Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Porque não candidatarmos também uma das Árvores da Aldeia?!
Uma questão a pensar. Um desafio que lanço.
As fotos documentam duas Árvores emblemáticas da nossa Aldeia.
A Araucária de Norfolk, que rivaliza com a Torre da Igreja Matriz. Toda a gente sabe onde fica. Lembro-me de esta Árvore ser mais baixa que a Torre. (Há cerca de sessenta anos!) Atualmente, é mais alta.
Quantos anos terá?! Conhece o método de datação das Araucárias?! (…)
Foi fotografada na Serra, da Cidade de Régio. Em 2 de Agosto de 2021, no decorrer de um “Passeio em Família”. É ainda uma planta muito jovem, a da foto, conforme se pode ver. Quando adultas, embora possam ser consideradas arbustos, podem fazer-se árvores de algum porte.
Agora, em pleno Outono, as Árvores desta família, adultas, estão carregadas de frutos. Vermelhos alaranjados.
São muito saborosos. Mas convém não abusar, não lhe apliquem o teste de alcoolémia, caso vá conduzir, após se banquetear.
Também existem muitas árvores deste tipo pelas Serras Algarvias. Têm fama esses frutos pelas “águas” que produzem. De Monchique?! Ardentes?!
Também é uma das Árvores que têm história, que é uma rubrica, melhor, tema, que tenho abordado com alguma frequência no blogue, embora não sistematicamente com direito a numeração.
Faz parte de um conjunto de plantas “irmãs” que comprei num supermercado na Sobreda, há alguns anos. Mas já neste milénio. Vinham todas no mesmo vaso. No quintal, transvasei-as, separando-as, para melhor se desenvolverem.
Plantei esta no Chão e outras, nos quintais. Dei exemplares a várias pessoas, familiares e amigas.
Todas têm crescido e até já deram frutos e já nasceram árvores destas iniciais.
Dão muitas sementes. Propagam-se com facilidade e a passarada ajuda à disseminação.
Esta das fotos, está plantada num canto do Chão, perto do caminho - Azinhaga do Porcozunho, onde esta entronca com a Azinhaga do Poço dos Cães. No lado oposto do caminho está um poço. Aí vai esta planta beber, que é para isso que serve a água e as raízes para lá se deslocam, na respetiva procura: hidrotropismo.
Essa foi uma das razões por que a plantei no local referido.
A outra razão deve-se ao contraditório do que diz a quadra.
Coloquei-a ali, perto do caminho, para quem quiser, levar um raminho.
E esse facto verifica-se constantemente. Os ramos do lado da Azinhaga do Porcozunho vão sempre desaparecendo.
Bom proveito façam, a quem os leva. E que torne as comidas saborosas.
Sim, as folhas desta planta são muita usadas em culinária.
Já sabe que planta é? Sabe desde o início?
Também se chama a esta planta o “sempre sobra”. É uma espécie de anexim. Porque usando-se na comida, as respetivas folhas são postas de lado. Não são comidas.
E esta é uma parte da História desta planta que é uma árvore tutelar, fazendo parte das florestas primitivas de Portugal: Continente e Ilhas.
Vou continuar com a temática das plantas. Neste caso, não questiono sobre a respetiva designação. Deduzo que o/a Caro/a Leitor/a conhece. E eu também.
Este marmeleiro é uma das árvores que tem uma história para contar. Aliás, todas têm. Nós é que não as conhecemos, porque esses são os segredos que elas nos guardam. O respetivo tronco é um repositório de histórias.
É proveniente de um bacelo que um colega me trouxe da Régua, em 1984/85. Foi abacelado pelo meu Pai, no local onde ainda está. Na margem de uma valeta, forma com outras árvores um renque, bordejando a vala de escoamento de águas de terrenos a montante. Enquadram-se no sentido norte sul. Esta já foi a maior desse alinhamento. Atualmente é ultrapassada por uma amoreira e um chorão. Hei de trazê-las ao blogue.
