Senhor, para onde vai este caminho?
Depende… para onde o Senhor quiser ir!
Nem mais nem menos, foi sensivelmente esta a resposta que me foi dada ontem, na Serra, em mais um dos habituais passeios campestres, perante a minha pergunta sobre onde se dirigia o caminho assinalado no percurso.
A “Filosofia Alentejana” plasmada numa simples frase. Peculiar, proverbial: um aforismo!
Perguntei mais por perguntar, pelo gosto que tenho de interpelar as pessoas que vou encontrando nas caminhadas, poucas, frise-se.
Melhor resposta só a do Poeta Andaluz:
“Caminhante não há caminho / O Caminho faz-se ao andar…/
(Cito de cor, não tenho o livro à mão, uma edição bilingue, que gosto de (re)ler. Hei-de encontrá-lo e citar parte do Poema.)
E a foto?!
Na foi tirada ontem, mas em anterior percurso, documentado no blogue.
(A “viagem” de ontem irei escrever sobre ela, que houve diversos percalços, apesar de praticamente toda realizada em trilhos assinalados. Também tenho que transpor as fotos para computador.)
Lírio roxo, num canteiro de muro, em vivenda frente ao Centro Vicentino da Serra, antes da inflexão para o Cabeço de Mouro.
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E termino com uma quadra:
Tu é que és o lírio, Lírio
Tu é que és a Lealdade
À porta do Cemitério
Acaba a nossa Amizade.
Figura no Livro: “De altemira fiz um ramo”, aqui muitas vezes referenciado.
Foi-me “dita” pela minha MÃE, e era habitualmente cantada pela Tia Antónia Carita.
(Estamos a referirmo-nos a Aldeia da Mata, finais de anos trinta, anos quarenta do séc. XX.)
Obrigado, muito, muitíssimo, a todos os meus Familiares!
Obrigado, também a Si, Caro/a Leitor/a, que teve a paciência de me ler até aqui!