Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
"Agora é que se lembra dos 50 anos de 25 de Abril?!"
Questionar-me-á o/a Caro/a Leitor/a.
E com razão.
Mas o ideário do 25 de Abril de 74, não será para ser vivido ao longo dos 365 dias do ano?!
Bem sei que, para muito boa e santa gente, basta comemorar de ano para ano!
Para alguns nem isso!
As fotos são as três de minha autoria. As duas primeiras são imagens captadas numa Biblioteca de Almada. A terceira são de rosas brancas da Roseira da minha Avó Rosa. Estão no "Quintal de Cima", também quase há 50 anos!!! Vieram de rebento - ladrão, do quintal da minha Avó. Há quantos lá estaria a roseira original?! Sempre me lembro de lá estar a planta. Provavelmente, a planta primitiva terá para aí um século! Sabendo que o exemplar que tenho no meu quintal é um clone da original...
E porquê esta foto de roseira branca?!
Porque o branco é símbolo de Paz.
Paz que tanta falta faz!
Ligações para outros postais em que publiquei sobre o 25 de Abril:
O papel desempenhado no “25 de Abril” é mais do que suficiente.
Esse agradecimento é devido a todos os “Capitães de Abril”.
Entre muitos aspetos positivos que esse papel proporcionou, no desenvolvimento do “25 de Abril”, que só quem viveu, enquanto jovem, esse tempo de Alegria, Esperança, Liberdade, Democracia… pode realmente avaliar, destaco o final da designada guerra do Ultramar / Colonial.
Uma guerra, no mínimo, anacrónica!
Um risco, um perigo que pairava sobre a cabeça de todos os jovens e famílias da época, quando se aproximavam os vinte anos. De que jovens da minha geração, à data, se livraram. Que catorze gerações anteriores tiveram de “viver”.
Por estes aspetos, no mínimo, merece o nosso agradecimento.
Se foi devidamente reconhecido, oficialmente, este seu papel?! Neste aspeto, não me sinto capaz de julgar / avaliar, com conta, peso e medida, as atitudes oficiais de quem comanda os destinos do País.
Se os percursos diversos e variados de Otelo, ao longo da respetiva vida, foram de louvar (?), de censurar(?), caber-me-á a mim julgar?
A Si, Caro/a Leitor/a?!
Somos todos perfeitos?! A Luz e as Sombras percorrerão ou não as Vidas de cada um de nós?!
“Quem nunca tiver pecado, que atire a primeira pedra!”
Os dois itens que referi: papel fulcral no desempenho do “25 de Abril” e os muitos aspetos positivos daí decorrentes, nomeadamente o despoletar do final de uma guerra sem sentido, bastam-me.
Obrigado!
Descanse em Paz!
R.I.P.!
Fotos?!Originais. Uma “Poesia Visual” sobre “Abril”. E uma rosa. Não tenho acervo de cravos e, afinal, o indivíduo foi um romântico!
Questões Pertinentes – Perguntas Impertinentes – Antes de Vinte e Cinco!
Bem te Queremos, Liberdade!
A pergunta, titulando o postal, poderá ser encarada numa perspetiva genérica e questionar sobre a efetiva e na prática quase inexistência de “Jardins nas Cidades”. Na verdade, e atualmente, o que os decisores políticos criam, nas nossas cidades, são parques.
Jardins, jardins, persistem alguns mais antigos, nalgumas das nossas localidades.
Mas esta pergunta é mais específica. Reporta-se a um jardim peculiar que havia num enquadramento entre prédios, de uma rua no Feijó, Cidade de Almada: (Foto anterior).
Peço-lhe Caro/a Leitor/a que faça o favor de ler um postal antigo que escrevi no blogue, em 18/11/2014, bem no princípio destas narrativas internáuticas e que intitulei precisamente “Um Jardim na Cidade – O Jardim de Dona Vanda”.
Pois, que aconteceu a este singelo e peculiar Jardim?!
Passei por ali recentemente, já neste mês, já por ali não passaria há mais de um ano, e constatei que foi transformado no espaço de parque que documento fotograficamente.
(O antigo Jardim ficava no espaço entre os dois prédios, a meio da fotografia seguinte. Correspondente ao espaço da foto anterior.)
No conjunto, todo aquele espaço foi valorizado. O que ali estava era uma espécie de buraco, nas traseiras de várias urbanizações e agora há um espaço arrelvado, arborizado, caminhos de fácil percurso pedestre, um jardim infantil. Globalmente, houve melhorias, não tenho quaisquer dúvidas.
Mas não teria sido possível manter o pequeno e modesto Jardim, integrando-o no contexto global do parque?! Digo eu…sei lá!
E para quando deixarem de arrelvar, e construírem efetivamente jardins?! Jardins de “flores”, com roseirais, arbustos autóctones, que floresçam nas épocas próprias.
Sempre os espaços de relvas. Manutenção cara, muito gasto de água e… para que servem?!
Já sabemos! Para que os/as modernos/as chiques levem os canídeos a defecar. Que até tirei fotos, precisamente no local do dito jardim. Que não mostro, evidentemente.
O que vale é que a Natureza floresce sempre, como provam as papoilas e os bem-me-queres!
Porque é que os nossos políticos, da nossa Democracia, decidem sempre de cima para baixo, não contemplam as decisões tomadas de motu próprio pelas populações?! Só pensam em nós para votarmos. Daí tantas vezes o desinteresse…
Estas são exclusivamente opiniões minhas.
