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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Ramalhete de Questões: o 1º de 2021!

Há muito sem comentar algumas das ocorrências dos últimos tempos.

Sobre que discorrer?!

Bonfim Serra. Foto Original. 2021. 01. 08. jpg

As eleições presidenciais? Os respetivos debates? Os orçamentos dos candidatos? Que acho um desperdício a colocação de cartazes para irem apodrecendo nos “fora de portas / outdoors”, passados meses? Que o Vitorino até se revela bem sensato no meio dos outros todos? Que não seriam precisos tantos candidatos, mas que até ganham uma certa graça estes duelos de personalidades?

 

O aumento dos casos de Covid nos últimos dias? A possível correlação entre estes aumentos e o desregramento nas festas natalícias e subsequentes festejos de ano novo? As medidas quase sempre reativas das nossas governanças? As agora anunciadas, que não acrescentam nada de novo, mas mantêm as escolas em funcionamento? Percebemos o porquê, pois como seria fechar escolas e os reflexos nas vidas dos progenitores e encarregados de educação dos alunos? E irão conseguir manter o respetivo funcionamento?! E o frio e janelas abertas?!

 

Abordar o caso do magistrado indicado para um cargo europeu e as incongruências associadas a essa nomeação? Manifestar a minha surpresa de como é possível que os nossos governantes e dirigentes achem que este país é um quintal da respetiva casa, onde podem colher laranjas a seu bel prazer? (Falo em laranjas, porque agora é o que mais abunda. Mas podiam ser nêsperas!)

 

Congratular-me com o início da vacinação? Desejar que continue sendo progressivamente alargada a todas as pessoas? Almejar o respetivo alcance aos recantos mais pobres de todos os países? Realçar o facto de que, com ajuda mútua, os povos conseguem encontrar soluções construtivas para a Humanidade, em tempo recorde? Admirar-me que tivesse pegado a moda de que, para serem vacinados num braço, seja necessário despirem-se da cintura para cima?! Imaginem se fosse numa nádega!

 

Escrever sobre o que se passou recentemente nos EUA? Que provaram do veneno de terem colocado um louco a dirigir os destinos da nação?! Que deveriam erradicá-lo da cadeira do poder, ainda antes do final do mandato? Antes que faça mais algum disparate? Que, aplicando a Lei, o deveriam submeter a julgamento?

 

Que me congratulo com o acordo entre EU e Reino Unido sobre a saída dos britânicos da União Europeia?? Que, todavia, considero o Brexit um ato de puro egoísmo dos ditos cujos?

 

E sobre que mais discorrer?! Haverá mais, mas, por agora, fico por aqui.

 

E por aqui, referir que hoje, apesar do frio, demos uma valente caminhada, percorrendo desde o “Boi D’Água” até ao Bonfim. O meu Pai dizia que fizemos uma “tapada”, pois concretizámos uma volta, a modos que circular, contornando todo um espaço territorial. “Matámos Saudades”, pois passámos junto às nossas Escolas!

Bom Fim Foto Original. 2021. 01. 08. jpg

Até próximo postal! E Excelente Ano de 2021 com muita Saúde!

Um Postal de Natal?!

APBP. Digitalização árvore natal 5.jpg

Casos Mediáticos!

 

Ao iniciar este postal, dirijo-me a Si, que terá a amabilidade de ler este texto. E desejo-lhe um excelente Dia de Natal!

 

Neste Dia, apesar da sua singularidade, não quero deixar de comentar algumas situações que nos têm chamado a atenção.

 

O caso da chacina na Herdade de Torre Bela – Azambuja. Um crime, sem qualificação possível. E não adianta extrapolar para as situações diárias em que o Ser Humano abate outros seres vivos, que é um facto a pensar também, mas o enquadramento, as finalidades, as motivações, os contextos são diferentes.

Na Torrebela foram centenas de assassinatos, fúteis, grotescos, sem qualquer justificativo.

A Herdade já noticiou não ter tido qualquer responsabilidade. Que também quer que os prevaricadores sejam punidos. E quem são eles?! A empresa ou empresas organizadoras? Os matadores? Também se irão descartar?! As armas dispararam sozinhas?!

Em última instância, ainda terão sido os indefesos animais que se puseram a jeito, frente à mira das espingardas…

Esperemos que haja investigação conclusiva e que o crime seja devidamente categorizado e os responsáveis / criminosos castigados.

