Desenlace final da 5ª temporada da série “Crime e Castigo”
Desenlace final da 5ª Temporada de “Les Engrenages”
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Ocorreu ontem o desenlace final da 5ª temporada da série “Les Engrenages”, intitulada na versão portuguesa “Crime e Castigo”.
E foi um final emocionantíssimo e trágico, mantendo-nos ligados ao televisor até ao apresentar do genérico. E, depois, ficámos como que anestesiados… passados de perplexidade e angústia!
A menina de oito anos que fora raptada, apesar da ameaça física de um xis/ato apontado à garganta, pela desvairada da chefe do gang, OZ, conseguiu salvar-se.
E, isso, graças à intervenção experiente e maternal da heroína da trama, a nossa Laure, que conseguiu convencer a chefe do gang a soltar a menina. Foram minutos de alta tensão, a criança com a arma branca apontada à garganta e Laure a falar, a pedir a sua libertação, com calma mas também firmeza, à agressora, que acabou por ceder, libertando a criança.
Ao mesmo tempo recuava na direção do rio Sena, preparando-se para saltar, o que fez.
Mas arrastando com ela também a nossa capitã, que tentou segurá-la, imaginando que ela se quereria suicidar.
Nesse arrastamento, a louca, com a arma branca que segurava e ameaçara a criança raptada, deu uma facada, em Laure!... Em Laure! E, onde?! Precisamente na barriga, na barriga, onde ela carrega o seu fruto mais precioso.
O filho/a a quem ela já tanto quer, idealizando até formar casal com Gilou.
Pois imagine-se o efeito. Grande tensão nos espetadores e nos colegas polícias. Todos no hospital, para onde foi transportada, sujeita a observações.
Diagnóstico médico: … tudo em aberto, não se sabe se se salva… e, nesta apresentação, o médico quis dirigir-se ao pai… Quem é o pai?!
A mãe e o bébé corriam, obviamente, perigo de vida.
E calcule-se… Tantos polícias homens, todo o departamento e “onde está o pai”?
Todos se olharam atrapalhados.
Gilou pega no telemóvel, afasta-se, retira-se para um local mais resguardado, emociona-se, chora, bate com a cabeça na parede, relembrará todos os momento em que sonhou viver com Laure, recompõe-se, ganha coragem. E telefona.
Liga para Brémont, pois para quem haveria de ligar, se Sami já não está entre os vivos e já anda noutro seriado?!
Ainda bem que a narradora não descartou a personagem Brémont!
E comunica-lhe o essencial.
Laure hospitalizada, grávida, não sabe se se salva, criança em perigo de vida. Pede-lhe a sua urgente comparência no hospital.
E ficamos assim no final de episódio e quinta temporada.
Tudo em aberto para a sexta.
Que em França já estará, não direi pronta, que não sei, mas está pelo menos em preparação.
E tantas pontas soltas por onde pegar.
No concernente à capitã… Salva-se? A criança?! Fica-se a saber se Brémont é efetivamente o progenitor? Voltam a trabalhar juntos? Como conciliar maternidade e profissão? …? Tantas questões para explorar.
Nesta sexta, hoje dia dezanove, irá começar Gomorra! Um apostar nas séries policiais europeias, esta italiana (?) e ainda mais negra que a francesa.
Mas ainda mais alguns comentários sobre “Crime e Castigo”.
Gilou, apesar da lição que levou, não tem emenda e continua a fazer das dele.
Delatou ao “ladrão de carros topo de gama” que o juiz já tinha determinado ordem de busca e apreensão dos carros. Grave! Gravíssimo! Viu-se o resultado.
Vingança pessoal e profissional contra tudo e todos, o próprio ladrão e o colega de outra estrutura policial, por acaso, Brémont, na “rival” Brigada Anti Banditismo.
É caso para questionarmos que com policiais assim como nos livramos de ladrões e criminosos?! Valerá a pena essa promiscuidade?
E policiais trabalharem de costas voltadas e sabotando o trabalho uns dos outros?!
Quem paga? O contribuinte, o cidadão honesto e trabalhador, já tão sobrecarregado de impostos.
Ficam à solta dois criminosos: o ladrão e o recetador e exportador dos carros, que por acaso é o senhor “ADE - Alto Dignatário Estrangeiro”.
Aqui ficam mais algumas deixas para dar continuidade.
Tal como na ficção, no real, as relações promíscuas, “liaisons dangereuses” entre a França e países do Norte de África, nomeadamente os regimes da Líbia, têm sido frequentemente noticiadas nos media.
Joséphine! Ah, Joséphine!
Ela que perdeu o seu napoleão, voltou ao seu papel de malévola.
Contratada/Convidada para pertencer ao conselho de administração dum poderoso escritório de advocacia, na premissa de votar a exoneração do colega advogado Edelman, não se fez de rogada e, na hora H, apunhalou-o de frente. Aplicou-lhe uma estocada fatal, na própria reunião e na presença de todos os outros conselheiros.
Definiu-se, definiu o seu caráter e também o seu papel na associação e no enredo da peça seriada.
As Sociedades ligadas à Justiça… Umas secretas, outras mais ou menos imiscuídas dos membros dessas secretas, desempenham um papel primordial em toda a Sociedade, pela sua ligação, influência nas decisões de todos os Poderes: Políticos (Legislativo, Executivo e Judicial), dos Poderes Económicos e Financeiros. No 4º Poder: os Media.
E o Poder que têm essas Sociedades e os Grandes Escritórios de Advogados. E o que o Estado lhes paga das mais diversas formas.
E o que nós pagamos de impostos, todos os dias…
O que nos vale é que tudo na série se passa e confina a França.
Só que a França fica muito, demasiado, perto!
E é tudo novela! Nada a ver com a realidade.
Mas nem tudo é mau.
Marianne voltou a trabalhar com o Juiz Roban, que teve a humildade de lhe fazer esse pedido.
O pai Jaulin, finalmente inocentado, abraça o filho.
Pedirá ele indemnização por ter sido preso injustamente? Consegui-lo-á? O Estado pagará?!
Melhor, quem pagará ou não, não sabemos se a guionista terá em conta estas sábias sugestões de desenvolvimento do enredo… quem pagará, mais uma vez, os “Erros da Justiça” serão os contribuintes.
Eles, já tão sobrecarregados de impostos.
O que nos alivia a carteira é que tudo isto se passa em França… país dos gauleses.
E tanto, ainda, fica por dizer. Pois que estes enredos são muito complexos e ricos de conteúdo.
Tanto fica por falar...
Será na próxima Temporada.
E a guionista aceitará as nossas sugestões ou desenrolará um enredo completamente radical?!
Nous attendons.
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