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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

XIII Antologia de Poesia do CNAP – Poema: “Pinhão”

Círculo Nacional D’Arte e Poesia

 

Antologia

 

 

Hoje, neste Post Nº 303, divulgamos o Poema “Pinhão”, de Carvalho Marques, de Santarém.

 

 “Pinhão”

 

“Arreganhando os dentes

Cachopas e rapazolas

Salpicam os morros

Que encurralam

As águas

Do rio Douro

 

Eles podam vimes

Eles sacham vinhas

Eles sulfatam bagos

 

As uvas

São o seu ouro

O seu tesouro

 

Tesouro

Douro...”

 

Carvalho Marques, Santarém

 

Vindimadeira In Andarilho de Andanhos.jpeg

 

Ilustramos com uma foto original, cortesia de “Tâmara Júnior”, in blogue: “Andarilho de Andanhos”. Imagem de uma vindimadeira, em azulejo, de J. Oliveira, na estação ferroviária do Pinhão. Numa linha de caminho de ferro que é um Monumento!

 

 

 

Post Comemorativo do 1º Aniversário do Blogue!

1º ANIVERSÁRIO!

Cristo Rei Foto original de DAPL 2015.jpg

Este Blogue faz hoje Um Ano!

No dia 8 de Outubro de 2104 iniciámos este Blogue. Com a ajuda preciosíssima de D.A.P.L.

Por isso mesmo e porque a colaboração tem sido muito preciosa, elaboro este POST comemorativo do 1º Aniversário, com fotos originais de D.A.P.L., dos dias iniciais deste Mês de Outubro!

Ponte 25 Abril Foto original DAPL Out 2015.jpg

 

E fotos de onde?

Precisamente de Almada!

E de Pontes!

Porque um dos objetivos deste Blogue é a criação de Pontes sobre diferentes perspetivas.

Ponte vinte e cinco Abril Foto original de DAPL Ou

 

E de Aquém Tejo

Desta Cidade de Arte e Cultura!

Almada tem paisagens lindíssimas.

Mar visão global Foto original DAPL Out 2015.jpg

 

E tem o Mar!

E, sempre, o Mar!

 

Mar e surfistas Foto original DAPL Out 2015.jpg

E ainda e outra vez, o Mar. E a Costa da Caparica! 

Mar e Costa Caparica Foto original DAPL Out 2015.j

Mas também tem algumas zonas que precisam de recuperação, que tarda há já muitos anos!

Mas onde também nasce Arte! Grafitti

Arte de Rua Foto original DAPL Out 2015.jpg

 

E há Património inestimável que assim se vai perdendo ou em risco de se perder!

Azulejo Arte milenar Foto original DAPL Out 2015.j

 

Mas também tem zonas em que essa recuperação já foi feita. Pelo menos, parcialmente!

Arriba Elevador Ponte Foto original DAPL Out 205.j

ALMADA, tem mais encanto!

E terminando, quero agradecer a todas as Pessoas que têm colaborado comigo, nomeadamente com fotografias. E com quem espero continuar a colaborar brevemente!

E às Pessoas que não colaborando diretamente têm a Paciência para me aturar nesta minha "ocupação", que me rouba tempo à respetiva companhia. Que isto de "alimentar" um blogue, dá trabalho e ocupação de várias horas!

E, este blogue precisa de ser reestruturado!

 

E, por último, mas sem ser em último, um especial agradecimento a todas as Pessoas que têm a amabilidade de visualizar os posts que tenho vindo a publicar. Pois as visitas são um incentivo ao prosseguimento e continuação.

E redobrado agradecimento às Pessoas que fazem comentários e sugestões, que são um incentivo reforçado.

E às Pessoas que têm a paciência de nos seguir, neste trajeto mais ou menos sinuoso, mas diversificado! 

Mar e paredão Foto original de DAPL Out 2015.jpg

 

 E a força do Mar, nestas Fotos originais de D.A.P.L.