 

Outro caso, para atenção dos promotores e defensores do Brexit. As intermináveis filas de camiões, à beira do túnel da Mancha. Bem sei que o motivo imediato da situação não foi o Brexit. Até parece que afinal chegaram a um acordo. Mas é situação que pode vir a ocorrer novamente, perante esta ou outra situação.

A interdependência entre povos, países, estados, nações, culturas, é irreversível. A existência de uma Europa Unida, de grandes espaços globais, é uma necessidade.

A demagogia dos populistas é um perigo à Paz dos Povos!

A União Europeia precisa ser repensada por Estadistas de visão alargada, precisa! Mas faz sentido a existência de um grande espaço de Paz na Europa. E no Mundo.

 

Um caso mais trivial. Em noite de Consoada, foi inevitável o comando da TV parar no “Big Brother”. (Estava sem óculos, por estar com máscara.) Mas… aquele pessoal, as várias famílias dos concorrentes não estariam todos excessivamente desconfinados?!

E a TVI a promover esses comportamentos.

E com as novas possibilidades tecnológicas de retroceder na programação, também houve oportunidade de rever aquela cena da Vaca no Presépio, na Casa da Dita Cuja. Ridículo!

 

E, nós?! Estaríamos também devidamente confinados e respeitando as normas de distanciamento social e de higiene exigidas?!

 

E para terminar… e novamente.

Um Excelente Dia de Natal! Festas Felizes! Muita Saúde para todos.

E muito especialmente para Si, Caro/a Leitor/a, que teve a amabilidade e paciência de concluir este texto. Bem Haja!

(Digitalização de Árvore de Natal. Obrigado APBP.)

Reino Unido: “Brexit”

 “British Exit”

Britânicos fora??!!!!!!!

 

 

Introdução: 

«E, se o Reino Unido decidir democraticamente, através da auscultação dos seus “súbditos”, deixar de pertencer à União Europeia, que consequências daí advirão? Nomeada e especialmente para a União Europeia.

 (...) 

E independentemente dessa saída ou qualquer outra entrada, a União Europeia, a Europa Unida, sob este modelo vigente ou outro, é uma realidade com prazo de validade? Mais ou menos curto?!

É uma estrutura organizativa que, mais tarde ou mais cedo, se “desmoronará”?

Ou, apesar de todas as contrariedades, este modelo de organização e estruturação da EUROPA continuará vigente ainda por várias gerações?

...»

 

Reino Unido in. nwproduction.se.jpg

 

Desenvolvimento:

Estas foram algumas das questões que coloquei em posts anteriores quando falei sobre a hipotética saída do Reino Unido da União Europeia.

Inicialmente abordara essa eventualidade em post de 29/02/16: “Reino Unido: Europa – Sim /Não”.

Posteriormente, a propósito do futebol e do “Euro”, delinei alguma abordagem ao mesmo assunto.

Agora, após o 23 de Junho, a decisão maioritária dos eleitores do Reino foi precisamente a de saírem da União Europeia.

 

As possíveis consequências estarão no domínio dos deuses.

Algumas verificaram-se de imediato, nos reflexos nas “Bolsas”, nos designados “Mercados financeiros” e provavelmente também nos de mercadorias, bens e serviços.

E, mais importante, nas Pessoas, sob múltiplos aspetos, nomeadamente: nas atitudes, nos comportamentos, e até nos sentimentos...

Vivemos num Mundo Globalizado, interligado, interconectado e, quer se goste ou não, uma decisão destas afeta e continuará a afetar a nível mundial. Esperemos que maioritariamente para o Bem!

 

A livre circulação de mercadorias, sem entraves alfandegários, nem pautas aduaneiras, é, per si, uma vantagem para as economias.

 

A livre circulação de pessoas, abre novas, diversas e enriquecedoras perspetivas a todos os Seres Humanos. Sejam essas oportunidades devidamente aproveitadas, num sentido de Paz e entreajuda recíproca e ganham todas as Sociedades, as presentes e as futuras.

 

A circulação livre de capitais deveria ter permitido um maior e melhor desenvolvimento, reduzindo assimetrias, entre povos, nações, estados e países. E dentro de cada Estado, entre os diversos Cidadãos, entre os vários estratos populacionais.

Deveria!

