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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“Mad Men”, Computadores, IBM e Memórias de há quarenta anos!

“Mad Men” - Homens Loucos

Computadores, Informática, IBM

E Memórias de há quarenta anos!

IBM_logo.svg in wikipedia.png

 

Noutro post sobre esta série, que vi de forma errática nesta sétima temporada, referi que haveria de abordar dois acontecimentos verídicos ocorridos na segunda metade da década de setenta, relacionados com computadores e informática.

 

Num dos primeiros episódios desta 7ª temporada, na firma “Sterling Cooper” procederam à instalação de computadores da IBM, nos respetivos escritórios.

Decorria a ação em 1969.

Eram, os computadores da época, uns caixotões enormes, ocupando bastante espaço nos escritórios. Esses aparelhos, bem como os técnicos que com eles trabalhavam e o conhecimento a eles inerente, a informática, eram detentores de uma áurea especial, simultaneamente associada à sua inevitável necessidade e ao desconhecimento da sua funcionalidade, pela maioria dos empregados, leigos no assunto. Funcionários que os viam como imprescindíveis, num contexto de progresso e de futuro, mas simultaneamente lhes suscitavam algum receio e incompreensão, pelo desconhecimento que deles tinham e medo inconsciente de anulação/substituição de postos de trabalho. E também a perplexidade inerente a algo desconhecido e de contornos funcionais apenas acessíveis a iniciáticos dessa sabedoria e especialistas nesse modus operandi.

Não havia nada do que hoje dispomos, nem sei se o modo de agir, de fazer, de pensar, de lidar com os computadores e a informática, como se processa atualmente, seria na época, 1969, imaginável! E ainda não se passaram cinquenta anos!

Mas as alterações e mudanças foram imensas! Nalguns campos, nomeadamente os tecnológicos. Porque, no plano das mentalidades, a evolução parece ser mais lenta…

 

Os acontecimentos que quero abordar ocorreram em Portugal um pouco mais tarde, já na década de setenta, especificamente em 1975 e 1976/77.

 

Em 1974 e 1975, enquanto estudante, trabalhei em várias atividades temporárias para duas firmas que não sei se ainda existem: a “NORMA” e o “IPOPE”.

Consistiram essas atividades na realização de inquéritos à opinião pública sobre os mais variados temas e assuntos, desde hábitos alimentares, consumo de bebidas, lançamento de novos produtos ou aparelhos, até sobre opiniões políticas, muito frequentes e recorrentes, após Abril de 74, em sondagens sobre partidos, líderes partidários e medidas a implementar.

Nesses trabalhos que eram remunerados, um valor X por cada inquérito, e cujo pecúlio dava imenso jeito, percorri Lisboa nos mais variados bairros, desde Alfama a Alvalade, de São Bento ao Poço do Bispo, Campolide e Campo de Ourique... Até fiz inquéritos no Casal Ventoso, bairro de casas degradadíssimas, mas de pessoas muito humildes e simpáticas e, na altura, 1974, cheias de esperanças e expectativas face a um futuro melhor, como aliás nesse Portugal recentemente saído da Ditadura de quase meio século.

Mal saberiam no que se tornaria o Bairro nos anos oitenta e noventa, e que levaria à sua demolição mais tarde.

Também fiz inquéritos em localidades da Grande Lisboa: Cascais, Porto Salvo (Carcavelos), Pragal (Almada), Amora… Que me lembre, de momento.

 

Em 1975 continuei na feitura desses inquéritos para a NORMA.

Já depois do célebre “Golpe de 11 de Março”, em Maio ou Junho, não sei precisar, calhou-me ir fazer um conjunto de inquéritos sobre questões políticas, para o Bairro de Alcântara, mais concretamente para a Rua Feliciano de Sousa.

 

A Empresa atribuía-nos um conjunto de inquéritos para realizarmos em determinada zona, com início em determinada Rua e num específico número de porta.

