Viva Camões!
Camões também está a olhar para a chaminé?!
E, onde ocorre esta coincidência de Camões estar a olhar para uma chaminé rendilhada?!
Onde?!
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Camões também está a olhar para a chaminé?!
E, onde ocorre esta coincidência de Camões estar a olhar para uma chaminé rendilhada?!
Onde?!
Sabe que planta(s) são estas?!
A Silva / Silveira / Balsa...
...em flor:
(Lá para finais de Junho, por vezes, já temos amoras!)
***
Feno já enfardado - Trabalho de Verão:
(Repasto de Inverno, quando faltarem as pastagens. Por vezes ainda no Outono, quando demasiado seco e agreste.
A foto foi tirada hoje, a partir da Azinhaga da Fonte das Pulhas.
Enquadrando o terreno Oeste do "Vale de Baixo", com o feno já enfardado, estão imagens do Pinheiro Manso e do Sanguinho. No topo da imagem - Norte - uma Azinheira.
Na frente da imagem, propositadamente assim escolhida, estão flores de uma planta cujo nome não tenho a certeza. Embude?! )
***
A Romanzeira florida!
Trabalho de Verão.
A romanzeira floresce e frutifica nesta estação, mas os saborosos frutos só estão "disponíveis" bem lá no Outono. No mês dos Santos - Novembro.
Especificamente, no caso desta árvore, nem por isso.
Quase sempre se estragam as romãs e também não são muito saborosas. Têm muito "pau", como se costuma dizer!
Trouxe esta Árvore da "Horta do Porcozunho", já há mais de vinte anos!
Faz uma boa sebe.
***
Bons passeios. Bom Verão. Excelente fim de semana prolongado.
Viva Camões!
«DE TARDE»
«Naquele «pic-nic» de burgueses,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzonal azul de grão de bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos
Nós acampámos, inda o sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão de ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro de papoulas!»
«O Livro de Cesário Verde
1887
Lisboa»
In. "O Livro de Cesário Verde” – Publicações Anagrama, Lda. – Porto – Colecção Clássicos – 15.
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(Comprei este livro em 06/06/1984, numa Feira do Livro. Preço? Parece-me que registei 125$00! Em moeda atual e em valor nominal, correspondem a 62.5 cêntimos!!!!!)
Porque me lembrei de publicar um poema de Cesário Verde?!
Quando pesquisei sobre Camões, “Dia de Camões”, “Dia de Portugal”, observei um site sobre “O Sentimento dum Ocidental”, de Cesário Verde. Que havia escrito este poema em 1880, por ocasião das comemorações do 3º centenário da morte de Camões. Comemorações essas que deram muito que falar na época e tiveram muitas repercussões.
No blogue, tenho como um dos propósitos ir divulgando Poesia de Poetas Consagrados e de Poetisas. Tenho de Florbela, de Sophia,… de Camões, de Régio, de Pessoa… que me lembre, de cor… Então Cesário calhava.
Lembrei-me deste livrinho, materialmente muito singelo, mas muito rico de conteúdo. Reli muitos dos poemas que lera na década de oitenta, quando o comprara. Fui selecionando e, face à circunstância de publicar no blogue, optei pelo óbvio. Talvez dos poemas mais conhecidos. Também dos mais alegres, mais luminosos.
Uma série de circunstâncias respeitantes ao mês em que estamos – Junho, já referidas anteriormente.
Se analisarmos o conteúdo do poema, poderemos depreender que a ação em que decorre a narrativa também se reportará, muito provavelmente, a este mês de Junho.
Há uma série de circunstâncias felizes que abonam para escolher esta poesia, para identificar um Poeta, que não terá tido uma vida muito feliz.
(Cesário Verde: Lisboa – 25/02/1855 – Lisboa – 19/07/1886. Morreu de tuberculose, com 31 anos.)
Desejo que o/a Caro/a Leitor/a tenha gostado. Saúde, paz e poesia!
«ERROS MEUS, MÁ FORTUNA, AMOR ARDENTE»
«Erros meus, má fortuna, amor ardente,
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que para mim bastava amor sòmente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa a que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.
De Amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!»
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In. “… Sonetos e Canções (Camões) – para o 5º ano dos Liceus – Porto Editora – Porto
Por J. Simão Portugal e M. Francisco Catarino
Edição: Anos 60? (séc. XX)
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(No respeitante à transcrição deste Soneto de Luís Vaz de Camões poderão ser formuladas diversas críticas metodológicas. Aceito-as.)
