Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Esta é a 1ª rosa de uma roseira que abacelei há 3 ou 4 anos.
(Esteve periclitante, mas este ano deu a 1ª rosa.
Não sei bem a origem da mesma, mas que é uma linda rosa, lá isso é!
E a foto nem mostra a dimensão da respetiva beleza!)
***
Rosas brancas, da roseira da minha Avó Rosa:
(Não resisto a mostrar, novamente, mais um ramalhete destas lindas rosas.
Deve ser a roseira mais antiga no Quintal. E atendendo a que veio de rebento-ladrão, muito mais antiga será ainda!
E com um hospedeiro (?), um colaborador(?), um aviador ou um avião que ali aterrou à espera do novo aeroporto?!
***
Rosa de Alexandria:
Estas Roseiras de Alexandria, agora, já tenho várias, com novos abacelamentos que enraízaram bem nestes últimos dois ou três anos. Floriram todas este ano.
O tempo tem ajudado. Choveu no Outono, no Inverno e também na Primavera! Estes últimos dias têm sido de frio e alguma chuvinha. Pouca, que ainda ontem tive de regar.
Mas como também houve dias de sol e calor, as plantas têm prosperado.
Os roseirais dos Quintais e do Chão todos floresceram bem nesta Primavera!
Neste esboço fotográfico apresentei apenas uma pequena amostragem.
***
E por amostragem...
Quem apresentou uma grande amostragem de obras futuras, quem foi?!
De uma assentada:
Aeroporto em Alcochete!
3ª travessia do Tejo: Chelas - Barreiro!
E TGV para Madrid!
(Esta última obra é a que mais me interessa.
Saudades dos tempos em que se ia de Lisboa a Madrid e Paris, de comboio!)
Ficamos todos à espera do Aeroporto, da nova Ponte e do TGV.
Sentados, de preferência...
Até lá e mesmo depois, quem sofre é a Ponte 25 de Abril. E a Margem Sul! Eu bem queria que o aeroporto ficasse na Margem Norte!
Mas que Costa?! Um Costa que não era o Costa, que deu à costa!
Uns bitaites e não só, a propósito de um filme num país que é uma farsa, uma comédia de filme, numa tragicomédia de país!
O Castelo do Costa ruiu de vez!
E que castelo! Um castelo de cartas. De cartas e de que baralho! Mais do que um sarilho, foi um “saralho”! As cartas sempre a cair! Tantas caíram, que o baralho caiu de vez.
O baralho de cartas desfez-se! De vez?!
Uma tristeza, este país! Esta governança resultou de eleições antecipadas. Tanta gente a desejar a ruína do Costa e o país deu-lhe os naipes todos: maioria absoluta. Mesmo assim foram estes meses de constantes sobressaltos. O Costa e os seus “amigos” deram cabo disto tudo. Desperdiçaram oportunidades, umas atrás das outras.
Quem tem amigos assim, a quem confiar assuntos de relevo, não precisa de inimigos. Nem sequer de adversários. Foi por dentro que a governança se desfez! Foi sendo corroída internamente. Mas sempre “apertada” de fora. Não havia necessidade!
Tanta gente a rir, a saborear! A gozar o pagode!
Anda já tudo num rebuliço. Já todos andam numa roda-viva com as eleições, outra vez. Outra vez?! Se, entre as oposições, se vislumbrassem umas cartas de jeito, vá que não vá… Mas a desgraça é tal que, se estes são o que são e que mostraram, nos outros não se descortinam melhores qualificações, outros níveis de habilitações!
Há muito boa e santa gente achando piada a estas barafundas. Não acho piada nenhuma. É o país que se afunda. Por seis meses o país vai ficar “em banho-maria”!
São assuntos fundamentais, que vão ficar parados, novamente congelados, adiados.
E refiro os que mais se reportam às Pessoas. Tudo o que respeita ao SNS – Serviço Nacional de Saúde. À Educação. À Justiça. (Tanto no respeitante aos utentes / beneficiários, como aos trabalhadores, prestadores destes serviços.) À Habitação.
