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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Cultura, Cidadania: Defesa e Salvaguarda do Meio Ambiente

«Oeiras “declara guerra” às beatas dos cigarros.»

 

Cito parte de uma notícia veiculada por “MSN – Notícias / Notícias ao Minuto”, de Patrícia Martins Carvalho, de há 2 dias, portanto, de 2 de Abril, remetendo também para o respetivo link. (Sublinho que, nos excertos da notícia, os realces a negrito são de minha autoria.)

 

Porque este é um tema, assunto, problemática, que, por variadas vezes e a diferentes pretextos, tenho trazido a este blogue:

A importância da “Defesa e Salvaguarda do Meio Ambiente” e do desrespeito constante que alguns cidadãos por ele manifestam na sua vida quotidiana.

(Digo alguns, mas, se calhar e, infelizmente, a palavra a usar seria outra: muitos.)

 

beatas no chão Notícias ao Minuto.jpg

 

«Durante o verão é normal ver-se nas praias do concelho de Oeiras várias iniciativas a alertar os veraneantes para os cuidados a ter relativamente às beatas dos cigarros. Agora, desde janeiro deste ano, a autarquia decidiu investir ainda mais na consciencialização para a “atitude cívica e ambiental incorreta” que é a de deitar as beatas dos cigarros para o chão.

...

Brevemente a União de Freguesias irá replicar o modelo de vaso/cinzeiro para distribuir pelos estabelecimentos de restauração e outras entidades locais onde se verifique uma maior concentração destes resíduos”, adiantou a assessora autárquica.

Nesta senda, e sempre com meio ambiente como maior preocupação, a Câmara tem várias outras campanha em curso, como sendo a “sensibilização para a remoção de dejetos caninos na via pública, a correta separação e deposição de resíduos urbanos, a utilização do Número Verde 800 201 205 (gratuito) para solicitar a recolha de resíduos volumosos, as pragas urbanas (lagarta do pinheiro, escaravelho da palmeira, pombos, ratos e baratas), as boas práticas com os animais de companhia em meio urbano e a qualidade ambiental das zonas balneares”.»

 

*******

 

Estas são medidas que estão presentes nas práticas e preocupações das Entidades Autárquicas que conheço. Todas as Câmaras, cujos concelhos frequento, desenvolvem ações neste sentido, na salvaguarda e defesa do Meio Ambiente.

 

Onde eu encontro falha na execução dessas práticas é entre muitos cidadãos, que, no seu dia-a-dia, não agem em conformidade.

Que atuam como se das suas portas para fora e para além dos vidros do seu carro, o Mundo fosse um enorme caixote de lixo!

 

Há ou não contentores para o lixo indiferenciado?

Então, porque tanto lixo espalhado pelas nossas cidades?

 

Existem ou não contentores para lixos específicos: Papelão, Vidro, Embalagens?

Então, porque tanta gente deixa tudo de qualquer maneira, em qualquer lado, nas cidades, vilas e aldeias, atirando sacos de tudo e mais alguma coisa pelos becos das povoações e espaços dos nossos campos, que para algumas pessoas funcionam como uma verdadeira lixeira a céu aberto?

 

E que dizer dos montes de roupas abandonadas em qualquer local, quando há por aí variados recipientes para o efeito; diversas Instituições recebem roupa, calçado e brinquedos e, nalgumas localidades, até há empresas a recolher de porta à porta?

E os monos e tralhas atiradas para o pinhal? Para a floresta, para a ribanceira, para o rio e ribeira? (Quando a maioria das Câmaras tem serviços de recolha!)

 

E os dejetos caninos, que não se pode andar livremente nos passeios e mal se sai dos prédios, temos logo que ver onde colocar os pés?!

(E não é por falta de sensibilização da Câmara, nem falta de sacos plásticos e recipientes próprios. Que a Câmara não tem obrigação, só o faz porque muito boa e má gente não tem os cuidados devidos.)

 

E quem acaba por pagar as despesas que as Câmaras fazem pela falta de cuidado e civismo dessa boa e má gente?

Quem paga?

Quem paga os impostos, todos os dias, em todos os atos de consumo diário no IVA e em todos os outros impostos que pagamos periodicamente, com que são financiadas as Instituições Públicas?!

 

E o crime hediondo dos fogos postos?

 

E quantas beatas mal apagadas são lançadas dos carros para a estrada, saltitando, ainda acesas, para a berma, incandescendo as valetas em pleno verão?

Quem não viu já esse saltitar da ponta do cigarro, ainda tremeluzindo, de noite, na auto-estrada, atirado da janela de carros a alta velocidade?

