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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“Uma Aldeia Francesa” - Temporada 6 - Episódios 8 e 9 – Parte II

“Un Village Français

(Episódios Globais nº 56 e nº 57)

(15 e 16 de Junho de 2016)

 

RTP 2

 

Episódio 8 – “Le Procès” – “O Processo”

Episódio 9 – “Le crépuscule avant la nuit” – “O Crepúsculo antes da Noite”

 

Setembro de 1944

Adeus Suzanne!

 

Volto ainda a estes dois episódios e bem gostaria de explanar também algo sobre o episódio 10, agora que a sexta temporada está quase a findar e não sei se irão dar continuidade com a sétima, que nem sei sequer se já foi apresentada em França, de momento tão assoberbada com o “Euro”, futebol, realce-se.

 

Na primeira abordagem a estes dois posts, muitíssimos assuntos ficaram por tratar.

Centrei-me fundamentalmente no personagem Jules Bériot, e nas suas funções de Prefeito da Cidade e muitos temas ficaram em “banho-maria”.

Um dos problemas com que Villeneuve se defrontava, desde o começo da guerra e da ocupação, situação aliás comum a toda a Europa, no período entre as duas guerras, acentuado após a “Grande Depressão”, era o abastecimento alimentar. Faltavam víveres para a população civil, os mais imprescindíveis e básicos, como seja o leite para as crianças.

Bériot, na sua atribuição de funções logísticas da Cidade aos diversos Resistentes, designara Edmond, presidente do CDL, como supervisor dessa atividade e do respetivo departamento.

 

Na apresentação exemplificativa deste problema e flagelo social, os guionistas apresentaram-no através da personagem Rita de Witte e do seu filho David.

Desesperada por encontrar comida, leite, alimento para a criança, Rita dirigiu-se ao setor do suposto abastecimento de víveres à população de Villeneuve.

As prateleiras estavam praticamente, não me lembro se na totalidade, vazias.

As possíveis caves, não sei, que não nos mostraram!

Foi, no mínimo, dramática a resposta que obteve.

Que foi nenhuma. Saiu como entrou, isto é, de mãos vazias e o menino ao colo, amortecido de fome.

Que voltasse no dia seguinte ou no outro, que não havia alimento, que havia necessidade de preencher um formulário de adesão e que ela, enquanto estrangeira e judia, não estava entre os considerados prioritários, como se a fome e a necessidade de alimento variasse conforme a cor, a origem, o credo ou supostamente outra qualquer questão ideológica, perspetiva ainda mais grave!

 

Tempos tremendos, erros continuados da Humanidade, (humanidade?), melhor dizendo, Desumanidade, que gastava os recursos numa guerra atroz, estúpida, promovida por tresloucados, destruindo-se e destruindo bens, serviços, canalizados para o tão propalado “esforço de guerra”!!!

Mais grave, é que não tenha havido emenda!

 

Deixemo-nos de filosofias e de ideologias, que como Rita respondeu a Edmond: “Dê-me leite e adiro imediatamente!”

Mas adere a quê?!

(...)

 

E, na sua busca por alimento, como boa mãe que é, encontraria Ezechiel Cohen, com a filha Sophie, na mesma demanda.

E questionando-a como ali chegou e, no fundo, se salvou, pois sabemos o que aconteceu aos judeus, não sabemos se eles, à data, já o saberiam, mas Cohen agradecia a Deus, por estar vivo!

E, paradoxalmente, também a Jean Marchetti, (pasme-se!), o “carniceiro de Villeneuve”, que propositadamente deixou fugir Ezechiel e a filha, que até lhes falou também de Deus e lhes deu conselhos sob a forma de irem para a Suíça!

Estranho, ou não, este comportamento desse personagem tão contraditório, espelho do ser humano!

Contando isto para Rita, como nós sabemos ex-amante de Jean, pai do seu filho David; Cohen, referiu-se a milagre. E, mais uma vez, a intervenção Divina!

“Acreditaria em Deus, se chovesse leite”, lhe retorquiu Rita.

E Rita se quedou numa qualquer soleira de porta, na semi obscuridade ou claridade da rua.

De onde sairia para subir uma escadaria, de uma rua qualquer da Amargura e ganhar a vida, em troco de um favor, no desempenho de profissão tão velha quanto o mundo, para comprar leite e salvar o filho da Morte!

 

Outros dos personagens marcantes nesta 6ª temporada e nestes episódios têm sido os milicianos. Presos na Escola, apreensivos quando ao seu futuro, que julgados em conselho de guerra, em tempo da dita, seria fácil inferir o veredicto.