Entretanto, como é próprio de marmeleiros, criou outros rebentos, que não são mais do que si mesma sob outras aparências, só superficialmente diversas, porque são uma e a mesma planta, o mesmo ser vivo. Que, aliás, serão a mesma entidade da que lhes forneceu o ramo, lá na longínqua Régua. Mistérios da Natureza e das Plantas!
As flores são dum desses rebentos que vou deixar crescer, para melhorar esse renque de arvoredo.
E na foto final, bem como noutras, em fundo, está outra árvore, esta mais na categoria de arbusto, que também tem história para contar.
Votos de Feliz Primavera. Já agora, sem chuva. Que, por aqui, na Grande Lisboa, têm sido cá uns carregos de água! Quase diluvianos!
Saúde!
(P.S. - Categorizei este postal, como "Árvores com História - III", porque sei de certeza de dois postais que assim classifiquei. Se eventualmente tiver outros, procederei à respetiva ordenação.)
Vou continuar com a temática das plantas. Neste caso, não questiono sobre a respetiva designação. Deduzo que o/a Caro/a Leitor/a conhece. E eu também.
Este marmeleiro é uma das árvores que tem uma história para contar. Aliás, todas têm. Nós é que não as conhecemos, porque esses são os segredos que elas nos guardam. O respetivo tronco é um repositório de histórias.
É proveniente de um bacelo que um colega me trouxe da Régua, em 1984/85. Foi abacelado pelo meu Pai, no local onde ainda está. Na margem de uma valeta, forma com outras árvores um renque, bordejando a vala de escoamento de águas de terrenos a montante. Enquadram-se no sentido norte sul. Esta já foi a maior desse alinhamento. Atualmente é ultrapassada por uma amoreira e um chorão. Hei de trazê-las ao blogue.
Entretanto, como é próprio de marmeleiros, criou outros rebentos, que não são mais do que si mesma sob outras aparências, só superficialmente diversas, porque são uma e a mesma planta, o mesmo ser vivo. Que, aliás, serão a mesma entidade da que lhes forneceu o ramo, lá na longínqua Régua. Mistérios da Natureza e das Plantas!
As flores são dum desses rebentos que vou deixar crescer, para melhorar esse renque de arvoredo.
E na foto final, bem como noutras, em fundo, está outra árvore, esta mais na categoria de arbusto, que também tem história para contar.
Votos de Feliz Primavera. Já agora, sem chuva. Que, por aqui, na Grande Lisboa, têm sido cá uns carregos de água! Quase diluvianos!
Saúde!
(P.S. - Categorizei este postal, como "Árvores com História - III", porque sei de certeza de dois postais que assim classifiquei. Se eventualmente tiver outros, procederei à respetiva ordenação.)
Hoje, volto a escrever sobre árvores. Sobre uma Oliveira, dou-lhe categoria de nome próprio, dado que é um verdadeiro monumento vivo, cujo idade desconheço com exatidão, mas atrevo-me a atribuir-lhe uma longevidade à escala milenar. Não menos de dois mil anos!
Há um método de datação, patenteado por uma Universidade que calcula a idade a partir do perímetro da árvore. Fica um pouco caro. Desta também ainda não tive oportunidade de medir o perímetro da base. Tal como ainda não o fiz à outra que apresentei no postal sobre os Durrells.
Terão as Árvores História?! Já formulei esta pergunta anteriormente. E, neste concurso de Árvores do Ano, é algo que pesa na respetiva avaliação. A pergunta poderá surpreender. Terão as Árvores também História ou terão pelo menos a sua história?
Já apresentei imagens de árvores impregnadas de História ou uma oliveira várias vezes centenária, quiçá milenar, é ou não um ser vivo carregado de História?! Um verdadeiro monumento vivo!
Estas oliveiras que tenho apresentado têm uma verdadeira história marcada nos respetivos troncos, histórias biológicas, climatéricas…
Mas também têm uma História Humana subjacente, que poderemos supor, subentender, congeminar, formular hipóteses.
Quem a plantou? Enxertada a partir de uma oliveira brava / zambujeiro? Semeada? Plantada a partir de um bacelo?
