Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Estes postais, que tenho publicado em "Aquém-Tejo" e "Apeadeiro da Mata", pretendem, tão só e apenas, divulgar para além do "Museu de Tapeçarias de Portalegre", a Exposição Temporária, inaugurada no dia 18/05/24, subordinada ao título em epígrafe.
Se o/a Caro/a Leitor/a tiver oportunidade de visitar, ficará maravilhado, como nós ficámos.
Lembro que a Exposição é temporária!
O Museu poderá ir visitando.
É um Museu de nível internacional, não só pelas Obras ali expostas, pela metodologia integrativa dos vários conceitos associados ao Museu, per si; pelo enquadramento espacial e temporal. Mas também por todas as Obras de Tapeçarias de Portalegre, que estão espalhadas por todo o Mundo.
(Para este último conceito, fui alertado por Dona Fernanda, que tem uma Vida dedicada às Tapeçarias!)
(É um Museu muito especial!)
E a paisagem deslumbrante da Serra da Penha e da Cidade?!
No referido Museu, de que apresentámos postais: em “Aquém-Tejo” e em “Apeadeiro da Mata”, foi inaugurada uma Exposição temporária, de Tapeçarias, subordinada ao título “A Gare Marítima de Alcântara, por Almada Negreiros”.
Neste postal, apresento fotos do tríptico inspirado na célebre lenda “A Nau Catrineta”, poema anónimo romanceado, recolhido por Almeida Garrett, incluído no seu Romanceiro (1843 – 1851).
As fotos não fazem jus aos originais expostos na “Sala Manuel do Carmo Peixeiro”.
(São fotos minhas, que valem o que valem!)
São apenas um pretexto para estimular a curiosidade do/a Caro/a Leitor/a e incentivar a uma visita, para apreciar estas extraordinárias Obras de Arte. E o Museu, como mencionei em anteriores postais.
O Tríptico:
O 1º Painel:
O 2º Painel:
O 3º Painel:
Dona Fernanda, senhora que trabalhou no âmbito das Tapeçarias, ao longo de dezenas de anos - desde os 22 anos - explicando sobre o seu trabalho:
Um “Livro” de Sabedoria, de Conhecimento, que urge documentar – por ex. através de entrevistas – deste modo preservando uma Memória inigualável sobre tudo o que respeita às Tapeçarias de Portalegre.
(Fica a sugestão a quem possa concretizar tal projeto. E materializar, futuramente, em livro.)
Afinal, o caril não era de gambas, mas de camarão. Correção feita!
Chegados ao Jardim para o piquenique, depressa os preconceitos voaram. O que mais havia era gente a piquenicar. As mesas junto aos eucaliptos estavam ocupadas, precisamente com pessoal a comer. Os bancos em redor, vários deles, em idêntica funcionalidade. Pela relva, também havia grupos, na função digestiva. Debaixo das sombrosas árvores, várias pessoas observei, comendo.
Um dos preconceitos: o “cesto do supermercado”. No final da visita, observaria um senhor, todo descontraído, com um desses cestos a tiracolo, onde levava o que sobrara do piquenicar que ele e a família haviam feito num dos bancos de cimento, debaixo dos eucaliptos!
Não tenho memória, se antes da eclosão da pandemia, era costume ver-se tanto pessoal a almoçar pelo parque. A hora de almoço costumávamos passá-la nessa função.
Comemos, piquenicando, divertimo-nos e tivemos direito a sobremesa, após termos arrumado os apetrechos, conforme foto do postal anterior. Não deixámos restos, nem papéis. Não demos nada, nem aos pombos, nem aos patos, que, gulosos, nos abordaram, enquanto comíamos. Seguimos as instruções que nos interpelam logo à entrada leste do parque, junto ao Centro Interpretativo Ribeiro Teles, conforme foto documental.
Foi precisamente na gelataria que pedimos a sobremesa. Por mim, decidi-me por gelado de alfarroba, nunca havia provado. Gostei. Sou guloso! Mas também houve de morango e de chocolate. Para mim, triviais.