As reações face a esse futuro incerto, mas certo, variavam. Um debochava sobre o que fizera. Alban, extremamente culpabilizado, queria confessar-se. E interrogava-se como Deus os abandonara. Estranhos são os desígnios e invocações divinas, nestes momentos!

“Faço parte dos que mataram!”

Alban precisou de se aliviar e para isso foi acompanhado por Antoine.

Lembraram-se um ao outro o que haviam visto.

Antoine presenciou o infanticídio dos dois irmãos, filhos de Vernet, cometido pelo miliciano.

Alban viu Antoine e Suzanne, escondidos no armário, no quarto da filha desta, mas não os denunciou.

(Julgo, não tenho a certeza, que Alban fora também refratário, como Antoine...)

E enquanto Alban se aliviava no mictório, apareceu-lhe a irmã, assomando-se numa janela, a falar-lhe da avó. (...)

Falamos desta personagem, cujo nome ainda não fixei, que virá a ganhar algum protagonismo nos episódios subsequentes...

 

E já que falámos de Antoine, não esquecemos Suzanne, também nomeada Juíza.

De Kervern ficaria assombrado!

E, sem sombra de dúvidas, a mulher tenta conquistar o jovem. Que lhe resiste e escapa como enguia.

 

E prossegue o julgamento, a farsa de julgamento, pleno de contradições, formais, processuais e reais.

Daniel Larcher, naquele contexto de tribunal, a figura com mais formação intelectual, dá a volta ao texto, como se diz. Dá um baile ao procurador e aos juízes.

No meu ponto de vista, que nesta série não consigo ser nada isento; digo, segundo a minha perspetiva, sem razão alguma. Simplesmente manipulação, tão peculiar na advocacia.

Porque, o que acha?!

Nomeadamente no referente a Blanchon, chefe das milícias, haveria alguma dúvida?!

(...)

 

Infanticídio In. marianne.net.jpg

 

E retornamos aos milicianos e a Alban, que extremamente tenso e sofrido, (que só me lembra Ronaldo, ansioso por marcar golo), acabaria por confessar-se.

E lá lhe saiu a confissão.

E o perdão.

“O seu sofrimento e confissão abrem-lhe a porta para o perdão”! Lhe disse o confessor.

 

E abro aqui mais um dos meus parêntesis. Mais uma das minhas questões.

Não vi todos os episódios, mas só agora me apercebo da presença de um ministro da Igreja.

Será impressão minha? Falta de espírito de observação? Ou, realmente é a primeira vez que tal sucede?

Aliás, entre os diversos personagens mencionados não há qualquer referência a sacerdote.

Não será estranho este facto?!

(...)

Houve, contudo, cenas ocorridas na igreja da cidade, local de encontro de Resistentes, a combinarem ações, atividades, sinal de que o templo era um local onde os oposicionistas à ocupação se sentiam seguros.

 

E lembramos que também decorria o baile.

E nele, já falámos, (ou não?) dos enlaces entre francesas e americanos e não resisto a referir a hesitação e perplexidade do secretário de Bériot, em arranjar também mulher para um militar negro! (Que, aliás, protagonizou enorme sucesso, pois era um excelente dançarino!)

E Ezechiel também deu a volta a Rita e com ela também volteou na bailação!

Ao lado, que tudo se passava na Escola, os condenados à execução, os milicianos, escutavam.

E chegariam alguns elementos da “purga”, que assolava a Cidade, ainda sem polícia.

E o filho de Marie Germain desancou forte e feio. (Pudera!)

 

Antoine e Suzanne bebiam. Ela fumava!

Viu a prima do marido e num ápice se lhe atirou desvairada. Lembremos, eu próprio assim julgava, que era suposto ter sido essa mulher quem denunciara Antoine e Suzanne.

Loriot, já assumidas as suas funções policiais, interveio, esclarecendo que não fora ela a denunciadora, mas uma outra vizinha e que Suzanne poderia confirmar no registo efetuado na Polícia.

Suzanne pediu desculpa e aproveitando a presença do marido, apanhou a deixa para ir à respetiva casa, a visitar a filha.

Azar o dela.

 

Antoine, já mais liberto, que o vinho bebido diretamente da garrafa ajudava, dirigiu-se à rapariga que o intrigava e atraía, que achava conhecer, lembrando-se de onde. Da célebre cena das duas francesas a nadarem no lago com soldados alemães.

Não a denunciou, que seduzido já estava, e também dançaram o swing. E também dançariam na cama, finalmente concretizando o almejado final, que não alcançara com Suzanne.

Adeus, Suzanne!

E também finalizo.