A orgânica estrutural de sequência dos inquéritos a realizar, onde os realizar, em que ruas, números de porta, número de andar, esquerdo ou direito e em cada casa selecionada, quem iria ser inquirido, tudo esse esquema sequencial estava previamente definido a partir do ponto de partida que era o nome da Rua e o nº do Prédio. Depois seguíamos essa estrutura sequencial, de que não me lembro agora de todos os pormenores. Mas tinha que se seguir esse esquema estrutural, de modo a que a pessoa a ser selecionada para ser inquirida o fosse da forma mais aleatória possível.

Por vezes seguir esse esquema tornava-se muito aborrecido, porque a pessoa que era selecionada no agregado familiar, não estava presente no momento. E então lá tínhamos que voltar novamente ao local, à rua, ao prédio, ao andar, numa hora em que a pessoa a inquirir pudesse estar presente e responder às perguntas.

 

Para evitar os contratempos resultantes da ausência das pessoas, procurávamos fazer os inquéritos ao final da tarde, início da noite, quando os trabalhadores já haviam regressado das suas empresas ou então nos fins-de-semana, de preferência aos sábados, em que havia mais disponibilidade.

Para aplicarmos esses inquéritos as empresas mencionadas proporcionaram-nos formação adequada ao fim em vista, ensinando-nos as regras gerais fundamentais de aplicação dos questionários e, sobre cada um deles, o conteúdo e a metodologia específica.

Para além das regras deontológicas gerais e especiais da função.

Um regra geral indispensável era levarmos o cartão identificativo que nos forneceram, colocado à vista no peito e, caso nos fosse pedido, o BI. E fazermos sempre a nossa apresentação pessoal e funcional e o objetivo da visita, agradecendo a amabilidade da pessoa em receber-nos.

 

Na aplicação desses inquéritos escolhi ir num sábado à tarde, pelas razões apontadas. Até porque durante os dias de semana havia aulas e este era um part-time, um dos que tive enquanto estudante. Deste, dos inquéritos, gostei muito especialmente, por andar de lado para lado e por contactar com muitas pessoas de todas as condições sociais e culturais, dos mais variados níveis de vida e idades, desde que adultas, e com as mais variadas opiniões. Foi um trabalho muito enriquecedor em termos humanos e possibilitou-me conhecer Lisboa, os vários bairros e localidades dos arredores.

 

Para quem se lembre, a NORMA ficava na Avenida Cinco de Outubro, num prédio de esquina com outra Avenida de que não me lembro o nome, que já não passo há algum tempo por aí, nem sei se a firma ainda existe, conforme já referi.

A nível do rés-do-chão tinha um relevante mostruário de computadores, esses “monstros enormes”, como os que vimos na série. Que estavam aí expostos, o prédio tinha grandes e rasgadas janelas que serviam de montra, pois esses computadores eram para venda. E, claro, made in U.S.A. e da I.B.M.!

 

O Bairro referido é um bairro popular, ainda hoje o será, sem certezas, que não passo por lá há anos! Quarenta anos atrás, com grande predominância, no plano sócio profissional, de operariado.

A zona que me fora destinada para realização dos inquéritos fica a norte do Bairro e num espaço relativamente confinado e, de certo modo, isolado, pela orografia e pelos acessos à Ponte Vinte e Cinco de Abril e pela Avenida de Ceuta. Espaço geográfico onde, pelas diversas tipologias e características, os habitantes praticamente se conheciam ou estavam ligados por laços, fossem familiares, de vizinhança, sócio profissionais e também ideológicos. E, quiçá, partidários!

 

Eu fora um estranho que ali entrara. Além do mais, numa tarde de sábado em que muitos dos habitantes estavam “sem fazer nada”, nas cavaqueiras e convívios de bairros populares, nas ruas, nos cafés, nas tascas…

Cumulativamente, vinha questionar, inquirir, interrogar, “vasculhar?”, opiniões, conceitos, ideias, sobre questões políticas e partidárias. Numa época quente da nossa recente Democracia! E que ainda “aqueceria” muito mais!

