Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Este Post é especialmente destinado às Pessoas que, escrevendo Poesia, gostam de a divulgar, enquadrando-a numa Antologia.
Participar numa Antologia é uma forma diferente de divulgação do que se escreve. Há um sentir-se mais irmanado, mais acompanhado, com outros poetas ou poetisas, que connosco partilham esse meio de comunicarmos e darmos a conhecer o que escrevemos.
Por mais humildes que nos sintamos, que ajuizemos os nossos versos como simples e singelos malmequeres, que num campo de flores dão colorido à Natureza, na Antologia, porque coletiva, sentimo-nos mais seguros nesse irmanar de propósitos e sentimentos.
Há sempre um sentir esperançoso face ao Livro que nos aguarda e que nós expectamos como se um novo alvorecer se anunciasse. É sempre algo que nasce, que nos nasce, e ainda que nos ultrapasse nesse nascer, nós também nos sentimos fazendo parte, comungando, desse mesmo Nascimento. É sempre um sinal de Esperança, como o são os Livros.
Um sinal de Juventude e de Futuro!
Mesmo que nós estejamos mais num tempo de outro tempo, ou sejamos menos jovens, porque o Tempo não nos perdoa e não retorna, por mais que o cantemos, mesmo assim, e precisamente porque assim, ao poetarmos, nós nos transcendemos, no Tempo.
E, apesar do escurecer do findar dos dias, há sempre um vislumbre de Luz, que nos prenuncia outra Madrugada e novo Alvorecer.
E o nosso Poema, os nossos Poemas, são Árvores altaneiras que, guardando a noite e pressagiando a madrugada, prenunciam e aguardam um outro Amanhecer!
E, finalmente, o Livro!
Um remansoso e calmo marulhar das ondas do mar!
Escreve Poesia?
Porque espera?!
Seja Jovem ou menos Jovem, mas tendo em si o condão de escrever e expressar os seus Sentires através da Poesia,
Se está interessado(a) em divulgar o que escreve, participando numa ANTOLOGIA,
Remeto-o/a para os seguintes links, em que escrevo sobre o Círculo, sobre a XIII Antologia, e apresento as Antologias em que já participei, entre as quais se encontram aos do C.N.A.P.
Um dos propósitos deste blogue tem sido a divulgação de Poesia.
Enquadrado nesse objetivo, inicialmente, fora pensado para divulgar online, a poesia que tenho escrita e publicada, em diferentes suportes em papel, e, eventualmente, alguma inédita.
Entretanto também divulguei poesia de confrades que participaram na XIII Antologia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia - CNAP.
Igualmente de alguns Mestres, da minha preferência.
Nesse propósito de divulgação de Poesia, nomeadamente de poetas participantes em Antologias, em que eu também tivesse participado, iniciei em 17/07/16, a publicação no blogue, de poesia enquadrada em “Portalegre em Momentos de Poesia”, Antologia de 40 Autores, de 2011, Edições Colibri, coordenação de Deolinda Milhano. Precisamente por “Princesa de Aquém-Tejo”, de autoria da Coordenadora.
Nesse post, o nº 406, prometi continuar essa divulgação. E que iria divulgar de Daniel e de Manuela.
Só hoje é possível, concretizar essa promessa, quase quatro meses depois e já no post nº 459.
É com especial e grata satisfação que o faço e, como se costuma proverbiar: “Mais vale tarde, que nunca”!
Eis então, um poema de cada um dos mencionados antologiados.
Daniel de Jesus
Portalegre
“A minha cidade,
Nos braços da serra.
A minha cidade adormecida
Em seus quentes e cansados ramos
Como uma eterna sonhadora.
A minha cidade é, e será sempre,
Criança da vida,
Em passos de enganos
E pés descalços na calçada varrida.
A minha cidade
Cai no sono dos cantares antigos,
Ao serão, na luz dos lares, na voz dos amigos
Que arredam o abandono triste da escuridão.
A minha cidade
Filha do vento, do calor, das gentes.
A minha cidade,
Dor do tempo.
A minha cidade,
Dor da idade.”
*******
Manuela Cardoso
Avis – Portalegre
"AMORES?... ENGANOS?...