 

 

 

“Uma Aldeia Francesa” - Temporada 6 - Episódios 8 e 9 - Parte I

“Un Village Français

(Episódios Globais nº 56 e nº 57)

(15 e 16 de Junho de 2016)

 

RTP 2

 

Episódio 8 – “Le Procès” – “O Processo”

Episódio 9 – “Le crépuscule avant la nuit” – “O Crepúsculo antes da Noite”

 

Setembro de 1944

Um Prefeito não perfeito!

 

Processo in. programme.tv..jpg

 

Após a rendição dos milicianos e a impossibilidade de os transportar para Besançon para o respetivo julgamento, Jules Bériot organiza o processo, para que o julgamento ocorra em Villeneuve, instalando um Tribunal Marcial na Escola.

(Já vimos que a Escola dá para tudo: centro de acolhimento, prisão, hospital, tribunal... E os Professores e Professoras também.)

Veja-se precisamente o caso de Jules Bériot.

Recentemente regressado de Argel, empossado como representante da França Livre na Cidade de Villeneuve, na qualidade de Prefeito, ex-Professor e ex-Diretor da Escola e com aspirações a Presidente da Câmara, organiza o processo dos catorze milicianos, que, no último ano de ocupação alemã, aterrorizaram a Cidade, rivalizando com os boches, sob cujas ordens serviam.

 

Apesar de assoberbado com imenso trabalho, desde a estruturação da orgânica funcional dos vários serviços que é preciso reinstalar, da falta de pessoal habilitado e de confiança, da escassez de recursos, da penúria e racionamento dos alimentos, apesar de todas estas e outras dificuldades...procura estruturar o processo dos milicianos, segundo as normas de equidade na aplicação da Justiça.

Nomeia três juízes: Anselme, Antoine, Suzanne; um procurador, Edmond e um advogado de defesa: Daniel Larcher.

Seria interessante abordar como se chegou à constituição deste tribunal improvisado.

Não deixo de realçar que conseguiu convencer o médico a ser advogado dos milicianos, mas teve que dar contrapartidas. Teve que negociar, ceder para ganhar algo em troca. Comprometeu-se a que houvesse alguma benevolência no futuro julgamento de Hortense!

E é assim que vai ser a sua ação, enquanto prefeito. Negociar. Para ganhar alguma coisa também vai ter que ceder e de algum modo, perder alguma da sua coerência.

Irá acontecer algo idêntico com Raymond Schwartz e a respetiva Jeannine que se acoitou na serração.

Acontecerá algo semelhante com Loriot, que irá nomear como chefe da Polícia, “malgré tout”!

 

Ainda assim arranja tempo para organizar o “Baile da Libertação”. Que toda a gente anseia por uma bailação de que estavam privados há quatro anos.

Acompanhado de bom vinho, diretamente das caves do ex-subprefeito Servier, que importa se foi oferta “generosa” dos ex-amigos(?) alemães. (Amigos de Servier, frise-se.)

Vinho é vinho. É generoso e alegra os corações. E não pede muito. Apenas que o bebam! E, depois, ele faz o resto...

 

(E com esta escrita já vou no baile e ainda quero falar do processo...)

 

Relativamente ao mesmo, que Bériot procura previamente estruturar com toda a Justiça, como vimos, ficaremos surpreendidos com a ordem peremptória que o atual prefeito recebeu diretamente dos seus superiores de Dijon, via telefone.

“...

Quero os catorze milicianos à frente de um pelotão de fuzilamento, amanhã!

Não sei quem foi o autor de tal ordem, mas é Alguém com Poder!

Que ainda estavam em guerra, e que os milicianos e boches, nas cidades onde ainda não houvera a Libertação, continuavam a matar. E era preciso transmitir-lhes uma mensagem clara.

 

E Bériot acatou totalmente a ordem.

E tratou de convencer os três juízes de que o veredicto do tribunal teria que ser “culpados”!

Anselme convenceu-se facilmente, entendeu completamente a situação face ao que fora o modo de atuar e fazer dos milicianos. No fundo, seria pagar-lhes com a mesma moeda.

Suzanne foi bastante mais renitente, mas aceitou.

Antoine foi ainda mais difícil de convencer, é um jovem cheio de ideais, mas face à decisão de Suzanne e, “para não a deixar sozinha”, também concordou.

 

Parafraseando um dito célebre: “O Juiz decidiu, está decidido!”

Decidido não está, que o julgamento ainda não aconteceu, mas Bériot já foi encomendar a madeira para os caixões à serração de Schwartz.

