Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Eleições… Poder Local… Lembranças de outros tempos… Governanças… Bitaites…
Aproximam-se as Eleições para os Orgãos das Autarquias Locais. Para daqui a um ano – Set./Out. 2025.
Já por aí andam muitas movimentações, que o pessoal dos partidos “não perde eira nem jeira”!
As eleições são sempre fundamentais. As do Poder Local são muito importantes. Assim os eleitos se interessem por promover as localidades.
O Poder Local, nos anos seguintes a 1974, foi um dos motores de desenvolvimento do País. Os autarcas contribuíram, implementaram muitas das infraestruturas básicas que faltavam por todo o lado. E não falo apenas nas localidades do Interior. Também das Cidades. Sei, sabemos do que falo.
(Em 1974 e 1975, “corri” Lisboa e alguns arredores, em inquéritos de opinião, estudos de mercado, sobre os mais diversos assuntos. Em part-time, por conta de duas empresas que não sei se ainda existem: Norma e IPOPE. Subi e desci escadas e escadas e elevadores, calcorreei ruas, avenidas, ruelas, becos e travessas. Questionei sobre as condições das habitações, vi, porque também me mostravam. E, nalguns bairros, nomeadamente os mais tradicionais, e mais pobres, faltava o básico, tal como nas Aldeias do Interior. Percorri desde os bairros mais estruturados e mais ricos da Cidade, aos das classes médias, médias baixas, dos trabalhadores mais diversificados, operários, que ainda havia muitas indústrias, aos bairros mais pobres e miseráveis. Lembro-me de fazer entrevistas, por ex., no Casal Ventoso, muito antes dos ventos alterosos e perigosos que o haveriam de invadir na década de oitenta. Que, aliás, também invadiriam um pouco todo o País. Muita miséria, mas pessoas simpatiquíssimas. Em 74, ainda cheias de Esperança, que Abril trouxera a todos, não direi a todos - todos, porque para “muito boa e santa gente”, Abril ainda é um espinho na garganta! Mas há vidas e vidas…
Vi de tudo e registei, nas respostas aos inquéritos para as empresas referidas, o que era de registar e documentar. As mencionadas empresas faziam esses estudos de mercado por conta de outras empresas e entidades, as mais diversas. Não sei se também por conta própria. Eu era apenas entrevistador, em part-time. Não tinha qualquer vínculo. Assinaria um acordo temporário, talvez, que já não me lembro. Sei que não fizeram qualquer desconto para as coisas que, agora, são de praxe, nem sei se naquela altura isso seria obrigatório. Sei, porque, quando me reformei, fui saber e não havia nada. Se calhar, à data, também não seria obrigatório. Também isso nada me preocupava, era demasiado jovem para pensar que também haveria de ser velho.
Todo este arrazoado de conversa veio a propósito de nada, só porque me apetece falar sobre coisas de há cinquenta anos e também de agora.
A pobreza, a miséria, eram ainda mais generalizadas. Faltavam muitas das condições básicas que hoje nem consciencializamos: água, saneamento, eletricidade, educação, saúde, habitação, além da vida consumista que temos.
(Bairros da lata em redor das Lisboa(s)?! Nem se fala!)
As legislaturas são para serem cumpridas. Esta, que está em curso, tal como deveriam ter sido as duas anteriores. Mas isso são águas passadas…
Agora, a atual legislatura também deve ser cumprida. Mas sendo este governo minoritário, acha que deve continuar a comportar-se como se tivesse maioria absoluta?!
Não podem pensar que têm a faca e o queijo na mão, lá por “Deus estar com os Anjos”!
(E tem havido grandes sustos já. Este mais recente, dos desacatos, e os incêndios…)
Toda esta conversa, porque quero expor alguns assuntos, propostas para os candidatos, lá para as minhas bandas de nascimento, pensarem como projetos futuros… (independentemente dos partidos…)
Que se passa com os posts de “aquém-tejo.blogs.sapo.pt” e as “tags”?!?!
Porque é que os postais do blogue “Aquém-Tejo” não aparecem nas “Tags” (Etiquetas) habituais?
Antes de mais, atrevo-me a afirmar que deverei ter feito alguma das minhas aselhices. Não sei! O que sei é que já há algum tempo, não sei precisar desde quando, publico postais neste blogue, e não surgem referenciados nas “etiquetas” / tags mais comuns e que registo.
Na tag “últimos posts” deveria surgir sempre por inerência funcional. Também coloco “poesia”, habitualmente “quotidiano”, por vezes “opinião”. Os postais não aparecem.
Já os que escrevo em “Apeadeiro da Mata” aparecem.
