Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Bem sei que o assunto já vai estando esquecido – esse é o mal… Outras agendas mediáticas.
Solidarizar-me com as pessoas que sofreram. É certamente grande e dificilmente superável, a dor sofrida por pessoas que ficaram sem os entes queridos, perderam pessoas que estimavam, amavam… familiares, amigos. E a enorme destruição de bens. Carros, casas, estradas, serviços básicos e indispensáveis…
Também a enorme frustração, desalento, raiva, pela pouca ajuda inicial – mas teria ela sido possível de imediato?! Daí a descarga emocional agressiva sobre os representantes da Monarquia e do Estado. Problemática, é certo; compreensível, todavia, mas justificável?! (Cada um faça o seu próprio juízo de valor!)
Aos que morreram, que Deus os tenha em Paz. Mortes brutais, inesperadas, sem tempo de arrependimento. (Foi este tipo de mortes, em ocorrências fortuitas e trágicas, sem oportunidade de remorso e remissão, que, em Portugal, levavam à respetiva evocação nos monumentos singelos e peculiares, designados “Alminhas”!)
Não conheço Valência, esta do Mediterrâneo. Apenas a Valência de Alcântara, perto da fronteira portuguesa, cerca de Marvão.
De Valência sabia das célebres “Fallas” e da paella.
Da província, tinha ideia da falta de água, do clima quase subtropical, das culturas intensivas dos trópicos, de transvases do norte de Espanha para o sul mais seco, para irrigação. Ou seja, de secas! Mas que deram em enxurradas!
(Lembro, as conversas que tinha com a Mãe, nomeadamente em 2022, quando lhe falava da falta de chuva e ela dizia: Deixa, que ela não fica lá! E não ficou. Em Dezembro, veio. De cheias: duas! Mas, Aldeia, sabedoria de antigos, fica bem lá no alto da colina.)
Também, sobre Valência, li, na “Dona Internete”, claro, que cheias catastróficas, em Valência, não foram estas as primeiras. Nem em Valência, nem nas mais diversas localidades, por esse mundo fora.
Nem em Portugal.
Lembro as de 67! Mortíferas e traiçoeiras, também! Inesperadas?! Agora, olhando nós para toda a região saloia onde aconteceram essas cheias, o vale de Loures, todo um grande vale, a norte da segunda circular, da calçada de Carriche, urbanizadíssimo, o que aconteceria se houvesse outra grande cheia como a de 67?! À data, era “barraquedo”, barracas e mais barracas. Que seria, atualmente, com terrenos ainda mais entaipados, tantas construções em leitos de cheias, tantos carros e carretas?! Deus nos livre que aconteça.
Mas que ela não fica lá, não fica!
E ainda sobre Lisboa.
Quem conheça Lisboa…partindo, por ex, do Areeiro, verifica que, correndo para sul, pela Avenida Almirante Reis, até ao Martim Moniz, Praça da Figueira, estão leitos de ribeiros – ribeiras, desaguando na Baixa Pombalina, em direção ao Tejo. Quem venha do Saldanha, ou São Sebastião da Pedreira em igual direção sul, são igualmente ribeiras, abaixo da Avenida da Liberdade, pela Rua de Santa Marta, Rua de São José, Rossio, Baixa Pombalina. Quem partir de Sete Rios - o próprio nome indica – direto a Campolide, Vale de Alcântara, é todo um rio entaipado que por ali segue.
Quando chove um pouco mais, logo a 24 de Julho, Alcântara, se ressentem. Imagine uma tromba de água, dias e dias a chover, ademais se chuvas repentinas… Como ficariam todas essas zonas lisboetas?!
E, por aqui, me fico.
A minha solidariedade com o Povo Valenciano! (Quem dá o que tem e pode…)
Que se aprenda com os erros…
Não construir nem urbanizar em leitos de cheias.
Já reparou que os rios, na Natureza, têm meandros, curvas e curvas, em sentidos diversos e por vezes contrários?! Porque será?!
E que os Homens, quando regularizam os rios, para além de os entaiparem, ainda os constroem em canais, quase sempre a direito, encaixados em linhas retas?! Porque será que não olham para a Natureza?!
Projetos que julgo importantes que Autarcas, atuais e futuros, equacionem para um futuro próximo na Aldeia.
***
O Projeto global é estruturar uma entrada, em condições, para a Aldeia Antiga – São Pedro, Rua Larga, Travessa do Fundão, Largo do Terreiro, Adro da Igreja, Rua da Igreja, Rua Industrial, a partir do lado Norte da Aldeia. Possibilitar escoamento de trânsito, estacionamento cada vez mais difícil.
(Investir numa zona da Aldeia, que tem vindo a ser esquecida.)
Este projeto de “obras”, no sentido de possibilitar novas acessibilidades em antigos acessos a Aldeia – “Aldeia Antiga”, tenho consciência, que visto globalmente, pode parecer utópico e pouco concretizável. Mas não é.