E houve direito a café, para quem quis, com ou sem açúcar! Em chávena. Havia quem não bebesse assim café, há imeeennso tempo! Na bandeja, levei-os para a sombra do exterior, que no espaço interior, apenas se podia ficar tendo o tal certificado. Devolvi a bandeja à origem, claro!
Uma tarde muitíssimo bem passada. Passeata no jardim. Exercícios, à moda olímpica. Aproveito para felicitar os nossos atletas, os medalhados e os não medalhados, que também se esforçaram para tal.
O Jardim oferece excelentes sombras, nalguns locais, verdadeira floresta temperada, sempre bem irrigada. Ouve-se a passarada. Pareceu-me rouxinol, quando chegámos. Gaio também me pareceu no seu “grasnar”?
Não me atrevi a visitar a exposição na galeria principal.
O candeeiro da “prima” Joana está exposto num dos átrios principais. É tão grande que não passa nada despercebido.
A fila para o museu manteve-se sempre crescida até depois das cinco, quando partimos. Também não queríamos visitar. Já o fizemos por diversas vezes.
As esplanadas, a do restaurante do Museu e a do Centro Interpretativo, estavam cheias.
A quase totalidade do pessoal andava de máscara, aonde ela era devida. Nós, inclusive.
No final da visita, encontrámos este casal, bem simpático. Entre oitenta e noventa. Com a devida autorização, fotografei-os. Não costumo colocar, no blogue, fotos com Pessoas. Mas não resisto a esta. Há sempre uma excepção, o que só confirma a regra.
Também fotos de plantas. Esta de uma plantinha minúscula. Para contrapor ao tamanho do candeeiro da “prima”! Há beleza e harmonia em toda a Arte. A natural e a humana, que “copia” a da Natureza?!
Na sequência do postal de ontem, ilustrado com trabalhos de artesanato da “Notável Vila de Nisa”, hoje, dia de início da Primavera, edito um postal ilustrado com dois belíssimos exemplares de Arte Popular (Pop Art, se lhe parecer ou soar melhor).
As fotos foram tiradas no ano passado, em Janeiro, ainda a milhares de milhas desta confusão da Covid. Ainda o “bicho” andava lá para as bandas da China e pensaríamos que por lá ficaria… Todavia, conhecendo que estas coisas dos vírus, lá das bandas do Oriente, acabam por vir cá parar. Tal como o Sol, bem como a Primavera.
Adiante… Aprecie estes belíssimos trabalhos artísticos, SFF. Estavam expostos na sede do Turismo. Bem pode visitar e comprar, se tiver disponibilidade.
E, porque estamos numa onda de Poesia, e amanhã é “Dia da Poesia”, apresento uma quadra de um poema já antigo, inspirado nas “Artes Tradicionais Alentejanas” e publicado no blogue.
Fotos de trabalho que desenvolvi na sequência desta situação que estamos vivendo, quando ainda esta epidemia não estava instalada na Europa.
Elaborei estes desenhos no início de Fevereiro deste ano, quando ainda pouco se falava sobre "coronavírus", nem se imaginava toda a problemática que estamos a viver atualmente.
Círculo Nacional D’Arte e Poesia – CNAP – Casa do Alentejo
Perante tantas problemáticas e situações complexas, traumáticas e de sofrimento, em que nos encontramos, tanto no plano individual, como no coletivo, questiono-me, se faz algum sentido falar de assuntos aparentemente triviais, como sejam saraus, tertúlias, exposições…
Será que a Poesia pode ser libertadora e ter algum papel no alívio do sofrimento humano? Poderá ela apaziguar as almas e os corações dos que sofrem dores físicas ou psicológicas, suas e/ou alheias?
Não sei. Talvez e pelo menos, ou somente e apenas, possa libertar e fazer mais felizes os seus autores, os que a cultivam, que a compartilham, quer ouvindo, quer dizendo… lendo, declamando… Quiçá!
Vêm estas considerações a propósito de alguns acontecimentos poéticos, ocorridos neste final de semana.
