Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
(Poemas de 2022, escritos em Aldeia da Mata, refletindo as minhas vivências campestres.)
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Quarenta e sete participantes, com diversificados trabalhos de escrita, expressando a sua criatividade, segundo a respetiva sensibilidade. Também uma pequena “biografia”, registo sintomático da liberdade criativa de cada qual.
Resultou uma mostra muito interessante da expressividade artística nos domínios da Palavra, do Verbo, de sócios da APP – uma Instituição pioneira nestes campos literários. Ao longo destes quase trinta e sete anos em que sou associado, desde 1986 - a APP foi fundada em 1985 - já participei em várias Antologias. Aí podemos constatar como a Vida é um constante fluir. Tantas Pessoas: Poetas, Poetisas que deram o seu testemunho, contribuíram com o seu talento para estas vinte e seis Antologias!
Tantos que já partiram! Um Destino comum a todos nós. (Também se notam algumas ausências de habituais participantes!)
Obrigado a todos, pelo respetivo contributo. Aprendemos sempre, lendo os trabalhos dos outros. Compartilhamos ideias e ideais. E, a Poesia consegue ser, habitualmente, o sublimar do melhor do Ser Humano.
Poeta – Cantor – Declamador – Tertuliano – Sportinguista – Professor
Ontem, soube do falecimento de José Garção Ribeiro Branquinho (08/07/1931 – 16/02/2021), através de mail enviado de Direção da APP – Associação Portuguesa de Poetas.
Para homenagear um Poeta nada melhor que dar a conhecer a sua Poesia.
José Branquinho é várias vezes referenciado no blogue e com textos poéticos aqui divulgados. Ser igualmente sócio da APP e do CNAP e participante em “Momentos de Poesia” é determinante para esse facto.
Também sobre José Branquinho e “Momentos de Poesia”, escrevi talvez a minha primeira crónica cultural, em 2013, antes de ter blogue. (A léguas de tal assunto!)
“Crónica breve dos dias de hoje”, publicada no Boletim Cultural Nº 111 de CNAP – Junho 2013. Hei-de divulgar no blogue.
José Branquinho também organizou, enquanto pôde, uma Tertúlia Poética, na Sala VIP do Estádio José Alvalade – Sporting. Ocorria nas terceiras quartas – feiras de cada mês. Nunca cheguei a participar.
Na Poesia de José Branquinho alguns dos temas dominantes são “O Amor”, “O Alentejo” e a sua e nossa também, “Portalegre”. (Era natural de Ribeira de Nisa, também uma das suas fontes de inspiração.)
Da X Antologia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia – CNAP – 2009, transcrevo:
Nada melhor para começar este novo ano no blogue do que abrir com um postal sobre Poesia.
Foi com grata satisfação que me deparei ontem, na caixa do correio, com um exemplar da XXIV Antologia de Poesia da APP - Associação Portuguesa de Poetas, Edição 2020.
Participação de 66 Autores e 145 trabalhos, a grande maioria em Poesia.
Coordenação de M. Graça Melo e Carlos Cardoso Luís.
Capa: Reprodução fotográfica de trabalho em tapeçaria, executado pela associada Beatriz Ferreira.
Edição: APP – Associação Portuguesa de Poetas, fundada em 3 de Abril de 1985. Registada na Base de Dados da UNESCO.
Sede: R. Américo de Jesus Fernandes, 16 A 1800 – 023 – Lisboa.
Email: associacao.poetas@gmail.com
Transcrevo parte da Nota de Abertura:
«… Uma antologia com vários autores é sempre um manancial de variadas formas de sentir e de escrever que dá ao leitor um panorama alargado de experiências literárias representativo de vários géneros.
…
Nesta Antologia, todos caminharão de mãos dadas, na certeza de que a poesia existe para sublimação dos sentimentos de humanidade.
Lembro a veterana confrade Carmo Vasconcelos, de cuja autoria transcrevo:
A APP – Associação Portuguesa de Poetas vai organizar a sua XXIV ANTOLOGIA. Vou participar, tal como no ano passado e em vários anos, principalmente nos mais recentes, em que tenho mais disponibilidade.
A minha primeira Antologia foi em 1985, na II Antologia de Poesia Contemporânea, organizada por Luís Filipe Soares, sócio fundador nº 1 da APP.)
A APP é uma Associação, principalmente dedicada à Poesia e sua divulgação, cuja fundação ocorreu em 1985. Sou sócio desde 1986. Atualmente, sócio nº 4.
Sobre a participação na Antologia, a Associação enviou aos Sócios as respetivas Normas, em PDF. Não conseguindo transpor para o blogue o conteúdo total do regulamento, transcrevo alguns dos itens principais.
