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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Balanço: Reflexão sobre conteúdo do Blogue

O Balanço em que me balanço

Balança Altura 2016 Foto original DAPL.jpg

 

Uma Reflexão sobre o Conteúdo do Blogue

 

Para todos os efeitos este blogue fez dois anos, no dia 8 de Outubro.

 

Goste-se ou não, eu aprecio fazer uma síntese do trabalho, sim, porque é disso que se trata, fazer um resumo do que se desenvolveu. Talvez deformação profissional.

 

Começámos este blogue, como uma forma de comunicar e de dar a conhecer o que escrevia e havia escrito e queria, pretendia, deixar registado online, neste novo suporte comunicacional.

 

À partida, não percebia nada deste mundo dos blogues e só o iniciei, porque tive ajuda providencial, de Alguém, tão amadora quanto eu, mas já com um pouco mais de experiência, que neste universo, os jovens sabem mais que os mais velhos.

Atualmente pouco mais percebo, mas tenho consciência de que evolui positivamente e isso pode ser observado na estruturação do blogue.

 

E, pronto! Cá estamos. Já há dois anos!

 

Em 2014, iniciei o 1º post, propriamente dito, temático, precisamente com uma crónica sobre “Cante e Poesia”, tal como já mencionei.

Cante e Poesia voltaram a ser notícia aqui, por diversas vezes. E continuarão.

 

Aliás, a Poesia era um dos temas que previra publicar, à partida. A minha, a que já tinha divulgada em suporte de papel e dispersa, que assim transferia para um enquadramento digital. Continuei neste caminho por algum tempo, ainda o não conclui, em breve tornarei a ele.

 

Também publiquei de confrades, amigos, conhecidos ou não, e penso continuar.

 

Divulguei Eventos Poéticos e Culturais, de várias Associações e Entidades a que pertenço ou que estimo e julgo pertinente dar a conhecer. Continuarei. Tenho vários temas planeados.

 

Também dei a conhecer Poesia inédita e não esqueci os Grandes, os Poetas e Poetisas consagrados, que aprecio. Irei voltando, periodicamente.

 

Divulguei Antologias, especialmente aquelas em que participei. Prosseguirei.

 

Publiquei Poesia Tradicional Popular. Cantigas e modas de outros tempos. Irei continuando a coligir diretamente junto das Fontes, enquanto elas brotarem água. Sempre límpida, fresca e cristalina.

 

Tenho dado especial relevância aos eventos que não são noticiados nos media nacionais, que preferem divulgar aquilo que nós sabemos, que enche o olho daquilo que a gente sabe, mas que neste blogue não se diz, não se fala, não se comenta.

 

Igualmente registei online a Prosa que tinha já escrita, alguma publicada, outra não.

Dei a conhecer muita prosa inédita.

 

Enveredei por um caminho, à partida não previsto: a escrita sobre Séries. Não tenho dúvidas, fiz uma contabilização sumária, e este é o assunto que tem sido mais tratado. Para isso muito contribuiu o retorno positivo que fui tendo, a partir de “Borgen”.

É indubitavelmente o tema que observo ser o mais apreciado.

Posts sobre séries são os mais visualizados.

Por aqui têm passado narrações sobre algumas séries emblemáticas, e outros programas apresentados na RTP2.

Além da já destacada “Borgen”, outras por aqui assentaram arraiais, de vários países europeus e uma americana.

A Herança”, “A Família krupp”, “Fortitude”, “The Bletchley Circle”, “Les Engrenages”, “Uma Aldeia Francesa”, “Hospital Real”, “O Códice”, “El Príncipe”, “Gomorra”; “Mad Men”.

Junto o útil ao agradável. Gosto de ver séries, algumas.

Aprecio escrever ou reescrever sobre elas, dando algum toque pessoal sobre a narrativa, que transformo em narração, seguindo o aforismo de que “quem conta um conto…”

E, como qualquer pessoa, aprecio a gratificação de um feed-back positivo. Também são os temas mais comentados.