Não falo no aeroporto! Por mim, se puder e nos tempos que me restem de viver, evitarei andar de avião! Mas será importante definir um novo aeroporto, segundo se diz e se trata há mais de meio século! Opinando, se de facto vierem a concretizar um novo aeroporto, e se o que digo tiver algum valor, que o construam fora da “Grande Lisboa”. Na Margem Norte do Tejo. Nunca na Margem Sul. (Jamais, como disse o outro. Jamais! – em francês.) (Quem tem de ir todos os dias trabalhar para Lisboa, atravessar a “Ponte 25 de Abril”, que o diga.)
Olhem e porque não dão melhor utilidade ao de Beja?!
E os comboios?! Nem sequer andamos a vê-los passar, porque muitas linhas estão completamente desativadas. Não há uma ligação direta a Madrid; quanto mais Paris, ou a Europa! Saudades dos tempos em que era possível viajar de Lisboa a qualquer destas capitais, de comboio. Diária e diretamente! E correr a Europa no inter-rail.
(E pelos comboios me fico que estou com pressa e este postal está por demais atrasado. Como, aliás, os comboios!)
E, afinal, o Costa a modos que se foi, por um recado que parece que não era para o Costa!
Voa de um lado para o outro… Não conhece a rota de navegação… Não sabe em que aeroporto aterrar…Ele é o aeroporto X… depois é o Y… Afinal fica no mesmo sítio! Num assunto desta envergadura, uma argolada deste tamanho... nem dá para perceber!
Tinha um bom paraquedas, já se vê!
Eu nem sei o que isto parece. Estamos na primária?! (… Não dá mesmo para interiorizar, percecionar este assunto! Ficamos simplesmente abismados!)
Andam em andas e bolandas com esta estória do aeroporto de Lisboa e não mais se resolvem! Que me lembre, neste meio século em que falam e tornam a falar nesta coisa do aeroporto, já abordaram, não necessariamente por esta ordem: Ota, Monte Real, Rio Frio, Montijo, Alcochete, eu sei lá mais o quê!
E nunca mais se resolvem.
Eu, cá por mim, dito mesmo assim, ia de bandas para Beja! Falo mesmo a sério. Que isto das proximidades ou distâncias são cada vez mais relativas. E encurtam-se distâncias com todas as tecnologias sempre em aceleração. O que, hoje, parece distante, amanhã é mesmo aqui ao pé.Porque se andará, há meio século, a querer mudar um aeroporto, mas situá-lo sempre no espaço urbano da Grande Lisboa? Pensem em futuro! Equacionem outras “centralidades”. Beja, não tarda muito, fica mesmo aqui ao pé!
Porque se haverá de “pensar/equacionar” Lisboa só e apenas no respetivo espaço concelhio?!
Porque é que muitos serviços, que atraem cidadãos de todo o país, não hão de ser instalados fora da cidade propriamente dita?
Falo,por ex., e nomeadamente, dos “Grandes Hospitais”, por ex. o que irá substituir o de “São José”.
E outros casos.
Beja, daqui a nada, fica mais perto do que chegar ou partir para Sintra, para a Margem Sul…, em horas de ponta.
É necessário criar outras centralidades, fora da “Grande Lisboa". E isso é promover a descentralização.
Eu ando nestas ladainhas já alguns anos. Escrevendo sobre estes temas em vários postais. Deixando comentários noutros blogues.
Mas ando mesmo a “pregar no deserto”. Ninguém liga ao que eu digo. (?!?!)
Estes pessoais dos governos são quase todos das Lisboas. Nados e criados.
Veem, observam, analisam o país, exclusivamente a partir desse umbigo que é a capital!
A Ciência ao serviço da Humanidade… e o desespero de Mãe!
CONTINUAÇÃO…
Neste retomar da narração, volto a debruçar-me sobre temas específicos de dois episódios, o nono e o décimo, uma vez que já foram ambos transmitidos.
