca

que me fez poeta por passar

o resto dos dias a pensar

em como o tempo dever passar.»

 

Pedro Fidalgo

 

In. “Momentos de Poesia Historial (e Poesia e Prosa de 48 Autores)”, 2016.

Autora: Deolinda Milhano, Portalegre.

 

 *******

«RECANTOS»

 

«Portalegre com teus recantos

És a cidade dos meus encantos

Com os teus sete conventos

E as tuas sete portas

Não esquecendo o teu mirante

Onde se deslumbra o viajante.

Nas tuas belas serras

Reina um ar mais puro,

Num canto do Alto Alentejo

És de todos um privilégio

E com a tua beleza encantas

Quem passa e quem aqui vive.

Minha cidade de eleição

Onde nasceram meus filhos

Pois eu sou de lá da raia

Doutra que trago no coração

Mas tu és minha predilecção

A cidade dos belos recantos

Onde já chorei meus prantos.

Por ti fiquei enamorada

Por teus jardins e museus

Não esquecendo as belas fontes

Desde a Fonte do Neptuno

Até à fonte dos Amores

Quando subindo a serra

Se vêem lindas janelas de flores.

Tu, cidade do Alto Alentejo,

Como já Régio cantava

Fazes lembrar as romarias

Desde a feira das cerejas

Até à festa dos Aventais.

Confraternizas com as demais

És linda com as tuas belas

Paisagens, igrejas e monumentos

Não esquecendo o centenário Plátano

Onde me posso sentar

Para aí descansar e recordar

Os meus tempos de estudante

Em que descobri este lindo vale

Entre a Penha e São Mamede.

Não pensando aqui morar

Afinal vim a casar.

Por ti outra não troco

Nem por aquela onde nasci!

És minha cidade de eleição

Pois estás no meu coração

Cidade dos belos Recantos

Onde já chorei meus prantos!...»

 

Maria Mercedes Camoesas Fidalgo

 

 

In. “Portalegre em Momentos de Poesia”, 2011, Edições Colibri.

Coordenação de Deolinda Milhano, Portalegre.

 

A foto é um original de D.A.P.L. – 2015.

 

 

 

 

 

 

“Momentos de Poesia” – Comemoração do 10º Aniversário

Lançamento de Livro

Momentos de Poesia Historial (e Poesia e Prosa de 48 autores)”.

 
 

Em devido tempo, divulguei no blogue a realização de evento comemorativo do 10º aniversário de “Momentos de Poesia”.

 

Realizou-se esse evento no passado domingo, dia 20 de Novembro, na sugestiva Sala José Régio, no Hotel com idêntico nome, "em Portalegre, Cidade..."

Espaço repleto, como acontecimentos assim merecem, ouviram-se palavras de parabéns e de agradecimento, manifestações de afeto e carinho.

Foi um bonito espetáculo, a que compareceram e onde intervieram pessoas de diferentes gerações.

É muito gratificante e auspicioso, vermos crianças e jovens a dizerem poesia, alguns da sua própria lavra, a executarem passos de dança, integrados num contexto em que a Poesia é o chamariz, mas a que também compareceram a Dança, que já nomeei, também a Música, o Fado e a Canção e, no final, até a Gastronomia. Tudo nobres Artes, sem desprimor umas das outras, que todas se entrelaçam e engrandecem mutuamente!

Não esquecendo o Hino a que instituição que se preze não se pode furtar.

 

A Palavra, nomeadamente a poética, isto é, a Poesia, foi a rainha.

 

Muitos dos presentes disseram, leram, palavras suas ou de outros para si relevantes, exprimiram sentimentos e emoções, trocaram galhardetes, nunca esquecendo o aniversariante, “Momentos de Poesia”, a “alma-mater”, os colaboradores, os participantes...

Sim, porque criar e manter um evento como “Momentos de Poesia”, num contexto em que o apelo à facilidade, à futilidade de ocorrências e acontecimentos, sem qualquer valor, mas que são promovidos a notícia de primeira página; praticamente sem divulgação comunicacional, poucos apoios… digo, conseguir fazê-lo chegar a dez anos, é Obra!

 

As felicitações, justas, foram apanágio dos “momentos” vividos; os “obrigados”, merecidos e os votos de continuação por muitos anos, um almejar de futuro.

 

E, dir-me-ão, que este texto é bastante subjetivo, omite nomes de participantes e intervenientes, não os identifica e relaciona com as respetivas intervenções. E, eu reconheço que tendes razão.

 

(E, como de subjetividade se trata, também realço a importância de rever amigos que já não via há algum tempo!)

