Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Vai começar o mundial no Qatar! Muito boa e santa gente vai ao Catar.
Gente até bem importante de Portugal, melhor, representantes institucionais, políticos, que, como tal, aí se vão deslocar. A ver o futebol, apoiar a seleção. Apenas! Mas, o futebol separa-se da política?! Não estará o dito mais que embrenhado, embrenhadíssimo, na mesma?! Um mundial envolvido em casos mais do que obscuros, no que respeita a Cidadania, desde a respetiva atribuição! Bem, eles lá sabem. “Futebol não é política”?????!!!!!!
Mas não é propriamente sobre futebol que quero escrever. Mas “vem a talhe de foice” …
Há “algo que já me faz passar dos carretos”. Não consigo abrir nenhum dos canais generalistas na TV, sem que todos os dias, todos os noticiários, dos cinco canais que vou percorrendo, não veja, não oiça, Sua Excelência o Senhor Presidente da República, a falar, a comentar, a explicar, a perorar, sobre tudo e mais qualquer coisa, em todo e no mais diverso lugar, deste Portugal e até no estrangeiro. É como o ditado: “não há festa nem romaria que não vá a minha maria!” De vez em quando, só de vez em quando, claro, diz o que não deve!
Será que haverá alguém que consiga fazer entender ao Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa que o respetivo papel funcional a desempenhar por Sua Excelência não é o de comentador da TVI, nem de nenhum dos outros canais televisivos?! Se houver e conseguir, desde já Muito Obrigado.
E no respeitante a Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro, Dr. António Costa, alguém lhe poderá dizer que, apesar de ter tido uma maioria absoluta, os respetivos colaboradores, seja qual for a respetiva categorização e funcionalidade, devem estar acima de qualquer suspeita?! E que os indivíduos contratados para os mais diversos cargos funcionais, institucionais, devem sujeitar-se às regras gerais de contratação?! Sujeitarem-se a concursos, respeitando normas de igualdade?!
E que quando se verificam casos de evidente desrespeito, seja das leis, seja das pessoas ou entidades esses personagens se devem sujeitar às normas gerais ou específicas a que estão sujeitos os demais cidadãos?!
E que os diversos interesses:privados – públicos, particulares – gerais, de cidadania individual – de estado, devem ser devidamente separados?!
As questões estão levantadas. As perguntas formuladas. (Im)pertinentes?!
Vão aproveitar o futebol e as respetivas futebolices para “taparem o sol com a peneira”, neste caso, ocorrendo num país de desertos, “para nos atirarem areia para os olhos”.
Para encherem os canais com futebol. E futebol… e futebolices… E mais futebol!
E ainda no futebol. O Ronaldo fez bem ou mal em ter falado sobre o respetivo clube?!
Quando escrevi o texto, ainda não tinha sido anunciada a demissão do Ministro, como frisei. Tudo foi escrito na suposição de que havia sido feita uma advertência, houvera um pedido de desculpas.
Ao publicar o post, tive conhecimento da notícia do pedido de demissão, que fora prontamente aceite.
Por uma promessa de bofetadas, para já, e apenas, no facebook. Virtuais, portanto.
Um pedido de desculpas, público, do ministro, como foi feito, era um Dever de Cidadania a cumprir. E foi cumprido.
O Primeiro-Ministro tinha que interferir? Sim, mas na esfera específica do seu âmbito de atuação. Por isso é o Primeiro entre os Ministros. Não tinha que vir publicitar o facto ou pedir desculpas públicas. Esse Dever era do Ministro.
Menorizou o Ministro, menorizou-se enquanto Chefe do Governo; fragilizou o governo, já de si tão inseguro.
(Remeto novamente para a ilustração dos “Caprichos” de Goya, o contexto de fundo: o estendal de roupa.)
O pedido de demissão e a respetiva aceitação imediata, (todos deduzimos como estas decisões são “cozinhadas nos bastidores”), vão trazer vantagens ao País? A nós Cidadãos?!
(...)
Acham que, com estes gestos, vão calar os opositores?!
Bem, pelo contrário! Eles vão continuar à coca para atacar perante qualquer pretexto: chapada, pontapé ou piropo!
Parafraseando o aforismo do post anterior, ainda mais agora, que o “cântaro mostrou ser de barro!”
Muita gente por aí bate palmas, canta de galo. Com todo o direito certamente!
Mas, será que nós, a grande maioria dos Cidadãos que não ganhamos nada com as prebendas governativas, com as “danças de galos no poleiro”, beneficiamos alguma coisa com as mudanças ministeriais, com as alterações governamentais?!
Pense bem, Senhor Leitor, Senhora Leitora!
(...)
É evidente que não!
Nós, só pagamos a Despesa!
(Que não se esqueça, caríssimo leitor e caríssima leitora, que, tudo isto é “cozinhado” nos bastidores.
Quem sai? Quem entra? Quem fica? E os correlativos fluxos de caixa?! "Quem sobe, Quem desce"!)
Mas o Ministro tinha que ser obrigado a ficar, se, supostamente, não queria? E o Primeiro a mantê-lo, se também não era do seu agrado?!
Não, como é evidente!
Mas se tão depressa se “fartaram”, porque o Primeiro o escolheu? E, porque o Ministro aceitou?
