Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
“Quase todos aguentam a adversidade. Mas se querem testar o caráter de um homem, deem-lhe o poder!”
Abraam Lincoln
Este pensamento serviu de “leit motiv” deste episódio.
Parabéns, Birgitte! Adeus Birgitte!
Parabéns!
Parabéns, em primeiro lugar à RTP2, por ter transmitido esta excelente série europeia e mais especificamente dinamarquesa.
Trouxe-nos outras perspetivas da realidade e da realidade política.
Uma visão construtiva da Política. A repetição foi bem pensada. Até organizada de modo a que o episódio das eleições na ficção, coincidisse com o dia das eleições reais em Portugal. Só terá sido pena, que os nossos políticos, tão assoberbados com as lides partidárias, não tivessem podido ver, porque fazia-lhes tanta, mas tanta falta, que visualizassem esta série.
Bem, que hoje em dia, quase ninguém precisa de ficar condicionado aos programas e horários das televisões, para ver as séries. Poucas pessoas estão dependentes desses condicionalismos.
Por isso, e para bem de nós todos, eles ainda a irão visualizar, nomeadamente este episódio final!
Só lhes fará bem!
E tanta falta lhes faz!
Parabéns, Birgitte Nyborg!
“Eu tenho o Poder. Agora!”, afirmou.
Com 13 deputados, em 180 (?) consegue condicionar a formação de governo. Consegue contar até 90.
Só no Reino da Dinamarca! Mas que dá lição de Democracia. Democracia avançada!
Saber negociar, criar consensos e acordos, promover o diálogo e a concertação, exercício e defesa da cidadania; estruturar princípios básicos para apoiar a governação do 1º Ministro: Política económica responsável, Defesa do Estado Social, Identidade Verde, Integração de imigrantes, …
Exercício do poder político em coligação, construída após as eleições e conhecidos os resultados eleitorais, mas defendendo os princípios por que vinha lutando.
Abdicar da oferta do cargo de 1º Ministro, para apoiar e fazer parte de um governo, em que pretende pastas fundamentais: para si, Ministério dos Negócios Estrangeiros, propor também a Justiça e Economia, para membros do seu partido.
“Acho que fiz o melhor pelo meu País!”
É para o País, para o Povo, para os Cidadãos, que os Políticos devem trabalhar.
Independentemente dos partidos a que pertencem.
E esta é a grande lição que esta série nos transmite!
E eu que, quando delineei a estrutura ideativa deste blogue, quase há um ano, que me mentalizara que, em princípio, não falaria da dita cuja, política.
Mas não me posso abstrair, ignorar a vida da “Pólis”, na “Cidade”, de pôr em prática o conceito de CIDADANIA.
Daí, quer quisesse ou não à partida, a realidade e a interação com essa mesma realidade, leva-me à abordagem de situações ligadas à Política, porque estão ligadas à Vida e ao nosso dia-a-dia!
E a forma que muitas vezes encontro para tratar esses temas, de uma forma mais distanciada, é abordá-los sob o ponto de vista dos filmes, da ficção!
Estranho, não?!
Mas, por vezes, e cada vez mais com a comunicação interativa, ficção e realidade estão entrosadas, para o bem e para o mal.
E o Poder que têm os Media!
Assim, e novamente, volto a Borgen, apesar de ontem não ter visto o episódio desta reposição da série. Vira o de oito dias antes. E na 1ª transmissão dos episódios, vi-os quase todos. Nesta reposição vejo quando me é possível, e ontem não o vi.
Sobre esta série escrevi alguns posts, que refiro aqui! E aqui!
A personagem principal é Birgitte Nyborg.
E que falta nos fazia termos assim alguém na Política.
Alguém que defenda Valores Humanistas, Ideais de Liberdade, os Direitos Humanos, que trabalhe para as Pessoas e não em função de si mesma, que defenda e lute por Valores Altruístas, que defenda os valores do seu próprio país e não esteja à mercê dos interesses de outros.
Que saiba negociar.
Que saiba criar acordos, mesmo não governando com maioria, muito menos com maioria absoluta. Porque não é preciso ter necessariamente maioria absoluta para se poder governar. E muito menos é conveniente.
Porque é preciso saber equacionar, criar acordos de convergência com outros partidos, até porque em variados campos é mesmo necessário haver um amplo consenso. Saber criar consensos. Discutir ideias e ideais, orientar-se por Princípios, num mundo em constante mudança.
Saber e aprender a sentir o pulsar das Pessoas, dos Cidadãos.
Relevar o papel da Mulher na sociedade e na política.
Atender a causas fracturantes, defender a integração das comunidades imigrantes.
Saber dizer não à demagogia do lucro fácil.
Respeito pelo Ambiente. Procura de soluções alternativas no campo da energia.
Saber e poder dizer não à ditadura dos mercados financeiros, que controlam a economia e a política. Porque na Europa, e se na União Europeia se quiser, isso é possível.
Participar na construção de um União Europeia mais solidária.
Nesta série, o enredo ficcional entrosa-se regularmente com a própria realidade. O que se passa no filme, assemelha-se ou enreda-se na própria realidade.
Sendo que na série, e pela primeira vez na Dinamarca, uma mulher ascendia ao cargo de 1ºMinistro, tendo a visualização do seriado passado em 2010, no ano de 2011, e de facto e pela primeira vez na realidade, uma mulher passou a exercer esse cargo na política dinamarquesa, a célebre Helle Thorning-Schmidt, que algumas dores de cabeça terá provocado em Michelle, com já referi em post anterior.
Mas deixemos essa cusquices tão peculiares nas duas jornalistas loiras, só loiras, da televisão dinamarquesa, uma delas, agora, é spin-doctor de Birgitte e do seu novo partido, “Novos Democratas”.
E que falta nos fazia termos uma política e um partido assim!
E o papel dos media?! E como eles controlam e determinam a opinião pública?! Sabendo que eles têm dono. “His master voice”!
Respeito pelas Pessoas, nomeadamente por quem trabalha,
Tratar as pessoas com Dignidade, nomeadamente quem já trabalhou e deu o melhor ao seu País.
Trabalhar na Política para o País, para os Cidadãos, para as Pessoas e não em função dos seus partidários e da sua pessoa, não ao compadrio e jogos de interesses.
Altruísmo! Trabalhar politicamente para os Outros e não para si próprio e amigos do partido.
Penalizar o capital e não tirar a quem já pouco tem. Que os lucros da Banca têm sempre crescido exponencialmente e comparativamente com o empobrecimento de quem trabalha e, na base da sociedade, sustenta a pirâmide socio económica.
Não à corrupção, ao nepotismo.
Atenção ao Ambiente, Educação, Integração, atenção às minorias.
Consciencialização e conscientização de que Cidadania assenta em Direitos, mas também em Deveres, de Todos, de todos os Cidadãos!
E com este enumerar de princípios, estratégias, conceitos, e sei lá mais o quê, onde, em que partido os vou encaixar?!
Sabendo que a candidata Birgitte Nyborg não irá dirigir nenhum dos futuros governos em Portugal?!
E estas ideias desarrumadas, como se uma “tempestade mental” integrassem, reportam-se todas ao ideário da mencionada protagonista, da série supracitada, ou algumas serão minhas, que as coloquei como se fossem da líder partidária?!
Bem, tantas perguntas e só preciso de colocar uma cruzinha.