Antologia da APP – Associação Portuguesa de Poetas (XI)
“A Nossa Antologia”
XX Volume - 2016
(57 Autores)
Editor: Euedito
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Introdução:
Neste Post nº 513, concluo a divulgação de Poesia da XX Antologiada da APP - 2016!
Neste 11º Grupo, e último, figuram: Natália Fernandes, Paula Laranjo, Rosa Redondo, São Reis, Teresa Duarte Reis, Teresa Ruas e Virgínia Branco.
De cada um dos antologiados, selecionei uma Poesia, como habitualmente.
(Rosa Redondo e Virgínia Branco já figuram no blogue, no âmbito da XIII Antologia do C.N.A.P. – Círculo Nacional D’Arte e Poesia.)
Aprecie, caro/a Leitor/a, se faz favor!
Assim, comemoramos também este Mês, Março, dedicado à Poesia!
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NATÁLIA FERNANDES
“HORIZONTES DE SONHO”
“Em teares de nostalgia
pinto horizontes de sonho
e remansos de magia…
Ao sulcarem minhas veias
os rios da emoção
meu pensamento é a tela
onde surgem devaneios…
A outonal madrugada
de lírios é perfumada
e aflora meu coração
fugidia ilusão.
Flutuo e bebo sonhos
e em leveza, os sentidos
pincelam as noites brancas
de mil anseios retidos.
Sorvo no degrau vencido
gasto pelo tempo ido
fragrâncias d’amor em mim
rejeitando ainda o fim…
Pintada que foi a tela
eivada de sentimentos
a bordar ternos momentos,
dispo-me desta ilusão
desfazendo a “veste” aos ventos…!”
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PAULA LARANJO
“MAR”
“Trazes um sopro
de magia
enrolada
numa onda.
Trazes o encanto
de um olhar
que embeleza
o teu mar.
Trazes a luz
enfeitiçada
que enlouquece
a madrugada.
Trazes o brilho
incandescente
que permanece
eternamente. ”
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ROSA REDONDO
“SONHO DESFEITO”
“Ando hoje ao sabor das memórias
Balançando entre sonho e fantasia
Cantando momentos de glórias
Dum tempo passado… alguma alegria.
Enquanto em teus braços me acariciavas
Falavas de amor com tanta magia
Ganhava mais alento quando tu chegavas
Horas eram dias… quando não te via.
Indiferente seguia sem ver o abismo
Já na Primavera me pareceu Inverno
Levantei-me um dia e foi como sismo
Meu olhar turvou-se o Céu fez-se Inferno.
Naquela manhã perdi toda graça
Os olhos choraram tristes, minhas penas
Pintei outro quadro e sem carapaça!
Quantas amarguras deixei em poemas.
Rasguei essas cartas, que encantada li
Senti raiva e dor, até quis morrer!
Traição engendrada foi isso que vi
Um amor assim, não sei descrever.
Vieste… cruzaste este meu caminho
Xadrez foi o jogo… comigo jogaste
Zombaste e perdeste amor e carinho.”
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SÃO REIS
“BOA SAMARITANA”
“À querida Doutora Madalena Perestrelo
Centro de Saúde de Marvila”
“Eu amo pra sempre a Doutora Madalena
Ela prós seus doentes é atenciosa
E possui aura tão maravilhosa
Exala luz e perfume… verbena!
É linda!... E como eu tão pequena
Sempre vi a Doutora mui graciosa
Para os seus doentes é muito bondosa
Pra mim teve sempre conversa amena!
A Doutora é muito profissional
Abraçou a Medicina… nobre Ideal!
Nesses conhecimentos é soberana!
Sua acção médica é cheia de luz
Será talvez inspirada por Jesus
Pra nós é bem Boa Samaritana.”
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TERESA DUARTE REIS
“POESIA ALADA”
“A sombra das flores perfumam os prados
Ensejo de paz nos campos em flor
É o despertar da vida no silêncio campestre
Em doce melodia, num grito de amor.
É poesia alada, brincando com o vento
Poisando sobre o trigo, cheirando o jasmim
É o macio das papoilas bordando as searas
Em ternura de abraços que envias para mim.
Ai, doce ternura sinto também no luar
Como a embalar os meus sonhos na lonjura
Quando o dia fechou os olhos de mansinho
Sinto que me olhas em meu sonho, na saudade
Qual ave debicando das flores a ternura
Na esperança do encontro em doce ninho. ”
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TERESA RUAS
“PORQUE FAÇO POESIA?”
“ Já na Primária eu pedia
Para redigir em verso.
A professora sorria,
Incentivando-me o jeito,
E essa redacção surgia
Com a maior alegria
Sobre qualquer tema eleito.
Era como água a brotar
Meu olhar de verde esperança…
Minha forma de cantar
Os meus sonhos de criança.
Ter um poema no sangue
É isto, de não saber
Que, sem termos quem nos mande,
Já o estamos a fazer.
É ferida que fica aberta.
Seiva de vida que corre
Pela tua vida incerta…
Ainda que sejas nada
Não podes ficar parada,
Porque esta seiva Não morre!”
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VIRGÍNIA BRANCO
“A LENDA O POETA E A VIDA!”
“(A um Poeta)”
“Parnaso sugeriu a forma da tua poesia.”
“Ainda em embrião visitaste o templo de Atenas
e foste testemunho, do amor e da paixão
de Posidon (“Rei dos mares e dos cavalos”)
por Medusa, sua amada!
Pégaso nasceu desta paixão firmada.
Um cavalo branco, alado,
que em seu voo te levou
até ao Monte Helicon,
onde residiam as musas.
Pégaso no seu cavalgar
Imprimiu uma patada, que se firmou
Nas terras do Monte.
E qual poço artesiano; eis que
muita água dela brotou!
Hipocrene foi o nome dessa fonte.
Tu Poeta saciaste nela as tuas sedes;
Verdadeiro amante da clássica Poesia.
Apolo partilhou contigo, a magia
da ambrósia que te alimentou
e te ofereceu a imortalidade!
Ao fim de 9 meses impunha-se a natalidade;
Pégaso voo por terras e mares chegando contigo ao Tejo,
onde as ninfas te beijaram.
E uns braços maternos te acolheram e amaram!
O mesmo mar e rio que viu partir as Caravelas,
te ofereceram muita inspiração,
de que és fonte perene…
Porque bebeste a água de Hipocrene!”
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Notas Finais:
- Este é o último grupo de antologiados de que apresento um texto poético, de entre os que foram dados a conhecer na XX Antologia da APP.
- É natural e possível que tenha cometido algum erro, involuntário, frise-se.
- Se por acaso observar alguma incorreção, agradeço que me dê conhecimento, se faz favor!
- Se quiser ter acesso a cada Grupo de Antologiados, basta clicar, em cada palavra assinalada neste período!
(A Fotografia é um original D.A.P.L. 2016.)