Isto é, se o Capital, nomeadamente o financeiro, estivesse aos serviço das Pessoas, da maioria das pessoas e não de uma pequena minoria que gravita nessa bolha financeira, nesse casulo onde se enclausuram, nas mordomias dos lucros e dividendos, uma casta de privilegiados, que ignoram a miséria que vai grassando a todos os níveis, enquanto eles se enfastiam de dinheiro virtual e usufruem de benesses e bem-estar desproporcionado.

 

Mas têm sido esses senhores da finança que têm determinado o afundamento progressivo das economias limítrofes tornando-as cada vez mais marginais e dependentes.

Dependentes de um suposto Mercado Livre (?), que não passa de uma teia intrincada de poderes “coloniais” que decidem e manipulam os destinos de milhões de pessoas, subalternizadas aos milhões do “vil metal”.

E muitos desses decisores de destinos e Destinos estão sediados onde?

Apenas em Bruxelas?

A “City” é, de si e per si, o maior centro financeiro europeu.

 

E que têm feito os políticos que é suposto defenderem os interesses dos seus Povos, que os elegeram, não apenas para usufruírem das benesses e mordomias de eurocratas?

Que têm feito os políticos?

 

Atente-se, e voltando ao “Brexit”, que segundo li, este referendo britânico resultou de uma promessa que Cameron havia feito aos seus eleitores que referendaria a permanência do Reino Unido na União, caso fosse eleito.

Pasme-se!

 

Algo que ninguém pedira, que não era premente nem necessário, que ele, pelos vistos cumpridor de promessas, levou ao terreno. Não defendendo a saída, porquê tal promessa?

E quem foi ao terreno, ao tapete, foi o próprio. Que perdendo, abandona o barco, não dando seguimento ao que começou!

Pasmo ainda maior!

 

Com políticos assim, quem precisa de políticos?!

 

Que a saída do Reino Unido pode e deve ser aproveitada, pelos que ficaram, para “darem uma volta” ao funcionamento da União. Que bem precisa!

No sentido de haver uma maior Equidade entre todos e cada um.

 

Voltando ainda ao referendo...

Atente-se nos resultados:

72,2% de participação.

51,9% pela saída da União = 17.410.742 votantes.

48,1% pela permanência = 16.241.141 votantes.

 

Observa-se uma grande divisão no País, melhor, no Reino. Com amplas regiões a defenderem, maioritariamente, a permanência: a “Grande Londres”; a Escócia e a Irlanda do Norte, ambas com processos separatistas; as zonas de Liverpool e Manchester.

 

Como, com que critérios, (com que Ética, se a Ética ainda existe!) implantar um processo destes tão complexo, a quase metade da população que não concorda?!

Num certo sentido acaba por ser uma imposição forçada, aparentemente maioritária, uma vez que não se considera quem não votou.

 

Um dos fatores por que se bateram os defensores da saída foi a Imigração.

Estranha esta postura num País tão marcado pela multiculturalidade, resultado do seu passado colonial, de potência ultramarina, com territórios espalhados pelos cinco continentes.

E que eles próprios têm um passado de cinco séculos de Emigração, para a América, para a Ásia, para a África, para a Oceânia.

Que após a II grande guerra, e as descolonizações sucessivas, chegou a vez de receberem as gentes de torna-viagem, das antigas colónias.

Para além do contexto de globalização hiperbolizada nas últimas décadas, pelo bom e pelo mau sentido, a que a ação do Reino Unido também não foi alheia.

E haverá melhor espelho dessa multiculturalidade e multirracialidade que é a própria seleção de Inglaterra, nessa montra da Globalização que é o Euro de Futebol?!

 

E observando, agora, o aparente ou factual não-sentido do referendo, ocorre-me questionar:

 

- Faz algum sentido referendar questões tão complexas, com tantas implicações como esta?!

 

- Não será suposto que questões assim sejam debatidas nos locais de representação do Povo, nas Assembleias próprias e específicas onde é suposto (é suposto!) estarem as personalidades, as pessoas, os sujeitos, os cidadãos mais preparados e avalizados para tais fins?

(Bem sei que os políticos que temos são o que são, os interesses que os movem são os que sabemos... Mas...)

 

Mas...

- Acha que é fácil traduzir escolha tão complexa, num simples sim ou não, a ser apenso num boletim de voto, em que se marca uma cruz em diagonal, sobre a opção escolhida?

 

- É possível, todas e cada uma das pessoas potencialmente e de facto votantes, terem percebido, compreendido devidamente e em toda a sua dimensão o que se lhes propunha votarem?