Pretendo apenas divulgar mais um Poema do Poeta dos Poetas, lembrando-o, recordando-o, que apesar de no dia 10 ter sido comemorado, oficialmente, o seu “Dia de Camões”, certamente apenas os/as Poetas, dele se terão lembrado. Nomeadamente a APP. Honra lhe seja feita!
O/A Caro/a Leitor/a me desculpe, mas nas comemorações oficiais, nos discursos oficiais, alguém, algum personagem ilustre, lembrou o Poeta, lendo um dos seus Poemas?!
(Os “discursos” voltaram a bater na “gamba que anda na corda bamba”…
Até os Professores, em vez dum cartaz horroroso de feio, poderiam ter recitado ou transcrito alguns versos de Camões. Tantos haverá condizentes…)
Como, pelos vistos e ouvidos, ninguém se lembrou da Poesia de Camões, resolvi transcrever este Poema. (Mais vale tarde… E todos os dias são “Dias de Poesia”!)
Desejo que o Caro/a Leitor/a tenha gostado!
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(P.S. - Foto?! Gostou?! Se O/A Caro/a Leitor/a conseguir adivinhar onde existe a roseira, ofereço-lhe 1 Livro!)
Parabéns à Associação Portuguesa de Poetas pela iniciativa.
«PARTIU UM DE NÓS, EM SILÊNCIO
JOSÉ BRANQUINHO
UM POETA QUE DEIXA SAUDADES
Era um homem afável, acessível, com quem se simpatizava de imediato. A sua permanente boa disposição conquistava amizades e boa impressão onde quer que estivesse. A simplicidade e a humildade eram notórias e davam bem a ideia da pessoa. Eram o seu melhor e fiel cartão de visita.
José Garção Ribeiro Branquinho, nasceu em Monte Carvalho, freguesia de Ribeira de Nisa, Concelho e distrito de Portalegre, em 1931. Deixou-nos este ano, em Fevereiro de 2021.
O nosso poeta, era um ser humano iluminado que a si próprio classificava deste modo: «Sou poeta, sou cantor, adoro poder cantar, e canto por amor…» e logo a seguir, fosse qual fosse o local onde estivesse e fossem quais fossem as pessoas presentes nos brindava sem cerimónias com alguma canção, ora de Coimbra, do Alentejo ou quaisquer outras, sempre «à capela», numa voz afinada, clara e possante. Obviamente romântico, sonhador e humanista, este professor jubilado do Ensino Básico sempre elegeu a poesia, a música e o canto como interesses favoritos na vida, através dos quais expressava todas as mágoas, saudades e alegrias.
José Branquinho participou em dezenas de antologias de poesia e conto, entre as quais do Círculo Nacional D´Arte e Poesia. Colaborou em inúmeros jornais e revistas, com destaque para o seu clube do coração, o Sporting, no Jornal do Sporting, onde foi um dos fundadores do grupo coral e pertenceu à direcção da Associação de Solidariedade Sportinguista.
Uma alma apaixonada que ia buscar inspiração no seio da mãe-natureza, na beleza dum recanto urbano ou muitas vezes no silêncio da noite. O que lhe interessava era descrever o sentir profundo da relação com as pessoas e a natureza, tal como conta no livro «Cantos do Meu Canto» : «Quero dizer-te, meu amor/ Com verdade de coração aberto/ Que continua a minha dor no meu deserto/Que continua este fervor por ti/ Sempre desperto.»
Ao longo da vida José Branquinho nunca esqueceu os lugares por onde passou como Évora, Coimbra e sobretudo Portalegre, que o inspirava sobremaneira nos versos. E muitos escreveu alusivos à sua terra. A grande admiração e ternura pela mulher em geral, com especial relevo e carinho para a querida e saudosa esposa. Como só a alma sensível de um poeta sabe sentir e expressar.
Como companhia literária o nosso membro tertuliano lia Camões, Fernando Pessoa, Bocage, Florbela Espanca, Eça de Queiroz e especialmente José Régio. Seus clássicos preferidos.