Gostaria que a Equipa que coordena o SAPO me esclarecesse e elucidasse para que eu pudesse resolver a situação. Se faz favor! (SFF!)
Muito obrigado!
(Era para ter publicado, ontem, este postal simultaneamente com o que publiquei em “Apeadeiro”, mas foi-me impossível.
Foto?! Também de uma rosa singela!
O Verão chega hoje?! Por aqui, já chuviscou. E está fresco. Gosto do Verão fresco!)
Hoje, tive conhecimento deste blogue. Por demais interessante. Está noutra plataforma diferente do SAPO. Não dá para seguir com a facilidade com que se seguem os blogues “sapinhos” que nos interessam. É pena! Também não consegui deixar comentário! Daí ter criado este postal para divulgá-lo. Também como forma de agradecimento pela citação que fez do “Apeadeiro da Mata”.
De Autoria de Eugénio Queirós, depreendo centrado na Freguesia da Comenda. Mas motivado por temáticas da Região. Entrei, li alguns postais, fiquei interessado na forma e no conteúdo. Muitos Parabéns. Irei desbravando as leituras, mas fiquei, desde já, fã.
É especialmente importante haver plataformas que nos permitem dar a conhecer o nosso Património Regional, que também é nacional, nas suas variadas vertentes. Se não formos nós a dar valor ao que temos, quem o fará?!
Estou a escrever este postal, enquanto decorre o Marrocos – Portugal, quartos de final deste Mundial do Catar. Ou Qatar? Ronaldo está no banco. Eu, na cadeira, ao computador, olhando também a TV. Portugueses vestidos de branco. Não gosto. Marroquinos, de vermelho e verde. As cores nacionais também de Portugal. Interessante esta correlação!
Sigamos o desenrolar do jogo.
Mas não é propriamente sobre o Mundial que quero escrever.
Neste postal, pretendo reportar para o postal que publiquei em “Apeadeiro da Mata”.
Como se percebe nas fotos, as imagens com aqueles desenhos pontilhados no chão, realçando areias, resultaram da chuva caída dos beirais de um telheiro. No Quintal de Baixo – Aldeia da Mata – Alto Alentejo. Fotos de 6 de Dezembro.
Chuvas que, por essas Lisboas e arredores, provocaram enxurradas, inundações.
Interessante ouvir de pessoas responsáveis a imputação deste fenómeno às “mudanças / alterações climáticas”. Sem negar a importância desse paradigma tão realçado atualmente, bem pelo contrário, não quero deixar e no que diz respeito a enxurradas na Grande Lisboa, tanto a Norte, quanto a Sul, algumas considerações. Bitaites talvez!
Ignoram estes responsáveis certamente as lições da História, da Geografia, da Física, da Matemática, da Engenharia. Interligando todas estas Ciências Exatas e Sociais, relegam para plano secundaríssimo o Urbanismo, que é por demais ignorado nas nossas cidades!
Enxurradas na Grande Lisboa são periódicas e regulares. Sempre que chove um pouco mais. Lembram-se de 1967?!
E a Orografia da Cidade e arredores?! Quantas ribeiras entaipadas sob estradas? E a proximidade do Tejo, do mar e o efeito correlativo das marés?!
E as leis da Física, da Matemática?!
E as Engenharias e o Urbanismo têm tido em conta todas estas variáveis ao longo destes setenta ou oitenta anos em que a Grande Lisboa foi crescendo desmesuradamente?!
É preciso pensar e repensar o crescimento das cidades, enquadrando todas as variáveis passíveis de equacionar, para que seres humanos possam ter melhor qualidade de vida nas localidades em que têm de viver.
E tudo isto a partir de umas gotas de água repercutindo-se num solo arenoso.
E o jogo continua, agora no intervalo, Portugal perde por um a zero e os marroquinos vestem de vermelho e verde e os portugueses de branco.
E quem vai ganhar?! E o Ronaldo vai sair do banco?! Dom Sebastião?!
Acabou de entrar, enquanto estava publicando este postal.
«Lá arranca o dito na direcção Leste: V.N. da Barquinha… Stª Margarida, e… quase a chegarmos à estação do Tramagal, o comboio pára.
O que se passa? O que é? O que acontece? Perguntam-se os passageiros, questionam os funcionários em serviço (por sinal atenciosos), mas também estes, durante um certo tempo, pouco puderam explicar, pois entre o que se passava na máquina, onde certamente estava a avaria e se encontrava o maquinista e a carruagem, imediatamente a seguir, não havia qualquer meio de comunicação rádio. Só com a saída dum empregado, para falar com o maquinista, se soube que a máquina estava avariada. E como foi o contacto deste com a estação do Tramagal? A pé, até à estação, a comunicar a avaria, para que o chefe providenciasse a sua resolução.