Quantas pessoas terão colhido a sua azeitona? Quantas gerações? Que pessoas se acolheram à sua sombra? Quantas cantigas ao desafio terão sido cantadas a partir dos seus ramos, enquanto homens colhiam e mulheres apanhavam a azeitona? Que juras, promessas de amor terão sido proferidas à sua beira? Alguém terá caído dos seus ramos enquanto colhia o seu fruto?
Aonde ia a azeitona ser desfeita em azeite? A que lagar, a que povoação?
Não muito longe também existiu um “povoado” romano. Terão sido esses habitantes – agricultores que plantaram esta oliveira?
O povoado mais próximo atualmente é Aldeia da Mata, mas cuja fundação será bem mais recente. Existem documentos do século XVII, na própria localidade, os cruzeiros. Existem casas de habitação que possivelmente remontarão ao século XIV. A Oliveira é muitíssimo mais antiga, e existindo, é prova de que a região é habitada há vários séculos.
Também existe uma anta ou dólmen nas proximidades. Que terá cerca de cinco mil anos. O cultivo da oliveira parece ser posterior a essa data. Não terão sido esses habitantes mais antigos que a terão plantado, uma vez que será mais recente.
Não será fácil conjeturar que povo a terá plantado. Aliás na região existem várias oliveiras milenares, muitas, várias vezes centenárias, prova do respetivo povoamento por populações que se dedicavam à agricultura.
Sobre esta também só posso conjeturar e apresentar fotos de vários ângulos.
E houve quem não resistisse à foto: uma ovelha chocalheira.
Está a decorrer o concurso para escolha da Árvore Europeia do Ano.
(Foto: Cortesia Ana M. Fonseca dos Santos)
A árvore representante de Portugal é a chamada “Árvore do Rossio”. Isto é, o “Plátano do Rossio”, plantado nos finais do século XIX, precisamente no designado Rossio, de Portalegre.
É uma árvore carismática, no contexto da Cidade de Régio e da sua cultura. Ponto de passagem, ponto de encontro, local e sala de estar da Cidade, tem muitas estórias para contar. Assim ela falasse. Algumas das histórias estão assinaladas no seu enquadramento, em placas comemorativas. Brevemente virá outra. Idealmente seria que além de a caraterizar como Árvore de Portugal 2020, também almejaríamos que fosse Árvore Europeia 2021.
Para isso é necessário o seu voto. A partir do momento em que foi escolhida como Árvore Nacional é desse modo que concorre a Árvore Europeia.
Deverá escolher duas árvores. Além da nossa, deverá também assinalar outra. Selecione uma outra das menos votadas, digo eu, sei lá! Você é que sabe. Eu já votei.
Informo que as fotos foram registadas em Abril, na Primavera, uma das épocas mais bonitas do Alentejo.
Dois aspetos importantes, com duas imagens peculiares.
Um dos vários Pinheiros Mansos, árvores de grande porte.
A “cascatinha”: a água corre todo o ano, agora em Agosto, um pouco menos. A parede é bordejada de várias plantas: heras, avencas, pequenos fetos… e uma variedade de ervas cujo nome desconheço.
Seguem-se exemplares de elementos naturais, uns que conheço, outros não.
Flor de Ervilhaca
Flor de um arbusto cuja flor é parecida à do pilriteiro / carapeteiro / espinheiro, mas que não é e que julgo não ser autóctone. É muito usado como sebe.
Uma Bufa de lobo ou Bufa de velha, uma variedade de cogumelo, nascida na própria rocha de xisto (?).
Erva Toira
Uma flor de uma variedade de Cardo.
Outra flor de uma planta cujo nome não conheço, mas que é muito vulgar no campo.
O campo salpicado de uma das várias variedades de Malmequeres.
(A Cidade vai-se avistando ao longe, no seu casario tradicional, à medida que nos aproximamos, destacando-se o perfil da Sé. Não incluo foto e, por hoje, ficámos por aqui, nesta viagem virtual. Também ainda não é desta que apresento as ovelhas, nem a cadela simpática que, por vezes, nos vem cumprimentar.)
Alguns reparos...