 

(Cabe aqui uma nota, quando referi “pessoa”, também poderia dizer “animal”, porque os animais também gostam de ser gratificados, não apenas os humanos! E esse é muitas vezes o seu estigma. Que é através dessa “gratificação” que se tornam escravos. Animais e animais humanos!

E, aqui, estou numa recorrência minha: transfiro habitualmente para comentários aparte, relativos à vida real!)

 

Também tenho aqui abordado sobre os animais, num contexto de Cidadania.

Cidadania e Cultura têm sido temáticas sempre subjacentes.

 

E nesse contexto e nesse enquadramento, também tenho abordado sobre “Política” e sobre “politiquices”.

A internet e os blogues permitem colocar-nos em interação com o MUNDO em que vivemos e, por vezes, há que aproveitar, construtivamente, essa oportunidade.

 

O Futebol, o seu lado social, também não tem sido esquecido, especialmente quando se trata da Seleção Nacional e/ou do Benfica.

O Desporto, em geral, também tem sido referido, não tanto quanto deveria.

Por ex. não abordei o desempenho notável dos nossos atletas paralímpicos, que são um exemplo e orgulho de todos nós.

Aproveito, agora, para lhes dar os meus sinceros parabéns. Mas vale tarde que nunca! (Esta minha mania dos provérbios…)

 

Também tenho abordado sobre Cinema e Ciclos de Cinema. Realço os Ciclos de Cinema Brasileiro, Italiano, Católico, que constam da programação do Fórum Romeu Correia – Almada.

(Almada, Aldeia, Portalegre, Lisboa, também, são localidades em realce neste espaço comunicacional. Alentejo, sempre!)

 

Tenho plena consciência que este não é um blogue da moda, nem de moda, com toda a relevância que esta última tem.

Rege-se, regula-se, estrutura-se, por modos e tempos, talvez um pouco fora de modas. Não importa. Existe. Não ofende ninguém. Procura fazer o melhor.

Que gostaria que tivesse um pouco mais de evidência? Pois, quem não gostaria?!

Que fosse, por vezes, mais realçado? Pois quem não gosta?!

Tem tido uma “produção”, relativamente regular, isso é um facto. Produzir 440 posts em 731 dias, penso que não é mau! E são textos, temas, enquadramentos, estruturações, habitualmente bastante trabalhados! Não o omito. Trabalho o que escrevo e publico. Habitualmente reflito e não divulgo imediatamente, a quente. “ O travesseiro…”. Gosto muito de aforismos, consciente que são “senso comum”. Mas o “conhecimento científico”, também é tão falível, por vezes e tantas vezes…

Perco-me ou acho-me, muitas vezes, em divagações. Concordo!

Também acho que a “Equipa Sapo” se distrai muito. Sem ofensa!

Nestes mais de quatrocentos trabalhos publicados, apenas houve dois destacados!

E o primeiro ocorreu na sequência de terem destacado um post que plagiava descaradamente um outro meu sobre o mesmo tema “Borgen”, tendo omitido o que eu escrevera anteriormente.

Distração! Só assim posso classificar.

Mais tarde, bastante mais tarde, destacaram o post sobre “8 e 1/2”, de Fellini. Mas, sem ofensa, friso, e sem pretensiosismos, tenho abordado tanto sobre Cinema e Séries, algumas vezes de forma bastante original, diga-se.

Mas adiante. Reconheço que a minha leitura nem sempre será fácil e será preciso tempo e paciência.

Mas também é verdade que já a minha Avó dizia, que isto “mais vale ter graça que ser engraçado”. (E, ele com a mania, dir-me-á.)

 

E aqui estou presente e perante uma das minhas atitudes quando escrevo e publico. Não me coíbo de criticar, de opinar livremente. Sem ofender!  

 

Também reconheço que escrevo muito, demasiado, para este tempo, sem tempo para leituras e devaneios. É tudo muito efémero, muito rápido: fast-food, gadget!

