Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há dias em que o processo criativo como que emperra e, por mais que se tente, há um certo bloqueio que impede o ato criador.
Tenho pelo menos dois temas previstos, o habitual “conto” sobre a série “El Príncipe” e pelo menos uma crónica: sobre o 6º Serão de Cante e Poesia Alentejana”. Também poderia cronicar sobre o lançamento de um livro sobre Timor, de um sócio da A.P.P. – Associação Portuguesa de Poetas.
Mas não saiu nada do previsto.
Em contrapartida, ontem, durante o dia, foi-me “surgindo” uma quadra, como me acontece por vezes, mas que nem sempre “passo ao papel”. A de ontem escrevi-a e, após várias versões, resolvi publicar a que se segue.
Há muito que aqui não divulgo uns versos, muito menos da minha autoria.
As fotografias, como já mencionei, são originais de D.A.P.L. Sendo de 2016, mas do Verão, portanto anteriores à materialização da quadra. Pretendem ser sugestões para as ideias subjacentes ao texto.
E mais alguns tópicos sobre assuntos de idêntica categorização
Preâmbulo:
1 – Antes de tudo o mais, pedir desculpa por não ter divulgado este post ainda no dia de ontem, conforme sugestionara, mas foi de todo impossível.
Por outro lado, quando escrevo sobre assuntos polémicos, julgo ser bom deixar os temas a “macerar” um pouco, ou como se costuma dizer “o travesseiro é bom conselheiro”!
2 – Mencionar igualmente que ao referir-me às “Praxes” e falar em “ódio de estimação” é traduzir a ideia subjacente ao assunto, de uma forma infeliz.
Tenho abordado, com alguma frequência, esta temática no blogue, porque periodicamente vem à baila na comunicação social, quase nunca pelas melhores razões.
E porque não concordo com as mesmas, visto que, no essencial, as respetivas práticas não respeitam as liberdades, direitos e garantias fundamentais dos indivíduos, nem obedecem ao princípio da igualdade entre cidadãos.
Desenvolvimento:
“SAPO 24”, abordou este tema polémico, propondo debate, através de três redes sociais em que não estou inscrito.
Mas como este é um tema que me “toca” e sobre o qual já me tenho debruçado neste blogue, em diferentes ocasiões, resolvi, mais uma vez, voltar a ele, apesar de quase sempre desejar que seja a última. Mas está difícil tal acontecer.
Pouco terei a dizer para além do que já afirmei e do que pessoas mais avalizadas que eu têm referenciado.
Começo por frisar que sou totalmente a favor de Atividades de Integração dos Novos Alunos nas Instituições de Ensino Superior em que vão iniciar os seus estudos.
Atividades diversas, organizadas por Alunos, Professores, Entidades e Instituições de Ensino, com a colaboração dos mais diversos Organismos Institucionais, públicos e ou privados da(s) Localidade(s) onde estão sediados os estabelecimentos de ensino, de forma e como forma de os alunos se integrarem no novo Meio em que se vão inserir e se conheçam e criem laços de cordialidade entre si.
Mas essas atividades devem obedecer a Valores elementares, basilares e fundamentais, na relação entre Pessoas: como seja a existência de Respeito e Consideração de uns pelos outros, antes de tudo o mais por Si mesmos.
Sustentadas no Princípio da Igualdade entre Pessoas, Cidadãos, Jovens, Estudantes.
Estruturando-se, assentando nestes dois Princípios basilares, nestes Valores fundamentais:
- Igualdade
- Respeito e Consideração por Si e pelos Outros.
Princípios e Valores que, globalmente e de uma forma quase generalizada, as designadas “praxes” não seguem e até há pouquíssimos anos, não seguiam de todo.
Daí, continuar a repetir o slogan, que tenho vindo a defender, em diferentes momentos, neste blogue:
O artigo supracitado enquadra o suficiente sobre essas práticas, não sendo de todo completo, mas é suficientemente esclarecedor para quem quiser lê-lo com atenção.
Há um aspeto que se acentua sobre as ditas “praxes”, que me impressiona sempre. A tão falada “Tradição”!
Acho muito peculiar que se invoque tanto este aspeto da Vida, num mundo em que houve tantas e tantas modificações, tanto no plano social, como no tecnológico, científico, etc.
Mas as que traduzem algo de construtivo, de relevante, de elevado, culturalmente falando, para o Ser Humano, para a Humanidade, para os Homens e Mulheres deste País e deste Mundo.
Que não é o caso das “praxes”, que representam um verdadeiro retrocesso social e cultural.
Que haja pessoas, para mais frequentando o dito ensino superior e que defendam estas práticas, de todo me surpreende!
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Impressiona-me que num País que evoluiu extraordinariamente sob múltiplos e diversificados pontos de vista, nestes últimos quarenta anos, nalguns aspetos regrida completamente.
Existem outros, como é o caso da manutenção de certas práticas de “diversão” (?!) sádica, assentes natortura “gratuita” sobre animais, e a que não há coragem de pôr termo, isto é, "pegar o touro pelos cornos”.
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Outro é o caso da sujidade das nossas ruas, becos e ruelas, parques e jardins, devido à porcaria de animais, mas em que é o humano o mais culpado.
Para o que reporto também para um artigo recentemente divulgado, da autoria do Professor Doutor Mário Cordeiro.
Neste aspeto, também regredimos a um estado de pré-história do saneamento básico, quando neste país, na grandessíssima maioria das habitações, não se auferia desse benefício, hoje indispensável, e havia barracas em todos os centros urbanos.
Atualmente, em que a quase totalidade da população dispõe de condições básicas de higiene, que não é de há muito tempo, e a grande maioria dos bairros de barracas foram erradicados, é vermos porcaria e lixo por tudo quanto é sítio.
E onde a conversa já vai!
E em que é que isto tudo se relaciona com as ditas e famosas “praxes”?! ?!
Nota Final:
Apresento a mesma fotografia, que retirei da net, (in. 5dias.wordpress.com), porque ela é por demais elucidativa.
“Gaiola de Ouro” ou gaiola dourada, mas eu preferia chamar-lhe pelo que de facto é: Prisão Dourada, que é esta a situação da nossa heroína.