Participação destinada aos Sócios, quotas pagas de 2019.
Enviar de 1 a 4 textos, poesia ou prosa, inéditos, se possível. Máximo 30 linhas cada, A5, Times New Roman, tamanho 12, word. Tema Livre.
7 Euros / página. Direito a 1 livro por texto.
(Curta Biografia: máximo 25 linhas e Foto.)
Envio de textos até 31 de Outubro.
Se quiser saber mais, pode contactar: associacao.poetas@gmail.com
Endereço físico - Sede: Rua Américo Jesus Fernandes 16 A 1800 – 023 – LISBOA. (Olivais, perto da Av. de Berlim, não muito longe da Gare do Oriente.)
Uma das atividades que a APP organiza são as Tertúlias, tanto na Sede, como no Vá Vá – Avenida de Roma, também em Lisboa.
Próximo domingo, dia 27/09: Tertúlia na Sede, habitualmente a partir das 15h.
Participe! Esclareça-se através da Associação, nos endereços referidos.
Participar numa Antologia é sempre uma atividade enriquecedora. Para além de ter poemas seus divulgados, também tem acesso aos que outras Pessoas escrevem.
Divulga o que é seu e aprende com os Outros!
E depois existem sempre os eventos tertulianos, durante algum tempo suspensos, devido a Covid. Entretanto retomados. (Desejamos que sem novas suspensões.)
E Viva a XXIV Antologia da APP!
(E as Fotos?! Representam a diversidade da Poesia e da APP. Veja se consegue saber o nome de todas as flores, S.F.F.)
"VÁ – VÁ": Poesia – Antologia (XXIII) – APP – Associação Portuguesa de Poetas
Fertagus ?!
As Tertúlias da APP, do 2º sábado de cada mês, a partir das 16h. 30’, voltaram a ser realizadas no VÁ – VÁ. E bem! Que são uma ocorrência poética, que já há alguns anos se vem desenvolvendo naquele espaço lisboeta, sob a batuta da APP. E, anteriormente, noutros enquadramentos, alguns documentados em fotos no local. Comparecemos vinte pessoas, das quais dezoito “Disseram” Poesia, dos próprios ou de Outros.
Cada um a seu jeito e modo, contribuiu para o engrandecimento da Poesia! Da POESIA! (Que é esse desiderato que nos deve unir. E que nos chega e nos basta! A Poesia!)
Disseram “Presente!”: Graça Melo, Daniel Costa, Francisco Carita Mata, Aires Plácido, Júlia Pereira, Bia Maria, Joaquim Sustelo, Santos Zoio, Pais da Rosa, Felismina Mealha, Fernando Afonso, Fernanda Beatriz, Tita Tavares, Maria Saudade, Custódia, João Coelho dos Santos, Quim Marques, Maria Helena.
(Estranho a ausência de alguns poetas e poetisas, habitualmente presentes. Sobre alguns me informaram que estão doentes. Aproveito para lhes desejar rápidas melhores. Outros têm outros compromissos. Voltem todos, engrandecem a Associação e a Poesia!
Apesar do ruído que continua, o Vá – Vá é sempre o VÁ – VÁ!!!)
Também foi entregue a XXIII Antologia a quem o pretendeu. Está bonita, sim! (Os vinte e três anos!) Uma capa muito sugestiva, que nos apela ao desbravar da leitura. Que ainda não tive oportunidade de fazer totalmente. Mas já a folheei na totalidade, lendo em “diagonal” sobre os antologiados. Técnica e materialmente, apreciei o objeto, a forma, a dimensão, o tipo de papel…E também já li alguns poemas. Alguns Poemas de que gostei imenso e com algumas surpresas muito agradáveis, para mim! Estão todos de parabéns. Poderemos gostar mais ou menos de uns do que de outros, concordar ou não… é um direito de cada um expressar-se livremente… também com respeito e consideração por quem lê: o(s) Outro(s), para quem escrevemos! Os Organizadores, com todo o trabalho que tiveram, merecem a nossa especial consideração. Porque há sempre muito esforço organizativo.
Existirão algumas gralhas, mais ou menos técnicas, ou tipográficas. Existem sempre!
Não posso deixar de frisar o que já expressei pessoalmente: A ordenação dos participantes deverá ser feita alfabeticamente. É o critério mais objetivo! Qualquer outro método é sempre por demais subjetivo e aleatório.
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E não posso deixar de aproveitar para outro assunto. As minhas “deslocações capitais” são habitualmente via Fertagus! Fui numa carruagem das que tiveram lugares sentados reduzidos. Sábado, levava pouca gente, para o que é habitual em dias de semana e horas de ponta. Também já viajei nesses dias e horas… o tratamento é de gado para matadouro, ou pior! As Pessoas são tratadas “abaixo de cão”! (Que estes agora são chiques!) (Infelizmente a situação aplica-se a outros meios de transporte de toda a “Cintura de Lisboa”!)