 

-Acha que um tema com tantas implicações e cambiantes, será exequível de ser consciencializado, em todas elas, por todos e cada um dos votantes?!

Haverá uma plena consciencialização de todo o processo?

Não votarão as pessoas por clichés mais ou menos reducionistas, de uma realidade que é só e apenas a sua realidade meramente pessoal?!

 

(Mas, dir-me-á: Mas isso é mais ou menos o que se verifica na maioria dos atos eleitorais!

Só que nas eleições não referendais, delega-se noutras pessoas, supostamente mais capacitadas.

Supostamente, friso!)

 

E não falei nos aspetos Políticos, no bom sentido, Culturais, Sociais, de Progresso e Desenvolvimento que podem ser associados à União dos Povos Europeus, tão heterogéneos, culturalmente tão diversos e diversificados, apesar de todas as contrariedades e constrangimentos e de um passado de séculos de guerras fratricidas, conseguiram nestes últimos cinquenta anos, construir um modelo de entendimento e União, falível e incompleto, é certo, talvez desviado dos seus princípios e objetivos principais, mas que era importante continuar e melhorar no seu funcionamento.

Não destruí-lo.

E neste papel e neste caminho o Reino Unido tinha e tem o seu papel de conjunto como Povo Europeu.

 

Sim, que eu tenho os meus arrebites relativamente à Inglaterra, que algum dia explicarei, mas estou plenamente ciente do seu legado ao Mundo e ao Mundo Europeu, a todos os níveis.

No Passado, no Presente e na importância de construção do Futuro!

E, por isso, não vejo com bons olhos este abalar, abandonar, que julgo ser um retrocesso civilizacional!

Como também não vejo nada com bons olhos essa quase certa eleição desse figurão cheio de bago, para candidato republicano nos E.U.A., cujo primeiro nome é o dum Pato célebre, que não tem culpa nenhuma.

 

Preocupa-me tanto “reality – show”!

 

E será que faz sentido publicar este texto?!

England, Exit! – Englexit!

Inglaterra – 1 Islândia - 2

 

A Inglaterra que nunca aderiu ao Euro, moeda, preferindo a sua Libra esterlina...

Após ter votado maioritariamente a sua saída da União Europeia e arrastando a Escócia e a Irlanda do Norte, concretizando o designado “Brexit”.

 

Foi ela, agora, afastada do Euro, mas do futebol.

Graças à Equipa da Islândia!

 

in. diariodigital.sapo.pt.jpg

 

Para quem, em jeito de despeito e vedetismos, tenha menorizado esta Equipa, mire-se nela.

Jogar como equipa!

Não há ali vedetas.

Há uma floresta móvel, na defesa; um guarda-redes, que cumpre meritoriamente a sua função e atacantes que não largam a bola; aliás todos os jogadores procuram a bola e marcam os jogadores que lhes competem. Não desistem, não se acanham, ninguém está à espera que lhe mandem o esférico!

 

Como disse, não há estrelas!

Até no nome! Todos têm aqueles nomes esquisitíssimos, quase tão impronunciáveis como o do tal famigerado vulcão que, há alguns anos, provocou o encerramento de muitos aeroportos do Norte da Europa...

Todavia, não sei se todos os nomes, mas muitos deles têm o sufixo, “son”. Terá o mesmo significado que em inglês?!

 

Tenha ou não, quem lhes estará a chamar “son” of “qualquer coisa”, serão os adeptos ingleses.

Mas acalmem-se. Quiseram o “Brexit”, agora têm o “Englexit”!

Bye, Bye, England!

 

Parabéns Islândia! Parabéns a toda a Equipa!

 

Falta ali muita coisa, no jogo, no plantel, na estratégia, na tática, eu sei lá?!

Pois claro que falta.

Mas essa parte cabe mencionar, a quem sabe do assunto muito mais que eu!

 

Que apenas quis dar os meus parabéns a esta Equipa humilde, mas aguerrida, batalhadora, persistente, trabalhadora, motivada!

"Congratulations"!

E espelhem-se nela!

Portugal - Croácia

Allons enfants de la Patrie!”

 

“E este é também o apelo aos jogadores em França, para o embate com a Croácia. Que também não posso deixar de relacionar com essa realidade. Que melhor seria que as disputas entre povos se resumissem aos jogos, ao desporto em geral. Que este ano também é de Jogos Olímpicos e lembremo-nos como agiam os antigos gregos!”