Fátima desde que regressou de Madrid, aonde foi a uma escapadela com o seu Xavier, vive numa prisão, quase incomunicável, leva chapadas, é rebaixada pela criada Malika, vigiada por guardas pretorianos, que até no “doblioci” tem uma mulher fardada à perna, que nem xixi pode fazer à vontade!
Está cativa, às ordens do seu dragão, qual princesa moura encantada, à espera do seu príncipe libertador, que sabemos ser Javier, que, como prometido, subiu à varanda, às nove horas da noite ceutiana, que a abraçou e beijou, mas que ainda a não libertou do monstro usurpador.
E este foi sem dúvida o tema dominante deste décimo terceiro episódio.
A série tem assim picos de adrenalina, estimula-nos a atenção, em altos e baixos e, ontem, foi, sem dúvida, um episódio marcante.
Outro dos temas estruturantes situou-se no âmbito dos protagonistas da Akrab.
Ressurgiu, em cena, o célebre clérigo Fouad, de mau calibre e memória, que estando preso, foi temporariamente solto, às ordens do CNI e com a colaboração dos elementos fundamentais da esquadra, para engendrarem um esquema de manipulação contra Khaled. Golpe que deu completamente para o torto, e, depois de uma série de voltas e reviravoltas, o religioso, terrorista fanático, sanguinário, misógino, acabou assassinado às mãos de um apaniguado, nem mais nem menos que o próprio Salman, para salvar precisamente o sobrinho.
E como nesta série mortes e assassinatos já lhes perdi a conta, quem também acabou abatido, à queima-roupa, e igualmente às ordens de alguém do grupo de pertença, foi quem também já servira de mandante de várias mortes de companheiros de trabalho.
Pois quem acha que terá sido?!
Exatamente quem está a pensar: o executivo Serra, super inteligente, o melhor quadro do CNI, vendido aos franceses, e pau mandado de Robledo.
E, precisamente, às ordens deste.
Não vou contar os comos nem os porquês, estes são fáceis de intuir, dado que ele se tornara numa bomba para o chefão Robledo, que só teve que acionar a ordem de matança.
Nesta série encontraram uma forma peculiar de ir “despedindo” os atores e protagonistas: matando-os. É uma forma singular e prática de os despachar. Não há, nem deixa de haver justa causa no despedimento, não sei se eles vão queixar-se ou não da entidade patronal, e, tratando-se de morte, não sei se as respetivas viúvas têm direito a pensão de sobrevivência ou à meia reforma.
Seria caso para interrogar Elena, a mulher de Serra, quando Morey lhe deu os pêsames à saída do velório, após ter saído do necrotério, (ou igreja?), batendo a porta com estrondo, face ao elogio fúnebre proferido precisamente… Por quem?!
Nem mais nem menos que pelo chacal, Robledo!!!
Que é este o cinismo desta gente!
E, como já viu caro leitor e leitora, estou a encurtar a narrativa, a saltar muitos, talvez demasiados pormenores, assuntos relevantes, mas hoje ainda quero produzir pelo menos outro post, sobre um assunto que me toca sempre bastante, digamos que é um tema que me desperta, atrever-me-ia a dizer algum “ódio” de estimação!
Quanto à Série… voltou a ganhar pica.
E só lhe posso recomendar que visualize os próximos episódios.
Como se poderá ir apercebendo, com os personagens a irem desaparecendo do enredo, é como se, parafraseando um jogo de xadrez, fossem sendo “comidos”.
Vão ficando os reis para o final, herói e vilão, Javier e Khaled, rei branco e rei preto; estruturados nas suas torres guardiãs, respetivamente Fran e Salman.
Ambos disputando a sua rainha, heroína e simultaneamente mocinha, a bela e, agora, recatada e presa no lar: Fati, Fatucha, Fátima Ben Barek, não sei se Ashour, que ignoro se é essa a tradição nos seus padrões culturais.
Dir-me-á, que forço um pouco na analogia.
E vou-me quedando por aqui.
Até breve! Obrigado por me ir acompanhando e volte sempre!
P.S.
Já com os despedimentos feitos, dou uma vista de olhos aos meus apontamentos e ainda conto mais alguns aspetos relevantes.
Quanto ao conto que habitualmente Serra contava aos filhos, através da leitura de um livro e que já não contará, convém mencionar que, o que ele comprara para lhes ofertar na próxima visita, se designava “ O submarino que não sabia nadar”. Talvez se reportasse a si mesmo!
Também emendar a data prevista por Khaled para realizarem o temível atentado. Eu falara em 27, vinte e sete, mas é 17, dezassete! Desculpem-me o engano, relevantíssimo!
Data que corresponde ao dia em que Khaled irá a Granada receber o “Prémio de Convivência”, imagine-se(!), e em que planeia levar Fátima e de onde partirão para nunca mais voltarem.
Com essa informação preciosíssima, que Fátima transmitiu a Javier, na célebre varanda de Romeu e Julieta, no meio de beijos e abraços; o super agente, Morey, decifrou o enigma que os atormentava: quando e onde seria o aguardado atentado explosivo!
Rei branco e torre branca, Morey e Fran, munidos dessas dicas, consultaram o mapa da célebre cidade, belíssima e última capital de um reino integrado no “Al Andalus”, de outros tempos; recordaram um mapa que os vinha intrigando há vários episódios atrás, julgo que desde a primeira temporada, que haviam sacado de um computador, conferiram e descobriram ser o dos esgotos da cidade granadina.
E estava esclarecido onde e quando, segredo que não haviam arrancado de Fouad, que rezava, quando o apertavam. O como também já sabiam: por meio dos explosivos comprados ao traficante russo.
E ainda no final, convém referir que Faruq, sobre quem não faláramos ainda nesta narração tortuosa, já encomendou a Hazam o trabalho de roubar esses ditos cujos explosivos, ao cunhado Khaled!
Aguardemos, que promete!
(Neste post, não apresento uma imagem da série, mas de Granada, do celebérrimo "Pátio dos Leões", no lindíssimo Allambra! In. wikipédia.)
E transmitido foi o décimo segundo episódio, com o título supracitado.
E houve o desenvolver, o desenrolar da narrativa…
E no episódio anterior, décimo primeiro, Morey perguntara a Serra:
“- Qual é o conto de hoje? Estou desejando de ouvi-lo.” Pergunta repetida no início do episódio de ontem, em que o super agente iniciou o jantar na casa madrilena de Serra, na presença da mulher deste, Elena, que não percebia nada do desentendimento entre ambos.