 

Por diversas razões, não anotei sujeito e objeto da ação, a maioria das pessoas intervenientes não as identifiquei e registar apenas os nomes e ações dos que já conhecia ou que consegui fixar de memória, seria tremendamente injusto.

Optei por este modo de cronicar, porque não quero deixar de realçar e registar uma ocorrência de valor nesta “Cidade … cercada …”

 

Cercada, a Cidade num sentido lato, não apenas esta especificamente, cercada, friso, pelo muro da indiferença com que na sociedade em que vivemos atualmente se entaipam os Valores que enobrecem o Ser Humano. Se amesquinha o Direito ao exercício da Cidadania!

 

"Momentos de Poesia Historial" Capa livro 2016.jpg

 

E, como de Cidadania se trata, foi o aniversário de “Momentos”, também um momento, melhor, um tempo para o lançamento de um livro: “Momentos de Poesia Historial (e Poesia e Prosa de 48 autores)”.

 

E sobre o livro?!

Talvez noutro dia me debruce sobre ele.

 

De qualquer modo, logo que possa, irei divulgando no blogue algumas das poesias publicadas.

Num dos próximos posts, divulgarei poesias de duas pessoas intervenientes, uma deste livro supracitado, outra do livro “Portalegre em Momentos de Poesia”.

 

 

E termino, reforçando, com duas palavras já realçadas:

Parabéns! Obrigado!

(A todos os intervenientes, nos diversos contextos, espaciais e temporais.)

E formulação de votos de continuação por muitos anos!

“PORTALEGRE – Em MOMENTOS de POESIA” - ANTOLOGIA

Portalegre. Foto original DAPL 2015. jpg

 

 

Introdução

 

Um dos propósitos deste blogue tem sido a divulgação de Poesia.

Enquadrado nesse objetivo, inicialmente, fora pensado para divulgar online, a poesia que tenho escrita e publicada, em diferentes suportes em papel, e, eventualmente, alguma inédita.

Entretanto também divulguei poesia de confrades que participaram na XIII Antologia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia - CNAP.

Igualmente de alguns Mestres, da minha preferência.

Nesse propósito de divulgação de Poesia, nomeadamente de poetas participantes em Antologias, em que eu também tivesse participado, iniciei em 17/07/16, a publicação no blogue, de poesia enquadrada em “Portalegre em Momentos de Poesia”, Antologia de 40 Autores, de 2011, Edições Colibri, coordenação de Deolinda Milhano. Precisamente por “Princesa de Aquém-Tejo”, de autoria da Coordenadora.

Nesse post, o nº 406, prometi continuar essa divulgação. E que iria divulgar de Daniel e de Manuela.

Só hoje é possível, concretizar essa promessa, quase quatro meses depois e já no post nº 459.

É com especial e grata satisfação que o faço e, como se costuma proverbiar: “Mais vale tarde, que nunca”!

Eis então, um poema de cada um dos mencionados antologiados.

 

Corredoura. Foto original DAPL. 2015.jpg

 

Daniel de Jesus

Portalegre

 

“A minha cidade,

Nos braços da serra.

A minha cidade adormecida

Em seus quentes e cansados ramos

Como uma eterna sonhadora.

A minha cidade é, e será sempre,

Criança da vida,

Em passos de enganos

E pés descalços na calçada varrida.

A minha cidade

Cai no sono dos cantares antigos,

Ao serão, na luz dos lares, na voz dos amigos

Que arredam o abandono triste da escuridão.

A minha cidade

Filha do vento, do calor, das gentes.

A minha cidade,

Dor do tempo.

A minha cidade,

Dor da idade.”

 

******* 

Enfeites artísticos. Foto original DAPL. 2015.jpg

 

 

Manuela Cardoso

Avis – Portalegre

 

"AMORES?... ENGANOS?...

Portalegre tu foste

Portalegre tu serás

Ontem, hoje, até morreres

Assim permanecerás

Cidade dos amores

Cidade dos enganos

Pois tu és assim

E serás por muitos anos

Cidade dos amores

Cidade dos enganos…"

 

*******

Antologia Momentos Poesia.jpeg

 

In. “Portalegre em Momentos de Poesia”, 2011, Edições Colibri.

Coordenação de Deolinda Milhano, Portalegre.

As fotos são originais de D.A.P.L. – 2015.

Eventos Culturais: Divulgação

Evento Poético e Evento Musical

 

Não! Ainda não é o balanço.

