Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Olaias já estão floridas. Nas Tílias ainda estão por rebentar os gomos das folhas. Os Jacarandás, muitos deles, ainda não deixaram cair as folhas do ano passado!
Os Carvalhos Robles já se vestiram do seu verde primaveril acetinado.
Este poema comecei a escrevê-lo em Dezembro de 2017. Disse-o, pela primeira vez, em 2018, numa Sessão de Poesia, organizada pelo CNAP – Círculo Nacional D’Arte e Poesia no “Centro de Dia de São Sebastião da Pedreira”.
E... partindo de Almada, ciranda pelo Mundo e acaba em Portugal!
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Muito obrigado, Caro/a Anónimo/a, pela sua atenção.
A sua opinião é pertinente. E exige uma resposta algo alongada.
A minha postagem sobre este assunto, tão pessoal, um pouco contrária aos meus hábitos de publicação, deve-se a várias razões.
Sendo pessoalíssimo o problema, a respetiva envolvência é pública. Enquadra-se institucionalmente, suportada e presenciada por dezenas de Pessoas e com custos também públicos.
(Sobre estes, frise-se, pago os meus impostos, de todos os tipos, e faço descontos para as entidades que tutelam estas situações, há dezenas de anos! Dezenas! Mensalmente! Sem falhar, nem “fugir” a eles. De certo modo, já paguei, já pagámos, muitas das minhas / nossas intervenções. Antecipadamente! Eu, e a grande maioria dos Portugueses. Há, por aí, muito boa e santa gente que não o faz. Nem são só propriamente aqueles, sobre os quais, por aí, alguns altifalantes berram, a toda a hora.) … Adiante…
Se é verdade que os Profissionais no exercício das suas atividades fazem o respetivo dever, também nos merecem a nossa consideração. Afinal, é para nós que estão a trabalhar. Por isso o “por favor” e o “obrigado”. Sempre! A qualquer pessoa, de qualquer condição e situação. “Desculpe”, quando incomodamos esse exercício de atividade.
Falta-nos o hábito, a cultura do Elogio. O Reforço Positivo!
As relações interpessoais melhorariam muito, se institucionalizássemos estes hábitos, comportamentos e atitudes. Os Valores fundamentais seriam engrandecidos.
*** *** ***
Outra razão desta publicação, prende-se com toda a propaganda negativa que tem vindo a ser feita contra o SNS, nomeadamente dos media, nas redes sociais… Há anos!
(Atualmente não sei muito bem como anda a comunicação social, que não vejo noticiários, há meses! Não tenho paciência para tanta peroração e gritaria! E andava com este problema de saúde…
Além do mais, agora, com estas “Governanças”, estão de bem: Deus e os Anjos!
E, nós, de mãos postas…)
Pela propaganda, parece que o SNS é um descalabro. Quando vivenciamos as situações, por dentro, verificamos que a realidade é bem diferente. E os Profissionais merecem a nossa maior consideração. (Não estou a dizer que é tudo um mar de rosas! Bem pelo contrário. Há muitas, muitas contrariedades.)
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Gosto de apresentar o que de positivo, construtivo, encontro no meu dia-a-dia.
Já basta o descalabro do Mundo. Estas guerras absurdas, altamente destrutivas, sem respeito pela Dignidade Humana. Comandadas por indivíduos que só querem o poder, o egoísmo, nem sei se o dinheiro, porque não lhes deve faltar.
Assim, nós, modestamente, muito modestissimamente, espalhamos alguma LUZ, nesta enorme escuridão!
Só se fala em guerra, guerra, guerra… Não põem a PAZ, na mesa de negociações. A Paz! A Paz!
(Lembro-me, nos anos sessenta/setenta, na época da guerra do Vietname, fartavam-se de tentar negociar a Paz. Até que ocorreu, julgo que em 1975! Mas nestes conflitos, só se fala em guerra…guerra! De todos os lados. É claro que os criminosos têm nome.)