Que era possível, viável e desejável que, embora construindo aquele parque, se mantivesse o Jardim, era! Espaço ajardinado, bem peculiar, simples, natural, trabalhoso, traduzindo o espírito de Cidadania de quem o idealizou. De quem o construiu, criou, manteve, sustentou de água que faltava, de espécies bonitas e florescentes que, na altura própria, coloriam aquele canto meio abandonado a que davam Vida! Era possível manter, sim!
E é ou não importante que os “nossos” políticos atendam também às vontades dos Cidadãos nestas pequenas e também grandes coisas e causas?!
E estarei ou não a exercer um dos Direitos fundamentais que o 25 de Abril nos proporcionou?
O 25 de abril e o 1º de Maio são datas importantíssimas. Deveria ser algo consensualmente aceite, embora na verdade não o seja. Não escamoteemos o assunto.
Podem e devem ser devidamente celebradas, lembradas e vivenciadas coletivamente.
Com manifestações, arruadas, grandes concentrações de gente, por tudo quanto é sítio e lugar deste País e ainda mais nas grandes cidades?!
NÃO! De todo, absolutamente NÃO!
Dadas as circunstâncias que vivemos, NÃO!
Portugal, dentro do contexto da pandemia, tem sido dos países menos fustigados. (Contudo os valores absolutos apresentados devem ter em conta os valores relativos. Rácio das mortes ou infetados / versus população total.)
Apesar de tudo e comparativamente com os países mais próximos, Espanha França ou Itália, Portugal, felizmente, está relativamente distante. Pelo menos, até agora. Não sabemos o que poderá ainda acontecer.
Para esses resultados têm contribuído as medidas adotadas e, não esquecer, o contributo da população que acedeu ao confinamento, sem grandes constrangimentos.
Agora, com a previsão de um certo desbloqueamento das medidas constrangedoras da liberdade individual, parece que já está tudo num afã de “andar tudo ao molhe e fé em Deus”! E andar de comboio ou metro lotados, sabem o que é?!
Penso que deve haver algum cuidado nessa pressa de começar tudo, nos mais diversos contextos e enquadramentos, como se já estivéssemos livres do perigo do “bicho”.
É necessário criar uma certa abertura, sim, mas com cuidados sérios.
Face ao que ainda vivemos, não vejo qualquer sentido em quererem que haja manifestações no 1º de Maio.
Porque, ideologicamente, sou contra o que tal data representa?!
De modo algum.
Se há recordação grata e bonita que tenho de manifestações, foi a do Primeiro 1º de Maio, em Liberdade. Em 1974!
Enormíssima a manifestação, não inferior em Sentimento: de Unidade, Liberdade, Fraternidade, Solidariedade, Esperança. Um mar de gente irmanada em Ideais, dos melhores que a Humanidade pode ter!
Não sou a favor de manifestações nestes tempos, nem é preciso explicar porquê.
Inventem uma forma de comemorarmos estas datas de outro modo.
Quanto ao Vinte e Cinco de Abriljá escrevi como deveria ser a celebração na Assembleia da República. (“Prestem atenção que eu não posso durar sempre!” Como diria o meu saudoso Pai.)
E, já agora. “Vinte e Cinco de Abril, Sempre!” E “Viva o Primeiro de Maio”!
(Fotos: As giestas floridas em terrenos na minha Aldeia – Tapada do “Rescão” – “Maio, maduro Maio” e as “Maias”!)
Tem levantado alguma polémica o facto de, institucional e oficialmente, se pretender comemorar o 25 de Abril na Assembleia da República.
Não sei porque se levanta tanta poeira com assunto que se poderia resolver de forma relativamente simples.
É evidente que o 25 de Abril deve ser comemorado e celebrado.
Não, evidentemente, com manifestações, arruadas ou comícios ou qualquer outra atividade que envolva bastantes pessoas em conjunto.
O local de celebração deve ser, obviamente, a Assembleia da República, como sede do parlamentarismo, da Democracia institucionalizada que o 25 de Abril representa.
Mas também, óbvio, não devem estar muitas pessoas no hemiciclo.
Reduzir ao fundamental.
De forma simples, deverá estar o Senhor Presidente da Assembleia, um represente de cada um dos partidos,um, chega e basta e cada partido tem o dever de apresentar o respetivo representante.
Alguns convidados que julguem fundamentais, não me perguntem quais ou quem, que não percebo nada de “protocóis”, como diria uma dama do fado. Mas o mínimo dos mínimos!
O Senhor Presidente da República e o Senhor Primeiro Ministro não deveriam estar presencialmente, mas por vídeo – conferência. Para darem o exemplo, face ao momento que vivemos e também porque devido às funções únicas que exercem não os queremos doentes.
De modo que, face ao referido, provavelmente estariam umas vinte pessoas na Assembleia ou pouco mais, pois terá que haver sempre alguns funcionários.
Toda a gente colocada devidamente distanciada, de máscara, de luvas e mantendo distanciamento social estipulado, no inter relacionamento.
Discursos reduzidos, sintéticos, máximo dos máximos, cinco minutos, ou talvez até menos!
Tudo tão simples, sem alardes, sem alarmismos…
Não é preciso pôr pimenta ideológica no assunto!
(Notas Finais:
E vamos às fotos: Como o/a Caro/a Leitor/a sabe, as minhas fotos nem sempre têm uma correlação imediatíssima com os textos. Por norma, são do meu acervo e nem sempre tenho logo, logo, disponível tudo o que preciso.
Papoilas! Tradicional são cravos. Mas, diga-me, SFF, as papoilas não são bem garridas e bonitas?! Não ficam atrás dos cravos. E são da minha Terra! Papoilas rubras!
A Ponte! O que nos faz falta são pontes a unirem-nos. E haverá melhor que a Ponte 25 de Abril?!