 

Hoje, ainda, voltamos a alguns dos temas favoritos no blogue: a divulgação de eventos culturais de caráter regional, ignorados pelos meios de comunicação social, mas de muito mais valor que muitos dos que nos enxameiam nos media.

Adiante.

 

Um referente ao futuro: ainda a realizar.

E outro, reportando-se ao passado: já acontecido.

 

*******

Divulgo a realização do próximo “Momentos de Poesia”.

 

41074-Cartaz Modelo em PDF.jpg

 

Na encantadora vila de Castelo de Vide.

 

castelo de vide in. pt.wikipedia.org..jpg

 

(Não. Não me esqueci ainda de continuar a divulgar poemas da Antologia “Portalegre em Momentos de Poesia”! Tem faltado oportunidade.)

 

*******

 

Dar conhecimento também da realização, ocorrida ontem, sábado, 8 de Outubro, do belíssimo Espetáculo comemorativo do 31º Aniversário da Junta de Freguesia do Laranjeiro.

 

No C.I.R.L. – Clube de Instrução e Recreio do Laranjeiro, Francisco Naia e Ricardo Fonseca apresentaram-nos excelentes trabalhos do seu álbum “Nos Cantos da Memória”.

 

Francisco, bem na casa dos sessenta, possui uma voz notabilíssima, de tenor, como ele refere, teria gostado de ser cantor de ópera.

Artista, que considero não devidamente valorizado. Injustamente.

viola campaniça in. prof2ooo.pt.jpg

 

Ricardo, exímio executante, deu-nos a conhecer a sua maestria, nomeadamente em viola braguesa, viola amarantina e viola campaniça.

 

Tocaram, cantaram e encantaram-nos!

 

Parabéns!

"PRINCESA AQUÉM-TEJO"

"PRINCESA AQUÉM-TEJO"

 

"Portalegre, LINDA CIDADE

De beleza em cada recanto

Da infância a graciosidade

Lhe impôs postura a idade

Mistura mimo e pranto

É INFANTA ENCANTADA

De doçura pincelada!

 

Cidade de altos e baixos

De ruelas e calçadas

De janelas rendilhadas...

 

Senhor do Bonfim e Seminário

Lhe zelam à cabeceira

Lhe afagam cada olheira.

 

Senhora da Penha, São Cristóvão

A ladeiam embevecidos

Suavizam-lhe os gemidos.

 

São Lourenço, Calvário, Sé

A vigiam de lés-a-és

E Santana ora a seus pés!

 

O plátano, majestoso

Amoroso, radiante,

A apresenta ao visitante...

 

Elegante, toda candura

É PRINCESA AQUÉM-TEJO!

Explode sorrisos de ternura,

Dá beleza ao Alentejo!...

 

Portalegre, BERÇO MATIZADO,

Lindo painel de azulejo...

Portugal, enamorado,

A abraça e lhe rouba um beijo!!!..."

 

 

Deolinda Milhano, Portalegre

In. “Portalegre em Momentos de Poesia”, 2011, Edições Colibri.

Nota Final: Conforme prometera em post anterior, divulgo hoje o Poema. Deveria ter sido ontem, que ontem decorreu o evento "Momentos de Poesia", mas não me foi possível.

Continuarei a publicar, a partir da Antologia referida.

Allô, Daniel! Allô, Manuela!

“Momentos de Poesia”- Portalegre

Evento de Julho

 

Neste Post nº 403, volto à Poesia!

E à divulgação de um Evento “Momentos de Poesia”, sobre que já tenho falado várias vezes neste blogue.

Após a exposição do cartaz divulgador, anexarei um Poema de uma das Pessoas participantes na Antologia:Portalegre em Momentos de Poesia”, coordenação de Drª Deolinda Milhano, igualmente coordenadora do Evento; “Edições Colibri”, Lisboa, 2011.

Como no blogue já publiquei a Poesia com que participei, “Timor”, divulgarei uma das Poesias, precisamente de Deolinda Milhano, “PRINCESA AQUÉM-TEJO”.

Posteriormente, e sempre que tenha oportunidade, irei dando a conhecer online Poesias de outros Antologiados, como, aliás, procedi relativamente à  XIII Antologia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia - (C.N.A.P.).

Esta atitude enquadra-se em vários dos objetivos por que criámos este blogue. Caso alguém não autorize a respetiva divulgação é uma questão de me dar conhecimento, por ex., através de um simples comentário neste post.

Nesta Antologia, pela sua temática específica, participam vários Poetas e Poetisas por quem tenho grande estima.

Segue-se o cartaz divulgador:

Cartaz Momentos Poesia Julho 2016.PNG

 

 

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