Investigações e descobertas científicas!
Centremo-nos na investigação científica dos ataques. Sobre este assunto, os cientistas, Vincent e Natalie, concluíram que os ataques perpetrados por Liam e Shirley foram idênticos, há um padrão comportamental comum entre ambos os casos.
O que nós também pudemos observar, mas nós temos o privilégio de sermos espetadores.
Contudo, a senhora governadora, Hildur, que acompanha e encoraja as investigações, acha preferível que não se relacionem esses comportamentos comuns, para não se instalar o medo!
A sua autorização para o desenrolar das investigações é sempre condição sine qua non à sua operacionalização e ela pretende que tudo seja esclarecido, por isso as apoia e incentiva.
A investigação que estava em curso, antes dos crimes, e que fora o motivo principal da vinda do cientista Vincent, centrava-se nas alterações comportamentais dos ursos: ursus marítimus.
Paralelamente investigavam também o número crescente de nados mortos entre as renas e fizeram a surpreendente descoberta que, nesses seres, se desenvolviam paralelamente ovário e pénis, sendo hermafroditas. Segundo a tradição local isso acontecia quando um demónio vivia no meio da manada…
Relativamente aos ursos, os estudos centravam-se num urso adulto que matara outro urso adulto e o comera.
Nesse animal, que está no topo da cadeia alimentar, descobriram cem gramas de mercúrio acumulado no fígado. Revelação surpreendente que necessitou ser logo revelada a Hildur, a governadora, que estando em conversa amena com Morton, recebeu chamada para se deslocar, desde logo, ao laboratório, aonde disso foi informada, juntamente com Morton que a acompanhou.
“Este lugar é perigoso! Não é seguro viver aqui!” Alguém disse, mas não me lembro quem. Talvez Morton.
Tudo isto se passou, obviamente, antes de Morton ter ido perseguir Henry e, supostamente, ter morrido.
Da observação dos ursos e perante a gravidade da descoberta, foi decidido observar também o cérebro de Shirley, procedimento efetuado por Vincent e Natalie, tendo esta revelado algum constrangimento na execução desta tarefa.
Dessa observação descobriram haver PFA no cérebro de Shirley e que não era simples coincidência essa constatação. Esta descoberta reforça a tese de que o padrão alimentar dos seres vivos da ilha conduz a esta situação.
Qualquer ser humano, tal como o urso, é um predador de topo, está no vértice da cadeia alimentar. Daí a acumulação de PFA em Shirley, tal como no urso.
PFA que não sei o que significa. Se alguém souber e me puder esclarecer…
Este assunto não é para brincar nem ironizar, porque sabemos que a alimentação está na base de múltiplas e variadas doenças da Humanidade. E, como diz o ditado, “pela boca é que morre o peixe”, embora este provérbio possa ter vários outros significados. Também alguns historiadores atribuem a degenerescência do Império Romano à utilização de chumbo nos mais variados utensílios de uso doméstico e alimentar, que posteriormente se incorporava nos próprios alimentos, e consequentemente, através da alimentação, nos seres humanos.
Mas no caso de Shirley, empregada no mini mercado; filha de Margaret, a médica; namorada de Markus, o professor, ela era mesmo uma verdadeira consumidora/predadora de topo. Situação reforçada e alimentada pelo próprio Markus, que lhe metia na boquinha, colherzinhas de comidas altamente energéticas. Uma verdadeira patologia, que lhe ditou a morte, no local e móbil do crime: o frigorífico recheado de comida.
Continuando a investigação científica e verificando-se um padrão comportamental comum em ambos os assassinatos, importava equacionar e testar se em Liam também haveria essa componente PFA, encontrada em Shirley.
Posta a questão como hipótese, seguir-se-ia a sua verificação experimental.
Questão complicada porque a experimentação tinha que ser feita numa pessoa com vida, para mais numa criança, Liam, criança tão sofrida e que já tanto sofrera, apesar do sofrimento que também provocara.