Na seleção aleatória que fazia, segundo a metodologia técnico-científica pré-determinada, ia calhando selecionar inquiridos que não estavam em casa, mas na rua ou em local de convívio público.

Fiz um ou dois inquéritos normalmente. A partir do terceiro ou quarto, passei a dispor de assistência, que não só ouvia o que o entrevistado dizia, mas também comentava. E também me interpelavam. E questionavam. De entrevistador também passei a entrevistado.

Quem era, quem não era, o que fazia ou não fazia, o que queria ou não queria, o que pretendia ou não pretendia…

Ao longo da rua foram-se formando grupinhos de vizinhos e vizinhas que cochichavam, comentavam, quiçá, formulariam conjeturas sobre o meu papel ali, naquele momento e naquela época.

E tudo isto, Como?! e Porquê?!

Porque apresentando-me, como era de praxe e obrigatório deontologicamente, o fazia como trabalhando na NORMA, com cartão identificador. O que era um facto intrinsecamente verdadeiro.

Algumas das pessoas que por ali estavam conheciam a NORMA, como a Empresa que “vendia” ou “tinha” aqueles Computadores todos nas montras!

E os computadores eram fabricados por que empresa?! Onde? Por quem? Pois, pela IBM – International Business Machines.

E que tipo de Empresa era essa?! Pois, uma Empresa Multinacional dos E.U.A. – Estados Unidos da América.

E o que significava, qual a meta significação da sigla EUA/USA?! Pois os Estados Unidos da América e os Americanos eram a essência e personificação do Imperialismo. O Imperialismo Americano, que para algumas mentes, nessa época, era o único existente. (Só nessa época?!)

Ali, naquele contexto, naquele local, naquela época, naquele momento quente que vivíamos, para aquelas “cabeças pensantes” o raciocínio linear e silogístico que delinearam foi o seguinte:

- Eu trabalhava para a NORMA, que vendia Computadores, que eram fabricados pela IBM, que era uma Empresa Multinacional, uma Empresa Americana dos Estados Unidos, Americanos que eram o supra sumo lapidar e único do IMPERIALISMO!

Logo, eu, ali, naquele espaço e tempo, para "aquelas cabeças pensantes" era… um Agente do Imperialismo Americano.

I want you in. brasilescola.com

 

E, logo a fazer perguntas às pessoas sobre questões de natureza política e partidária!...

Bem, dará para imaginar a cena?!

Talvez só para quem tenha vivido esses tempos…

 

Os hipotéticos inquiridos começaram a não querer responder; se procedia a outra seleção, obtinha idêntico procedimento, uma recusa de resposta; avançava na pesquisa e outro não; respostas negativas, maus modos, olhares de soslaio e algumas pessoas manifestavam alguma agressividade; grupinhos aqui e ali pela rua, sinais de mal-estar, desconforto; ameaças veladas e algumas mais explicitadas.

A situação tornou-se intolerável. Era impossível dar continuidade à feitura dos inquéritos. Porque, obtida a primeira recusa ninguém mais me quis responder. Para além dos sinais evidentes e explícitos de contrariedade e alguma agressividade.

Optei pela atitude mais sensata. Dei por terminada a minha função, saí da zona, vim-me embora sem concluir o conjunto dos inquéritos, que mal os tinha começado… e entreguei-os na Empresa. Propuseram-me ir fazê-los noutra zona da cidade com perfil semelhante, mas optei por não continuar a fazer esse tipo de inquéritos.

Ainda fiz mais inquéritos, mas de outras tipologias.

 

Passaram-se quarenta anos!

 

Lembrei-me de escrever no blogue sobre este acontecimento caricato, mas verídico, quando na série “Mad Men” passaram o episódio da instalação dos “monstros” dos computadores da IBM, na fictícia “Sterling Cooper”.

 

Terá a ficção alguma coisa a ver com a realidade?!

 

E terá esse peculiar acontecimento alguma coisa a ver com a atualidade?!

Terá? Não terá?!

Talvez ainda falemos alguma coisa sobre isso…

 

E qual foi o 2º acontecimento relacionado com computadores e referente a 1976/77?!