E, para que ela não entendesse demais, os “espiões” foram conversar no carro, numa das ruas de Madrid.
Serra procurou justificar-se, atribuir culpas institucionais, de algum modo, desculpabilizar-se ou generalizar a corrupção, como forma institucionalizada, o que não é totalmente mentira, para infelicidade das Pessoas como nós, que navegamos na mediania das nossas Vidas, desligados desses jogos de poder e sedução e dos circuitos do dinheiro mal ganho.
Com Morey as desculpabilizações de Serra também não pegaram e aquele não se despegou do colega traidor, enquanto ele não lhe forneceu o nome do chefão corruptor: Robledo, como nós, telespectadores, já sabíamos.
Na posse dessa informação preciosa e dando-a a conhecer à chefona, Carmen Salinas, engendraram um plano para “apanharem” o chefão com a boca na botija e a mão na massa. Que, sem provas, nada podiam fazer!
Carmen Salinas apareceu, de surpresa, na casona soberba de Robledo, sem ter sido convidada, que nunca o fora, pois tal manifestação de riqueza faria desconfiar. Pouco depois apareceria Morey e, um pouco mais tarde, viria Serra, meio bêbedo.
Nesse encontro inesperado puseram-no ao corrente do que dele sabiam, de se ter vendido aos franceses, por causa do túnel; Serra chamou-lhe “cabrão” e “santa” a Salinas, haveria de empunhar a pistola, que lhe foi retirada por Morey e, encurtando o conto, saíram de cena os dois agentes, ficando Carmen com Robledo.
Nesse tempo, a mulher pôs-lhe a faca ao pescoço, ameaçou-o com exclusão da carreira, tão do agrado da classe média do funcionalismo, frisou-lhe a casa tão luxuosa e exigiu-lhe comparticipar no bolo de que ele comia, que também quer a sua parte e comer bem, acentuou!
Veremos se ele morde o isco e o que dali advém.
Morey ficou pela capital. Visitou o pai, que não estava, falou com Consuelo, a sua esposa, que perante a pressa do enteado lhe lembrou que, por vezes, “o urgente pode esperar, o importante não!”
Mote associado ao título e que haveria de ser repetido mais tarde no episódio, quando Fátima já estava em Madrid, com o amado.
Fátima em Madrid?!
Pois a heroína haveria de ir passar uma tarde, ou noite, que não sei, com o seu amante ou amado, qual o termo mais consentâneo com a situação.
Mas estou a encurtar demasiado o conto.
No início do episódio, Khaled confirmou as suspeitas de que ela o enganava sobre a gravidez, testou-a, convidando-a a passearem no Bairro e junto a uma escadaria, providencial, propositada ou acidentalmente, a jovem caiu, rebolando escadas abaixo.
A tudo assistiu Paco, primo de Faruq e Fátima, e desse facto virá a pretender tirar benefícios.
Mas não nos adiantemos.
Por enquanto e só, dessa queda resultou o internamento hospitalar da moça, a preocupação dos familiares, a ajuda providencial das amigas Pilar e de Rocio, enfermeira, que, perante Khaled e, por sugestão deste, para não figurar como parvo, confirmou a perda da gravidez da amiga Fati!
Esta, também pressionada pelo marido, sustentou igualmente essa tese. Que perdera o bebé nessa queda acidental. (?)
Mas tanto ela, como as amigas, desconfiando, com quase certeza, de que houvera intencionalidade de Khaled, que para além disso surripiou o telemóvel da mulher. Desse modo, as amigas tudo providenciaram para que ela abalasse para a capital espanhola.
E foi assim que a vimos descontraidamente com o seu amado!
Assunto a que ainda voltaremos nesta crónica enviesada.
Agora iremos entrar na esquadra, aonde chegou Faruq, preocupado, por Morey não lhe atender as chamadas, ao que Fran lhe manifestou igual apreensão.
Já sabemos que o traficante colabora com os polícias, nalguns assuntos e, neste caso, a sua preocupação residia no facto de ter observado o cunhado Khaled a testar explosivos, num local isolado, juntamente com o tio Salman e um outro personagem seu desconhecido, mas que nós sabemos ser Ismail, pois também vimos.
E o tema dos explosivos continuou no desenrolar do enredo e vimos dois jovens a saírem do recinto das obras de Khaled, com um dos explosivos que este comprara ao russo.
Não deixamos de nos questionar como é que para eles foi tão fácil aceder a algo que estaria fechado a sete chaves!
Mas assim manda a narrativa.
Não tardou que na esquadra se tivesse conhecimento de uma explosão, ocorrida na tentativa de dois jovens em roubarem uma caixa de multibanco, de que resultou um morto, identificado como trabalhador da obra de Khaled e supostamente irmão da sua cozinheira, Nur.
Seria confirmado, mais tarde, em inquirição promovida por Fran e Mati, na cozinha do próprio terrorista, não ser o irmão da cozinheira, Hazam, mas um amigo deste, Rachid.
Khaled soube, desse modo, quem lhe roubara o explosivo, de que o tio já lhe dera conhecimento.
Que isto é assim, os criminosos sabem sempre primeiro das cenas que os bons da fita! Ficam sempre com mais trunfos.
E sobre trunfos e sobre o papel de Khaled, vendido aos franceses, também este episódio nos confirmou o facto.
Sophie, a tal agente da Securité, foi entregar-lhe um maço de notas, poucas, mencione-se, e proibiu-o de continuar com as bombas.
Proibição que ele irá acatar?!
Sabemos que juntamente com Salman e Ismail, e às ordens de Marwan, preparam um atentado para um dia 27. (?!)
E continuando nas bombas.
Onde se esconde Hazam?
Todos o querem achar: Fran, chefe da polícia; Faruq, narcotraficante e Khaled, terrorista.
Quem o vai encontrar?!
Pois, o traficante, que tem toda uma equipa no Bairro, melhor, um gang, estruturado às suas ordens, que lhe entregou a encomenda numa palete de madeira, como mercadoria vinda do porto.