E foi aí que teve que negociar com o industrial, depois de lhe dar os parabéns pela sua ação na Resistência no último ano. Mas também teve que se comprometer a ser também benevolente com a “chata”, colaboracionista e fascista da Jeannine.

E arranjar gasolina, que os títulos provisórios da República, provisória e Livre, não serviam de nada.

 

E gasolina só os americanos.

E, com estes, Bériot voltou a negociar, mas também acatou ordens! E até ouviu reprimenda do comandante americano Bridgewater. Jules e os franceses são, continuam a ser, intermediários.

Aquele quer ordem na cidade. (Bériot não tem polícia e há grupos armados a fazerem baderna.)

Ainda estão em guerra, os americanos todos os dias perdem homens. Bériot tem que criar uma autoridade na Cidade.

E foi também nesse propósito, que teve que negociar com Loriot!

 

De negociação em negociação  e no respeitante ao “processo” ficou este totalmente inquinado, logo à partida. Processo com julgamento falseado e veredicto combinado e já definido: culpados. Com execução marcada para o dia seguinte até às treze horas!

 

Que acham os senhores leitores e leitoras?!

Era possível, naquele contexto e enquadramento, aplicar adequadamente a Justiça?

Era necessário agir daquele modo?

Haveria ou não outro modo de atuar?!

...?!

baile in. youtube.com

Apesar de todo o assoberbamento com o trabalho, ainda assim, Bériot teve tempo e paciência para organizar e participar no “Baile da Libertação”, embora não dançando, que a sua Lucienne não baila com o prefeito, pois está retida no apoio ao seu amado Kurt, com quem dançou em anterior e distante baile, agora também impossível de repetir, que o jovem está amarrado à cama. E transfigurado pelas queimaduras.

Mas Jules bebeu e bebeu bem, de bom vinho, talvez de alguma cave vinícola francesa que os ocupantes alemães terão assaltado, quando invadiram a França.

E recebeu aplausos e loas dos circunstantes no baile, sempre acolitado pelo secretário, trazido da Argélia.

E também e ainda, apesar do vinho, ou talvez por isso, e após o puxão de orelhas do comandante americano, teve a lucidez de ordenar ao secretário que arranjasse uma mulher para o americano adjunto do comandante.

E interessante foi a forma como esse arranjinho foi arranjado e como o secretário trocou as voltas à moça francesa, para que ela caísse nos braços do americano, fazendo trocadilhos entre o francês da rapariga e o inglês do militar.

 

Mas, nesta narração vou deixar o baile, retomar o fio à meada relativamente a Bériot, representante da República, da França Livre e como se desenvolvia a sua atuação, naqueles tempos conturbados de reinício da “vida democrática” em França.

 

E bebido e bem bebido, regressou a casa, na ilusão de que teria Lucienne, ainda sua esposa, de braços abertos, desejando-o.

Desengane-se, caro leitor, Lucienne nunca o desejou.

(E, frise-se, continuam, passado este tempo todo, ainda a tratar-se por você.

Nem depois das lições de Madame Berthe mudaram tal atitude!)

 

E face ao não desejo da mulher e não vamos conjeturar mais razões, que não sabemos, dirigiu-se ao quarto onde dormia Kurt.

Sem dúvidas e talvez dando cumprimento ao pedido formulado pelo ferido, “de morte assistida”, pegou numa travesseira e com ela sufocou o moço. Sem mais nem menos!

O dito cujo ter-se-á arrependido do pedido efetuado, porque se fartou de esbracejar. Mas Bériot concluiu a sua tarefa.

Impressionante aquele arfar do rapaz e, morto, a boca aberta e os olhos arregalados.

Jules teve o discernimento de lha fechar e cerrar-lhe os olhos, que, por momentos, pensei que iria esquecer-se.

Assim, nessa pose, a Morte parecia mais justa, mais serena! Talvez imprescindível!

E é, deste modo, que a República se reergue em Villeneuve, através deste seu lídimo representante.

E também foi assim que terminou o nono episódio, cujo tema central da narrativa foi o célebre e desejado baile, a que, talvez, ainda volte nesta minha narração tão parcelar. E parcial!

Intitulado “O crepúsculo antes da noite”. Significante do que virá a seguir?

Após um processo e julgamento falseados, uma execução arbitrária e aleatória?!

 

E tanto que fica por contar e como se poderia extravasar para a atualidade.

Para a política... para o futebol, que o “Europeu” até se joga em França!

Tanta coisa...!

 

Ah! E lembrar que Bériot, nesta sua atitude conciliatória e negocial, ainda teve oportunidade de salvar Servier de ser linchado pela turbamulta!

 E ainda!

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