Portalegre tu foste
Portalegre tu serás
Ontem, hoje, até morreres
Assim permanecerás
Cidade dos amores
Cidade dos enganos
Pois tu és assim
E serás por muitos anos
Cidade dos amores
Cidade dos enganos…"
*******
In. “Portalegre em Momentos de Poesia”, 2011, Edições Colibri.
Hoje, neste Post nº 262, o primeiro após o Natal, continuo a divulgar poesias publicadas na 13ª Antologia de Poesia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, 2015.
Damos a conhecer a Poesia “Sejamos Felizes!”, de Maria Cotovia (Vila Nova da Rainha).
XIII ANTOLOGIA do Círculo Nacional D’Arte e Poesia
e
Poema
Conforme tenho informado neste blogue, decorreu ontem, dia quinze de Dezembro, a sessão de lançamento da XIII Antologia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, no Centro de Dia da Associação de Auxílio Social da Freguesia de São Sebastião da Pedreira.
Estiveram presentes os seguintes poetas antologiados:
Angelina Santos (Portalegre), Francisco Carita Mata (Aldeia da Mata), José Eliseu (Mexilhoeira Grande), José Branquinho (Ribeira de Nisa), Josefina Almeida (Colmeal), Luís Ferreira (S. João de Negrilhos), Manuel Faria Bento (Gomes Aires), Manuela Machado (Aljustrel), Maria de Lourdes Guedes (Vinhais), Maria Manuela de Mendonça (Faro), Maria Olívia Diniz Sampaio (Lisboa), Rolando Amado (Lisboa), Rosa Redondo (Arronches); bem como alguns familiares e amigos.
O evento contou com a presença do Presidente da mencionada Associação de Auxílio Social, que fez a abertura da sessão, demonstrando o seu gosto e disponibilidade para a realização destes acontecimentos culturais do Círculo Nacional D’Arte e Poesia.
Este “Encontro de Poetas” foi dirigido por Maria Olívia Diniz Sampaio, Presidente do Círculo e Coordenadora da Antologia. Na mesa também estiveram presentes, Francisco Carita Mata, Prefaciador, que leu o respetivo texto e Luís Ferreira, Autor da Capa, que teceu considerações sobre a sua estrutura, representação e significado, tendo também dito Poemas de sua autoria.
Seguiram-se todos os outros Poetas presentes, antologiados ou não, que tiveram oportunidade de ler, dizer, recitar e cantar Poemas seus, da Antologia ou outros, ao seu gosto e critério. Todos agradaram na sua forma mais ou menos espontânea ou elaborada como nos transmitiram os seus Sentimentos Poéticos. E houvera mais tempo e todos tivéssemos mais disponibilidade e ainda teria havido fado e cantigas ao desafio…
Obrigado a todos pelos momentos agradáveis que nos proporcionaram.
Houve ainda oportunidade de interagir construtivamente com o grupo de jovens que, no Centro de Dia, vêm ocupar os tempos livres na resolução dos famigerados T.P.C. (trabalhos para casa), com a ajuda de uma Professora. Aproveitando o facto de uma rapariga festejar treze primaveras, todos lhe cantámos os “Parabéns” e, deste modo, também nos entrosámos num dos objetivos desse trabalho institucional que é promover o convívio entre gerações.
Voltando à ANTOLOGIA e, conforme delineado, irei publicando um Poema de cada um dos Antologiados.
Tem este post o objetivo de relembrar que é hoje o lançamento da XIII Antologia de Poesia, do Círculo Nacional D'Arte e Poesia, conforme já referido no blogue.
Também como previsto, divulgo a segunda das minhas poesias que figuram na mencionada Antologia.
Acompanhadas de duas belas fotosoriginais de D.A.P.L., de 2014, já apresentadas noutros posts, da tão peculiar e bonita localidade algarvia. Li, algures, que a UNESCO propôs que esta linda povoação, bem como a Vila Real de Santo António, fossem candidatas à categoria de Património Mundial. Inteiramente justo!
Já informei sobre o lançamento e os participantes antologiados.
Já apresentei o Prefácio.
Hoje, pretendo abordar mais alguns aspetos da mesma.
Informar que:
- A Coordenação é de Maria Olívia Diniz Sampaio, a "maestrina" mencionada no Prefácio.
- O Prefácio, já apresentado, é de Francisco Carita Mata.
- A Capa é da autoria de Luís Ferreira.
