Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Almada – Praça S. João Baptista; Lisboa – Av. de Roma
Porque havemos de viver permanentemente condenados a esta sina de conexão umbilical à cultura de outros povos, à cultura global, esquecendo o que é nosso, o que nos identifica enquanto sujeitos autónomos, independentes e portadores de uma cultura específica, particular e peculiar?!
Não menosprezo a importância dos ditos cujos. Que, aliás, saúdo, os vencedores… (Sempre os vencedores que são louvados! E os “perdedores” não merecem também o nosso louvor? Que seria do vencedor se não houvesse vencido?!... Adiante.)
Venho falar-vos de Cultura, nossa e de Poesia também, Cultura sempre!
Na Oficina de Cultura – Almada foi inaugurada a 26ª Exposição de Artes Plásticas da SCALA. No postal anterior, escrevi que vislumbrara algumas das obras, agora já posso falar com mais conhecimento de causa, pelo que vi na inauguração, no passado sábado, dia oito.
Vá - Vá, não perderá o seu tempo, pelo contrário, sairá enriquecido/a, desfrutando da contemplação dos vários trabalhos expostos. Alguns até podem ser adquiridos.
Conforme já mencionei, nos fins-de-semana há programas específicos, envolvendo outros domínios artísticos. No sábado, cantou e encantou o Grupo de Cantares do Castelo de Sesimbra.
Iniciativa por demais louvável, que engrandece a nossa Cultura, a Cidade, a Oficina de Cultura, a Autarquia, a SCALA. E os seus associados agradecem. Está ali exposto muito trabalho, de muito boa gente, que se entrega a estas tarefas com muitíssima dedicação, desde a conceção até à organização e montagem de toda a logística expositiva. Parabéns e Obrigado a todos, realce especial aos Artistas!
E como me manda ir, ainda voltarei, pode crer.
E também fui, sim! Fui ao Vá – Vá, Avenida de Roma – Lisboa, à habitual Tertúlia da APP, do 2º sábado de cada mês. Ainda que apenas à 2ª parte. Mas valeu!
Após a degustação da praxe, como manda a sã convivência, iniciou-se a segunda ronda.
Joaquim Sustelo disse, dedicado aos Alentejanos, um belíssimo poema de Maria João Brito de Sousa, “… a Ceifeira dos trigais…”; bisou, de Felismina Mealha, alentejana “…Era Dezembro, Mãe, tão perto do Natal…” e ainda lhe ouvi, de sua autoria, “Poema de núpcias de D. Balbina”!
Maria da Encarnação Alexandre (MEA), disse “Enigma … para lá da luz o escuro da distância…” e um poema dedicado às Mulheres: “Mulher é poema de rima perfeita”.
Maria Helena disse um poema de homenagem a José Afonso e “Ser Poeta!”: “…só a Poesia pode salvar o mundo…”
Feliciana Maria disse “Apelo”, um poema sobre a preservação dos oceanos…
E, hoje, dia em que nos media e nas redes sociais e no universo da blogosfera, o assunto de que mais se fala é dos "Óscares", trago-vos, como informação, a realização do supracitado "Encontro de Coros Femininos".
São espetáculos sempre muito interessantes, especialmente quando realizados em salas devidamente vocacionadas para o efeito, como realmente merecem todos os intervenientes. Neste caso, todas as coralistas.
São Cultura Popular. Cultura Pop, ou "Pop Culture", se gostar mais da expressão ou estiver mais direcionado/a para o universo dos "óscares"!
Nestes eventos é sempre indispensável também que quem vai assistir esteja igualmente com atenção. Todas as pessoas envolvidas merecem a nossa maior consideração, por isso, quem vai, vai para ouvir e para escutar, respeitando o trabalho de quem está ali para dar o seu melhor!
Outro aspeto que também não quero deixar de referir é que estes espetáculos devem sempre ser realizados em recintos fechados. De preferência, com as melhores condições possíveis. Não ao ar livre, não na rua, onde se perde completamente a qualidade artística. Ainda no sábado, dezoito deste mês, em Cacilhas, frente ao posto de Turismo, presenciei um Grupo de Reformadas que não conseguiu apresentar o seu trabalho, por falta de condições técnicas para tal.