Analisando, parcelarmente, cada sub-projeto percebe-se da sua exequibilidade. Algumas coisas são tão fáceis de concretizar, que até é estranho não terem sido já feitas. Outras até foram pensadas, planeadas até, alguns anos atrás, mas como se meteram as partidarites…
Se definirmos o Projeto Global, como de médio/longo prazo e os subprojectos a executar gradualmente tudo se torna mais fácil.
É essa síntese que vou procurar fazer.
1 - A proposta mais fácil:Colocar mais 2 lâmpadas nas Azinhagas. Uma na Azinhaga do Poço dos Cães, frente à Azinhaga da Fonte das Pulhas, e outra no início da Azinhaga da Fonte do Salto, frente à Azinhaga do Jogo da Bola. Os postes já lá estão!
2 - Arranjar a primitiva entrada em Aldeia, a Norte.
A valeta da estrada, lado Oeste, precisa ser rebaixada e colocada uma conduta, para escoar as águas pluviais e que funcione como “pontão”.
A ribanceira da propriedade a sudoeste, de argila seca, sem muro, sempre a esboroar-se precisa ser derrubada, de modo a alargar a entrada. (Obviamente, com consentimento do dono.)
3 - A parte de caminho/entrada até ao início efetivo da Aldeia - Rua de São Pedro - que está em pedra / “paralelos” / cubos graníticos, ser tudo alcatroado.
4 - O célebre “entroncamento” de Azinhagas (da Atafona / Travessa do Fundão – Azinhaga Estreitinha) de que tenho falado e proposto uma solução consistente, com alcatrão, canais subterrâneos de escoamento de águas. (Solução que tarda, que apenas tem havido remedeios. Até poderia ser uma das primeiras coisas a fazer.)
5 - A parcela de Chão, a sudoeste desse “entroncamento”, em muro de pedras soltas sempre a caírem, precisa ser tratada – com consentimento do dono.Este é um daqueles trabalhos que a Junta pode fazer, tem meios técnicos e humanos e tenho a certeza de que, conversando, “poriam mãos à obra”.
6 - As Azinhagas da Atafona e Azinhaga do Poço dos Cães transformá-las, alcatroando-as, alargá-las, onde for necessário, até ao Adro da Igreja Matriz.
(Nos troços confinantes com propriedades minhas já explicitei a minha opinião.)
7 - A “Azinhaga do Jogo da Bola”, devidamente alargada, poderá vir a dar continuidade a essa “nova” entrada na Aldeia. Nos Chãos, a norte do caminho, os respetivos proprietários bem poderão ceder parcelas que permitam o alargamento.
8 - Toda a ribanceira de Chãos, a noroeste da entrada norte primitiva da Aldeia -esboroando-se e muros a cair, bem podem ser derrubados, de modo a alargar também a entrada. (Obviamente com consentimento dos donos.)
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Tenho plena consciência que estes trabalhos não podem ser de obrigação apenas da Junta de Freguesia. A Câmara também tem de ser envolvida - não é só a sede de concelho que conta e importa. Também nós, Cidadãos, nomeadamente donos de terrenos, devemos ser envolvidos, participantes e colaborantes. Dar o nosso apoio e disponibilizarmos meios de que disponhamos. E os Governos, claro, que isto envolverá outros recursos.
A Empresa Operadora de Telemóveis e a ETAR também deverão ser envolvidas, porque também beneficiam. A EDP!
(…)
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É preciso é Acreditar, Lutar para… e Fazer!
Deverá ser um projeto global, faseado. Independentemente de qualquer partido que seja. É preciso é projetar o bem comum para a Localidade.
Não é um projeto que se execute de um dia para o outro, mas que pode e deve ser feito. Definir um plano de execução e pô-lo em prática.
(Pela minha parte, podem e devem pegar na ideia, e não me precisam de pagar quaisquer direitos de autor!!!)
(É evidente que isto é um esboço. Competirá aos técnicos adequados formular e concretizar com “efes e erres”. Não sou técnico. Faltam aqui pormenores, como é óbvio.)
Pensem, deixem-se de divergências partidárias, partidarites, unam-se e “ponham mãos à Obra”!
«O pregão do casamento é feito na igreja ou no registo civil, três meses antes do dia marcado para a voda.
Neste dia o noivo procura os rapazes da sua idade, casados ou solteiros e faz-lhes o convite nestes termos: «Vou-me casar (e diz o dia). Queres vir ao meu casamento?». A noiva procede de igual modo para com as raparigas da sua idade, mas solteiras, ou de idade inferior à sua, e também solteiras.
Pode também convidar uma rapariga casada da sua idade, mas isto é pouco frequente.
No dia do pregão os pais dos noivos convidam também as suas famílias para o casamento. Qualquer convite feito fora deste dia pode ser considerado como ofensivo pelos convidados.
Uns 15 dias antes do casamento os pais dos noivos mandam aos convidados um presente de bolos caseiros, designado por frete, constituído por 1 pão de ló, 1 bolo de orelha ou fatia, 1 dúzia de biscoitos e argolas.