A APP – Associação Portuguesa de Poetas promoveu ontem, 08/07, a sua habitual Tertúlia no Vá – Vá, aos segundos domingos de cada mês.
Aconteceu Poesia!
E como sempre houve momentos mágicos! Poesia, canções, arte de dizer, ensinamentos e aprendizagens, pedagogia, maestria de verdadeiros artistas presentes. Cada um com a sua riqueza poética, compartilhando-a com os Outros.
Parabéns a todos os intervenientes: Vitor Camarate e esposa, Esmeralda, Fernando Afonso, Graça Melo, Fernanda Beatriz, Júlia Pereira, Feliciana Maria (Maria do Tempo).
A sessão, nessa tarde, aconteceu num espaço diferente, dado que a sala habitual estava reservada. Num recanto, igualmente aconchegante, mas o barulho é impossível de erradicar.
Li, algures que o “VÁ – VÁ” é uma das lojas a integrar ou a concorrer ao conceito de “Lojas com História”, da Cidade de Lisboa!
Talvez as Tertúlias da APP, que já são tradicionais no estabelecimento, sejam uma mais-valia. Talvez!
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Um espaço inegavelmente com história, em Lisboa, é a Casa do Alentejo, às Portas de Santo Antão.
Uma verdadeira obra de arte ímpar, bem no centro da cidade e que só entrando… Do exterior passa até bastante despercebida, tal a profusão de restaurantes e esplanadas e turistas e mais turistas, na rua.
Mas franqueando a entrada e subindo ao pátio árabe… e continuando… Só mesmo vendo!
Pois então o Círculo Nacional D’Arte e Poesia não haveria de promover uma Exposição de Artes Plásticas neste verdadeiro ex-líbris artístico?! Nem mais nem por menos!
Uma autêntica Galeria de Artistas Plásticos, na Sala de Olivença. Alguns também Poetas… e Poetisas.
Catarina Semedo, Cecília Augustoe Méli, cada uma nos apresenta um trabalho individual, segundo o normativo “Sem Título”.
Elmanu apresenta-nos “Rota da Esfinge”, “A Esfinge e a Pirâmide”, “A Cascata”, “Apocalipse”.
Fernanda Carvalho: “Quando o Meu pensamento Voa” e “Fado”.
Maria Lourdes Guedes: “Flores Campestres” e “Vida nos Oceanos”.
Maria Rita Parada dos Reis: “Mistério e Vida”.
Vitor Hugo: “Marvão”.
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Bem eu, não sendo artista, muito menos artista plástico, tive a ousadia, se calhar inconsciência, de me apresentar no meio destes verdadeiros Artistas. Não com uma pintura, que não sou pintor, como sugestiona o cartaz evocativo da Exposição, mas com um trabalho que integro no conceito de “Poesia Visual”. Porque foi nesse contexto e procurando seguir essa metodologia de experimentação poética, que o elaborei na segunda metade da década de oitenta. E que, agora, após o concurso “Nau dos Sonhos – Prémio Maria Ivone Vairinho”, promovido pela APP – Associação Portuguesa de Poetas, a que o submeti e que venceu, na modalidade de “Poesia Ilustrada”, achei por bem expor.
Intitula-se “Poema Psicadélico”, título apresentado para efeitos do concurso 2018, e que foi elaborado com base num poema de 1979, intitulado “Fuga… à Solidão”!
Exposto na Casa do Alentejo!
Todo o Alentejano tem orgulho em apresentar os seus trabalhos, ademais pela primeira vez, na Casa que, em Lisboa - matriz da Diáspora, nos reporta para as nossas raízes primordiais.
É com muito orgulho que ele está exposto nessa Casa Mãe dos Alentejanos na Grande Lisboa. Cumulativamente, entre tão nobres e valiosos Mestres, como são os Artistas que expõem os seus trabalhos na Sala. Sala que, per si, é uma verdadeira joia artística, entre todo o templo de Arte que é aquela Casa!
