XIII Antologia de Poesia do CNAP – Poema: “Eu Vos Venero, Ó Pedras"
Círculo Nacional D’Arte e Poesia
XIII Antologia
Neste post, divulgamos uma Poesia de Rolando Amado (Lisboa):
“Eu Vos Venero, Ó Pedras”
"Passou água, passou vento, tudo e nada
Como deuses de várias formas, sois meu guia
Eu olho as pedras do rio e da estrada
E me esmagam de tempo e sabedoria.
Calhaus rolados ou dunas do deserto
Sedimentos mudos e dispersos
São vidas caladas que eu desperto
Dos pensamentos mais diversos.
Pedras que eu beijo e a que me entrego
Com amor maior humildemente
Ao Nirvana que busco e não renego
Pedras de ti, de mim, pó de semente.
Minha família, irmãs, eu vos escuto
Nesse desejo de amor absoluto
Das vossas entranhas um sinal.
E por toda a verdade que eu sei
Que a vós juntar-me um dia irei
Eu vos venero, ó pedras, afinal."
Rolando Amado (Lisboa)
Nota Final: As fotos são originais de D.A.P.L.
Ribeira do Salto - Aldeia da Mata, 2015