É imperioso e urgente que as Cidades, nomeadamente Lisboa, sejam “pensadas” de outro modo, no que respeita às suas funcionalidades e serviços. Que os espaços, em todas as suas valências, sejam “pensados” globalmente, de forma articulada pelos diversos agentes fundamentais no terreno. E que as Pessoas sejam vistas e tratadas como PESSOAS!!!!!
E à divulgação de um Evento “Momentos de Poesia”, sobre que já tenho falado várias vezes neste blogue.
Após a exposição do cartaz divulgador, anexarei um Poema de uma das Pessoas participantes na Antologia: “Portalegre em Momentos de Poesia”, coordenação de Drª Deolinda Milhano, igualmente coordenadora do Evento; “Edições Colibri”, Lisboa, 2011.
Como no blogue já publiquei a Poesia com que participei, “Timor”, divulgarei uma das Poesias, precisamente de Deolinda Milhano, “PRINCESA AQUÉM-TEJO”.
Posteriormente, e sempre que tenha oportunidade, irei dando a conhecer online Poesias de outros Antologiados, como, aliás, procedi relativamente à XIII Antologia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia - (C.N.A.P.).
Esta atitude enquadra-se em vários dos objetivos por que criámos este blogue. Caso alguém não autorize a respetiva divulgação é uma questão de me dar conhecimento, por ex., através de um simples comentário neste post.
Nesta Antologia, pela sua temática específica, participam vários Poetas e Poetisas por quem tenho grande estima.
Continuo com a divulgação, no Blogue, das Poesias publicadas na Antologia.
Neste Post Nº 317, a Poesia que abre a Antologia. Sem título, realcei-a pelo primeiro verso, “Que deleite os teus lábios ternos...”, como é costume nestes casos. Da autoria de Adelaide de Freitas, de Porto da Cruz, Madeira.
Com esta Poesia, sendo a primeira da Antologia, e sendo a última a ser divulgada online, acaba por ficar também em primeiro lugar na estrutura do Blogue.
Através dos links que coloco em cada um dos posts apresentados é possível navegar em toda a Antologia e ficar a conhecer pelo menos um dos Poemas, de cada um dos Antologiados.
E, igualmente, espraiar-se também pelas diversas temáticas versadas no Blogue.
Segue-se o Poema:
“Que deleite os teus lábios ternos
Salteando o meu corpo trémulo
Pelo choque delirante do amor
Que invade o meu corpo nu
Que delícia a tua nudez na minha
O teu suor a seduzir-me até à loucura
Com a tua língua lambes os meus seios
Caindo nas profundezas de doces prazeres
Que sabor doce, salgado, místico
Que brota das minhas loucas emoções
Onde me estendo ao comprido
No vaivém deste sonho lindo”
Adelaide de Freitas, Porto da Cruz (Madeira)
Resolvi ilustrar este Poema com a reprodução de uma Pintura célebre de um Génio desta Arte, GOYA, de que já apresentei reproduções no Blogue, respeitantes à série “Hospital Real”.
Com as ilustrações pretendo sempre valorizar ainda mais os textos. O que julgo terá acontecido sempre.
Qualquer reparo que alguém tenha a fazer, agradeço que me dê conhecimento, se fizer favor!
Não sei se ainda voltarei a apresentar um último post sobre a Antologia...
Neste Post Nº 316, volto a divulgar mais uma Poesia da Antologia. A última vez que publicara Poesia desta XIII Antologia, fora a 06/02/16, no Post Nº 308. Entretanto publiquei sobre outros temas ou estive alguns dias sem editar posts.
Hoje divulgo “Para o Paul”, Poesia de Ana Maria Gonçalves Cardoso Maguire, de Lisboa.
“Para o Paul”
“Vi-te no outro lado da mesa
Rodeado por cores do arco íris
Um instante, um momento
O meu destino, a minha sina.
Eu não queria sucumbir
Ao teu olhar, à tua
Invisível sensualidade,
Beber aquele elixir primordial.
Perguntaste quem eu era,
Mas, como não podia responder
Aos teus olhos penetrando
A minha alma,
Eu só disse donde é que vinha.
Tu seguiste a minha vontade
Para alcançares o meu ser
Gelado, magoado.
Eu enterneci-me e aceitei
O tocar do teu amor.”
Ana Maria Gonçalves Cardoso Maguire, Lisboa
Ilustro com uma reprodução de uma Pintura de Sonia Delaunay, sugestionando “... cores do arco íris...”