(Perdoem-me a minha ousadia, talvez a minha insensatez…)
A Exposição inaugurada a sete, irá até dezanove do corrente mês.
Pena, que nesse dia da inauguração, não tenha havido o “Dizer Poesia”. Houve a montagem, de modo que o tempo talvez tenha escasseado…
Mas não houve Poesia nesse dia na Casa?!
Pois claro, que houve.
O “Grupo de Cante Os Rouxinóis”, da Escola Secundária Santiago Maior e o “Grupo Coral Cantadores do Desassossego", ambos de Beja, trouxeram-nos essa Poesia dos confins e imensidão da planura alentejana…
Todavia será de todo importante que o Círculo Nacional D’Arte e Poesia – CNAP -, promova uma sessão de Poesia, no âmbito e contexto da Exposição, como, aliás, é seu apanágio.
Aguardemos!
(Uma nota final: tenho constatado que nas últimas sessões poéticas em que tenho participado, nas diversas tertúlias das diferentes instituições a que me honro de pertencer, que há menos pessoas que o habitual. Questão de férias?!)
E ainda outra nota: Quando é que as TVs, que pagamos todos, todos os meses, nos brindam, mimoseiam, com tantos e tão bons Dizedores de Poesia que há por esse País fora.
E quando divulgam os Artistas como os que expõem nestes encontros de Arte?!
Bye – Bye, Uruguai / Que você vai / Seguir avante.
E eu... fico cantando / Fico chorando / O meu descante! (…)
Pode a Poesia coadunar-se com o Futebol?!
Pois claro, que pode. Já escrevi sobre esse lado bonito da irmanação futebolística. Já publiquei no blogue, vários artigos sobre o Futebol. Sobre o Futebol, digo! Ainda que deteste as futebolices!
Ontem foi uma tarde desagradável, em termos de Futebol, dado que a equipa portuguesa perdeu e foi eliminada. Mas adiante, que há coisas bem piores na Vida… Mas ficamos sempre aborrecidos.
Vi a primeira parte do jogo num excelente espaço público de grande concentração humana. Mas concluído o primeiro tempo e dado que o resultado não me estava a agradar e o ambiente ainda menos, resolvi partir. E como é diferente percorrer as ruas da Cidade em dias de concentração futebolística. Pouquíssimo trânsito, raras as pessoas calcorreando… Fui entrando nos vários cafés onde as TVs sintonizavam o jogo, apercebi-me do golo português a meio do percurso, confirmei numa pastelaria, soube ter sido Pepe e, mais adiante, quando voltei a entrar em novo estabelecimento, já a equipa portuguesa perdia novamente. Cavani! Oh, Cavani! Que nem o São Ronaldo nos valeu!
Mas se não nos valeu o Futebol, sobremaneira nos engrandeceu a Poesia!
Na SCALA – Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada, houve “Poesia à Solta”. E nem você imagina como o estro poético dos participantes se soltou! Foi uma tarde memorável, em que excelentes Dizedores, Poetas e Poetisas, nos disseram, declamaram, cantaram e encantaram através do seu Verbo Poético.
Que não ficou nada atrás, duma tarde de bom futebol. Quando é Futebol! Muito pelo contrário, ficou muito além. A Poesia não tem é a divulgação que merece.
Se os nossos canais televisivos, que nos inundam diariamente com a prosódia dos BêDêCês deste país, todos os dias, antes ou depois dos noticiários, nos apresentassem Dizedores de Poesia, escassos minutos chegavam e você nem sabe como este País sairia engrandecido!
E nem precisavam de buscar gente famosa. Nem precisavam de lhes pagar chorudos ordenadões. Há imensos Amadores, por esse País afora, que dizem Poesia sua ou de outros, de forma excelente. E, muitos, nem precisam de teleponto!
Mas, em frente, que se faz tarde!
Parabéns e Obrigado à SCALA! E a todos os participantes.
E reportando-me ao cartaz elucidativo, cortesia da Casa do Alentejo, (Mª J. Carvalho) e que abre o post.