 

Também as “Leituras” por aqui têm marcado presença.

 

E, com tudo isto, já tenho um texto enorme!

 

E, finalmente, publico este texto. Que já passaram mais de oito dias sobre a data natalícia do blogue.

 

Obrigado pela sua atenção. E até breve!

 

Nota Final: Foto original de D.A.P.L. - 2016)

 

“Tempo de Poesia” - António Gedeão

“TEMPO de POESIA”

 

Hoje, resolvo divulgar, no Blogue, um POEMA, de um Grande POETA. Talvez um pouco esquecido, como é apanágio dos POETAS - ANTÓNIO GEDEÃO. É a primeira vez que publico um Poema de um Poeta Consagrado e não é um aproveitamento dessa consagração.

Trata-se de um “Dia Especial” e este Poeta, paralelamente com Outros, José Régio, por ex., é um dos meus preferidos.

Daí ter decidido relembrar este POEMA e este POETA, hoje!

Amanhã, talvez lembre também Alguém consagrado.

Talvez!

No ano transato, neste mesmo dia, resolvi questionar: " As Árvores também têm História?!"

 

Segue-se, então, o POEMA!

 

 

“Tempo de poesia”

 

“Todo o tempo é de poesia.

 

Desde a névoa da manhã

à névoa do outro dia.

 

Desde a quentura do ventre

à frigidez da agonia.

 

Todo o tempo é de poesia.

 

Entre bombas que deflagram.

Corolas que se desdobam.

Corpos que em sangue soçobram.

Vidas que a amar se consagram.

 

Sob a cúpula sombria

das mãos que pedem vingança.

Sob o arco da aliança

da celeste alegoria.

 

Todo o tempo é de poesia.

 

Desde a arrumação do caos

à confusão da harmonia.”

 

In: Gedeão, António. “Poesias Completas”, (1956 – 1967). Livraria Sá da Costa Editora (Nona edição), 1983. Lisboa.

“Movimento Perpétuo” - 1956

 

Ilustro com uma foto original de D.A.P.L., de 2015.

Foto original DAPL Parque Gulbenkian. 2015.jpg

 

"Desde a arrumação do caos / à confusão da harmonia."

 

 Vários Poemas deste Autor foram musicados e cantados. Consulte Aqui!

(Tenho pena de não ter conseguido a versão de Duarte Mendes, no album "Fala do Homem Nascido") 

XIII Antologia de Poesia do CNAP – Poema: “Que deleite os teus lábios ternos”

Círculo Nacional D'Arte e Poesia

 

Antologia

 

Continuo com a divulgação, no Blogue, das Poesias publicadas na Antologia.

Neste Post Nº 317, a Poesia que abre a Antologia. Sem título, realcei-a pelo primeiro verso, “Que deleite os teus lábios ternos...”, como é costume nestes casos. Da autoria de Adelaide de Freitas, de Porto da Cruz, Madeira.

Com esta Poesia, sendo a primeira da Antologia, e sendo a última a ser divulgada online, acaba por ficar também em primeiro lugar na estrutura do Blogue.

Através dos links que coloco em cada um dos posts apresentados é possível navegar em toda a Antologia e ficar a conhecer pelo menos um dos Poemas, de cada um dos Antologiados.

E, igualmente, espraiar-se também pelas diversas temáticas versadas no Blogue.

Segue-se o Poema:

 

 

“Que deleite os teus lábios ternos

Salteando o meu corpo trémulo

Pelo choque delirante do amor

Que invade o meu corpo nu

 

Que delícia a tua nudez na minha

O teu suor a seduzir-me até à loucura

Com a tua língua lambes os meus seios

Caindo nas profundezas de doces prazeres

 

Que sabor doce, salgado, místico

Que brota das minhas loucas emoções

Onde me estendo ao comprido

No vaivém deste sonho lindo”

 

Adelaide de Freitas, Porto da Cruz (Madeira)

 

 

maja in. pt.wikipedia.org..jpg

 

Resolvi ilustrar este Poema com a reprodução de uma Pintura célebre de um Génio desta Arte, GOYA, de que já apresentei reproduções no Blogue, respeitantes à série “Hospital Real.

