Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Neste Post Nº 316, volto a divulgar mais uma Poesia da Antologia. A última vez que publicara Poesia desta XIII Antologia, fora a 06/02/16, no Post Nº 308. Entretanto publiquei sobre outros temas ou estive alguns dias sem editar posts.
Hoje divulgo “Para o Paul”, Poesia de Ana Maria Gonçalves Cardoso Maguire, de Lisboa.
“Para o Paul”
“Vi-te no outro lado da mesa
Rodeado por cores do arco íris
Um instante, um momento
O meu destino, a minha sina.
Eu não queria sucumbir
Ao teu olhar, à tua
Invisível sensualidade,
Beber aquele elixir primordial.
Perguntaste quem eu era,
Mas, como não podia responder
Aos teus olhos penetrando
A minha alma,
Eu só disse donde é que vinha.
Tu seguiste a minha vontade
Para alcançares o meu ser
Gelado, magoado.
Eu enterneci-me e aceitei
O tocar do teu amor.”
Ana Maria Gonçalves Cardoso Maguire, Lisboa
Ilustro com uma reprodução de uma Pintura de Sonia Delaunay, sugestionando “... cores do arco íris...”
Neste Post Nº 307, divulgamos um Poema sem título, de António José Diniz Sampaio, de Lisboa, mas de que realço o 1º verso, “Tudo o que não consigo ter...”, como é costume nestas situações.
Continuamos na divulgação de Poemas da Antologia. Hoje, neste Post Nº 292, “João de Carvalho (Entre o Palco e a Dor...)”, de João Francisco da Silva (Poeta d’Arruda), de A – Do – Mourão, Arruda dos Vinhos.
“ (Ao Grande Actor e meu Querido Amigo,
Com um genuíno, fraterno e solidário abraço) ”
“João de Carvalho
(Entre o Palco e a Dor...)
I
Encontrou-se a família, a arte e a amizade,
Reforçando bons laços de afecto e harmonia;
Só um Grande Homem dá aos outros felicidade,
Transformando a dor em momentos de alegria!
II
Ana Marta, Diogo Tavares, Ricardo Gama,
O teu sobrinho Henrique, novo sangue do poema;
O público, teu amigo, que te admira e ama;
Por todos eles dou uso à minha humilde pena!
III
Surgiram poemas em erudito florilégio,
Grandes poetas ditos em sublimação;
Camões, Pessoa, Bocage, Espanca, Régio...
Gigantes que moram dentro do nosso coração!
IV
Onde a arte germina e o poema floresce...
Usas portentosas “garras e asas de condor”;
Entre genuínos abraços a amizade cresce
No teu nobre “Reino de Aquém e Além dor”!
V
Tens um extremoso pai, que te apoia e ama tanto,
Uma querida irmã, que é por ti apaixonada,
Os verdadeiros amigos, que te adoçam o pranto
Quando a vida é mais cruel e amargurada!
VI
À tua Leninha prestaste sentida homenagem;
Poesia e canto foram beijos de despedida...
Que a felicidade te acompanhe em viagem
Por todo o futuro, em cada palco da vida!”
“Auditório Sra. Boa Nova – Estoril, 12 de Abril de 2014”
João Francisco da Silva (Poeta d’Arruda), de A – Do – Mourão, Arruda dos Vinhos.
Depois de um interregno na divulgação de Poemas da Antologia, regressamos, no cumprimento do objetivo que nos propusemos. Divulgar um Poema de cada um dos Antologiados.
Neste Post Nº 291, damos a conhecer no blogue, “Homenagem aos Idosos”, de Joaquina da Conceição Martins Semedo, de Urra, Portalegre.
“Homenagem aos Idosos”
"Ser idoso é ter coragem
Para a realidade enfrentar
Eu lhe mando minha mensagem
Não se esquecem de rezar.
Não esqueçam a oração
Que nos ajuda a viver
Para na mesa haver pão
Temos que a Deus agradecer.
Ninguém esqueça o valor
Da arma de São José
A dor é o grande amor
A oração e a fé.
Que o amor seja igual
Eu peço na minha oração
Não seja só no Natal
Mas sim em toda a junção.
Que haja uma luz divinal
Que haja mais compreensão
Que em todo o mundo em geral
Que nunca faltasse o pão.
Em letras venho mandar
Numa linda florinha
Para todos saudar
Seja idoso ou idosinha.
Para todo o idosinho
Que se fartou com trabalhar
Mando-lhe um beijo em pergaminho
Para todos homenagear."
Joaquina da Conceição Martins Semedo, Urra (Portalegre)
E ilustra-se o Poema, com uma imagem com que também já ilustrei uma Quadra sobre o Natal!
Após dois posts a formular perguntas ou questões, não sei se pertinentes, se impertinentes, se ingénuas, se inconvenientes, lanço mais uma “Adivinha”, ou charada, chamemos-lhe o que acharmos mais conveniente… Ou impertinente!