 

Por agora, termino, que o prosear já vai longo.

 

 

“MAD MEN” – Série Americana na RTP2

“MAD MEN” 

Série Americana na RTP2

Texto II

(Outubro 2015 – 19 a 23)

 

Alguns tópicos extraídos do enredo do seriado

 

Esta semana decorreram cinco episódios desta 7ª Temporada da série, de um total previsto de catorze. Várias fontes referem ser esta a derradeira temporada.

 

Nesta fase, a ação decorreu, temporalmente, até agora, em 1969.

No contexto de espaço, ocorre maioritariamente na Costa Leste, em Nova Iorque, onde está sediada a empresa fictícia de publicidade “Sterling Cooper”, nos respetivos escritórios, na Madison Avenue. Também na Costa Oeste, Los Angeles ou Hollywood, não sei com precisão, onde trabalha como atriz, a segunda mulher de Don Draper, Megan Draper. Noutros locais dos States não facilmente identificáveis por mim. Decorre fundamentalmente em espaços interiores, cenários fictícios, portanto.

 

Alguns aspetos que se realçam nesta série.

 

Em primeiro lugar, pensando especificamente em 1969, e, genericamente, na década de sessenta, o que nos ocorre?!

 

Para quem tenha nascido nos anos quarenta ou cinquenta do século passado, muitas das vivências retratadas ou sugeridas ou mencionadas ou visualizadas nesta série, lembram-nos situações por nós vividas direta ou indiretamente ou que delas tivemos conhecimento, através dos meios de comunicação, na altura quase exclusivamente em suporte de papel, jornais, algumas revistas; através da rádio, que era um veículo comunicacional de certo alcance, e embora de muito menos projeção, mas em constante crescimento, a televisão. E do cinema, que foi um dos meios marcantes da transmissão dos valores, atitudes, comportamentos e hábitos dos norte americanos.

Porque apesar de na década de sessenta ainda estar vivo o célebre "Senhor de Santa Comba", de estarmos em Guerra, de haver censura, exame prévio, e outras coisas mais e de pior gabarito, como a polícia política, a ameaça de prisão arbitrária... foi havendo gradualmente alguma abertura, até porque o dito senhor “caiu da cadeira” em 1968 e morreria em 1970.

 

De que nos lembramos em 1969 que de algum modo a série aborda?

 

A nível de acontecimentos, a Guerra do Vietname, a chegada à Lua, que teve direito a transmissão na RTP e sobre o que a maioria do País (Portugal) ficou relativamente incrédulo.

Sobre a Guerra já falaram, era um assunto problemático, porque já havia movimentos contrários à mesma, especialmente no seio das camadas mais jovens e que eram mal vistos nos meios mais conservadores. Mas também se referiu que Nixon, o presidente da altura, também já equacionava o fim da Guerra. Mas o que só aconteceria em 1975.

Sobre a chegada à Lua, ainda não acontecera nesta fase da narrativa, mas previa-se a sua efetivação para breve.

 

mad men  in. thorpebenefits.com

E a nível de hábitos, costumes, atitudes e comportamentos?!

 

Ressalta à vista o que de algum modo, atualmente, impressiona. O uso e abuso do tabaco e do álcool, de uma forma tão indiscriminada, no local de trabalho e no quotidiano da vida pessoal dos protagonistas. Fuma-se e bebe-se em todo o lado e local, a qualquer hora e momento, em qualquer circunstância. São atos e comportamentos rotineiros, socialmente bem aceites por todos. Ou não fossem esses homens promotores e encorajadores desses mesmos hábitos, enquanto publicitários dos respetivos consumos, através dos produtos específicos que vendem publicitariamente.

 

A generalização da mini-saia, lançada nessa década, em 1964, pela inglesa Mary Quant. As secretárias e funcionárias da agência, bem como as mulheres jovens em geral, fizeram desse trajar um modo de ser e de estar. Peggy Olson usou-a também como forma de mostrar a sua ascensão hierárquica, o seu poder e sedução feminista.