E sobre este enredo voltamos ainda à “fuga” de Fátima para Madrid, à preocupação da mãe Aisha, muito mais envelhecida, com as arrelias com os filhos; a Faruq, atualmente o chefe da família, também muito apreensivo sobre a ausência da irmã, que ele também protege, nomeadamente do cunhado, ciente do facínora que aquele é; situação que, agora, a matriarca também conhece, que Fátima lhe contou e Faruq lhe confirma.
E aquela, em Madrid, com o amado, telefona à mãe, para a tranquilizar. Atendido o telefone por Aisha, toca a campainha da porta, poisado o fone na cómoda, aberta a porta, surge Khaled, o lobo, disfarçado de cordeiro.
Torna e deixa com a sogra, que também já sabe a bisca que ele é, manda vir com a senhora e, no outro lado da linha, Fati ouve tudo.
Derramou-se em pranto a heroína e é assim que Javier a reencontra e consola. Que quer retornar a Ceuta, ao covil do lobão, nesse caso irão juntos, que o herói não pode deixar o trabalho a meio e que Khaled prossiga na sua ação destrutiva.
Entretanto ainda têm tempo para ela lhe dizer “Te quiero!”, também para dançarem, “Ensina-me a bailar”, de Pablo Alboran(?), que ela não sabia nem nunca dançara com um homem.
E nunca é tarde para aprender.
E frisamos que ainda não foi desta que ele lhe ofereceu o célebre anel de noivado!
Khaled, sentado, na sua casa, à hora de jantar, à pergunta da coscuvilheira Malika, responde que vai esperar pela senhora…
Ficaram alguns entrementes, nomeadamente de Quílez ir ser preso e de como a sua despedida da esquadra foi comovente!
Vou iniciar este texto pelo que abordei no final do último post, frisando que a série continua ainda na 2ª Temporada, no episódio 11.
E sobre a dúvida com que ficáramos sobre quem teria sido morto, naquele duelo à sombra, entre paredes de edifício abandonado, e para que não fiquemos mais na expectativa, informamos que o nosso herói, Morey, matou a “assassina” contratada, Laura Hidalgo, em legítima defesa.
Grande frustração foi a de Serra, apesar de bem disfarçada.
Mas não durou muito esse disfarce que, Morey e Fran, através de um estratagema inteligente, confirmaram convincentemente as suspeitas, quase certezas, que já tinham.
Aliás, Hidalgo, antes do tiro de misericórdia, disparado por Morey, ainda teve tempo de avisá-lo que Serra era um traidor e que haveria de acabar com ele.
Confrontado com esta afirmação, Serra bem resfolegou, negando, que a agente os queria virar um contra o outro.
Constatamos que, de momento, e até novidades, dos agentes do CNI, em Ceuta, restam apenas os dois referidos. Se todas as instituições assim funcionassem era uma verdadeira razia.
No final do episódio, Serra, ao regressar a casa, para junto dos filhos e da mulher, teve mais uma visita de todo inesperada.
Na sequência da confirmação das suas suspeitas, Morey pespega-se-lhe na própria casa madrilena e irá confrontá-lo da sua traição e de se ter vendido aos franceses, perante a própria esposa.
Mas esta parte apenas veremos no episódio que será transmitido hoje.
A temática associada às ações do CNI foram um dos assuntos que estruturaram o desenrolar do enredo neste episódio.
Fixei o nome do chefão que “dá ordens” a Serra. Chama-se Robledo.
Neste contexto e enquadramento, constatamos que Morey na sua ação, apenas pode verdadeiramente contar com Fran, que lhe reafirmou o seu apoio, para além de Fátima, esta em permanente perigo, já que vive no covil do lobo, o seu marido Khaled. (Perdoem-me os lobos esta analogia ancestral!)
No decurso do episódio, o nosso super agente resolveu recrutar mais uma colaboradora. A imprevisível Mati, que se tem revelado como uma leal e perspicaz investigadora, apesar daqueles comportamentos por vezes paralisantes.
Desde logo, e mal chegou à esquadra, pôs o colega Samy no devido lugar e confrontou Fran sobre as suas sonegações informativas.
Veremos no que vai dar a sua atuação.
Um dos fios condutores da narrativa, neste décimo primeiro episódio, só podia ter sido a busca das raparigas que acorreram à “chamada”, do jovem louro e ex cristão, Sérgio, convertido em islamita e renomeado Mohamed.
Nessa busca e antes que as moçoilas “viúvas” fossem retiradas de Tânger, em Marrocos e enviadas para a Síria, intervieram, em aliança estratégica, e diferentes campos de ação, personagens contraditórios.
Para além dos elementos da esquadra, Fran e Morey, também Serra, do CNI, que já sabemos se ter vendido e também Faruq, pois a sua irmã Nayat compunha o elenco de meninas destinadas a “servas”.
Uma cena, bem à americana, de que resultou a morte de vários sequestradores, a ameaça de morte a uma das meninas, por um dos que escapara ao tiroteio inicial, que quase paralisou os nossos agentes, mas que Morey e Fran, com a sua argúcia, e Faruq com o seu sentido de oportunidade, conseguiram neutralizar e mais um que enviaram para o cangalheiro, ou para as águas do Estreito, como é costume na região. Que tudo acaba em água salgada!
Destapado o rosto da menina, julgaríamos ser Nayat, e era outra rapariga!
Nayat também não estava entre as restantes. Nem Nasirah, que nunca apareceu.
À miúda caçula dos Ben Barek valeu a esperteza do cunhado Khaled, que já se apresentara com ela sã e salva à Família que ele tanto preza e que se lhe rendeu agradecidíssima. Enquanto os outros se digladiavam aos tiros com os sequestradores, apresentara-se ele, como salvador da menina, junto da sogra, cunhada e mulher.
Só esta percebeu o embuste e confirmou o que já sabe. Que Khaled é o xeque, chefe local da Akrab, em Ceuta.
O irmão, Faruq, no findar da refrega, receberia uma mensagem telemóvel, com a selfie de Nayat e Fátima.
Querem melhor modernidade?! Tudo à distância de um clique!!
Também este sabe até demais quem é o cunhado, a ponto de lamentar que tivesse pugnado pelo casamento da irmã com tal personagem e estar a pensar, muito seriamente, em retirar a família toda para outro lugar, onde possam viver de forma mais segura e até aceitar a possível ajuda de Morey, com quem também se aliou tática e estrategicamente.
Aliás, Faruq alia-se com quem lhe convém!