Com as ilustrações pretendo sempre valorizar ainda mais os textos. O que julgo terá acontecido sempre.

Qualquer reparo que alguém tenha a fazer, agradeço que me dê conhecimento, se fizer favor!

Não sei se ainda voltarei a apresentar um último post sobre a Antologia...

Aguardemos a minha disponibilidade!

XIII Antologia de Poesia do CNAP – Poema: “Para o Paul”

Círculo Nacional D’Arte e Poesia

 

Antologia

 

Neste Post Nº 316, volto a divulgar mais uma Poesia da Antologia. A última vez que publicara Poesia desta XIII Antologia, fora a 06/02/16, no Post Nº 308. Entretanto publiquei sobre outros temas ou estive alguns dias sem editar posts.

Hoje divulgo “Para o Paul”, Poesia de Ana Maria Gonçalves Cardoso Maguire, de Lisboa.

 

“Para o Paul”

 

“Vi-te no outro lado da mesa

Rodeado por cores do arco íris

Um instante, um momento

O meu destino, a minha sina.

 

Eu não queria sucumbir

Ao teu olhar, à tua

Invisível sensualidade,

Beber aquele elixir primordial.

 

Perguntaste quem eu era,

Mas, como não podia responder

Aos teus olhos penetrando

A minha alma,

Eu só disse donde é que vinha.

 

Tu seguiste a minha vontade

Para alcançares o meu ser

Gelado, magoado.

Eu enterneci-me e aceitei

O tocar do teu amor.”

 

 

Ana Maria Gonçalves Cardoso Maguire, Lisboa

 

Ilustro com uma reprodução de uma Pintura de Sonia Delaunay, sugestionando “... cores do arco íris...”

 

Sonia Delaunay in constantcircles.com

 

 

 

“A AMENDOEIRA na história da arte e dos jardins”

CASA da CERCA – CENTRO de ARTE CONTEMPORÂNEA – ALMADA

03/02/2016 – 4ª Feira – 18h 30’

 

Emília Ferreira – Sónia Francisco

Amendoeira  Foto oroginal DAPL 2015. jpeg

 

Realizou-se este evento cultural, subordinado à temática referida, na pretérita quarta-feira. Como designá-lo? Palestra? Debate? Colóquio? Conferência? Bate papo?! Troca de impressões e ideias?...

Penso que foi um pouco de tudo, um encontro de ideias versando esta singular Árvore, sobre que já aqui apresentei dois posts, documentados com originais fotografias de D.A.P.L., 2015.

 

Amendoeira Foto original DAPL 2015. jpeg

 

Havia simultaneamente dois acontecimentos culturais que me interessavam, como é comum em Almada. Além do já referido, também um colóquio sobre um Escritor Almadense, esse na Sala Pablo Neruda, no Fórum Romeu Correia.

 

As palestrantes abordaram a origem da árvore, enquanto espécie cultivada, remontando a 3000 anos A.C., coincidindo com o início da agricultura. Silvestre, existiria desde 8000 anos A.C.

Foram encontradas amêndoas no túmulo de Tutankhamon, 1325 anos A.C. Egípcios, gregos e romanos cultivaram-na.

Foi introduzida em Portugal pelos Árabes, quando invadiram a Península, 700 D.C.

 

E, aqui, não podia faltar a célebre “Lenda das Amendoeiras Floridas” e da princesa Gilda. Uma promessa de florir, de renascer, “Epifania da Primavera”, que a amendoeira é a primeira árvore a florescer! E, deste modo, anuncia um novo ciclo de Vida! E produz um fruto que pode ser guardado e comido ao longo de todo o ano.

