Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Anda o pessoal ainda a molhar os pés nas águas cálidas dos Algarves e somos surpreendidos por estas notícias sobre o IMI.
Então agora, tranquilamente nas nossas casas, nem podemos olhar a ver se descortinamos o mar e o sol e, pelo que lemos, hipoteticamente iremos pagar mais de imposto?!
Mas esta gente não tem mais com que enxergar para nos sacar ainda mais de alcavalas?
Muitas mais questões se nos levantam.
A situação é realmente assim como nos é apresentada ou é mais uma em que os media nos pretendem atirar areia para os olhos como, tantas vezes, é seu apanágio?
E sendo realmente assim, como será de futuro?...
Será melhor escolher sítios entaipados, esconsos e escuros, becos e travessas, para moradia?
E, debochando…
E quem tiver, da sua janela ou da respetiva varanda, umas vistas tipo estrelas de cinema glamorosas também irá pagar mais de IMI?
*******
Não satisfeitos... E ainda mal desligámos o televisor sobre o Euro de futebol e cai-nos mais uma bojarda. Ainda se fosse um golaço do Éder!
Mas não!
Então, mas esta gente não se enxerga?!
Não sabem que “à mulher de César não basta ser séria, há que parecê-lo”?!
Mas isto mudam as cores dos governantes, mas o resto prossegue na mesma?!
E este merece ou não o "destino" do das bofetadas virtuais?
Uma das temáticas que percorre este blogue é a divulgação de acontecimentos culturais, relevando os de caráter regional, que passam muitas vezes injustamente despercebidos.
Ocorreu na passada 3ª feira, dia 26 de Julho, em Altura – Alagoa, Algarve a “inauguração” do Mercado da localidade, melhor, inauguração da respetiva "requalificação". Espaço muito agradável e acolhedor, cheio de luz, aonde já fora fazer compras: pão, fruta, artesanato. Também se pode aí adquirir bom peixe, como é habitual apanágio dos mercados tradicionais.
A ocorrência da apresentação da mencionada exposição “O que o Mar cria e o Homem recria”, de Ana Paula Frade, estruturada a partir de conchas e carcaças de crustáceos e outros “frutos” do Mar, levou-nos propositadamente a nova visita.
Emoldurados, estes elementos marinhos, abundantes nas belas praias do concelho de Castro Marim, constituem imaginativos quadros artísticos, que muito embelezam e valorizam o espaço comercial. Será de todo conveniente que outras exposições possam aí acontecer, bem como algumas das obras expostas possam constituir um futuro acervo expositivo permanente.
(Permito-me dois comentários – questões.
Não seria mais correto o título “… e a Mulher recria”?
E uma pequena “etiqueta” / subtítulo, para cada um dos quadros, não valorizaria cada um dos trabalhos apresentados?)
Também exposto, um barco tradicional muito bem decorado por trabalhos em crochet - “Barco Lendas e Rendas”, sonhos e poemas, resultantes do trabalho de um grupo de intervenção social “ACASO – Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão”.
Embelezando e valorizando este texto, várias fotos originais de D. A. P. L. documentam os trabalhos expostos.
No final da inauguração e abertura da exposição, uma apetitosa caldeirada foi oferecida aos visitantes. E, entre várias outras bebidas, uma fresquíssima e agradabilíssima sangria.
Relativamente à caldeirada, algo que me surpreendeu agradavelmente na sua composição, pois nunca tal ainda constatara. Além do habitual peixe, também havia nacos de carne de porco: chouriço e presunto.
Não esqueçamos que Castro Marim é um concelho simultaneamente com costa marítima, litoral de excelentes praias, frente de rio e uma parte fundamental de terra interior, de tradições campesinas.
Daí talvez esta composição híbrida de Mar e Terra, que resulta muito bem!
Constatei que, entre o público assistente/participante, pouca gente figuraria dessa massa enorme de população que, nestes escassos meses de verão, “invade” as praias algarvias. Atrever-me-ia a dizer que nós seríamos os poucos ou mesmo os únicos “representantes”, que acedemos ao convite expresso e divulgado em variados locais públicos da povoação.