Escrevera eu, ontem, no último post, sobre o episódio 12, da  6ª Temporada, da série “Uma Aldeia Francesa”.

 

E os atletas, apesar do apelo, desenvolveram um jogo frouxo e murcho, sem brilho nem chama, durante o tempo regulamentar. Apenas no final da segunda parte do prolongamento atingiram o fulgor próprio de um embate tira teimas. Ganhar ou perder!

 

E, numa jogada fulgurante da juventude, Renato Sanches, que arrancou do meio campo do adversário, coadjuvada pela experiência, por Nani e com Ronaldo na ala direita a acompanhá-lo, posicionando-se para o golo, (sempre à coca do golo!), Renato passou-lhe a bola, o ídolo rematou com a força e destreza conhecidas, a inteligência e a estética marcantes, a rasar o obstáculo - guardião, direcionando o esférico em diagonal à baliza, não fora a bola desviada por esse mesmo entrave, como era seu dever, o guarda-redes!

Mas há destinos e Destinos e nesta jogada, breve e mágica e feliz de equipa, surgiu o temperamental Quaresma, pela ala esquerda, correndo para estar no local certo, no momento exato e numa cabeçada instintiva, oportuna e sábia, colocou o esférico, onde ele mais almeja estar: dentro da baliza.

E, nesse momento mágico e glorioso, Quaresma passou a “Semana Santa” da fase de grupos; o “Calvário” dos empates e deu-nos, a todos, um “Domingo de Páscoa”! Mesmo sendo sábado!

 

Portugal in. maisfutebol.iol.pt. jpg

 

Vivam todos, sem exceção!

Que é em jogadas de equipa bem direcionada que se ganham os jogos! Por mais destacados que individualmente uns sejam relativamente a outros.

 

E, agora a Polónia!

Estudem a dinâmica da equipa, pontos fortes e fracos, estratégias e táticas, unam-se num objetivo comum e ganhem o jogo!

(Sugestões de quem nada sabe do assunto.)

 

E sobre a equipa da Croácia?

 

Que dizer daquele jogador chamado “Vida”, com várias oportunidades perdidas?

Que nível de frustração não terá sentido!

Calculo que o respetivo nome não tenha o mesmo significado que em português, mas será caso para mencionar...

Que dizer ao “Vida”, senão que: Raio e azar de vida!

Parabéns também à equipa.

 

E não posso também deixar de comentar o resultado do jogo entre o “País dos Galos”, melhor, “de Gales”, que até tem direito a Príncipe, o “de Charles”, e a Irlanda do Norte.

Num autogolo, um jogador irlandês, do norte, diga-se, deu a vitória ao “Principado” de Sua Majestade!

Teria sido o choque do Br – Exit? Britânicos, fora?!

Que na Irlanda do Norte e na Escócia até votaram maioritariamente pela permanência.

Não sei. Ignoro.

E, já agora, volto a insistir. Sendo um Reino Unido, porque apresentar-se, no desporto, pelos vistos não apenas nesse campo, assim dividido?!

Porque não só e apenas uma seleção do Reino, (real)mente unido?!

 

E, para finalizar e relativamente à nossa equipa, reforço o apelo:

Allons enfants de la Patrie!”

O Reino Unido pondera a possibilidade de sair da União Europeia!

Reino Unido: Europa – Sim / Não

map of United Kingdom in google maps.png

 

Esta tem sido uma informação recentemente veiculada pela Comunicação Social, referindo nomeadamente que esta situação será colocada como referendo ao povo britânico, a 23 de Junho, deste ano de 2016.

 

Referem também que o 1º Ministro britânico, David Cameron, conseguiu um “acordo com os 27 parceiros europeus que garante ao país um estatuto especial dentro da União” no sentido de reforçar essa permanência. Também têm sido mencionados alguns dos “notáveis” britânicos que defendem essa saída, nomeadamente membros do governo atual, contrariamente à posição do 1º Ministro britânico, que defende a permanência na União.

Esta situação suscita muitas questões, algumas colocadas nos media.

 

Sobre o Acordo...

Este refere-se fundamentalmente a questões de funcionamento interno no Reino Unido ou também na forma como esse Estado se relaciona com os outros Estados, no contexto da União?

E favorece esse Estado e desfavorece os outros? Ou mantem-nos todos em pé de igualdade?