Esteve-se mais de uma hora nisto, perto da estação do Tramagal, os ânimos exaltavam-se, os empregados atendiam o melhor que podiam e lá fora chovia, chovia no molhado…
Com um veículo amarelo, chamado “tractor” lá foi o comboio puxado para o Tramagal. Aí, ainda esperámos algum tempo (pouco, comparativamente com o que já esperáramos) pela vinda duma máquina do Entroncamento que, substituindo a outra, nos levaria para o resto da viagem em direcção a Badajoz. (No mesmo sentido que o nosso, mais atrás, seguia o da Beira Baixa e obviamente também atrasado e a atrasar-se, pois não podia ultrapassar-nos.)
Confiantes no nosso bom destino lá seguimos. Duas avarias na mesma viagem não é vulgar, mas… não há duas sem três.
Depois da Ponte de Sor, os sintomas que se verificaram antes do Tramagal reapareciam na máquina substituta: afrouxamento, quase a parar. A custo conseguiu chegar ao apeadeiro da Fazenda e a velocidade reduzida (20 à hora, comentava-se!) chegou-se a Torre das Vargens.
Estariam aí terminadas as peripécias desta viagem? De modo algum!
Nesta estação, houve que fazer transbordo para uma automotora Nohab, das que circulavam nos ramais de Portalegre e Évora, entretanto desactivados de circulação de passageiros. E que, este ano de 1990, passaram a fazer a ligação Torre das Vargens – Elvas e vice-versa, em certos horários, inclusivé nalguns bem movimentados de fim de semana, em que os passageiros vão à cunha, sem o mínimo de condições. O aquecimento sem funcionar, uma barulheira infernal na carruagem onde segue a máquina, muitos decibéis acima do que qualquer ouvido humano deve suportar e, no compartimento de 2ª classe,… bancos de pau. De pau, como nos velhos tempos do Oeste!
Finalmente, chegou-se! Com quase 3 horas de atraso, com todo o desconforto possível, desrespeito por quem paga bilhete e falta de comodidade e… SEGURANÇA. (…) »
*******
Neste segundo excerto, relato as peripécias da viagem. Num terceiro, em próximo postal, explicitarei algumas questões que expús às Entidades a quem dirigi a missiva.
As fotos mostram o caminho na direção do Apeadeiro. A primeira no sentido de ida para a estação, para apanhar o comboio. A segunda, no sentido do regresso, proveniente do apeadeiro em direção à localidade: Aldeia da Mata.
São 3Km, que percorri imensas vezes, sei lá quantas, indo ou provindo da viagem de comboio. À data, anos setenta e oitenta, demorava trinta minutos neste percurso, em passo acelerado.
Este é o meu postal nº 1000! Mil! O milésimo post, em “Aquém-Tejo”!
Nesta milésima missiva, a palavra fundamental: Obrigado!
Obrigado à Equipa SAPO, a todos os intervenientes nesta Entidade e Estrutura Comunicacional. Que me tem permitido, desde 8 de Outubrode 2014, expor, divulgar, publicar os meus textos, de variada índole, temática e estrutura. Os textos de Amigos meus. De conhecidos ou não, integrantes de várias Antologias de Poesia em que tenho participado. As fotos também de Amigos e/ou Familiares. Também as minhas, quase exclusivas, há relativamente pouco tempo. Divulgar assuntos que considero relevantes e alguns são-no mesmo, outros nem tanto. Dar a conhecer muitas realidades, eventos que os meios de comunicação divulgam pouco ou nada.
Temas, assuntos, abordagens, que de algum modo me tocam. Que estão “aquém”, me estão próximas, física, geográfica ou sentimentalmente.
Localidades, aldeias, vilas, cidades a que me ligo de algum modo.
E me permitiu criar outro blogue, desde 10 de Setembro de 2021! “Apeadeiro da Mata”!
(Aquém- Tejo já fez 7 anos! Sete anos dá direito a entrar e frequentar a “Escola Primária”!)
Obrigado às Pessoas que subscrevem o blogue. De algum modo penso, idealizo-as como destinatárias das “mensagens” que envio. Um postal é sempre uma mensagem, que emissor envia a destinatários, recetores dessa missiva.
Obrigado às Pessoas que subscrevo, que gosto sempre de ler ou ver, apreciar, os vários postais que vão publicando. Processa-se sempre comunicação, interação, apesar de a quase totalidade ser só conhecida virtualmente. Contextualizam-se aprendizagens, interações positivas.
Obrigado aos detentores de blogues que visito na plataforma SAPO ou noutras estruturas, com quem tenho sempre aprendido ao longo destes sete anos.