Os convidados são obrigados a fazerem as seguintes ofertas:
Os do noivo oferecem-lhe 50$00 cada um, importância a ser entregue no dia do enlace à noite, após o acompanhamento dos noivos, já em casa deles.
Os da noiva oferecem-lhe uma prenda, no valor de 20$00 a 30$00 e dão aos pais da noiva a importância de 20$00, um quilo de arroz, um quilo de massa, um quilo de açúcar e uma quarta de café de cevada (250g).
Os convidados dos pais dos noivos pagam 100$00 por casal ou 50$00 cada um.
Os padrinhos dos noivos são obrigados a dar uma conta de pão (20 pães de quilo), uma cabeça de gado (ovelha ou cabra), no valor de uns 400$00 a 500$00, 10 litros de vinho, um quilo de arroz, um quilo de massa, um quilo de açúcar, um quilo de chouriço vermelho, um pacote de café e um lacão (perna de porco).
As madrinhas são também obrigadas a dar uma conta de pão, uma dúzia de pratos de louça ou de esmalte, um lençol de linho ou de outro tecido, um quilo de arroz e um quilo de lacão.
Antigamente os padrinhos davam ainda uma quarta de grão (cerca de 4 litros) e um bucho (estômago de porco cheio de sangue e de gordura de porco com condimentos e depois cozido), que tem um sabor agradabilíssimo.»
Na Tapada do Rescão – Aldeia da Mata – Alto Alentejo – Portugal.
Na Tapada do Rescão, logo a seguir à respetiva entrada – na encosta, a Norte, à direita – existe um alinhamento de pedras, não fazendo parte de qualquer parede, que me intriga sobremaneira.
“Alinhamento” é o termo que julgo mais apropriado para nomear aquele conjunto de pedras que se seguem umas às outras.
Começa no topo da “colina”, logo à direita da entrada, - a Leste – faz uma curvatura, uma espécie de arco de círculo, descendo a colina até ao vale, a Sul. Terá cerca de cem a duzentos metros.
Intriga-me, porque está dentro da propriedade, não forma parede propriamente dita, e as pedras, pelas suas dimensões também chamam à atenção.
As fotos são parcialmente elucidativas, embora a observação, no próprio local, seja mais pertinente.
Se alguém mais entendido nestes assuntos de ancestralidades, que não eu, que apenas sou curioso, por ali passar, veja com atenção e sugestione ou opine.
Alguém que tenha conhecimentos e visão arqueológica e possa inferir conclusões.
O meu alerta fica feito.
E onde fica a “Tapada do Rescão”?!
Em Aldeia da Mata, concelho de Crato, distrito de Portalegre, Alto Alentejo – Portugal.
Dirija-se à “Azinhaga da Fonte das Pulhas”. Que se inicia na “Azinhaga do Poço dos Cães”, a Sul e cerca de cem metros da Igreja Matriz. Siga em direção à Fonte e à Ribeira do Porcozunho, sentido Leste – Oeste.
Encontrará a Tapada, a cerca de quatrocentos metros, à direita e Norte da Azinhaga.
A 1ª propriedade, à direita da Azinhaga, com figueiras da Índia, é o meu “Chão da Atafona”. A 2ª, com um portão de ferro forjado, é o meu “Vale de Baixo”. A 3ª, julgo que de Dona Belmira ou familiares, é o “Chão da Pereira”.
A 4ª, também com um portão de ferro forjado, é a “Tapada do Rescão”.
É aí que está o “alinhamento de pedras”.
Será um monumento da Antiguidade pré-histórica?!
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(As fotos da Tapada são de 4 de Abril de 2023. A do Chão é de 1 de Dezembro de 2023.)
(A localização poderá ser obtida pelos referenciais de GPS.)
(Repasto de Inverno, quando faltarem as pastagens. Por vezes ainda no Outono, quando demasiado seco e agreste.
A foto foi tirada hoje, a partir da Azinhaga da Fonte das Pulhas.
Enquadrando o terreno Oeste do "Vale de Baixo", com o feno já enfardado, estão imagens do Pinheiro Manso e do Sanguinho. No topo da imagem - Norte - uma Azinheira.
Na frente da imagem, propositadamente assim escolhida, estão flores de uma planta cujo nome não tenho a certeza. Embude?! )
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A Romanzeira florida!
Trabalho de Verão.
A romanzeira floresce e frutifica nesta estação, mas os saborosos frutos só estão "disponíveis" bem lá no Outono. No mês dos Santos - Novembro.
Especificamente, no caso desta árvore, nem por isso.
Quase sempre se estragam as romãs e também não são muito saborosas. Têm muito "pau", como se costuma dizer!
Trouxe esta Árvore da "Horta do Porcozunho", já há mais de vinte anos!
Faz uma boa sebe.
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Bons passeios. Bom Verão. Excelente fim de semana prolongado.