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E terminando. Sobre esta nossa querida “Casa Portuguesa”, já sabemos que “Deus está de mãos dadas com os Anjos”!
Anda tudo de cabeça levantada, nariz empinado, prosápia, arrogância, vaidade…
Por isso, vai tudo bem no “Reino da Dinamarca”!
A calmaria é tanta, digo eu, que não vejo TV, que, de vez em quando, se agitam as águas com minudências…
Há tempos… Alguém quis ir libertar Olivença! (Mas já visitaram essa linda Localidade?! Se visitarem, e merece bem a pena, atestarão aí, in loco, a nossa Portugalidade, independentemente de fronteiras.)
A mais recente é a da “Cidadania”!
Tem que se abanar o capacete, senão, nem a Cidadania abala a calmaria!
E, por aqui me fico. E muitíssimo obrigado, Caro/a Leitor/a Anónimo/a, por me suscitar estas reflexões e publicações.
Saberá, o/a Caro/a Leitor/a, o que é uma “alta celestial”?!?
Não se admire, se não souber, que eu também soube apenas há poucos dias. E achei um piadão ao termo! Salvo seja!
Na noite em que dei entrada no Hospital Garcia de Orta – Almada, para a intervenção cirúrgica no dia seguinte, fiz montes de exames, análises, controles de temperatura, sei lá mais o quê. Como é lógico e, mais ou menos, todos sabemos. (Processo metodológico e terapêutico que decorreu em todos os dias em que estive internado.)
Mas… adiante…
Na noite em que dei entrada, já aí pela meia-noite, fui, de cadeirinha empurrada por senhora bem-disposta, fazer uma TAC (Uma! Não um. TAC é uma Tomografia Computorizada - feminino.) (Eu até dissera à senhora que podia ir a pé, mas ela corrigiu-me que, para sair da Unidade e ir em tratamento, vai-se sempre acompanhado e de cadeira ou maca. Não se sai pelo seu próprio pé. Percebo e compreendo perfeitamente!)
Após concluída a intervenção – as aparelhagens são novas, modernas, funcionais, rápidas, eficientes, eficazes - nada claustrofóbicas, como as da ressonância magnética, em que entro em pânico, saímos do compartimento.
Já no corredor, de saída, no cruzamento com outro corredor que julgo de acesso às urgências, vem outra colega desta Auxiliar.
Esta nova Auxiliar empurrava uma maca - mesa, com um recipiente em cima, supostamente de alumínio, tapado - a modos de um meio cilindro truncado longitudinalmente, cerca de metro e meio a metro setenta / oitenta. Fiquei curioso e intrigado??!!!
Elas conhecendo-se, não se vendo há algum tempo, cumprimentaram-se oralmente, foram simpáticas uma com a outra. Olá, como estás? Há muito que te não via, vai tudo bem? Então hoje, estás nas urgências?! Como vais?! Bem, obrigado, … O trivial nestas coisas, que estas senhoras são habitualmente expansivas, conversadoras, atenciosas e simpáticas. Estavam apressadas, não chegaram, obviamente, a vias de afetos, nem as condições de trabalho permitem ou sugerem, ademais após a pandemia…
Seguimos para o corredor / hall que acede aos elevadores para o sexto piso e, então, lancei a minha pergunta. Sou muitíssimo cusco. (Costumo dizer que pergunto como é, para saber como foi!)
Minha senhora, peço desculpa, mas o que levava a sua colega dentro daquele recipiente sobre a maca – mesa?! Era comida?!
A senhora, obviamente, achou piada, riu-se. (Também a pergunta era para isso.)
Não sabe o que vai ali naquela maca-mesa?! Pois eu digo-lhe. É uma “Alta Celestial”!
(E eu também me ri).
Estamos sempre a aprender, retorqui. Aprendi uma expressão nova, que desconhecia completamente: “Alta Celestial”! Nunca ouvira falar!
E o/a Caro/a Leitor/a, sabe o que é uma “Alta Celestial”?!