 

Amendoeira Foto original DAPL 2015.jpg

 

Também houve um reportar para a simbologia da planta, “Promessa de Beleza, Símbolo da Ressurreição!” “Símbolo da Virgem Maria” e “modelo da Menorah!”. Citações de versículos bíblicos, “Êxodo: 25: 33 – 34; 37: 19 – 20; Números: 17: 1 – 8; Génesis: 43:11”.

 

Documentaram a apresentação com imagens e fotografias, algumas de desenhos que fazem parte do acervo da “Casa da Cerca”.

Reportaram para a utilização tradicional em pintura, de que se produziam cores, tintas, a partir das raízes, das folhas, das cascas e de como a resina pode ser usada na estruturação dos pigmentos, em substituição da goma-arábica.

 

A polinização é cruzada, realizada predominantemente por insetos.

E, para mim, uma grande novidade, há uma correlação direta entre a cor da flor e o tipo de amêndoas. As amendoeiras de flores brancas produzem amêndoas doces, as de flores rosa presenteiam-nos com amêndoas amargas.

As amargas têm na sua composição cianeto de hidrogénio. E comidas numa certa quantidade podem ser fatais. Só que elas são amargas precisamente por isso, para afastarem qualquer comilão desprevenido.

Mas são usadas em culinária!... Porque, combinados com os açucares, os elementos nocivos perdem a sua toxicidade. Que até Rasputine, não resistindo a doces de amêndoa, conseguiu resistir aos efeitos do veneno!

Esta componente tóxica também existe nas sementes das ameixas, pêssegos, cerejas, damascos, maçãs...

 

(O amargor será aviso sobre essa toxicidade?, questiono eu, agora.)

 

E foi assim...Também um reportar para a Literatura policial, Agatha Christie e “Sperkling Cyanide”; para a mitologia grega, a lenda de Demofonte e Phyllis; para a Pintura, as estampas japonesas. (“Na pintura japonesa não há efeito de sombra, porque a pintura é uma evocação da memória, e na memória não há sombras.”)

E também Van Gogh...

 

E, para terminar, uma outra forma de Arte: a Culinária, e a imagem de uma tarte de amêndoa. Pena não ter sido experienciada!

 

Ao longo do ano de 2016 haverá outros colóquios.

 

Preste atenção à “AGENDA ALMADA”!

Amendoeira  Foto original DAPL.jpeg

 

E documento o post com fotografias originais de D.A.P.L., de uma célebre Amendoeira, que até tem a sua história contada neste blogue!

Amendoeira  Foto original DAPL 2015.jpeg

 

Este post é também uma forma de voltar a expor as fotos da Amendoeira, agora numa “dimensão média”, contrariamente ao que fazia há um ano atrás. Que foi algo que aprendi, do que estou sempre a aprender, desde que opero neste “Mundo dos Blogues”.

 

Amendoeira Foto original DAPL.jpg

 

XIII Antologia de Poesia do CNAP – Poema: “Pinhão”

Círculo Nacional D’Arte e Poesia

 

Antologia

 

 

Hoje, neste Post Nº 303, divulgamos o Poema “Pinhão”, de Carvalho Marques, de Santarém.

 

 “Pinhão”

 

“Arreganhando os dentes

Cachopas e rapazolas

Salpicam os morros

Que encurralam

As águas

Do rio Douro

 

Eles podam vimes

Eles sacham vinhas

Eles sulfatam bagos

 

As uvas

São o seu ouro

O seu tesouro

 

Tesouro

Douro...”

 

Carvalho Marques, Santarém

 

Vindimadeira In Andarilho de Andanhos.jpeg

 

Ilustramos com uma foto original, cortesia de “Tâmara Júnior”, in blogue: “Andarilho de Andanhos”. Imagem de uma vindimadeira, em azulejo, de J. Oliveira, na estação ferroviária do Pinhão. Numa linha de caminho de ferro que é um Monumento!