E quem não presenciou já o efeito dessa ação negligente ou propositada, nos sinais de terras queimadas logo a partir do alcatrão?

Infelizmente, é o que mais observamos todos os anos!

 

E essa ação pretensamente sábia dos que, não sabendo o que fazer ao dinheiro, o gastam na compra de alimentos embalados para alimentarem os pombos, verdadeira praga de ratos voadores; para abastecerem baratas e ratazanas, achando que desenvolvem uma nobre causa, que estarão a alimentar gatos e cães abandonados?! (Quando estão somente a contribuir para a propagação de pragas e doenças.)

Bem que podiam financiar Instituições que procuram tratar devidamente dos animais e que vivem com muitas dificuldades.

 

Bem, vamos terminar, que a conversa já vai longa.

Frisando que são de louvar as campanhas das Câmaras e das Juntas de Freguesias.

 

Mas é de suprema importância que os Cidadãos tenham atitudes cívicas. Nomeada e relativamente ao Meio Ambiente!

Que todos ganhamos com isso.

E os nossos filhos e filhas merecem que lhes deixemos uma Terra onde possam viver mais felizes e com melhor qualidade de vida!

 

CÍRCULO NACIONAL D’ARTE E POESIA

Ponto Prévio:

Uma das temáticas deste blog é a divulgação de Poesia. Até ao momento, apenas ainda divulguei poemas meus e quase todos já publicados noutros suportes.

Outro tema é a divulgação de eventos e/ou instituições culturais que, devido aos condicionalismos da nossa Cultura, são injustamente pouco conhecidos, mas que cumprem um papel muito importante na realização de atividades culturais e contribuem de uma forma muito eficaz para o exercício de uma cidadania ativa para muitos Homens e Mulheres deste País.

Dentro destas duas premissas, cabe-nos hoje dar a conhecer o:

 

CÍRCULO NACIONAL D’ARTE E POESIA

CNAP.jpg

O CÍRCULO NACIONAL D’ARTE E POESIA é uma Associação de caráter cultural fundada em 1989, por escritura lavrada a 7 de Julho. É, portanto, uma instituição que já fez vinte e cinco anos.

 

Esta associação, cuja fundação se deve à iniciativa de Maria Olívia Diniz Sampaio, que ao longo destes anos tem sido sempre a sua Presidente e, sem exagero, a sua verdadeira Alma, surgiu da necessidade sentida de dar voz aos poetas que guardavam os seus poemas nas gavetas, não os publicando e aos pintores e outos artistas que nunca expunham os seus trabalhos.

Razões mais do que suficientes para a concretização deste Projeto que viu luz há um quarto de século e que teve na sua génese mais nove sócios fundadores: Vitor Castelinho, António Inverno, Rosa Soledade Couto, Ermelinda Naia, Maria de Lurdes Agapito, Francisco Lopes, António José Diniz Sampaio, Luís Filipe Soares e Paulo Armindo.

 

Os objetivos por que foi criado têm sido cumpridos, sendo que regularmente o Círculo edita um Boletim Cultural, o Nº 118, neste final de 2014, como habitualmente dedicado à temática do Natal. Na concretização deste documento ilustrativo dos trabalhos desenvolvidos pelos sócios, conta a Direcção com a coordenação de dois dos sócios fundadores: António J. D. Sampaio e Luís F. Soares.

Através destes Boletins têm sido divulgados trabalhos poéticos dos mais de trezentos sócios que se foram associando ao longo destes anos, sendo que entretanto alguns foram morrendo e outros desistindo, por variadas razões, como é comum em instituições deste cariz voluntário e amador, no bom sentido da palavra. Contudo e provavelmente devido à persistência da sua fundadora sempre novos elementos se têm incorporado a este grupo de artistas.

Nestes Boletins, para além da Poesia, tema dominante, há habitualmente um texto biográfico, com um breve questionário sobre um dos sócios: poetas, pintores ou outros artistas. Também surgem prosas, sejam contos, crónicas, lendas, biografias ou entrevistas ficcionadas a poetas e artistas célebres e algumas breves informações de interesse da comunidade associada. Por vezes também um memorial de alguém recentemente desaparecido, cuja figura artística algum sócio ache por bem realçar. Em suma, estas algumas das temáticas que surgem neste veículo de divulgação cultural, cumprindo inteiramente um dos objetivos por que foi criado, pois, de forma despretensiosa, simples, mas eficaz, muitos poetas, escritores e artistas divulgam os seus trabalhos.

Muitos destes Boletins têm sido ilustrados por bonitos desenhos.