Para além do agradecimento e dos parabéns às entidades organizativas, reforço que as exposições e o mercado, devidamente requalificado, aguardam e merecem uma visita!
Deixo também uma sugestão / questão sobre que já tenho falado com outras pessoas que trabalham em mercados de outras localidades.
Relativamente ao horário, mantendo o habitual e tradicional da manhã, comum a todos os mercados que conheço, não seria de se pensar também noutros horários flexíveis?
Por ex., neste caso e na época de veraneio, experimentar uma abertura também ao final da tarde, para direcionar aos “consumidores” provenientes da praia. Isto digo eu!
Noutras localidades, suburbanas, abrir também ao final da tarde, na hora de regresso dos trabalhos diários, julgo que também seria de experimentar.
E noutras, em que o mercado apenas abre alguns dias, penso que a abertura diária ajudaria a fidelizar clientes.
Isto sobre os horários… Porque haverão outras situações que podem ajudar a dar vida aos mercados tradicionais.
Bem sei que há imensas e enormes superfícies comercias, concorrendo e disputando os consumidores com outras condições muito mais vantajosas!
E onde esta conversa chegou!
Que isto de mercados tem muito que se lhe diga…
E sobre os ditos, uma sugestiva imagem de uma balança tradicional, no referido "Mercado Requalificado", e também foto original de D.A.P.L.!
Ilustro com uma foto, também original de D.A.P.L., de Cacela Velha, com placa indicativa do nome de rua atribuída à Poetisa Sophia de Mello Breyner.
Nesta localidade, Cacela, também nasceu um Poeta, na época muçulmana, de cujo nome não me lembro, mas de que também há referência na localidade.
Um lugar mágico e inspirador!
E este post segue na sequência do que foi dedicado, ontem, ao Romance, “O Príncipe com Orelhas de Burro” de José Régio, Poeta que muito aprecio. Talvez, noutro dia, a ele volte novamente. Quem sabe?!
Neste Post Nº 282, publicamos online o Poema “Idílios Amorosos”, de José Eliseu, de Mexilhoeira Grande – Algarve.
“Idílios Amorosos”
“O teu sorriso
tão puro e doce
lembrava-me sabores de guloseima.
Favos de mel
ou girassóis
abrindo em madrugadas
de estios abafados
enquanto ao longe
o rouxinol chilreava
a um sol preguiçoso…
Como é bom sentir
o teu doce calor de Primavera
como rosas ou rosmaninhos
a desabrochar…
Como é bom sonhar
os nossos idílios amorosos
enquanto a lua se esconde
entre nuvens cobreadas…
Sonhei contigo
num campo de cerejeiras bravas
entre odores inebriantes…
Quando acordei
rebolávamo-nos
em trigais enrubescidos
de papoilas
soltas ao vento…”
José Eliseu, Mexilhoeira Grande – Algarve
Ilustramos esta Poesia com “… doce calor de Primavera/como rosas…”
José Eliseu também desenha muito bem. No exemplar da Antologia que guardo autografado pelos confrades, de quem já tive a possibilidade de obter autógrafo, José Eliseu teve a amabilidade de me ilustrar o seu trabalho poético com um bonito e peculiar desenho, que executou de forma rápida e espontânea, deste modo valorizando ainda mais o poema e o livro.
Se, eventualmente, um dia, tiver a possibilidade de criar um desenho para este poema, terei muito gosto em divulgá-lo.
Neste Post nº 260, divulgamos o Poema “A Jornada”, de Maria Manuela de Mendonça, de Faro.
“A Jornada”
“Naquelas horas mortas da jornada
Quando o cansaço mui pouco se tolera
Pensamos que afinal a caminhada
Não é tão doce quanto se quisera…
Subindo a montanha enviesada
Parece-nos de altura não severa
Mas, olhando p’ra trás, rude estirada,
Acreditamos que a rota foi austera!
Chegados ao cume, alto e belo,
Sofremos, afinal como fazer
A descida tem sempre mui anelo
Um solo derrapante vem trazer
Ingente e mui difícil duelo:
É mais fácil subir…do que descer?!!”
