Antologia da APP – Associação Portuguesa de Poetas (I)
“A Nossa Antologia”
XX Volume - 2016
(57 Autores)
Editor: Euedito
Introdução:
Conforme prometido, irei divulgando, no blogue, poesias dos vários antologiados, à medida que for tendo oportunidade, conforme fiz com a XIII Antologia do Círculo Nacional D'Arte e Poesia - CNAP, 2015.
Alguns poetas e poetisas, que figuram na Antologia da APP, já constam do blogue, no contexto da Antologia do CNAP, a saber:
João Francisco da Silva
José Branquinho
Rosa Redondo
Virgínia Branco.
Ainda na Introdução à XX Antologia da APP, mencionar que o Prefácio é da Autoria de João Coelho dos Santos. Como o próprio refere, uma forma “original” de elaboração.
Neste 1º conjunto de Poesias, divulgarei de:
Aires Plácido, Aline Rocha, Ana Matias e Ana Silvestre.
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AIRES PLÁCIDO
“VELHOS”
“Vão ao baile, vão dançar
Quem em novo dança bem...
Aperaltados lá vão
Dos sessenta e tal aos cem.
E depois na leitaria
Dá gosto vê-los!,
Riem muito e namoram
Falam pelos cotovelos.
Ainda bem é viver
A vida quer-se risonha,
A vida sem um sorriso
Tropeça, tomba tristonha.
Vão ao baile, vão dançar
Dançar é como se fosse...
Caísse do céu madura
Na boquinha pera doce.
Fazem bem, a vida
Que triste é ver alguém,
Esperar que a morte venha
Em casa e sem ninguém.
Vão ao baile, sejam felizes
E namorem..., pois então!
Esta vida são dois dias
E às vezes nem dois são.
Velhos?- Palerma!
Quem dia a dia dança,
(Que bela atitude!)
Ri e muito namora...
Tem eterna juventude.”
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ALINE ROCHA
“VALSA DA VIDA”
“Dançámos a longa valsa da vida
ao som e ao ritmo da nossa idade
deslizando em passos ou corrida
numa sala chamada de saudade
A música, por nós dois era sentida
com o fervor da nossa mocidade
em meus braços uma rosa florida
fruto dessa dança da liberdade
Resta-nos viver da recordação
que convida ao beijo e ao abraço
choram nossos olhos de emoção
lágrimas vagarosas de cansaço
Fiz este poema para recordar
o que o nosso coração não esqueceu
por certo, não conseguimos valsar
mas o meu amor será sempre teu”
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ANA MATIAS
“TU E EU”
“Nas densas florestas
De ti
Quero entender...
O semblante,
Do teu ser...
Nessas escuras veredas
Por árvores frondosas
Sentir-te...
Ser parte de ti.
Na estrada parcamente
Iluminada
Ver a luz da tua vida
Em mim...
Cercada dessa aura
Nos abraços
Que não te dou
Dos momentos...
No olhar por fixar
Em ti...
No teu eu,
E no meu...
Olho-te sem te ver
Sinto-te sem te ver
Vivo-te sem viver
Em toda a complexa
Panaceia,
De nós...”
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ANABELA SILVESTRE
“POETA”
“Tatua letras, palavras,
Emoções...
Em toda a sua pele.
Não consegue agrilhoá-las
Em si,
Fogem para o infinito.
Já não são suas,
Saíram de si
São de quem as ler.
Poeta,
Viajante de sensações,
Grava desenhos na alma,
Que eterniza diariamente
Poeta, simplesmente poeta,
Bebendo em si!”
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Epílogo:
Pois, caro/a leitor/a, espero que tenha gostado destes belos poemas!
A Foto, original de D.A.P.L., 2015, intitula-se “Frutos de Outono”.
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("Epifania da Primavera: Flores da Amendoeira - Original DAPL - 2015?)
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XX ANTOLOGIA APP
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