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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Eleições Autárquicas 2021 - Campanha(s)

Haja Paciência!

Grafiti Almada. Foto Original. 2019.07.13.jpg

Anda tudo numa grande azáfama, por aí.  Não haverá localidade deste nosso País em que não andem caravanas de candidatos a cargos e funções em freguesias, câmaras.

É bom sinal, que é uma forma de exercício da Democracia.

Mas… por outro lado, será apenas uma perceção minha, ou muito boa e santa gente anda por ali mais para ganhar protagonismo? Para dar nas vistas? Para eventuais e futuras benesses?!

Faz-me confusão que haja câmaras, com candidaturas até à dezena ou quase.

As promessas são mais que muitas. Anda por aí uma “bazuca” que é uma espécie de varinha de condão. Vai permitir fazer tudo e mais alguma coisa. De repente vão surgir verbas de todo o lado e vai-se construir tudo o desejado e pensado. Até os sonhos mais sonhados vão ser realidade a curto prazo.

Tanta publicidade. Tanta papelada. Tantos outdoors. Chamar-lhes ia antes “fora de portas”. Porque são um exagero. Não vejo necessidade de tanta poluição visual.

Costa Caparica. Foto original. 2020.08.24.jpg

Numa das minhas Cidades, “Cidade de Rio e de Mar”, para além desses fora de portas há uma quantidade de “outDores” anunciando “Obra” em todo e mais algum “buraco” que esteja espalhado pelo Concelho. Alguns desses “buracos” são monos que por ali estão, há dezenas de anos, englobando vários períodos de gestão autárquica.

Pois, em todos, caso ganhe determinada força política e candidata… “Vamos ter obra”! É só obrar!

E não gostando de ver tantos e tantos cartazes e outdoors, menos gosto ainda de ver cartazes rasgados ou grafitados. Pese embora eles possam ser realmente exagerados em quantidade e enormidade. Mas não devem ser destruídos.

E, sim, logo que acabe a campanha eleitoral, devem ser removidos o mais rápido que puderem. O que muita vez não acontece, que ficam por ali esquecidos.

Portalegre. Foto original. 2021.04.05.jpg

Noutra das minhas Cidades, “Cidade de Régio”, na 5ª feira ao final da manhã, deparei-me com uma caravana que subia a “Rua do Comércio”, mesmo ao cimo, para lá do Conservatório. Muita gente jovem, por sinal.

(Agora, muita juventude adere a algumas forças políticas, mais ligadas ao Poder. Dizem que é uma forma de se “aparelharem”. Dizem!)

Desviei-me. Segui pela “Rua da Paciência”. Sugestivo o nome!

Sobre a “Rua do Comércio”, é como quem diz. Que essa nomenclatura é para apenas uma parte dela e o comércio já se foi, há muito.

E não é de agora. Nem das últimas eleições. Foi um derivar do comércio para as proximidades da “Zona Industrial”. Decisões de há anos…Onde concentraram uma data de grandes superfícies.

Para os Senhores e Senhoras Candidatos/as, já deixei sugestões noutros postais.

Portalegre. Foto original. 2021.02.16.jpg

Por agora e por aqui me fico. Ficam as mensagens. Esperemos que os mensageiros as levem aos destinos certos!

Portalegre. Foto original. 2021.06.14.jpg

Obrigado pela sua atenção e votos de muita Saúde! 

Portalegre. Foto original. 2021.06.14.jpg

 

 

Hortas Urbanas: Que importância?!

Será que as Hortas Urbanas têm alguma importância num contexto sócio-económico e cultural?!

 

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

Ou será que elas são apenas um escape para um segmento populacional mais ou menos desenraízado no contexto urbano ou suburbano em que se insere?!

Será que este modelo de intervenção cultural, de raízes campestres, mas intervindo num espaço citadino e urbano, será apenas passageiro? Reflexo de um tempo de crise e como tal associado a estratos populacionais mais desfavorecidos?

Mais questões poderão ser levantadas…

 

À partida, quero expressar que sou defensor da sua existência.

Mais, reforço que deverão ser incentivadas as pessoas interessadas nesta prática, apoiadas pelas instituições que o possam fazer, promovendo e definindo práticas de uso de terras camarárias para esta finalidade.