Maria Manuela de Mendonça (Faro)
Ilustramos também com uma fotografia lindíssima de D.A.P.L., 2014, também de Cacela Velha, Algarve, de que uma idêntica também ilustra o meu Poema “Caminhadas”.
Tem este post o objetivo de relembrar que é hoje o lançamento da XIII Antologia de Poesia, do Círculo Nacional D'Arte e Poesia, conforme já referido no blogue.
Também como previsto, divulgo a segunda das minhas poesias que figuram na mencionada Antologia.
Acompanhadas de duas belas fotosoriginais de D.A.P.L., de 2014, já apresentadas noutros posts, da tão peculiar e bonita localidade algarvia. Li, algures, que a UNESCO propôs que esta linda povoação, bem como a Vila Real de Santo António, fossem candidatas à categoria de Património Mundial. Inteiramente justo!
Já informei sobre o lançamento e os participantes antologiados.
Já apresentei o Prefácio.
Hoje, pretendo abordar mais alguns aspetos da mesma.
Informar que:
- A Coordenação é de Maria Olívia Diniz Sampaio, a "maestrina" mencionada no Prefácio.
- O Prefácio, já apresentado, é de Francisco Carita Mata.
- A Capa é da autoria de Luís Ferreira.
- Contém Desenhos de Francisco Carita Mata, José Narciso e Luís Ferreira.
- A Edição é do Círculo Nacional D’Arte e Poesia.
- Sobre a Edição, pretendo ainda apresentar uma imagem digitalizada da Capa. Mas ainda não tive oportunidade de executar esta tarefa.
Desde já refiro que aprecio muito a Capa. Muito minimalista, informando-nos do essencial, com um tipo de letra apelativa: a antologia, a sua ordem sequencial, a respetiva autoria.
Uma imagem estilizada, que nos remete para diversas figurações/significações.
Vejo nela um fruto. Talvez cereja, quiçá maçã. Simultaneamente um coração. Simbolicamente Amor, significante, Mulher, maçã. Cereja, que apetece trincar! Remete-nos para um rosto? Para um corpo?
Dir-me-ão… Como quer que saibamos, se não vemos a imagem?!
Pois, lamento. Peço desculpa, mas tereis que esperar que possa dar-vos a conhecer a imagem digitalizada. Até lá, remeto-vos para a V/ imaginação criativa!
Também pretendo, se conseguir, dar-vos a conhecer os Desenhos de José Narciso e Luís Ferreira, digitalizados, ou de outro modo, caso alguém mos proporcione.
Outro propósito, relativamente a esta Antologia, será divulgar um Poema de cada um dos Antologiados.
Informar ainda que nesta Antologia figuram duas fotos, a cinza no livro, de D.A.P.L., de 2014, ilustrando “Cacela Velha”.
Uma delas é a sugestiva e bonita foto, a cores aqui no blogue, exposta anteriormente, ilustrativa do mencionado Poema sobre a belíssima localidade, que tantos Poetas e Poetisas encantou.
A outra já foi divulgada em post deste blogue, noutro contexto. Expo-la-ei novamente, talvez, quando apresentar o poema referido, com que pretendo fechar o ciclo dos poemas dos vinte e nove antologiados.
Atualmente muitas Famílias, entendendo este conceito no âmbito de Família Alargada, organizam eventos deste tipo, com esta designação ou outra similar, de modo a conviverem várias gerações e ramos de Famílias nucleares, com um tronco comum de ascendentes.
O “Almoço dos Primos”, a que me refiro, ocorre anualmente e nele se reúnem, em confraternização, Famílias de sobrenome Proença, Pereira e Velez, mesmo que, eventualmente, alguns membros já não usem este apelido.
Estas Famílias têm a sua origem geográfica nas Vilas Alentejanas de Monforte e Fronteira, remontando a sua estrutura nuclear de base ao século XIX, nas referidas localidades.
Atualmente, os descendentes destes Progenitores encontram-se domiciliados por todo o Portugal e também no estrangeiro.