 

 

 

XIII Antologia de Poesia do C. N. A. P. – Poema: “Dedicado a meu pai”

Círculo Nacional D’Arte e Poesia

 

Antologia

 

Neste Post Nº 301, divulgamos o Poema “Dedicado a meu pai”, de Clara Ribeiro Pacheco, de Esperança (Arronches).

 

“Dedicado a meu pai”

 

“Se eu contar não acreditam

Aquilo que fiz na vida

Alguns ainda criticam

Andei sempre em dura vida

 

Querendo ser o primeiro

Em qualquer ocasião

Nas searas vi molheiro

E nos montes fui ganhão

 

Limpei chaparros bem altos

Por vezes vertigens tinha

As sopas iam sem caldo

Pouca sorte foi a minha

 

Varejei muita bolota

Para os porcos engordar

Pensando na paparoca

Para nada nos faltar

 

Tirei a casca aos sobreiros

Era às na profissão

Ensinei aos cavalheiros

Filhos dessa geração

 

A foice, de a manobrar

Os meus dedos aleijou

A enxada, de cavar

Muitos calos me deixou

 

Também fui guarda florestal

Trabalho bastante astuto

Havia cada “pardal”

Que me fazia de tudo

 

Eu fui mestre de lagar

Trabalho muito exigente

Anos a fio sem parar

Fazendo azeite “prá” gente

 

Do trabalho tenho a vida cheia

Deu-me Deus este condão

Não deixo por mão alheia

A minha vida de escrivão

 

Sou poeta, grande vida

Poeta por vocação

Deixo a minha obra escrita

Escrita pela minha mão”

 

 

Clara Ribeiro Pacheco, Esperança (Arronches)

 

Sobreiro descortiçado In. charcofrio.blogspot.com

 

Ilustra-se com uma reprodução de uma pintura de Dórdio Gomes, pintor natural de Arraiolos

(In: charcofrio.blogspot.com)

 

É sempre uma demonstração do nosso Amor Filial, a Homenagem que possamos prestar aos nossos Pais!

 

 

 

XIII Antologia de Poesia do CNAP – “Poema (incompleto)… do Amor”

Círculo Nacional D’Arte e Poesia

 

Antologia

 

Ponto Prévio: Interrompemos a divulgação de Poesia da “Nossa” Antologia, para abordarmos um “tema quente”, que nos diz respeito a Todos, enquanto Cidadãos, embora possamos ter opiniões diversas, mas com Direito a expô-las, que é por isso que vivemos em Democracia. E também porque a “internet”, permite-nos precisamente usar essa Liberdade de Expressão de forma universal, procurando sempre respeitar a Liberdade dos Outros.

 

Mas, hoje, neste Post Nº 278, divulgamos, novamente, Poesia.

 

Damos a conhecer, ao Mundo de Internautas, o Poema intitulado: “Poema (incompleto)… do Amor”, de José Narciso, de Trafaria.

 

 

Poema (incompleto)… do Amor

 

O Amor… é um doce condão

…é um olhar que brilha

Na diferença da rotina

… é um cheiro inesquecível

De uma mensagem divina

É um sonho vivo

Eterno enquanto dura

O Amor é… música de embalar

Numa prenda de natal

É a entrega dos corpos

No dar as mãos ao ventre

É um coração aconchegado

No crescimento por dentro

O Amor é… Um solidário beijo

Na palavra de um poeta

É sensualidade e ternura

Sentimento e loucura

O Amor é… a lágrima da felicidade

Como o sol que nos ilumina

O Amor… É a lua que cura a ferida

No caminho para o Amor…

 

Jnarciso

 

O AMOR É UMA CAUSA MAIOR!!

 

MANDELA, UM EXEMPLO DE AMOR A UMA CAUSA…!!

 

 

José Narciso, Trafaria

 

Os Poemas deste antologiado estão ambos ilustrados com sugestivos e originais desenhos do próprio. Não me sendo possível digitalizá-los, apresento uma reprodução de um Cartão de A. P. B. P.., de “…prenda de natal…”.