E foi “negociado” com todos os outros 27 Estados membros ou preferencialmente apenas com os “principais”?

 

Sobre o Reino Unido:

Será que o Reino Unido alguma vez esteve de “alma e coração” na União Europeia?!

Note-se que este Estado/País não aderiu nem à Zona Euro, a moeda continua sendo a libra esterlina, nem integra o Espaço Schengen.

 

Aliás, o Reino Unido, globalmente sempre se terá considerado um pouco além da Europa, diga-se do Continente, já que sempre se consideraram como as “Ilhas”.

 

Quando se fala de Reino Unido temos que esclarecer que este é o termo para designar o Estado constituído pela Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte e mais umas quantas Ilhas no Mar do Norte e no Canal da Mancha, com estatuto especial.

Que no que respeita a este Estado há sempre muitas particularidades, nomeadamente o facto de ser uma monarquia, o que desde logo determina haver questões do Estado e questões da Coroa. Mesmo territorialmente!

E ainda vários territórios ultramarinos, espalhados pelo Mundo, resquícios do famoso Império Britânico, British Empire, como sejam as Ilhas Malvinas / Falkland Islands, Gibraltar, etc, etc, são mais de uma dezena, que esse Império se espalhava por todos os Continentes e Oceanos.

 

Isabel I in wikipedia.jpg

 

E este é um dos aspetos que sempre ressalta, quando se fala deste Estado/Reino.

Senhor de um Império assente no domínio dos mares e com territórios nos cinco continentes, que foi iniciado com Isabel I, na segunda metade do século XVI, se estruturou no século XVII e consolidou no século XVIII, tornando-se hegemónico no século XIX, ainda preponderante na primeira metade do século XX, mas que se extinguiu após a II Grande Guerra, com a independência das várias colónias na Ásia e na África.

Ficaram contudo múltiplos territórios espalhados pelos cinco continentes, como “remanescentes” desse Império, e que fazem parte desse Reino Unido.

Ficou também a organização intergovernamental designada “Commonwealth” que engloba 53 estados independentes como países membros, na quase totalidade pertencentes ao antigo Império.

E essa matriz identitária de detentores e integrantes de um Império tem condicionado a visão britânica do Mundo, no contexto da sua relação com outros Estados e Povos.

 

Estado possuidor de um grande poderio económico e financeiro, ainda atualmente. A “City” é o maior centro financeiro da Europa.

O Reino Unido sempre sentiu que contribuiria talvez demais para a Comunidade e pouco ganharia em troca.

Contudo gostaria de realçar um facto, que li há alguns anos, sobre a questão das verbas obtidas pelos agricultores europeus, na sequência das medidas de financiamento à agricultura, atribuídas à data em função das áreas dos terrenos.

Pois sabem quem era a Personalidade na Europa que mais recebia segundo esse critério?!

Pois, precisamente, a Rainha de Inglaterra!

 

E penso que estes têm sido alguns dos aspetos que, à partida, e de algum modo funcionando como marcos e preconceitos identitários, têm definido a adesão do Reino Unido, primeiro à Comunidade Europeia, 1973, e, posteriormente, à integração, sempre limitada e condicionada, na União.

 

Para além destes aspetos, ressalto também as idiossincrasias próprias dos britânicos. Circulação rodoviária pela esquerda, adesão tardia ao sistema decimal, tanto no dinheiro, como nas medidas e pesos, sistema métrico. Penso que a aceitação do sistema decimal terá sido na sequência da adesão à CEE, já na década de setenta do século XX.

 

Muitos destes aspetos são de natureza essencialmente cultural, mas condicionantes do relacionamento britânico com os europeus do Continente.

 

Como se diz em linguagem corrente, “sempre com um pé dentro e outro fora”.

 

(Que existem outros contextos em que os britânicos gostam de usufruir de estatutos especiais. Veja-se no futebol, não sei se em todos os desportos. Os britânicos têm representações da Inglaterra, da Escócia, do País de Gales, da Irlanda do Norte. Não sei se também das Ilhas de Jersey e de Guernsey!

Imaginam a Espanha a ter representações da Catalunha, do País Basco? ... Das Ilhas Baleares... Era um bailado flamenco!)

 

Atualmente com as “Crises” instaladas, o melhor será abandonar o barco?! ...

(Reporto-me especificamente à “Crise financeira e económica” e nomeadamente à “Crise dos Refugiados”.)