Por ex., no almoço realizado no passado domingo, dia treze de Setembro, acorreram convivas provenientes desde o Norte de Portugal, da Cidade-Berço, Guimarães, até ao Algarve. Também muitos vieram das Lisboas e uma parte significativa do Norte Alentejano, aldeias, vilas e cidades dos Distritos de Portalegre e Évora.
No total estiveram mais de cem comensais. E teve a particularidade de ter sido o vigésimo quinto convívio organizado com estas características.
Têm-se realizado estes almoços em diferentes restaurantes e povoações dos referidos distritos, não só porque esta região é o núcleo de origem das Famílias mencionadas, bem como residindo uma parte significativa dos familiares em povoações destes distritos, a maioria até no de Portalegre, faz todo o sentido que o local de realização aí esteja sediado. Que me lembre, já houve almoço em Monforte, Estremoz, Portagem, Fortios e, ultimamente, em Cabeço de Vide.
Nesta localidade, o almoço tem-se realizado no Restaurante da Estalagem Rainha Dona Leonor, situada na emblemática e antiga Estação de Caminho-de-Ferro.
A ementa incluiu os habituais aperitivos, à base das carnes fumadas de porco, azeitonas e queijo. Bebidas à discrição, para além da água e refrigerantes, também sangria e vinho tinto da Herdade dos Muachos. E cerveja, para quem preferisse esta bebida. Que me lembre!
Houve duas sopas, de legumes e de canja. Este ano só comi da canja e tive pena de não ter havido sopa de cachola, de que gosto sempre. Ficará para outra vez.
O cardápio incluiu dois pratos de base, um de peixe, bacalhau com broa e um de carne, bochechas de porco, com migas e batatas no forno.
No final, numa mesa bem composta, os doces, de que as pessoas se serviram à vontade. Não me perguntem os nomes de todos, porque não sei. Havia frutas, melão, ananás, pudins diversos, sericaia, e mais que desconheço.
Quem quis, bebeu ainda café e continuou a beber, se teve vontade!
Foi um almoço bem servido e bem composto, que dará gosto repetir.
Não me perguntem o preço, porque não sei. Agradeço à minha Sogra, que faz o favor de me convidar.
Antes, durante e após o almoço foi-se convivendo com os familiares, que nem sempre há oportunidade de estarmos todos juntos.
Pôr em ação um acontecimento destes, aparentemente simples, dá imenso trabalho. Só quem organiza, sabe bem dar o valor a tal!
E, neste caso e já há alguns anos, quem organiza é a Prima Bela. Coadjuvada pela Tia Bia e pelo marido, Tó. Deduzo eu. Talvez mais algumas pessoas deem alguma ajuda, não sei.
Bem, não importa, estão de Parabéns e o nosso Muito Obrigado!
E também muito obrigado a todos os convivas participantes, por compartilharmos todos uma tarde agradável, de convívio e degustação de boa comida e bebida.
E, por falarmos em organização, não podemos nem devemos esquecer a Alma Criadora destes convívios: o Primo Abílio! Durante vários anos, enquanto teve saúde e foi vivo, deve-se a este Primo a organização do “Almoço dos Primos”. Não sei durante quantos anos.
Que esteja em Paz com a sua Alma!
E este Voto é também para Todos os que, também já cá não estando, nos deram a Alegria da sua Companhia, durante os anos em que puderam comparecer.
A Todos Muito obrigado!
Finalizando, anexo uma foto memorial do convívio, com os participantes em pose de grupo. Gentileza do Primo Quilito, que tem um acervo documental extraordinário de fotos destes eventos.
Especificamente esta foto foi clicada por um funcionário do restaurante, mas penso que a idealização é do referido Primo. Obrigado, também.
Tenho sempre alguma relutância em colocar fotos de Pessoas na net, conforme já referi noutro post, especialmente quando incluam crianças, mas provavelmente será um preconceito meu.
Porque tudo o que colocamos na internet deixa de ser "nosso". Especialmente fotos!
Bem, de qualquer modo se alguém se sentir incomodado, agradeço que me dê conhecimento e colocá-la-ei em modo privado.