Este reparo também já o ouvi a diversas coralistas.
Carmen realmente ficou destroçada, não falou diretamente com a tia, de cuja casa saiu, regressando a penates, para junto da madrasta, com quem também não teve coragem de abordar o assunto.
Só desabafou com Toussaint, uma espécie de tio-avô, não sei se é exatamente esse o seu parentesco, um “corso” da velha guarda, o membro mais antigo do clã, que tem conseguido sobreviver à mortandade generalizada, mesmo às mãos de Tony Campana, assassino destemperado, que o poupou, graças aos amores de Saudade, nome lindo, português, não sendo ela portuguesa!
Toussaint ouviu a confissão da miúda, está farto de saber que Sandra matou o irmão, mas deu a volta a Carmen, tirou-lhe essa ideia da cabeça, para a rapariga não se voltar contra a tia, a moça acreditou, voltando novamente a conviver com Sandra.
Toussaint não deixou, contudo, de exercer a sua atitude de revolta recalcada e indo ao cemitério, à campa do jovem assassinado pela irmã, daí retirou a placa de mármore onde Sandra expressava “amores fraternos” para a posteridade e atirou-a para o caixote do lixo.
E seria Sandra que acompanharia a sobrinha ao exame de condução.
E seria nessa ida para o exame, em Bastia, que após cenas rocambolescas de uma perseguição policial, que estou a adiantar-me na narração e a saltar muitos enredos, Carmen assistiria à prisão de Sandra Paoli, sua tia, amiga, confidente e compincha mais velha; como assassina do seu próprio pai, Jean Michel Paoli.
Incrédula, estupefacta, a jovem bem clamou a inocência da tia, o seu elo afetivo mais forte, que mal tendo ainda saído da idade dos “teens”, Carmen já bem conhece o desamparo e desconforto das perdas violentas.
E assim terminou este trigésimo segundo episódio global, oitavo da quarta temporada.
Hoje, iniciar-se-á a quinta, a última desta série, com término previsto para sete de Março!
E resumiu-se a este excerto, o episódio?!
Não, de modo algum. Foi bem mais movimentado, bem mais rico e cheio de adrenalina.
Mas hoje, ainda gostaria de postar mais alguns assuntos.
Não deixo, todavia, de realçar o papel da jovem polícia, Mika, a forma pueril, mas eficaz e corajosa, como ela pôs aqueles polícias “velhos” a mexerem-se e os obrigou a encetarem uma perseguição, que não tinham de todo planeado.
Veremos qual o papel que lhe será reservado na próxima temporada ou se a remetem para uma prateleira qualquer, cumprindo o que lhe disse o chefe da polícia, que não queria “ver-lhe mais o focinho de delatora à sua frente”!
Veremos e aguardemos!
Ah! Outro dos tópicos da narrativa vem assentando nas dissensões internas no clã e nas desconfianças ou discordâncias veladas face ao comportamento de Sandra e às suas fraquezas na liderança e às suas atitudes cada vez mais neuróticas e destrambelhadas.
Pois! Essas discordâncias, que se vinham anunciando, tiveram expressão cabal neste episódio trinta e dois.
Tony Campana que, no fundo, aspira à liderança do clã e é personagem que não olha a meios, quando se trata de usar as armas, conseguiu arregimentar todos os outros capangas, para a organização de um atentado contra Sandra, a “chefe” de todos eles, que só não teve o epílogo pretendido, porque Mika, a agente novata, mas muito perspicaz, através das escutas e da geolocalização dos telemóveis, nos carros em andamento, e do seu discernimento juvenil, detetou essa tentativa de assassinato. Que foi gorada, como presenciámos.
Gorada, sim e também, porque Manu, que estivera sempre relutante face ao golpe de traição contra a chefe, teve novamente um badagaio e não sei se lhe deu para morrer ou ficar apenas a chamar pela sua Christelle!