Como todos os outros, diga-se!
E, queiramos ou não, falar de “El Príncipe” é também e sempre abordar a temática da droga.
Sabemos que Faruq, agora, é o rei do narcotráfico no Bairro.
Mas o primo, de nome Paco, tem mais ambições do que parece, não pretende apenas ser subchefe e braço destro de Faruq, destronando El Tripas.
Apareceu um novo personagem, julgo que chamado Paquito, que lhe veio pedir contas sobre os projetos que lhe haviam encomendado, que estão a abarrotar de coca… Apareceu El Tripas e, mal este se descuidou, estava com uns tirázios no buxo e estrebuchando no chão.
Esta cena foi presenciada pela cozinheira de Fátima, que, por esse facto, Paquito também a queria mandar para o outro mundo!
Discordando, Paco passou-lhe a ele a guia de embarque e Paquito haverá de ser enviado para as profundezas do mar, que será essa a ordem do chefe Faruq.
A este, Paco contou apenas uma parte da estória, o seu conto.
Que quem conta um conto…
Já retirado Paquito e apenas El Tripas estendido no chão, chamariam a polícia, acorrendo Fran, Mati e Morey, aos quais foi contada outra versão, ainda mais parcial e parcelar, da estória.
E ficaram os agentes investigando, tentando conjeturar sobre a nulidade do direito à reforma do adjunto de Faruq.
Que se cuide este ou também não terá direito a ela.
(Também não sabemos se esse pessoal desconta ou não para a Segurança Social!)
A cena foi também mais uma oportunidade para os criminosos passarem a perna aos policiais e para estes serem invetivados pela sua inoperância!
E este meu conto também fica por aqui, com muito ainda por contar.
Que pouco já falta para ser transmitido o 12º episódio!
E, comprometera-me eu no último post, nº 429, na 6ª feira passada, ao abordar o episódio 9, sobre que teci apenas algumas “Considerações”:
“Se tiver tempo e condições, ainda me debruçarei mais especificamente sobre o nono episódio e um pouco mais em pormenor.
Tentarei responder a algumas questões que deixei em aberto quando contei sobre o episódio cinco …”
Certo é que não só não me voltei a debruçar sobre o episódio 9, como entretanto também já decorreu o décimo e, ao escrever, não posso ignorar o conteúdo de ambos.
Começo pelo final - final em que surgiu, mais uma vez, a informação de que “… continuará…”, como se tivesse acabado a temporada. Mas ficando tudo em aberto, como é costume.
Aguardemos por 2ª feira!
Como já referi, cheguei a pesquisar sobre o 31º episódio!!!...
E no findar do décimo episódio, para além de mais uma morte certa, a do suposto contacto de Laura Hidalgo, ouviram-se novamente tiros, ao aproximar do super agente Morey.
Alguém morreu?! Com tantas mortes na trama, mais uma, menos uma...
Quem?!
Morey, como desejam os seus inimigos no seio do próprio CNI? E cuja incumbência foi destinada a Hidalgo, apesar de contrariada, mas em obediência cega a ordens?!
Ou este, não confiando nela, porque não confiava de todo e sabendo que andava ao engano, conseguiu dar a volta ao texto, que é como quem diz, de suposto caçado se tornou caçador?!
E, neste caso, terá sido Hidalgo a presa caçada?!
Quem estará tanto ou mais intrigado que nós, será o duplo ou triplo agente, Serra. Como necrófago, chegou ao local da emboscada, na hora exata do crime.
Mas apenas ouviu os tiros, que o duelo ocorreu no primeiro andar daquele prédio abandonado, possivelmente uma instalação desativada ou nunca começada, como é tão peculiar nas nossas sociedades atuais, mercê das megalomanias construtivas, interrompidas com a célebre “Crise”, iniciada no dealbar da primeira década do milénio.
E já que abordamos o C.N.I., continuamos por aí.
Serra é agente duplo ou triplo que não sei, recebe ordens de um chefão com quem tem telefonado, cujo nome ou função ainda não entendi muito bem, que julgo ser o mesmo que ordenou a Laura Hidalgo que matasse Morey, que se torna incómodo a certos propósitos que dirigem a narrativa e sobre que falarei.
Morey, como herói, a que só falta o cavalo branco, já está plenamente consciente de que há muita tramoia no CNI ou na “Casa”, que não sei muito bem se designam a mesma entidade. Consciencializa que corre perigo, que é na própria estrutura que está o inimigo, não o identifica plenamente, supusera que fora o Lopez, tome ele atenção e cuidado que o mandante das mortes está a seu lado.
Nós, como espetadores, sabemos sempre mais que os nossos heróis e conhecemos o criminoso já há algum tempo, plenamente revelado no episódio do assassinato de Lopez.
Serra é o mandante e como carniceiro, hiena traiçoeira, vai sempre confirmar as execuções. Tal como fizera relativamente ao expert informático, Lopez, também no referente a Morey lá chegou ele na hora da matança.
Mas, tal como nós, ficou na dúvida e na incerteza.
E que acha caro/a leitor/a …
Quem terá sido morto?!
Morey, conforme a encomenda superior, ou a agente Laura Hidalgo?!
(…)
Lembre-se, que uma fita não é nada sem herói! Nem heroína.
E esta última palavra poderia levar-nos a falar do modus vivendi do Bairro, o narcotráfico, mas ainda não.
Continuamos nas superestruturas que condicionam a trama.
O C.N.I. – Centro Nacional de Inteligência, instituição espanhola, sediada em Madrid, cujos agentes no terreno, na cidade de Ceuta, predominantemente no Bairro “El Príncipe”, são os que referimos: Morey, Serra, Lopez, Carvajal, Hidalgo.
Alguns já morreram, como sabemos.
Superintendendo estes, existem outros, agindo à distância na capital espanhola, sendo que uma Carmen Salinas é a chefe direta de Javier Morey.
Não me perguntem exatamente quem é quem, que não consultei o organograma estrutural.
Outra superestrutura que condiciona o desenrolar da trama e da tramoia é a Securité.
Este organismo é francês, como o nome indica, também tem agentes no terreno em Ceuta, um dos quais é uma mulher, Sophie, qualquer coisa.
Há outros, que não os fixei a todos.