Apresentamos a capa do nº 72 que se debruça sobre vários Poetas. Para além de José Régio, traz poemas sobre Camões, António Sardinha, Conde de Monsaraz, Fernando Pessoa, Cesário Verde, António Boto, Bocage, Alexandre Herculano, Miguel Torga, João Villaret, Teixeira de Pascoais, Ary dos Santos, Antero de Quental, Florbela Espanca, Sofia de Mello Breyner, António Aleixo, Manuel da Fonseca, para além de vários Poetas do CNAP.
boletim 72 CNAP.jpg

Ainda nesta temática das “Letras” há uma outra vertente também muito importante que o Círculo tem cumprido. Com uma regularidade mais ou menos bianual são editadas Antologias, sendo que neste ano já está em preparação a XIII, com previsão de saída em 2015, o vigésimo sexto ano de vida da instituição.

Nestas Antologias, auto financiadas pelos participantes e com a coordenação de Maria Olívia Diniz Sampaio, são publicados poemas dos sócios que o pretendam. Para além das belas e variadíssimas poesias, com frequência várias delas são ilustradas com bonitos desenhos. O mesmo sucede nas capas e contracapas em que diversos Artistas têm demonstrado o seu estro, enriquecendo cada uma delas e melhorando-as ao longo destes anos.

Interessante realçar que, até ao momento, as doze antologias já publicadas foram quase todas produzidas na “Gráfica Guedelha, Lda.” - Portalegre.

No decurso destes vinte e cinco anos, são dezenas os poetas e poetisas que viram as suas obras publicadas e divulgadas entre centenas, quiçá, milhares de leitores.

Estas Antologias são sempre apresentadas em recitais públicos, que habitualmente decorrem em Lisboa e em Arronches. Esta é também uma das facetas do Círculo, a promoção de recitais de Poesia de que têm sido realizados muitos ao longo destes anos, bem como outros saraus culturais e lançamentos de livros, em diversas Instituições de Lisboa e também no Alentejo.

Capa de X Antologia (Imagem retirada da net)

Uma outra vertente do trabalho cultural desenvolvido incide sobre as Artes Plásticas. Por esse motivo são promovidas regularmente exposições de pintura, escultura, artesanato, fotografia, de artistas associados, nas mais diversas Instituições, muito principalmente ligadas às Juntas de Freguesia ou Câmaras Municipais, mas também outras: Casa do Alentejo, Padrão dos Descobrimentos, onde também se realizaram espetáculos, que é outro campo de divulgação artística que o Círculo também já implementou.

Terminou recentemente uma Exposição no Centro Cultural Multiusos da Junta de Freguesia da Penha de França e está a decorrer, desde 24 de Novembro e até 23 de Dezembro outra Exposição, no Centro de Dia de São Sebastião da Pedreira.

Ao todo e se fosse possível fazer uma retrospetiva seriam dezenas os eventos já realizados, bem como as Instituições que possibilitaram a sua concretização e muitos os artistas que nelas participaram.

Inclusive, também já se realizaram visitas guiadas a localidades e monumentos.

Martinho Arcada 2 - 11 dez.14. Foto de F.M.C.L.

Há ainda uma outra atividade regular, promovida semanalmente pelo C.N.A.P., que são os “Convívios Poéticos” às quintas – feiras que, de 2002 a 2012, se realizaram no “Café Martinho da Arcada”, das 16 às 18 horas e que, desde 2012, são organizados na Pastelaria “Central da Baixa”, na Rua do Ouro 94/98, também no mesmo horário. Nestes convívios comparecem os sócios, seus familiares e amigos ou outras pessoas que o pretendam e são uma forma de conhecimento e interação entre os participantes, oportunidades de leitura, de recitação, de “dizer” Poesia, de divulgação de trabalhos realizados.

 

Para terminar, reportando-me à Presidente do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, Maria Olívia Diniz Sampaio, ao fazer um balanço das atividades da Associação, valeu a pena todo o esforço, o empenho, o trabalho desenvolvido, os sacrifícios realizados ao longo deste quarto de século. Como foi referido, a divulgação da Poesia e das Artes, dos Poetas e Artistas, através dos boletins, das exposições, das antologias, dos recitais, dos espetáculos, a colaboração de tantas entidades e tão diversas, todos estes são aspetos positivos da ação do Círculo neste quarto de século. Como aspeto negativo apenas o facto de, ultimamente, algumas Juntas de Freguesia já não cederem os espaços para eventos.

 

E, como parar é morrer, o Círculo tem já em preparação um “Encontro de Poesia”, a realizar-se, em princípio, a 20 de Março de 2015, na Biblioteca Camões, em Lisboa.

 

 

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