Anuncia e divulga a próxima Exposição do CNAP – Círculo Nacional D’Arte e Poesia. A partir de sete, do sete, (07/07), na Casa do Alentejo. Na Casa Do Alentejo! Vou esforçar-me por participar, caso a Vida me permita, com um trabalho de Poesia Visual. E conto estruturar uma simples “instalação poética”!
Participe também.
Irão estar sócios do CNAP, que participaram nas últimas Exposições do Círculo, nomeadamente na Câmara Municipal de Lisboa e no Centro de Dia de São Sebastião da Pedreira.
O quadro ilustrativo deste último trecho do post, "O Ribeiro", é um trabalho de Teresa Filipe, que não figurou no post respetivo, o que agora se remedeia divulgando-o, através de foto de Rolando Amado.
Parabéns e Obrigado também ao Círculo e a todos os participantes na Tertúlia, realizada no último dia vinte e seis de Junho, no mencionado Centro de Dia de São Sebastião.
(E assim termino este meu post, só com uma página A4, que estou a tentar ser conciso no verbo!)
O Círculo Nacional D’Arte e Poesia continua na sua meritória caminhada, há quase trinta anos, desde 1989, na divulgação da Arte e da Poesia.
No passado dia oito de Maio, como tem ocorrido nos últimos anos, graças à amabilidade da Direção do Centro de Dia de São Sebastião da Pedreira, aí decorreu mais uma Tertúlia dedicada à Poesia, irmanada com uma bonita Exposição de Pintura.
De entre os vários artistas, com obras expostas na improvisada galeria, estiveram presentes na inauguração (que piada eu acho à palavra “vernissage”!), digo, deram-nos a honra da sua comparência, D. Josefina Almeida, D. Fernanda de Carvalho, D. Maria Ivone Azevedo e D. Teresa Filipe. Autodidatas da arte de pintar, com alguns cursos de tempos livres, não académicos, mas nem por isso menos primorosas no seu labor!
D.Josefina apresenta-nos trabalhos paisagísticos, da sua região natal: Ponte Manuelina, na vila de Góis; Rio Ceira, na aldeia do Colmeal e “Cai neve”, em Viseu.
Pintura figurativa, em tons escuros, a que não são alheios os estados de alma e a tristeza vivida nas tragédias, ainda bem presentes, dos recentes incêndios que devastaram as áreas da “Zona do Pinhal” e das Beiras!
Mas o verde também sempre poeticamente presente, de esperança!
Essa nostálgica tristeza também se reflete em “Rio Turvo” “…meus desenganos…”, título e excerto de poema de sua autoria que nos deu a conhecer.
Já em “Mulher vais ser Mãe!”, “poema que escreveu há quase sessenta anos”, impregnado de realismo vivenciado, a que Mãe se referirá o sujeito poético?!
D. Fernanda de Carvalho opta por uma estética surrealista. Expõe duas peças artísticas. Uma “Sem Título”, que ela própria não consegue muito bem decifrar o que pretende mostrar-nos, segue o que o seu estro ordena, embora na obra vislumbre parte de mulher, uma pata de touro… Deixa-nos a nós, a capacidade e primazia de lermos o desenho e a pintura, segundo a nossa perspetiva de observadores.
Cores alegres, bem presentes também no sugestivo Rosinha dos Limões”. Lembrou-se deste título, pois veio-lhe à memória essa célebre canção, que eu desconhecia. (Mas vale-nos a net!) Na cara da “Rosinha” um lagarto pintado. (Lagarto pintado, quem te pintou?! A D. Fernanda que por aqui passou…)
Leu-nos poesia de índole pessoal. “…caminho passo a passo…”, ”Retalhos de uma Vida” e o sempre divertido, irónico, alegre: “Os meus namorados”.
D. Maria Ivone Azevedo, algarvia, traz-nos além de uma versão de “Girassóis” de Van Gogh, uma peculiar e icónica pintura do seu Algarve, com alguns elementos parcelares e temáticos desta província do sul de Portugal. Como se estivessem a ser visualizados a partir da estrutura de uma casa, envidraçada ou aberta à paisagem figurativa. A luz, a cor, as imagens… Os elementos marcantes do Sul: amendoeira, alfarroba, chaminé, moinho, o sol e a lua. E assim constrói a sua poesia!