Estes também agem contrariamente aos pressupostos de coerência e retidão que norteiam Morey na sua atuação e tal como Serra, bandeiam-se para o lado errado da questão.
Já sabemos que negoceiam com Khaled e direta ou indiretamente não se coíbem de apoiar a Akrab. (!?)
Como já mencionei, o enredo complexificou-se bastante nesta 2ª temporada, foram introduzidas variáveis novas, para além de outros personagens e o que parecia apenas situar-se e reportar-se ao Bairro, extravasou não só o âmbito da cidade e do enclave, mas também dos países limítrofes, enquadrando a União Europeia e adquirindo foros de globalização.
E há um leitmotiv, revelado julgo que no nono episódio, que condiciona a atuação destes dois organismos super estruturantes e que envolve muitos milhões de milhões, conforme abordado numa reunião dos chefões, chamo-lhes assim à falta de melhor epíteto.
E nesses contextos e enquadramentos, o que conta é o dinheiro. Money! Money! Neste caso, Euros. Que é com o financiamento europeu que o pessoal conta.
Pois! Mas de que se trata?!
Nem mais nem menos do que uns projetos mais que megalómanos, sobre que se fala há alguns anos: a travessia terrestre do Estreito de Gibraltar!
(Uma zona tão dada a sismos! Mas não será isso que trava o poder do dinheiro e o engenho humano. Que o diga o Japão!)
Para concretizar essa travessia projetam-se, na narrativa de “El Príncipe”, duas hipóteses: uma através de ponte com início em Ceuta, mais ligada aos consórcios e interesses de Espanha e outra mediante um túnel, que é defendida por interesses franceses.
Estas duas alternativas de facto têm sido abordadas já há alguns anos, ainda no domínio das conjeturas lobísticas, e os guionistas da Série resolveram enquadrá-las como suporte da narrativa.
E esse jogo de interesses em que o dinheiro envolvido será muito e certamente farto está a determinar o desenrolar da atuação dos personagens e a direcionar o desenvolvimento do enredo.
CNI e Securité e os respetivos agentes atuam a mando de outros superiores e no meio deles existem várias toupeiras que acordam com quem menos deveriam pactuar.
E aqui entra o espertalhão de Khaled Ashour, que além de maridão enganado, julga que vai ser pai; como raposa matreira, engana meio mundo ou o mundo inteiro.
Realmente, de facto, ele está de alma e de coração com a Akrab. Mas, perante as estruturas europeias, faz-se passar por agente infiltrado na organização terrorista.
Será, não será?! Este enredo dá tantas voltas que nem sei!
À sua conta também tem uma data de mortes, a maioria por telecomando, que diretamente julgo que só o vimos matar Nasser.
Quem o confronta diretamente é Morey, ajudado por Fran, que não se fiam nem um pouco nele. Ajudados pela mocinha heroína, Fátima, que se arrisca permanentemente junto do marido, daí a invenção da gravidez; para além das cenas em que se envolve, expondo-se e colocando a vida à beira da morte.
Vale-lhe a sua condição de heroína e, por vezes, a ação do seu herói.
E entramos no Bairro.
Labiríntico, a vida nele gira fundamentalmente à base dos tráficos.
Dois grupos de narcotraficantes dominavam o negócio, o de Faruq e o de Aníbal. Através de Khaled e dos seus negócios obscuros, processou-se a intervenção de um terceiro peixe graúdo, comandado por um galego, Lamela e respetivos homens de mão.
As coisas não correram como o previsto, mas mercê dessa intervenção e das ações subsequentes, em que se incluem as mortes de Aníbal e do galego, Faruq controla totalmente o tráfico de droga no Bairro em conluio com o cunhado.
Aí, Khaled busca financiamento para as suas ações ao serviço do jihadismo!
E sobre este último tema ocorre algo preocupante no Bairro que é o recrutamento de jovens para esta “causa”, socorrendo-se das redes sociais, através de um vídeo em que um rapaz do Bairro, de nome e origem ocidental, Sérgio, apela com veemência e convincentemente à adesão da juventude a essa “causa santa”!
Algo preocupante em todos os setores viventes de “El Princípe”, famílias, centro cívico, esquadra policial, investigação do CNI.
Os “Ben Barek” vêem, aflitos e desesperados, a fuga da sua caçula para essa irmandade, juntando-se a outras jovens que só verdadeiramente se terão dado conta da sua decisão, quando vestidas todas de negro, como viúvas de antigamente e enviadas para incógnito destino.
Nayat depressa se apercebeu do engano a que fora, pois o que pretendia era encontrar-se com o rapaz, por quem estava apaixonada, mas este não lhe ligou peva, a sua amiga Nasirah, respondeu-lhe com algo como “servas de Alá” e o facínora do Ismail, que na primeira temporada já andara a recrutar no Bairro, depressa a remeteu para uma carrinha, juntamente com as outras, para “servirem” de esposas e criadas dos soldados, na Síria!
Nem Faruq lhe conseguiu valer, que chegou tarde e foi recebido a tiros de kalashnikov.
Na Esquadra o trabalho não pára.
Fran reassumiu funções, na prática nunca as deixara, o tal polícia “betinho” foi remetido não sei para onde; Mati tem papel relevante na descoberta do criminoso químico, Yasin, ao serviço de Khaled, mas em momentos chave tem como que uma paragem decisional, bloqueia na ação e as coisas não correm pelo melhor.
Quílez coadjuva Fran, sempre com algum constrangimento e culpabilização pelo que lhe ocultou relativamente à morte do filho.
O chefe não força a situação, nem revela propriamente que o queira culpabilizar.
Essa atitude de aparente deferência ou indiferença, julgo que ainda fere mais Quílez.
Não sei se haverá ainda mais qualquer outro melindre!
A mulher de Fran regressou do hospital, mais remoçada. Ele, com novo visual e sem a "sua" Marina, que migrou para Málaga, à procura de melhor negócio e de amor mais firme, agradeceu o renovamento da mulher e retornou aos tempos iniciais do casamento.
Raquel, é este o nome da esposa, resolveu festejar com o casal amigo, Quílez e Isa, apesar do constrangimento destes. Fran nunca lhe contara do imbróglio em que o compadre os metera, mas não foi preciso muito para que Isa, em conversa de cozinha com a comadre, desse com a língua nos dentes.