 

Mas gostaria de questionar:

Qual o papel que o Reino Unido terá tido no despoletar dessas mesmas Crises?

 

No respeitante à “Crise Financeira”, qual o desempenho que terão tido os decisores e “manipuladores de decisões”, sejam eles Bancos ou “Agências do que quer que seja”, instalados na sua “City”?!

 

No referente aos milhares e milhares de Refugiados, fugindo às Guerras do Médio Oriente.

 

Que papel terá tido o Reino Unido, primeiro, enquanto potência imperial, na sequência da I Grande Guerra (1914 – 18), na forma como, juntamente com a França, potências vencedoras, “dividiram” entre si o Médio Oriente em zonas de influência, criando Estados desconectados da realidade cultural da região, sem respeitarem o anseio de povos e nações culturalmente autónomas?

Basta atentar-se nas fronteiras desses Estados e reparar como foram traçadas “a régua e esquadro”. (Aliás, o mesmo se verifica em África, frise-se.)

 

Em segundo lugar, e após o finalizar da II Grande Guerra (1939 – 1945), o modo como essa região continuou a ser determinada e estruturada territorialmente pelas potências vencedoras, neste caso já não apenas as mencionadas, mas igualmente os E.U.A. e a U.R.S.S.?

 

E qual o papel das empresas petrolíferas e financeiras, a elas interligadas, em todas as contínuas Guerras travadas na região, desde então?

 

E qual o papel do Reino Unido na invasão do Iraque, em 2003, na busca das célebres armas químicas, ao tempo de Tony Blair?

 

Todas estas situações e decisões e mais as que desconheço e/ou não refiro e omito, estão na base da constante e contínua instabilidade do Médio Oriente. Agravadas nestes últimos anos pela Guerra na Síria, que é paradigmática sob todos estes aspetos.

 

 E que papel do Reino Unido em todas estas situações? Repito!

 

Tantas perguntas... Tantas questões... Tantas dúvidas... E tão incompleta esta análise...

(Dir-se-á que nesta minha limitada análise também perpassam alguns preconceitos sobre os “britânicos/ingleses”. Talvez... Talvez um dia escreva sobre isso...)

 

E ainda...

 

E, se o Reino Unido decidir democraticamente, através da auscultação dos seus “súbditos”, deixar de pertencer à União Europeia, que consequências daí advirão? Nomeada e especialmente para a União Europeia.

 

E ainda outra questão.

 

E independentemente dessa saída ou qualquer outra entrada, a União Europeia, a Europa Unida, sob este modelo vigente ou outro, é uma realidade com prazo de validade? Mais ou menos curto?!

É uma estrutura organizativa que, mais tarde ou mais cedo, se “desmoronará”?

Ou, apesar de todas as contrariedades, este modelo de organização e estruturação da EUROPA continuará vigente ainda por várias gerações?

 

Penso que, infelizmente, a situação de “desmoronamento” será a que ocorrerá, mais tarde ou mais cedo. Embora não seja esta a situação que eu desejaria que acontecesse. No Mundo existem espaços territoriais tão ou mais vastos que a Europa que constituem Estados únicos, caso precisamente dos Estados Unidos (E.U.A./U.S.A.) e, ainda mais paradigmático, a China, em que para além da extensão territorial tem uma enorme diversidade cultural (racial, étnica, religiosa, linguística,...). Mas forma uma unidade de Estado, há séculos! A Índia também.

 

E termino, por hoje, estas minhas reflexões, “extraordinárias”, neste dia também extraordinário: 29 de Fevereiro, de 2016. Ano bissexto. Ano de Jogos Olímpicos!

No Rio de Janeiro, Brasil, também um Estado Federal, de grande extensão territorial e grande diversidade cultural, embora com uma matriz quase única na Língua, aliás como os E. U. A. / U.S.A.

 

europa in pt.wikipedia.org..jpg

 

É claro que tenho plena consciência que, na Europa há muitas, muitas outras questões que nos separam.

Lembremos que os Povos Europeus têm passado os últimos dois mil anos em constantes e permanentes guerras entre si!

E Visionários e Idealistas como os Políticos Sábios que delinearam e iniciaram a “Construção Europeia já não existem.

Atualmente apenas conta o Deve e o Haver!

E, nestas coisas de dinheiro, mesmo os irmãos mais irmãos...

Veja também S.F.F.

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