Que nestas mudanças há sempre despesas, desnecessárias, e as que, eventualmente, advirão.
E, quem paga?!
E poderão questionar-me também.
E que é tudo isso, comparativamente com essa história dos “Papéis...”?
Mas, então ficamos calados e a tudo dizemos “Amén!”?!
Quando criei este blogue não foi para falar de política, muito menos de politiquices.
Nem de fait – divers.
(Note-se que, aqui, e neste caso, este termo francês, não é para ser lido com a locução original, mas para ler “à portuguesa”, como fazia um peculiar participante do primeiro “big – brother", quem ainda se lembra disso?! Aquele que foi ganho pelo célebre Zé Maria. O concorrente acho que se chamava Marco.)
Sim! Porque este episódio, que tem enchido os Media, em todos os suportes e contextos, não passa precisamente de um excerto de um “bigue brader”, de um qualquer “reality-show”, em que se tornou a política em Portugal.
E vai lá a gente resistir a comentar também?! E não é para isso que existem a Liberdade de Expressão e estes novos suportes mediáticos, que democratizam o acesso à Informação?!
Pois então, aí vamos nós!
“Areia para os olhos”, para “divertir o pagode”! Assim poderia designar este acontecimento. E aqui entramos no domínio dos aforismos.
E, ainda neste campo, poderia parafrasear o célebre dito de que “com amigos destes...”, sentenciando que: “Um governo com ministros assim não precisa de oposição.”
Que este governo vai estar permanentemente escrutinado e debaixo de fogo, que não me interesso especialmente por este ou por outro, mas, como já referi, o que é preciso é termos Estabilidade e uma Governação que traga Dignidade, especialmente aos que dela foram espoliados em anteriores governações. E esta governação teve a peculiaridade de constitucionalmente suportar uma maioria, que os “Senhores Bem Pensantes da Alta Cultura Nacional” tanto anatematizaram ao longo de quarenta anos de Democracia!
E os “Senhores Fazedores de Opinião”, colocados estrategicamente nos media, vão sistematicamente bombardear a governação, aproveitando os lados mais fracos. E, digamos que descobriram um alvo ideal para o efeito, que até se põe a jeito!
E, não têm esse Direito? Claro que sim, têm!
E o ministro não tem Direito de resposta?
Claro que tem. Mas, enquanto Ministro, a resposta deveria ser dada de outro modo, até noutro contexto, ou fazer como diz o rifão: “Mulher séria não tem ouvidos!”
Ou parafraseando Ghandi, “Que as obras falem mais que as nossas palavras!” (Não será exatamente assim, que cito de memória e em tradução livre.)
E, continuando ainda no contexto de adágios, poderia dizer que: “Tantas vezes vai o cântaro à fonte, que lá deixa a asa.”
E isto a propósito do cargo e de quem o ocupa. Que entre partir-se o cântaro ou ficar apenas desasado...
E, por enquanto, segundo também os media veiculam, apenas houve “advertência”, nem sequer “cartão amarelo” e, aqui entramos noutro enquadramento também tão querido neste país de “big-brother”, o universo futebolístico, outro campo que é tão utilizado como venda para os olhos do “zé povinho”.
E que falta nos fazia um Bordalo! E um Eça!
E, para ilustrar, escolhi da net, uma imagem de uma célebre pintura de um Génio dessa Arte: Goya. Da série “Los Caprichos: Se quebró el cantaro”. Remeto para o link.
E isto tudo, porque se trata de Cultura. E Cidadania!
(Que face à notícia cujo link registo no final, ainda torna a imagem mais sugestiva. Pois acho que o castigo foi demasiado. Acho que é um sinal de que o cântaro é de barro. Lá se vai a Estabilidade. Haverá já muita gente a "cantar de galo! De novo, aforismos!)
*******
E Outras Coisas Mais?!
Também sobre outra notícia muito menos destacada: Aqui!
As nomeações que um Outro Senhor Ministro fez para o “seu” Ministério.
Certamente por uma questão de segurança. E de apoio social, a tantos desvalidos da Sorte!
Que, isto das nomeações, o que é preciso é ter a Cor Adequada: amarelo, grená, anil... (...)
E tornando às máximas. Para quando “Cor de burra a fugir”?
E quem vai já fugir deste post, sou eu.
Não, sem antes sentenciar, ainda:
- Que os Senhores Detentores do Poder Político deste País, desta Nação, deste Estado, que se chama Portugal, tenham a Coragem de agir segundo a Lei, de que todos os Cargos Públicos estejam sujeitos a Concursos Públicos Nacionais! Que valha a Competência e não o Compadrio!
Já agora, gostaria de deixar uma Questão.
Qual o peso que terá ou não a distribuição de prebendas nestes azedumes entre Poderes?
O que acha, Senhora Leitora? Senhor Leitor?!
(Todos sabemos como as sinecuras são importantes. Muito! Mesmo nas Altas Culturas! Que até me lembram Kim e Gro da pretérita série “A Herança!)
Nota!
Acabei de escrever este post e, ao publicar, vejo esta notícia:AQUI!
Máxima Final:
Antes que se partisse o cântaro, quebrou-se a asa!
Mas não esqueça, cara Leitora e caro Leitor que, o cântaro já fica desasado. E as pedras a serem atiradas à bilha vão continuar, Para mais, agora...