E vou encurtar, que muito fica nos entretantos e nos entrementes, apenas lembro que Raquel foi fazer queixa na própria esquadra, diretamente ao subchefe, para que o processo de investigação da morte do filho seja reaberto, o que não foi surpresa para Quílez, que se manifestou aliviado pelo facto. Foi como se lhe tirassem um peso de cima.
Veremos no que isto vai dar!
Dê no que der eu vou terminar!
Supondo que a série vai continuar, não sei se ainda na segunda temporada, se já numa terceira.
Esta Série, na 2ª Temporada, Episódio 9, ainda está para durar. Pelo que consultei, vi referências ao “Capítulo 31”. Nem mais!
(Não consegui saber se este número se reporta exclusivamente à segunda temporada ou engloba a totalidade de ambas!)
O interesse fundamental desta narrativa resulta do facto de versar temas atuais. Demasiado atuais! Que, por vezes, até custa deles falar. Ficção, é certo, mas com substrato real.
Contudo, acho que o enredo se complexificou um pouco demais, de que resulta, esporadicamente, alguma incompreensão.
Surgiram outros personagens, cujos papéis e funções nem sempre consigo perceber muito bem. Também não tenho visto sempre, nem registado ideias essenciais e por isso e também por falta de tempo, condições e paciência, não tenho escrito sobre o assunto, nas minhas peculiares narrações.
Os personagens principais e o seu desempenho; o facto de assentar em situações e perspetivas de mundos diferentes, muitas vezes paralelos e antagónicos, mas coexistindo em simultâneo no espaço e no tempo, torna também a estória apelativa.
Para além do surgimento de novos personagens, a extinção de outros, através da morte, o apagamento de alguns, também vários ganharam outro protagonismo e evoluíram na construção do seu papel.
A estruturação em policial, com as cenas mais ou menos verosímeis, seguindo em maior ou menor grau a “aprendizagem” da “escola americana”, molda e “veste” a narrativa de modo a captar-nos a atenção e estimular-nos o interesse.
Há para ali mortes e acidentes, crimes e atentados, que não há cangalheiros que cheguem! (Tivesse o seriado algum cariz cómico ou irónico e, no meio de tantos personagens, não seria descabido recriarem os dos “cangalheiros” da série portuguesa “Beirais”!!!)
Outro aspeto interessante assenta na duplicidade, até multiplicidade de atitudes e comportamentos dos personagens. Nunca são muito bem quem parecem e aparentam ou pretendem e querem fazer parecer. Vão-se descobrindo e revelando, nos seus papéis múltiplos e antagónicos, ao serviço ou não das instituições que representam ou de si mesmos.
A perspetiva das suas vidas pessoais, o seu desenvolver e desenrolar, em simultâneo com o lado profissional, a difícil e impossível separação de ambos os campos, também dá muito colorido à estória, apimentando e alegrando o enredo.
Ah! E o enredo romanesco, os rimances que por ali perpassam!
E, por agora, fico-me por aqui!
Se tiver tempo e condições, ainda me debruçarei mais especificamente sobre o nono episódio e um pouco mais em pormenor.
Tentarei responder a algumas questões que deixei em aberto quando contei sobre o episódio cinco.
Nesta segunda temporada já decorreram cinco episódios.
Globalmente poderemos dizer que o enredo se desenrola fundamentalmente em função do terrorismo e dos seus mentores, a organização Akrab.
A “Missão” principal de Morey, integrado na estrutura do CNI, é precisamente essa: combater o terrorismo. Subordinado às ordens de Serra, coadjuvados informaticamente, pelo imprescindível Lopez.
Agora também a célebre agente Hidalgo, Laura; de facto a atriz Nerea Barros, que protagonizou a irmã do médico Dom Daniel Alvarez de Castro, na série “Hospital Real”, que a RTP2 transmitia há um ano e que foi de grande sucesso. O capitão Ulloa era o seu namorado, mas não me lembro do nome da personagem da atriz, filha de Dona Elvira. Mas isto também não interessa muito, que falamos de “El Príncipe” e não de “Hospital Real”.
Os agentes do CNI, mercê da ação de Morey, têm também em estreita colaboração o chefe da esquadra, Fran.
Numa ação imprescíndivel, agindo muitas vezes com algum desconhecimento dos outros agentes em serviço, que nalguns campos se sentem um pouco relegados para um segundo plano, caso mais acentuado em Quílez.
A atitude de desconfiança e mal estar entre os vários agentes é comum nos vários campos.
E, voltando ao CNI, Morey desconfia da agente Laura Hidalgo, situação cada vez mais confirmada. Também entre os outros agentes reina uma certa desconfiança.
Quem é realmente quem, o que faz e de facto pretende, o que oculta ou revela e ao serviço de quem efetivamente “trabalha” são questões que se levantam aos próprios e a nós também como espetadores.
Na superestrutura da Akrab também essa situação acontece. Qual o verdadeiro papel de Khaled?! Agente terrorista ou infiltrado?!
Já sabemos que age a mando de um outro terrorista, sediado na Síria, de nome Marwan, de quem recebe ordens via telemóvel. E que o avalia e avaliza ou não, conforme as respetivas ações.
Entre eles há um intermediário, Nasser, que foi a Ceuta, buscar dinheiro obtido com o negócio da droga, que Khaled dirige, através de um galego e do filho, cujo homem de mão fora um ruivo, que o galego mandou, cravado de balas, para um contentor no Bairro El Príncipe, quando já não precisava dos respetivos serviços.
Este clima de terror reina nos vários grupos de narcotraficantes, os rivais Faruq e Aníbal estão desorientados, face à luta que lhes é movida por este novo “peixe graúdo”, como Mamá Tere classificara esse terceiro grupo de negociantes de droga, e que acabaria assassinada precisamente por um dos seus elementos.
Desesperado, o filho, Aníbal, raptou a filha de Fran, chantageou-o para este matar o galego, a que Fran não acedeu, incompreensivelmente aos olhos de Quílez.
Em cenas rocambolescas ou “rambolescas”, Fran conseguiu resgatar a filha, entretanto fugida à prisão de Aníbal, que foi morto por Fran, em legítima defesa, mas de uma forma exagerada, o que certamente lhe trará dissabores institucionais, que o polícia “betinho” continua à espreita, aproveitando as suas fraquezas.