Calou-se a voz de um amigo poeta e homem franco e bem disposto com a vida. Vai ser difícil continuar sem o ouvir cantar tão bem, sem a presença calorosa onde o seu sorriso se harmonizava com qualquer ambiente. José Branquinho, o ser humano que exaltava o sol, as flores as saudades e sobretudo o amor. Felizmente deixou-nos os versos, pedaços de alma, emoções e sentimentos à flor da pele.
Estaremos sempre contigo, José Branquinho.
«Até à Eternidade.»
ROLANDO AMADO RAIMUNDO» 2021
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Notas Finais:
OBRIGADO a Rolando, pela amabilidade em deixar-me reproduzir tão belo e sincero testemunho de Amizade Poética. Já agora, também clubística, porque Rolando também é do Sporting! (Os negritos são de minha lavra.)
Se não forem os Poetas a lembrarem-se dos Poetas, quem o fará?!
Lembre-se e preste atenção, Caro Leitor/a Leitora/a, Se Faz Favor!
Aproxima-se o “Dia de Camões” também celebrado como “Dia de Portugal”.
Nas “Cerimónias Oficiais”, consta o “Dizer Poesia” de Camões? Oxalá eu esteja completamente enganado!
Obviamente há Instituições particulares, modestas muitas delas, que farão essa homenagem. A APP – Associação Portuguesa de Poetas será uma delas. O CNAP também já o tem feito. Outras Instituições também.
Obrigado pela sua Leitura e votos de muita Saúde!
“Era uma uma vez... uma folha de couve. Veio uma ovelha e comeu-a.”
J. J. no Benfica! C. Ferreira na TVI!
Há dias que ando para escrever sobre as transferências mediáticas deste início de verão quente. Quentíssimo! Não gosto muito de escrever na berra do calor. Que é o que mais afronta. E porquê a relutância na escrita?!
Primeiro, porque considero que as pessoas são livres de escolher e aproveitar as melhores oportunidades que se lhes oferecem. Têm livre arbítrio para decidir, conforme os casos. É um direito que assiste a qualquer cidadão.
Segundo, porque não sendo nenhuma destas personalidades das minhas preferências, porque perorar sobre os ditos cujos?! Ademais tenho alguma antipatia, primária, reconheço, sobre os mesmos.
Relativamente a J. J., não gosto daquele ar enjoado, cumulativamente a mascar pastilha. Após a célebre ida para a concorrência leonina, fiquei a detestar. Pela atitude do próprio, não pelo clube, que aceito como qualquer outro, nada me move contra. Já as atitudes de dirigentes, de treinadores, de jogadores, dos balúrdios que os movem, das atitudes de muitos adeptos fanáticos, das claques, é outra coisa. De qualquer clube!
Quanto a C. Ferreira, detesto aquelas risadas sem jeito, antipatia também primária, aceito. Vejo pouca televisão, raramente a TVI ou a SIC, acho-as muito iguais, concorrem uma contra a outra, muitas vezes na estupidez. Mas são as preferidas da maioria dos telespetadores!
Ambos inundam as redes sociais, a comunicação social adora estas picardias.
(E os provérbios?! Alentejanos, talvez nacionais, não sei. “Era uma vez... uma folha de couve, veio uma ovelha e comeu-a.” “… Todo o mundo é seu.” Isto é, de quem não tem a dita folha de couve.)
Mas cá está a escrita. E porquê?
Pelo dinheiro que movimentam. Choca, quando falta tanto, em tantos locais. Poderia frisar na Saúde, mas já é um tema batido. Na casa de muito boa gente. Mas também poderá ser dito que será muito boa dessa gente que alimenta os egos destas vedetas, a concorrência destas televisões, a euforia dos futebóis. Das Futebolices!
E de onde provem toda essa dinheirama?! E como é que clubes, cheios de dívidas, ainda conseguem entrar nestas jogadas de contratações fabulosas?!
E onde vão TVIs e SICs buscá-lo?
E por aqui poderia ficar.
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Mas… Não posso deixar de frisar que acho deplorável que, em Portugal, ao mais Alto Nível dos Representantes Institucionais da Pátria Portuguesa, tenham andado, de gosto, a bajular estas personalidades. Lamentável!