- Contém Desenhos de Francisco Carita Mata, José Narciso e Luís Ferreira.
- A Edição é do Círculo Nacional D’Arte e Poesia.
- Sobre a Edição, pretendo ainda apresentar uma imagem digitalizada da Capa. Mas ainda não tive oportunidade de executar esta tarefa.
Desde já refiro que aprecio muito a Capa. Muito minimalista, informando-nos do essencial, com um tipo de letra apelativa: a antologia, a sua ordem sequencial, a respetiva autoria.
Uma imagem estilizada, que nos remete para diversas figurações/significações.
Vejo nela um fruto. Talvez cereja, quiçá maçã. Simultaneamente um coração. Simbolicamente Amor, significante, Mulher, maçã. Cereja, que apetece trincar! Remete-nos para um rosto? Para um corpo?
Dir-me-ão… Como quer que saibamos, se não vemos a imagem?!
Pois, lamento. Peço desculpa, mas tereis que esperar que possa dar-vos a conhecer a imagem digitalizada. Até lá, remeto-vos para a V/ imaginação criativa!
Também pretendo, se conseguir, dar-vos a conhecer os Desenhos de José Narciso e Luís Ferreira, digitalizados, ou de outro modo, caso alguém mos proporcione.
Outro propósito, relativamente a esta Antologia, será divulgar um Poema de cada um dos Antologiados.
Informar ainda que nesta Antologia figuram duas fotos, a cinza no livro, de D.A.P.L., de 2014, ilustrando “Cacela Velha”.
Uma delas é a sugestiva e bonita foto, a cores aqui no blogue, exposta anteriormente, ilustrativa do mencionado Poema sobre a belíssima localidade, que tantos Poetas e Poetisas encantou.
A outra já foi divulgada em post deste blogue, noutro contexto. Expo-la-ei novamente, talvez, quando apresentar o poema referido, com que pretendo fechar o ciclo dos poemas dos vinte e nove antologiados.
Continuo com a divulgação das poesias publicadas em Antologias. Hoje, da IX Antologia do C.N.A.P., de 2006.
ARRONCHES
Arronches, és linda terra
Vila grata, de agradecer
Teu poder em ti encerra
A arte de bem receber.
Forte, bela e formosa
Prazenteira, donairosa
No primavera trajar
Luminosa, brincalhona
Divertida, foliona
No verão, a festa a reinar.
Monumentos, construções
Do tempo de paz e guerra
De tão nobres tradições
Arronches, és linda terra!
Tens um museu de a brincar
O passado ao futuro ensinar.
Dos gaivões numa lapa
Que ao vandalismo não escapa
Estilizadas, singelas pinturas
De homens de outras lonjuras.
Orvalhada, planta pinheira
Vista nesta vez primeira
Aprendemos a conhecer.
Vila grata, de agradecer!
Assunção, da vila é freguesia
Mosteiros, de Moitas também.
Esperança é ridente alegria
Freguesia mais além.
Hortas de Baixo e de Cima
Barulho e Marco à fronteira
Aldeias, lugares de rima
De encanto, beleza altaneira.
No povo, no campo e na terra
Teu poder em ti encerra.
Em Julho houve uma roda
No Centro, poetas a versejar
Cada um disse à sua moda
Sua forma de encantar.
Arte, humanismo e cultura
São herança que perdura.
Estar entre gente fraterna
Família e poetas reconhecer
Cortesia de quem ordena
A arte de bem receber!
Escrito em Julho de 2003.
Publicado em:
- Boletim Cultural Nº 65 do Círculo Nacional D’Arte e Poesia – Set. 2003.
- IX Antologia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia – CNAP – 2006.
Notas Finais:
Esta narrativa poética, sob a forma de "décima", foi escrita na sequência do lançamento da VII Antologia do CNAP, em Arronches, 2003, em jeito de agradecimento à forma como fomos recebidos.
Ficava bem uma foto da Vila. Talvez um dia calhe... Fica a sugestão!
Este Poema, resultante da junção de várias quadras e uma sextilha, escritas em diferentes momentos, algumas quadras da década de 80, está publicado na VIII Antologia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, 2005.
As quadras sobre Aldeia da Mata, Arronches e Monforte fazem parte de décimas, também publicadas, na IX Antologia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, 2006.
Gostaria de as ilustrar com fotos ou desenhos originais.