Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
A 1ª foto é de uma giesta florida, em toda sua explosão de amarelo.
São arbustos autóctones, que proliferam naturalmente por estes campos. Face ao contexto ambiental têm a particularidade de serem apreciadíssimas pelo gado: lanígero - ovelhas, e caprino - cabras.
Mesmo no final do Verão, as sementes são um maná para este gado. Havendo estes animais nos terrenos, desbastam-nas e assim controlam a respetiva propagação. Lembre-se do terreno que mostrei no anterior postal. Aqui não há sinais de gado e é pena! Como se observa também na imagem seguinte.
As antenas, rodeadas do pinheiral, que abunda excessivamente em toda a encosta.
Foto do matagal, um sobreiro e vislumbrando ao fundo, novamente a Cidade!
Sobreiro descortiçado em 2018.
Já agora... Sabe quando será novamente descortiçado?
Uma exótica, à beira do caminho! Não são muitas nestas encostas, apesar de tudo. São mais os pinheiros.
A Natureza sempre a renovar-se: um pequeno carvalho negral, novíssimo.
O pinheiral excessivo. A pedir um desbaste radical.
E terminamos, já no vale do Boi D’Água, com a imagem de um fetal.
Também autóctones, estes fetos. Neste vale, corre um ribeiro atrevido, perto há uma cascatinha que o ajuda no caudal sempre murmuroso, entoam sinfonias os rouxinóis, coadjuvados por melros, outras passaradas que desconheço nomes... e insetos.
Ontem, ficámos a meio do passeio para o Cabeço do Mouro – “Cabeço das Antenas” e descida para o Boi d’Água! Na bela “Cidade de Régio”. Onde temos a possibilidade de, mal saímos da parte urbana, termos excelentes oportunidades de caminharmos pelos campos e por demais nas serras, que esta região é um Alentejo muito especial.
Prosseguimos nesse trajeto, agora na Estrada da Serra, na direção do Centro Vicentino, frente à Quinta da Saúde.
Antes de aí chegarmos, em toda essa zona há belíssimas quintas e a imagem seguinte é particularmente documental: Quinta do Belo Horizonte! Nem mais, nem por menos.
(Aqui, a propósito de “Belo Horizonte”, aproveitamos para nos dirigirmos aos nossos Leitores/as Brasileiros/as, que nos vão seguindo também. Também haverá por aí Poetas e Poetisas?! Também sócios da APP?!
E também a todos que nos seguem, também no Estrangeiro! E em Portugal!)
Na bifurcação da estrada, no Centro Vicentino da Serra, deixamos novamente o caminho assinalado, haveremos de o seguir um dia, e cortamos à esquerda na direção do Cabeço do Mouro.
Uma imagem de um lilás, quase rosa, florido!
Campos, já no Cabeço, que é uma região planáltica. Uma vinha antiga, algumas árvores frutíferas, cedros e, em baixo, a uma cota inferior de altitude, vislumbra-se a Cidade.
Uma imagem de uma construção antiga. A parede formada por pedras soltas, parecem-me de xisto, empilhadas quase sem argamassa. Técnicas centenárias!
Foto da entrada de uma quinta rústica. Repare no enlevo de plantas ladeando o caminho: alecrins, lilases, roseiras, lírios roxos… ao fundo, o arvoredo de fruto.
Finalmente o “Cabeço das Antenas” e o caminho de terra batida, saibro, de "cabras" e de BTTs, que iremos descer.
E não continuamos a caminhada?!
Não, hoje já não continuamos. Já temos muitas fotos no postal, é quase um album. Estamos cansados e é melhor fazermos o percurso por etapas. A seguir é só a descer e não podemos ganhar muita velocidade ou ainda tropeçamos.
Caro/a Leitor/a, nos aguarde até amanhã, se faz favor!
Obrigado por nos acompanhar neste percurso pedestre.