 

 

USALMA - Oficina de Cultura - Almada

"Exposição Coletiva dos Estudantes de Artes", da USALMA - Universidade Sénior de Almada,

Exposição da USALMA (2). 2015. Foto de João Flávios. PNG

 

Ontem, quando publiquei o post sobre a "Exposição Coletiva dos Estudantes de Artes", da USALMA - Universidade Sénior de Almada, ficou, desde logo, a probabilidade de o acompanhar com fotos documentais das Obras de Arte expostas.

Essa hipótese torna-se hoje possivel, graças à disponibilidade do Srº João Flávios, que teve a amabilidade de documentar fotograficamente os trabalhos expostos e de me enviar as respetivas fotografias, para que eu estruturasse um post precisamente sobre o evento, com o material fotográfico.

O mérito é totalmente do fotógrafo que escolheu os elementos a fotografar, dando-nos perspetivas globais da Sala e Obras em exposição, proporcionando-nos visões de conjunto e parcelares sobre as diferentes modalidades artísticas dos trabalhos dos Alunos da Universidade Sénior de Almada.

Exposição da USALMA (8) 2015 Foto de João Flávios.PNG

Fica o convite para visitarem a Exposição.

As fotos são um aperitivo para quem ainda não viu e, para quem já visitou, serão uma forma de rever os belos trabalhos que as fotos muito bem documentam.

Exposição da USALMA (1). Trabalhos em fotos. 2015 Foto de João Flávios. PNG

 (Trabalhos de Fotografia)

 

Exposição da USALMA (3). 2015. foto de João Flávios. PNG

 ((Trabalhos de Pintura)

 

 

Exposição da USALMA (4).  2015. Foto de João Flávios PNG

 (Trabalho de Moda)

 

Exposição da USALMA (5). 2015. Foto de João Flávios. PNG

 (Trabalho de Escultura)

 

 

Exposição da USALMA (6). 2015. Foto de João Flávios. PNG

 (Trabalho em Azulejo, comemorativo dos 10 anos da USAlma)

 

 

Exposição da USALMA (7). 2015. Foto de João Flávios. PNG

 

(Trabalhos de Pintura) 

 

Exposição da USALMA (10). 2015. Foto de João Flávios. PNG

 (Trabalhos em Vídeo e Fotografia) 

 

E termino com uma outra imagem de conjunto da Exposição, 

Com o renovado convite a visitarem a Mostra dos excelentes trabalhos dos Alunos séniores.

E também o meu especial agradecimento ao Srº João Flávios, que tão bem documentou o acervo das Obras expostas!

Exposição da USALMA (9). 2015. foto de João Flávios. PNG

 OBRIGADO a todos os Artistas!

 

Visitem também: Almada Usalma Exposicão de Artes

Numa Cidade sem Tempo...

 

Numa Cidade sem Tempo

                         Com(Templo)!

 

Contemplo o branco!

Sempre a brancura das paredes a povoar-nos a Memória.

Ressequida a paisagem: tons castanho, creme, ocres, amarelos

De quando em vez, uns verdes (lapsos de pintor)

Vermelhos (lembranças de lutas, de conquistas, violências).

Transversais barras riscam o branco da monocromia:

- Margens dum espaço de rodapé colorido.

 

E o horizonte… a perder de vista!

Sem limite, a terra nos marca o Destino

Nos espraia sem (ha)ver praia.

É ponto de partida e de chegada.

 

Por aqui ficaram muitos Povos

Perderam-se nas searas, na terra fértil.

E sendo perecíveis as sementes, morrendo e nascendo cada ano…

Quiseram intemporizar-se nas paredes, nas pedras que ergueram.

Cantaram hinos em mármores e granitos!

Que o Pão nos sustenta, mas todos-os-dias

Se come, se dorme e… se morre um pouco.

Levantaram-se colunas, menhires erguidos proclamaram

Louvores à Fertilidade, à Deusa – Terra (Mãe – Fecunda)!

E ao Homem, agente transformador (Fecundante!)

E Templos e Igrejas, aos Deuses

Sublimação dos homens, cristalização dos Ideais. Apenas!

Que os Deuses nunca existiram, Além da Imaginação

                                                                            Dos Homens.

 

Nem sem ela, o Céu e o Olimpo.

 

Ficaram as folhas de acanto, petrificadas, nos capitéis coríntios.