D.Teresa Filipe apresenta-nos também uma pintura sobre uma paisagem, um ribeiro imaginário, correndo entre margens verdejantes. Não faz um plano prévio sobre o que pretende, vai inventando e dando largas à sua imaginação, à medida que vai construindo o quadro… também a sua forma de se expressar poeticamente!
(Desta pintora, não temos, por agora, imagem elucidativa. Lapsos do senhor fotógrafo! As novas tenologias permitir-nos-ão corrigir o problema, logo que possamos.)
Em termos picturais, está também exposto um quadro de Vitor Hugo: uma paisagem realista de Marvão, perspetivada a partir de uma das portas góticas.
De Elmanu: pintura no domínio do imaginário, atrevo-me a integrá-la também num conceito de surrealismo, bebido igualmente em Miró(?)
Tente o caro/a leitor/a expressar-se opinativamente!
Estão ainda expostos os seguintes sugestivos e festivos quadros.
O primeiro mais abstrato e algo impressionista.
E o segundo, um verdadeiro Hino à Primavera!
(Autoria: Méli - Amélia Figueiredo.)
E refiro, aqui, como seria sempre importante a presença dos Artistas, que nos dessem um vislumbre pessoal da sua Arte!
E como no C.N.A.P. a Poesia é uma das vertentes primordiais, também esta Arte teve o seu papel.
D. Olívia Diniz Sampaio, a Alma-Mater do Círculo, trouxe-nos “Noctívago”, de Fernando Pinto Ribeiro e “Cântico e Súplica de Louvor a Deus”, de Amélia Figueiredo. Ambos figurando no recente Boletim Cultural (Nº 131 – Ano XXIX – Março 2018.)
Também de Pinto Ribeiro, o seu irmão, Carlos, presença habitual nestas tertúlias, assumindo quase a missão de divulgar a obra do irmão falecido, Fernando, nos leu o poema “Bendito Amor”, de canção gravada por José Mourão, com música de Jorge Fontes.
Igualmente do mesmo poeta, Drº Santos Silva também leu poemas do livro “O Cisne Submerso”: “… foi Deus quem de mim te raptou…”
E de Alberto de Serpa: “Há instantes tão longos…”, que também figura no citado Boletim nº 131 do CNAP.
E na sequência de Drº Santos Silva nos ter reportado para o JL e para um comentário de José Carlos Vasconcelos sobre o Facebook, acabei por dizer “Meu Amor do Facebook!”. Que encerrou a Tertúlia!
Rolando Amado, que, de novo, colabora com as fotografias, a quem desde já agradeço, por esta vez não cantou! Reportou-nos, via telemóvel, para a audição do clássico: “Ninguém é de ninguém.” (Vantagens das novas tecnologias!)
Em contrapartida, tendo-nos enviado o seu último poema, é este que encerra esta crónica.
(Dir-me-á, caro/a leitor/a que estes são eventos culturais que passam quase despercebidos. E, infelizmente, é verdade!
Mas o que é que os nossos meios de comunicação divulgam?!
E a quem dão direito à palavra as nossas TVs?!
Há por aí uns quantos, que nem o bê-á-bá sabem soletrar, em que não há dia nem canal que não tenham direito de antena exclusivo!!!
É só estar atento, caro/a leitor/a.
E acha isso bem, estarmos a ouvir tantas calinadas diárias?!)
Bem, mas nem tudo é mau!
Esta crónica veio sendo escrita no contexto do espetáculo único que foi a realização do Festival da Eurovisão em Portugal!
E, na minha opinião, passe algumas futriquices de somenos importância, a realização portuguesa não ficou nada a dever às anteriores! Parabéns Portugal!
AH! A classificação da canção portuguesa… E o que posso eu dizer?! (…) (…)