Domingo de Futebol
“Domingo de Futebol”
“Hoje, dia 14 de Dezembro de 2014, vamos divulgar um poema que já anda para ser publicado há algumas semanas.
Teria que ser publicado em domingo, de preferência em Novembro e com sol, porque futebol há sempre!
Conviria ser também em dia de “Clássico”, preferencialmente o Benfica a jogar em casa.
Com tantas premissas e restrições, nunca mais calhava o dia!
Chegou hoje.
É Domingo, não me parece que haja sol, há futebol e os dois grandes a jogarem. Só que o Benfica não joga na condição de visitado, pois vai ao Porto. Não há, hoje, um Benfica Porto, mas sim um Porto Benfica!
No “Clássico” que o poema indiretamente evoca, o Benfica ganhou por 3 -1. E também venceu o campeonato, ficando o Porto em 2º lugar.
Pois o que desejamos é que a história se repita hoje, 14/12/14. Que o Benfica vença no Dragão e que ganhe o campeonato!
Segue o poema…”
O texto anterior foi escrito no sábado, 13/12/14, à noite, para ser publicado no domingo de manhã. Só que a Vida, por vezes, “prega-nos partidas” inesperadas e, por isso, só hoje, 3ª feira, volto a ter possibilidade de “pegar” no computador.
De modo que o poema mantem-se. O enquadramento explicativo é que é diferente.
O que era prognóstico e desejo passou a ser uma certeza.
O Benfica ganhou, no estádio do Dragão e também com um diferencial de dois golos. Continua a liderar, agora com seis pontos de avanço relativamente aos segundos classificados.
Que assim continue e no final do campeonato se repita o facto de 1982/83: O Benfica a vencer o campeonato!
Divulga-se então o poema:
“BARRETES”
“Domingo de Futebol”
Hoje é domingo…
E cheio de sol.
Lisboa é linda
Pois que ainda
Tem futebol.
Muitos barretes
E cachecóis.
Peúgas soquetes
Dos apanhados
Apaixonados
Dos futebóis.
Que barretes enfia
Somente quem quer.
Azuis ou vermelhos
Ou outro qualquer
Novos ou velhos…
Dão ilusão
Espontânea alegria
A quem os enfia.
Homem ou mulher
Criança ou adulto
Integram num culto
Na mesma irmandade
Da fraternidade.
E quem na cidade
De qualquer idade
Solitário entre gente
Que não conhece…
Se os vê de repente
Logo lhe apetece
Travar amizade
Com outro alguém
Também zé-ninguém
Da mesma irmandade.
Notas:
- Poema escrito em 14/11/1982, em Lisboa, num domingo de sol, em dia de Benfica - Porto.
Publicado em: Boletim Cultural nº42, do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, Junho 1996.
As imagens foram retiradas da net.:
loja.slbenfica.pt
loja.fcporto.pt
.