 

Em linguagem marmorificada, dizem-nos: 

“ – Antes de os homens existirem à face da Terra

Mesmo antes de a terra o ser

Já nós éramos.

Éramos muito antes do Antes.

Somos muito antes mesmo de serem o que são, as folhas que somos.

Muito antes das Plantas.

Existimos muito antes de nos chamarem o que nos chamam.

 

Só muito Depois vieram os homens.

E vieram muitos e depois muitos mais por nós passaram, até que nos chamassem.

Pedras nos chamaram, calhaus, pedregulhos, pedra rija e outros nomes…

Que esquecemos.

Até que nos dignificaram, chamando-nos mármores.

E Sempre por nós passaram, por muitos e muitos Tempos, os Elementos em nós

Permanecendo imutáveis. Intemporais.

Até que há pouquíssimo tempo passaram uns Homens, de certeza dados à Poesia

Que em nós viram plantas, flores ou somente eles próprios, ou partes suas

Ou as suas partes sublimadas.

E, sendo eles mortais, temporais como as plantas

Quiseram simplesmente eternizar-se, eternizando-se, transformando-se-nos.

 

E, eis-nos contemplando a Cidade dos Homens, deste alto, infinitamente intemporais

Marcando num curto espaço das nossas vidas, como Pedras, a precaridade da vida dos homens

De número tão infinitos, mas tão finitos de Tempo.

 

E os homens, mesmo os que Homens foram, continuaram passando.

 

Chegados e partidos!

 

E nós aqui estamos em capitéis coríntios, sobre colunas graníticas

Formando o Templo.

Sustentando o Céu, que sobre nós se ergue!”

 

E, nesta cidade crescida das lavouras

Do rasgar do ventre criador pelos arados

Dos campos ondulantes de trigais

(Ilusão de mares balouçados pelos ventos)

Lembra-me outra cidade… minguada de terras

Sem arados nem trigais, mas com excesso de águas

Navegando na laguna, transbordando por ciclos.

Afundando-se no berço em que nasceu e prosperou.

 

(Nos Lóios, em painéis de azulejos

Essa arte sublime de portugueses

Corre a vida de Lourenço

Patriarca – santo de Veneza.)

 

Contraste com esta cidade que contemplo

Sempre minguada de águas e terras a perder de vista.

 

Em ambas, a marca do tempo nos lembra

A precaridade da Existência.

 

Se uma se afunda lentamente

O mar fazendo ondas no chão da Catedral

A corrosão do ar salgado leprosando os calcários…

Nesta, não falarei de monumentos construídos, destruídos, reconstruídos…

Lembrarei somente esse macabro achado:

Revestida de ossos, a Capela assim chamada

Nos situa no presente – futuro que recalcamos.

 

E que dizer das praças?!

Nas mais belas praças, lugar de Homens

O sol num céu azul

A luz ferindo a vista

Reflete-se do branco das paredes…

No centro, gotejando, a água das fontes

Corre pura e cristalina.

 

Se na do Geraldo a fonte, de perfeita

“Bien merece ser coronada”.

Na de Moura, um globo, o Mundo

Distribui com parcimónia a água

Pelos quatro pontos cardeais.

 

E por que corrermos mais

Se nesta cidade se resume

A nossa condição maior de Portugueses

O nosso orgulho de Humanidade?

 

Nesta cidade com Templo

De colunas e capitéis coríntios

Não sustentando teto ou abóboda

Erguido apenas ao Sol e à Lua

Coberto de manto azul durante o dia

Ou céu estrelado pela noite…

 

(Exceto quando chove ou está Encoberto

Que nestas pequenas cousas reside

A nossa condição de humanos.

E, nas pequenas coisas do dia-a-dia

Também há muita Poesia!)

 

… Nesta Cidade, dizia…

Ficamos contemplando o Templo

Desenhado sobre fundo branco

E Céu azul.

Esquecido o tempo.

Nesta Cidade sem Tempo!

 

 

 

Escrito em 1987.

Publicado em “Poiesis” – Volume VIII, Editorial Minerva, Dez. 2002.

 

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