Obrigado aos Visitantes e Visualizadores dos postais do blogue, seja na plataforma SAPO ou noutras estruturas comunicacionais. As visitas, as visualizações, são um indicador precioso do processo de comunicação. São um barómetro, um perfil da adesão comunicacional. Dos assuntos mais relevantes.
Obrigado a todas as Pessoas que tecem Comentários ou assinalam como Favoritos os diversos postais, com quem interajo sempre, com quem tenho aprendido sob variados aspetos. Que direta ou indiretamente formulam sugestões, que muitas vezes sigo, que me dão ideias para outros postais, alguns até se tendo tornado temáticos.
Tenho sempre a preocupação de agradecer. Porque num processo de comunicação deverá haver sempre um retorno. Se alguém “entra” no nosso “espaço” e nos diz algo simpático, merece sempre a nossa atenção e resposta. Um simples Obrigado até é bastante! Importa que seja “dito”, escrito.
E termino com uma quadra subordinada ao tema Obrigado e que já terei divulgado no blogue.
Obrigado é mais qu’uma palavra!
Nela se grava nobre sentimento
Sentir que nosso coração nos lavra
E em nós desbrava um nov’alento!
*******
E que venham mais mil postais. Em Prosa ou em Verso. Com Fotos, de preferência.
(E, a propósito de fotos, são todas de “Rosas de Cheiro”!)
Hoje, no blogue Aquém-Tejo, coloco alguns assuntos, simples pedidos / sugestões / propostas, que tenho efetuado aos Órgãos Autárquicos da minha Aldeia. Concretamente à respetiva Junta de Freguesia e Câmara Municipal.
Coisas bem simples, mas que parecem quase transcendentes, dado que não sendo a primeira vez que formulo esses pedidos / sugestões eles tardam em serem realizados.
Sugestão de colocação de uma lâmpada no poste, junto ao quintal de Drº Agostinho. Onde?! Na antigamente designada “Azinhaga da Atafona”, atualmente nomeada por “Travessa do Fundão”. No local onde ela se “cruza” com a “Azinhaga do Poço dos Cães”, a “Azinhaga Estreitinha” e a “Azinhaga” que liga para a Fonte e Ribeira do Salto e para a Ribeira da Lavandeira.
Da primeira vez que fiz estes pedidos, julgo que em 2017/18, não obtive qualquer resposta.
Ao pedido efetuado este ano, 25/06, a Junta de Freguesia teve a amabilidade de me responder. Ainda espero resposta da Câmara.
Tenho hesitado muito em trazer estes assuntos ao blogue, porque não gosto de escrever “coisas negativas” sobre a minha Aldeia. Aquém Tejo tem vários postais sobre Aldeia e, neles, valorizando o que Aldeiatem de bom.
Sim, porque uma aldeia, por ser aldeia, não tem menos importância ou valor que uma cidade por ser cidade. Adiante…
Mas com este tardar em levar a cabo uma coisa tão simples como colocar uma lâmpada num poste, até eu me farto às vezes de ser aldeão!
E farta-me que neste País se julgue que é apenas Lisboa que conte.Que tanto dinheiro aí se gaste, muitas vezes a fazer e desfazer obras anteriores… E o Porto, vamos lá.
E o Interior seja esquecido. Mas se no Interior os agentes privados e públicos também se esquecem de pugnar por coisas tão simples… Depois, admiramo-nos que os mandantes deste país só se lembrem de Lisboa. Que está como está, diga-se.
E, sim, tratem lá de colocar uma lâmpada no poste. A Luz é sempre melhor que a escuridão!
Outros assuntos que também abordei:
Estruturação de forma mais definitiva do espaço no “cruzamento” mencionado.
Isto é, em vez de colocarem entulhos e areão, pavimentarem com alcatrão ou eventualmente calçada. E um sistema de escoamento das águas pluviais.
E diligenciarem no sentido de que os particulares limpem os quintais abandonados, na localidade. E terrenos circundantes. Porque da Aldeia são também os terrenos que a rodeiam.
Nos pedidos efetuados, ilustrei e documentei com fotos, que acompanham também este postal. São de Maio. Agora as ervas estão secas. A serem cortadas com máquinas, todo o cuidado é pouco. À data referida, o respetivo corte estaria mais facilitado e menos perigoso.
Haja Saúde! Muita! E Cuidados: com os fogos e os focos. De Covid!
*******
P. S. – Este postal, específico sobre Aldeia da Mata, será, provavelmente, o último deste teor a figurar em “Aquém-Tejo”. Ontem, “criei” um blogue especialmente destinado à localidade: “Apeadeiro da Mata”. Aí figurarão os assuntos respetivos. Obrigado.