Pai Natal. Cartão de natal de A.P.B.P. Caldas da Rainha jpg

 

Caso o Autor me venha a disponibilizar um original, em suporte digital, terei muito gosto em divulgá-lo neste blogue “aquem-tejo...

 

 

 

"A Família Krupp" - Série Alemã na RTP2 - Reposição

Família Krupp In media.rtp.pt.jpg

Numa prática comum na RTP2, volta este canal televisivo a repor uma Série Europeia de excelente qualidade. Neste caso:

A Família krupp" - Série Alemã na RTP 2 -Teil I.

Como habitualmente, são retransmitidos os episódios já passados, na primeira transmissão, semanalmente, e que nesta série supracitada, ocorrerram em Outubro transacto. Na reposição, ocorrem ao domingo à noite.

Já assim aconteceu com "Borgen" e recentemente com "Os Influentes". Ambas, excelentes séries, diga-se.

Sobre Borgen, escrevi alguns textos. Aliás, foi com esta série que me comecei a entusiamar na escrita sobre séries.

O "retorno positivo", através das observações, visualizações e ocorrências mais ou menos caricatas, motivou-me a escrever sobre o que observava nos episódios dos seriados.  

Sobre a Família Krupp voltei a rever, com muitíssimo agrado, o 1º episódio. Para o que escrevi na altura da primeira transmissão, remeto para o link que apresentei anteriormente, especificamente sobre o 1º episódio (Teil I).

E também para um 2º post que também escrevi sobre o tema.

Irei tentar rever ou ver os episódios seguintes, pois não sei bem se a mini série se constituiu com 3  ou 4 episódios. Pois não tive oportunidade de ver tudo.

Aguardemos os próximos...

Vou prestar ainda mais atenção à Música, que acompanha a narrativa. Superior, a forma como ela, a Música, conduz a narração, o enredo, acompanha as personagens, acentua os momentos chaves, nos envolve no contar da História e no narrar dos acontecimentos! E nos leva, como que nos embala até à leitura do genérico final.Nos seduz e nos prende! Soberba!

Também magistral a forma como a "narradora", Berta Krupp, nos vai conduzindo pelas suas memórias, entre o "presente" da ação, 1957, e o passado, desde 1901. Em épocas cruciais da Alemanha, da Europa e do Mundo. Tragicamente cruciais!

XIII Antologia de Poesia do CNAP – Poema: “Sejamos Felizes!”

Círculo Nacional D’Arte e Poesia

 

Antologia

 

Hoje, neste Post nº 262, o primeiro após o Natal, continuo a divulgar poesias publicadas na 13ª Antologia de Poesia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, 2015.

Damos a conhecer a Poesia “Sejamos Felizes!”, de Maria Cotovia (Vila Nova da Rainha).

 

Sejamos Felizes!”

 

“Meu amigo se queres saber a verdade

sobe comigo ao alto da montanha

onde uma paz e ternura nos invade

e a felicidade em nós se entranha…

 

A resposta, meu amigo, trá-la o vento

que atravessa todos os continentes

sem amarras nem grilhetas, só um portento

a que ninguém consegue por correntes…

 

Só o vento é mais livre que tudo na terra

e leva as sementes para terreno fértil,

e depois nasce a beleza que a natura encerra

e a verdade se reflete no regato subtil!

 

E a felicidade está nos frondosos amieiros

que ladeiam o rio que corre sem parar,

a felicidade está em ver no pasto cordeiros

e as mães paradas e embevecidas a olhar!”

 

Maria Cotovia, Vila Nova da Rainha

 Listen!

Ovelhas pastando no Vale Foto original DAPL 2014

 

Ilustramos também com uma fotografia original de D.A.P.L., de um rebanho no "Vale", na Aldeia, 2014.

Leia, também, SFF!

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