Uma vez que nestes últimos posts nos temos dedicado a questionar, continuamos neste, na mesma onda de fazer perguntas.
Reformulo e repito. Não sei se estas são pertinentes, se inconvenientes, quiçá ingénuas, talvez insólitas.
Vejamos…
Perante esta estranha criatura, ocorre-me perguntar, o que será.
- Um protótipo para um novo modelo de telemóvel, de cariz orgânico?
- Um alienígena proveniente do espaço sideral?
- Um ovni acabado de pousar numa pista de aterragem terrestre?
- Algum sujeito que anda por aí perdido à procura de protagonismo na comunicação social?
- Um fenómeno do Entroncamento?
- Uma pomba disfarçada de molusco?
- Uma granada de mão, de caráter ecológico?
- Alguém interessado em participar no próximo espetáculo da realidade?
- Um disfarçado de Carnaval?
- Um novo modelo de bola para um novo tipo de jogo?
- (…)
- O que será?!
- (…)
Sugira-nos a sua ideia, como se fosse uma "tempestade mental"! S.F.F.
- Realce-se que a foto é um original de D.A.P.L., 2015.
Neste Post Nº 282, publicamos online o Poema “Idílios Amorosos”, de José Eliseu, de Mexilhoeira Grande – Algarve.
“Idílios Amorosos”
“O teu sorriso
tão puro e doce
lembrava-me sabores de guloseima.
Favos de mel
ou girassóis
abrindo em madrugadas
de estios abafados
enquanto ao longe
o rouxinol chilreava
a um sol preguiçoso…
Como é bom sentir
o teu doce calor de Primavera
como rosas ou rosmaninhos
a desabrochar…
Como é bom sonhar
os nossos idílios amorosos
enquanto a lua se esconde
entre nuvens cobreadas…
Sonhei contigo
num campo de cerejeiras bravas
entre odores inebriantes…
Quando acordei
rebolávamo-nos
em trigais enrubescidos
de papoilas
soltas ao vento…”
José Eliseu, Mexilhoeira Grande – Algarve
Ilustramos esta Poesia com “… doce calor de Primavera/como rosas…”
José Eliseu também desenha muito bem. No exemplar da Antologia que guardo autografado pelos confrades, de quem já tive a possibilidade de obter autógrafo, José Eliseu teve a amabilidade de me ilustrar o seu trabalho poético com um bonito e peculiar desenho, que executou de forma rápida e espontânea, deste modo valorizando ainda mais o poema e o livro.
Se, eventualmente, um dia, tiver a possibilidade de criar um desenho para este poema, terei muito gosto em divulgá-lo.
Retomamos a Poesia, neste blogue “aquém-tejo.blogs.sapo.pt/” e, novamente, a temática do Amor, rio que corre em variados versos desta Antologia, umas vezes de correnteza mais calma, noutras mais atribulada.
Neste Post Nº 281, o Poema “Quadras Ao Meu Amor”, de José Garção Ribeiro Branquinho, de Ribeira de Nisa (Portalegre).
“Quadras Ao Meu Amor”
“Meu Amor é minha vida
Por ti vivia a cantar
Mas desde a tua partida
Sem te ver, é só chorar.
Choro longe sem te ver
Por ti saudade de morte
Sofre por ti o meu ser
À espera de melhor sorte.
É tão grande a minha dor
Não queiras ver-me sofrer
Volta breve-meu Amor
Sem ti não posso viver.
Quero abraçar-te e beijar-te
Teu corpo bem junto ao meu
Em meu altar adorar-te
Viver contigo meu céu.”
“Quinta da Piedade, 29 de Março de 2015”
“JGRBranquinho – Zé do Monte”
José Garção Ribeiro Branquinho, Ribeira de Nisa (Portalegre)
Ilustra-se este Poema com um bonito cartão de A. P. B. P. – Associação de Pintores com a Boca e o Pé, Caldas da Rainha, de um original pintado com a boca, por Fu-Tsai Tung.
Sobre o Poeta José Branquinho escrevi uma das primeiras, se não a primeira, das minhas crónicas culturais, com o título “Crónica breve dos dias de Hoje!”, publicada no Boletim nº 111, do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, em Junho de 2013, ainda não tinha este blogue.
Relatava a excelente atuação deste Poeta e Cantor, numa sessão de “Momentos de Poesia”, realizada na Biblioteca Municipal de Portalegre. Acontecimento cultural que ocorre mensalmente na Cidade de Régio e sobre que também já aqui me debrucei num post.
Este nosso confrade, sportinguista, organiza mensalmente uma Tertúlia Poética, na terceira 4ª feira de cada mês. Em Janeiro será no dia 20, pelas 15 horas. Na Sala VIP Sporting!