Algumas eram bem ousadas, que como se dizia na altura, “o que é bom é para se ver”.

Em 1967, no Festival da Eurovisão em Viena, a inglesa Sandie Shaw fez furor por cantar descalça e pela mini mini-saia atrevida com que se trajou. Venceu com "Puppet on a String"! Esses "fait-divers" tinham bastante repercussão naquele mundo tão fechado e atrasado que era Portugal de sessenta!

 

O movimento hippie, surgido na Costa Oeste, São Francisco, cuja canção evocativa, de 1967 e de Scott Mackenzie, também cá chegou. ‘Se fores a São Francisco, não esqueças de levar flores no teu cabelo…”

Em 1969, realizou-se o festival de Woodstock, cujos ecos ainda que repercutidos também cá chegaram.

A rádio e muito particularmente alguns programas do antigo Rádio Clube Português e da Rádio Renascença foram veículos importantes do fazer chegar ecos da boa música que se produzia nos E.U.A. e na Grã-Bretanha. Alguns desses ecos ouviram-se já nos primórdios de setenta.

Na série, os efeitos deste movimento também se observam, nomeadamente no trajar colorido e florido de alguns personagens. E também na adesão da filha de Roger Sterling a esse movimento, indo viver para uma comunidade hippie, no campo, abandonando família, marido e filho.

Paradigmática a cena de pai e filha, cada um trajado ao seu modo de estar socialmente, ele, como executivo; ela, como rapariga hippie, a discutirem afetos e desafetos, no meio de um charco de lama, numa comunidade campestre, junto a uma camioneta de caixa aberta, a cair de podre.

 

Ainda no plano dos hábitos e também relacionado com consumos e o movimento hippie, o “consumo de erva”, e outros consumos psicotrópicos, que em Portugal explodiriam mais tarde, já após 1974/75.

 

As festas particulares, com muito álcool, música, drogas e sexo. “Sex, Drugs and Rock and Roll”

 

No plano económico - empresarial

 

Para além da importância crescente da publicidade como mais-valia no processo produtivo, o destaque de algumas empresas que se tornariam ícones nos respetivos ramos empresariais.

A IBM e a instalação dos computadores nas empresas. Uns “monstros” enormes, que inclusive “assustavam e atemorizavam” alguns dos empregados mais suscetíveis e atormentados mentalmente.

A relevância da fast-food, observada na alimentação dos diversos executivos que com os hambúrgueres se deliciavam às refeições. Referência à “Burger Chef”, que contratou ou entrou em negociações com os serviços da agência publicitária.

Não posso deixar de mencionar a utilização das velhinhas e saudosas (?) máquinas de escrever mecânicas. E do seu sonar tão peculiar.

E dos telefones fixos, o único meio de comunicar à distância. E a importância e solenidade de fazer e receber uma chamada. E de ter um telefone!

 

Tudo isto faz parte da nossa História recente, pessoal e social, individual e coletiva!

 

E a nível de Valores?

 

O papel crescente da Mulher no plano das funções empresariais, materializado, por ex., na assunção dum cargo de chefia criativa por Peggy Olson, tendo às suas ordens, ainda que muito relutante e obstinadamente contrariado, o célebre criativo publicitário e um dos fundadores da firma, o reputado, Don Draper, macho alfa da empresa.

 

A rebeldia dos filhos adolescentes

 

As mudanças relativas à sexualidade para que, entre outros aspetos, contribuiu a generalização do uso da pílula.

 

As lutas pelos Direitos Cívicos são um aspeto contextual que também emerge da trama.

 

E estes são alguns dos assuntos que, de uma forma genérica e despretensiosa, consigo realçar do conteúdo temático desta série, pelo menos do que me lembro e me ressalta numa abordagem simplificada.

 

Alguns destes acontecimentos ou situações repercutiram-se em Portugal um pouco mais tarde. Uns para o Bem, outros para o Mal!

 

Se houver mais algum aspeto que me tenha faltado, agradeço que mo comunique, S.F.F..

 

 

 

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