Agora, em Agosto, está tudo demasiado seco, perigosamente seco. As encostas a Norte / Noroeste estão cheias de matos, de floresta de pinheiros mansos e bravos, não desbastados, nem limpos. Um verdadeiro rastilho de pólvora, praticamente dentro da Cidade.
E... a Corredoura...
A Corredoura, célebre parque urbano, bem central na Cidade, na sequência da intervenção do “Programa Polis”, no início do milénio, perdeu parte substancial do seu arvoredo, para além do peculiar lago.
No respeitante às árvores, é de todo conveniente que seja efetuada plantação de novos conjuntos de plantas. O espaço, bem estudado, comporta muito bem essa possibilidade. Ademais, a relva é regada muito frequentemente, pelo que as novas árvores e arbustos aproveitariam muito bem esse benefício.
Imprescindível é que sejam autóctones, ou adaptadas há séculos. Que deixem de disseminar os habituais plátanos e aceres, exóticas.
Árvores: carvalho, salgueiro, amoreira, amieiro, aroeira, amendoeira, de folhagem caduca; sobreiro, azinheira, loureiro, alfarrobeira, perenes. E até cedros, cujos protótipos exemplares foram cortados.
Arbustos: alecrim, rosmaninho, alfazema, roseira, planta que tanto embeleza os parques e jardins, mas que é tão pouco aproveitada em Portugal! E porque não as giestas amarelas que tanta cor trazem em Abril e Maio?!
Estas são apenas e tão somente algumas sugestões, que permitem várias hipóteses de escolhas possíveis. Compete, a quem de direito, pensar no assunto.
Mas que o Parque comporta e precisa mais arvoredo, isso… “Só não vê quem não quer ver!”
Umas vezes melhor, outras pior, já contam 553 posts publicados sobre as mais variadas temáticas.
“Aquém – Tejo” sempre presente. Aquilo que mais nos “toca”, que nos está mais “perto”, geográfica e afetivamente, diga-se!
Sem ignorarmos o que se passa no Mundo, à nossa volta.
Não me vou alongar em considerações evocativas. Vou comemorar a efeméride com a colocação de um texto e algumas imagens sobre um dos temas que mais nos “dizem”, que mais nos “tocam”:
- As questões ligadas ao Ambiente e, neste tema tão vasto, tão variegado, as Árvores e a sua importância para a Humanidade.
- E num enquadramento tão relevante, mas tão descurado, o “Mundo Vegetal”, as Árvores, lembrar e documentar sobre uma Árvore muito específica, que tem tido aqui, no blogue, direito a “desfilar”, na sua beleza primaveral, que tem sido aqui, no blogue, referida pela sua História.
Para além das imagens primaveris, é altura de mostrá-la na sua grandeza matriarcal, frutificada, carregada de frutos.
Este ano foi muito abençoada. Em termos estatísticos e, para que conste, frise-se, deu, ofertou-nos, quase mil amêndoas doces. Casca rija, difíceis de partir as amêndoas, é certo, mas não foi avara na sua dádiva.
Na colaboração, sempre constante, neste veículo comunicacional, sempre, repito, desde o início, o trabalho impagável de D.A.P.L.
Mais uma vez, as fotografias são de sua autoria.
E retornando à Amendoeira…
Após esta abundante frutificação e talvez dado este tempo que nos assola, (continuam temperaturas desmesuradamente altíssimas para esta época do ano, bem acima dos trinta graus, somos ainda assolados pelos fogos, ainda!), talvez efeitos de toda esta conjugação de fatores adversos, a Árvore parece que secou.
Parece! Vou deixar chegar nova Primavera. E que chova entretanto. Que chova! Que chova!
(E há, por aí, alguns dirigentes (ir)responsáveis que cismam em ignorar os problemas ambientais, o aquecimento global, os efeitos poluentes de fontes de energia fósseis, o perigo do nuclear, das bombas, das armas, das guerras atrozes, eu sei lá!)
Voltando à Amendoeira…
Todavia e apesar de todas as adversidades, tem uns rebentos, já crescidos e nascidos a uns metros do tronco principal.