 

Nesta ação de cultivo de terrenos abandonados no espaço urbano, penso que ganham todos os intervenientes.

 

Ganham os agricultores urbanos, pois produzem alimentos para si próprios, para familiares e também amigos, pois normalmente quem amanha a terra tem esta característica de personalidade: o prazer de oferecer o que obteve da sua produção. O gosto da dádiva!

Em princípio, os produtos obtidos serão de melhor qualidade, dado que quem produz nestas situações gosta de ter algum cuidado no processo produtivo, evitando, ou pelo menos não exagerando, nos pesticidas.

Possibilita uma saudável ocupação dos tempos livres, de forma construtiva, em contacto com a natureza.

Promove também a interação, o convívio entre os vários participantes nestas tarefas, que muitas vezes se ajudam entre si e com as respetivas famílias.

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

Ganha a Sociedade globalmente.

Os terrenos são limpos de mato e sujidade, evitando o abandono, a negligência, sem que para isso as entidades autárquicas tenham que intervir.

Evitam-se e previnem-se hipotéticos fogos.

Favorece-se a infiltração das águas pluviais, retendo-as, deste modo não escorrendo tão repentinamente quando chove e infiltrando-se o líquido nos solos. Abastece os aquíferos e evita também a erosão.

Diminui-se o circuito de distribuição e todo o gasto energético inerente, pois produtor e consumidor estão no mesmo elo da cadeia produtiva.

Mas o comércio também ganha com esta prática, com esta moda, digamos.

Nas grandes cadeias de supermercados prolifera periodicamente toda a gama de artigos necessários a estas atividades. Desde as sementes e plantas até aos sistemas de rega e recolha da produção, numa parafernália imensa de objetos mais ou menos engenhosos, de modo a ajudar, facilitar e promover a ação do agro urbano.

E algo que normalmente não valorizamos devidamente. Com o plantio de árvores, arbustos e hortícolas, há uma permanente produção de oxigénio, que nos é indispensável à vida.

São um modelo de intervenção cívica, num contexto de urbes em que, muitas vezes, os laços de Cidadania se foram perdendo.

São uma forma de ocupar as pessoas construtivamente, sabendo nós que o trabalho é uma excelente forma de terapia. E que faz imensa falta a muito boa gente que vegeta por aí sem fazer nem querer fazer nada de construtivo!

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

E qual o papel que as entidades autárquicas ou outras podem desempenhar?

Devem ajudar, incentivar, apoiar. Promover, divulgar!

Como? Disponibilizando terrenos, água, conhecimentos, informação… E, porque não, também formação?!

Criando feiras e/ou locais de venda, facilitando o escoamento da produção, que poderá ser excedentária.

Uma outra forma de promover, divulgar e incentivar seria organizando uma espécie de Concurso entre produtores e respetivas hortas, como se faz noutros ramos de atividade. Algo que teria que ser bem estruturado, auscultando previamente os possíveis interessados.

 

E outras Entidades como poderão intervir?!

Por ex. Escolas.

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

As Hortas que visitámos situam-se a norte da Escola Secundária António Gedeão, confinando com a mesma.

Será que na Escola não poderiam ou não serão até já desenvolvidas atividades de intercâmbio?! Visitas de estudo, workshops, troca, partilha de conhecimentos e saberes. Estruturação de ações no âmbito de disciplinas ligadas à Natureza: Ciências Naturais, Geografia?! Ou integradas no contexto da Cidadania: Formação Cívica, Educação para a Cidadania?! Ou outras...

Ou atividades interdisciplinares. Trabalhos de Projeto, por ex.

Note-se que não sei se atualmente ainda existem as Disciplinas mencionadas!

Nas hortas visitadas criaram, nas “divisões/partilhas” de terrenos, um caminho entre sebes de canas entrançadas, que servem de divisórias. Pois esse caminho pedonal é utilizado diariamente por estudantes na ida e vinda das atividade escolares.

Foto de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

Mas e para finalizar.

Realce-se que, embora a intervenção de outras entidades possa ser importante, este movimento tem muito de espontâneo e autónomo! Pelo que convirá ter sempre essa característica em conta nas atitudes e intervenções hipoteticamente a serem feitas!

 

Foto original de D. A. P. L. Junho 2015.jpg

 

Ver também: hortas-urbanas

 

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