E era necessário que os pais autorizassem que fosse extraída medula óssea, operação delicada, complicada e dolorosa!
Chamados os pais à presença da governadora Hildur, esta lhes explicou, como boa política que é, o enquadramento e operacionalização da situação e da vantagem que daí poderia advir para Liam, caso se provasse a existência desse químico no seu cérebro, que lhe tivesse alterado o comportamento e levado ao ato por ele executado.
O que significaria que ele não fora culpado.
Concedida a autorização, passaram os cientistas à execução da tarefa de extraírem a medula, na presença dos pais, para angústia de Frank, que se ausentou momentaneamente, incapaz de presenciar o sofrimento do filho.
Só que tanto trabalho e sofrimento resultou inglório, pois que em Liam não foram detetados vestígios de PFA.
Desânimo entre os cientistas, Natalie e Vincent, mais da parte deste, que a cientista considerou que a hipótese que haviam formulado estava eliminada, mas havia que seguir em frente. E seguiu. Fez novas observações… e descobriu algo. Um vírus?
Recordou que Liam estivera doente e fora observado por Drª Margaret, mãe de Shirley.
E, se houvesse contágio da filha para a mãe e esta por sua vez tivesse sido o agente transmissor à criança?!
Alertada mais uma vez a governadora sobre esse vírus e a sua possibilidade de transmissão, que era relativamente fácil, Hildur questionou como poderia continuar a manter a ilha aberta, e aumentar a probabilidade do vírus sair de Fortitude.
Decidiu que anunciassem quarentena de raiva, para não inquietar tanto os habitantes com esse vírus desconhecido e suscetível de causar ainda mais medo e inquietação da que já se observava em Fortitude.
Estas conversas eram sempre com Dan, o seu xerife, que lhe lembrou haver centenas de civis armados na ilha. Que todos os adultos tinham que usar um rifle, por receio de ataques dos ursos.
E já que a narração nos leva por este caminho, por ele vamos seguir.
Seguidamente Hildur transmitiu a Jules os resultados negativos da experiência, no próprio hall da sede do governo, por insistência da jovem, que não quis ir para o gabinete, e na presença apreensiva e desconfiada de vários habitantes, alguns de rifle a tiracolo.
Jules transmitiria essa informação ao marido Frank, que ao ouvi-la interioriza-a como se fosse uma sentença condenatória de si mesmo, homem incapaz de defender a sua própria família. Lembremos que ele era militar, que de algum modo fora expulso da instituição castrense, que estivera no Afeganistão, isso logo num dos episódios iniciais o professor referira, apontando com o dedo para a testa, quem lhe diria, nessa altura, que haveria de conhecer a doideira desse ex-militar! Mas Jules também o conhecia e pudera observar, in loco, o que ele fora capaz de fazer ao professor e constatava como a sua situação se degenerava.
Convenceu-o a ir comprar os ingredientes para ela fazer o jantar, que jantariam os três, com Frank à cabeceira da mesa. E ele foi, que as mulheres, quando querem, convencem sempre os maridos e estes deixam-se convencer por elas, com ou sem querer!
Mas a ideia dela era outra. Lembrando-se também, digo eu, que na parede da casa grafitaram a palavra “monstro” e do perigo que o filho correria, arrumou o que pode para levar, pediu a colaboração do filho e levou Liam com ela para o aeroporto, para fugirem daquele pesadelo.
Aeroporto encerrado! Protocolo de raiva!
Jules não desiste, que vira um avião que iria partir.
“Não leve Liam!” Gritou-lhe a polícia.
“Dispare! Força!” Gritou-lhe Jules. E Liam também soltou um dos seus gritos profundos de ser ancestral.
Mas Jules não fugiu, não pode fugir, nem libertar-se do pesadelo em que vivia, desde que chegara àquelas terras de fim de mundo! Nem daquele marido, homem que a tomara ainda jovem, que ela fora mãe de Liam ainda aos dezassete anos!