E estes policiais têm muito que se lhes diga na forma como atuam entre si e principalmente como lidam com os criminosos.
Mati aparece nesta segunda temporada com um novo visual e também com modificações comportamentais e atitudinais, algo preocupantes. Esperemos que não derrape completamente. Precisa nitidamente de apoio psicológico!
No meio de todas estas embrulhadas está a protagonista feminina, Fátima Ben Barek. Inicialmente revoltada contra Morey, tem vindo a compreender mais e melhor sobre a lama em que o marido se move e os crimes que ele engendra e executa de forma impessoal, à distância de um clique e de uma ordem via telemóvel.
Arrisca-se demasiado e, conforme era previsto, meteu-se numa enormíssima alhada, quase foi morta por esse Nasser vindo dos confins do inferno, na busca de passaportes de jovens inocentes para o paraíso e não sabemos como se irá safar, que só o futuro episódio nos revelará o desfecho.
E findo esta narração incompletíssima, pedindo desculpa por narrativa tão parcelar e tão tardia!
Agradeço-lhe leitor/a, pela amabilidade e paciência de me acompanhar nestas escritas!
Iniciou-se, ontem, 2ª feira, 12 de Setembro, a 2ª Temporada da Série.
E eu, que andava entusiamado para observar como se ia desenrolar e iniciar esta segunda temporada, quase não vi o primeiro episódio. Haverá, portanto, lacunas na minha narração. Como aliás é costume, dir-me-á, mesmo quando visualizo a totalidade dos episódios.
Do que vi e que retevi de memória, parece, talvez seja impressão minha, que não surgiram assim, grandes, grandes surpresas.
A “nossa querida Fatucha” passou a ser a Srª Ben Barek, que se casou com o primo, agora marido. Vive numa “bruta vivenda”, é assim que se diz em gíria, na cidade de Ceuta, com vistas para a cidade e para o mar. Tem duas empregadas às suas ordens, ou do marido, que veremos. Uma será a criada de dentro e a outra a de fora. Ou eu me engano ou uma fala francês, não sei se toca piano!
Khaled é dono de uma grande construtora, para além de chefão do Akhrab e também barão da droga, cujo dinheiro usa para financiar as operações terroristas.
Estruturou um conjunto de operações no âmbito da droga, que provocaram a guerra entre os dois bandos de narcotraficantes existentes: o de Faruq e o de Aníbal.
O que traz toda a gente em polvorosa no Bairro, confunde os polícias, agora chefiados pelo personagem do polícia "betinho", de fato e gravata, cismado na prisão e confissão de Faruq, sobre os assassinatos ocorridos. Personagem fora do contexto ambiental do bairro, sem quaisquer simpatias na esquadra e alvo do ódio de estimação de Fran, que discorda dos seus métodos e modos de ser.
Acabará por sair de cena, tal como na primeira temporada e para isso contribuiu a ação de Morey, que, para ter a colaboração de Fran, logo lhe prometeu que removeria tal impecilho. O que ao acontecer lhe deu direito a um murrázio de Fran, pois que ao analisar as mortes ocorridas no bairro, cismara que eram de criminosos diferentes e fizera insinuações sobre a idoneidade de Fran, que sabemos ser incorruptível.
Ao provar-se que, afinal, eram provocadas pelo mesmo tipo de bala e arma, logo a mesma autoria, ganhou o prémio, que foi a agressão de Fran, com aplauso de toda a esquadra.
A chefia da esquadra e consequente investigação dos crimes e da sua ligação com o terrorismo será o leit-motiv dos próximos episódios, digo eu. A chefia, repito, voltou a ser de Morey. O que também não nos traz surpresas.
Este voltou a pedir a colaboração de Fátima e, esta, apesar de casada e vigiada, não resistiu e foi-se encontrar com o ex-amado, nas muralhas da Cidade.
E, aí, disse-lhe o que era esperado, face ao facto de ele ter morto o irmão “Abdu”. E que Khaled era uma boa pessoa.
Morey respondeu-lhe que não deixara de a mar nem um segundo.
Nada de inovações, portanto.
Todavia, Fátima não deixou de testar o marido, ao contar-lhe que, contrariamente ao que lhe dissera que iria ao velório da jovem assassinada, se fora encontrar com Morey e o que este lhe contara sobre o próprio. Khaled disfarçou o melhor que pôde e abraçou-a, mas ficou algo apreensivo.
Estes enredos irão certamente desenvolver-se na narrativa e Fátima continuará a ter um papel principal, sendo que Khaled também ganhará protagonismo.
No CNI, Serra continua a chefiar. Talvez nos traga surpresas!
Nesse enquadramento, pareceu-me ver uma nova agente, que, julgo, irá incendiar brasas.
Uma outra ou a mesma personagem, que não pude ver muito bem, como já frisei, parece-me ser a atriz galega que, na série “Hospital Real”, desempenhou o papel de filha do fidalgo e da fidalga, Dona Elvira, irmã do herói e médico jovem; cujo marido lhe batia e que amava um oficial do exército, que esteve algum tempo hospitalizado e que também nutria simpatias pela nossa Ollala!
(Desculpe-me este modo de contar, mas é o que me lembro assim de cor, sem recurso a qualquer pesquisa. Se, de facto for, hei-de informar-me melhor!)
Outra personagem nova, agora apresentada, é a mãe do traficante Aníbal, Mamã Tere (?), que talvez traga algum colorido à narrativa e que, perante as mortes e crimes ocorridos no Bairro, se referiu à suposição de que algum peixe mais graúdo quer comer os peixes mais pequenos. Metáfora corrente nestes casos e que sabemos ser verdadeira e quem constitui e chefia esse terceiro peixe, graúdo.
E quem é o homem de mão, um ruivo, às ordens de um capanga de Khaled.
E estes foram alguns tópicos que observei neste primeiro episódio desta segunda temporada e que poderão estruturar e orientar a narrativa.
Muito incompletos…
Outros factos surgirão dando “pica” ao enredo, para não defraudar as nossas expetativas!
Um dos aspetos que me falhou, talvez por não ter visualizado tudo, foi o hiato temporal que separa a narrativa entre as duas temporadas.
Terá sido algum tempo, pelo menos o suficiente para Khaled construir a mansão, com todos os effes e erres, não acha?!