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E para acabar, dois versos do Poeta dos Poetas, do livro que ando a reler, o exemplar velhinho do antigo 5º ano do Liceu!!! (Após “Tieta”)
«Ó glória de mandar, ó vã cobiça / Desta vaidade, a quem chamamos Fama! …»
In. Canto IV – 95 – Os Lusíadas – Luís de Camões – Porto Editora, Lda – 7ª Edição
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Ah! A foto…
Como O/A Caro/a Leitor/a pode ver, até na foto, a folha de couve mal se vê. Como se tivesse vergonha de se mostrar. Cumulativamente, ratada. Comida, picada, não sei se pelos pássaros, se pelos caracóis, ou outros animais, ou todos eles.
Destacável, em 1º plano, a açucena: pureza virginal. Também repetida em fundo. Entrelaçada com as folhas de uma amendoeira doce, muito nova. Ao lado direito, esporas de jardim, azuis. À esquerda e em terceiro plano, alecrins. Em último plano, acompanhando a parede cinzenta, murtas.
Padre António Vieira?!
Quando publiquei o postal “Passeio Virtual por Cidades… e Aldeias”, em Maio, fi-lo precisamente porque estava e estou, farto de Covid. E quem não estará? Escrever sobre o dito cujo ainda me saturava e satura mais.
Entretanto passaram-se tantas coisas e qual delas mais estranha.
O “desconfinamento” atingiu proporções, a meu ver, exageradas e não só em Portugal.
Manifestações, de motivações justas, mas que descambaram em efeitos injustificados.
Em Portugal, as ações têm sempre uma escala proporcional à nossa dimensão. Alguns cartazes despropositados.
Nos States, após aqueles descalabros, previsíveis, dadas as assimetrias gritantes entre estratos populacionais, acentuadas pelos efeitos de Covid; na Velha Albion, onde a Covid também tem feito grande mossa; inépcia e incoerência dos respetivos governantes, em ambos os estados anglófonos, deu-lhes, aos manifestantes, para derribarem e apearem estátuas. (Não haviam bastado os talibans!…)
Sem qualquer sentido.
Porque, reflita, SFF. Que seria da América se não tivesse havido Colombo? Ou de Inglaterra sem colonialismo(s)? Onde estariam esses sujeitos a quem lhes dá esses amoques?! Existiriam sequer, enquanto seres humanos?!
Porque se fossem os contestatários, ameríndios nos States; ou os anglos, ou os saxões, ou os celtas, em Inglaterra, ainda se perceberia… mas sendo quem são, que seria dos ditos se não tivesse havido todos esses horrores, que de facto foram: escravatura, esclavagismo, colonialismo, tráfico negreiro… Que não defendo nenhum destes retrocessos históricos, friso!
Que existem atualmente, sim! Com outras variantes e cambiantes, sim!
A História não se apaga, não deixa de existir por ser negada ou escondida ou submersa nos rios, enterrada nos pântanos da ignorância. Bem pelo contrário! Deve estar visível para ser aprendida, apreendida, interpretada, estudada, ensinada. Para ajuizarmos com discernimento e espírito crítico o que tem valor ou não, ao nosso olhar atual, sem deixar de perceber o enquadramento epocal.
Tudo o que é Humano tem que ser contextualizado no tempo e no espaço. Não se pode emendar o que foi ou deixou de ser mal feito em tempos passados, porque o “tempo não volta para trás”!
Cá pelo burgo, melhor, na Grande Cidade, também lhes deu para vandalizarem monumentos! E logo do Padre António Vieira!
Não sou especialmente apreciador de estatuária laudatória na via pública. Muita é inestética, mal colocada no espaço, os respetivos personagens suscetíveis de valoração ou não, positiva ou negativa. Todavia, já que expostos, permitem-nos opinar, ajuizar sobre os mesmos. São lições de História!
Não têm que ser consensuais. Muito menos estragados, destruídos. Para estragação e achincalhamento, basta o que lhes fazem os pombos, diária e continuadamente.
Que nos digam os Grandes: Camões, lá do alto do seu pedestal e Eça, mais terra a terra, mais a sua Verdade, um pouco mais em baixo.
De modo que, e um pouco mais acima, esborratar o Vieira é completamente incongruente.
António Vieira (Lisboa – 1608 / Baía – 1697): Orador e Escritor português. De pais de condição modesta, sua avó paterna era mestiça, serviçal na casa dos condes de Unhão.
Foi para o Brasil aos 6 anos. Estudou no Colégio dos Jesuítas, na Baía. Entrou na respetiva Companhia.
Distinguiu-se na catequese dos índios, de quem foi defensor intransigente.
De 1641 a 1652, esteve na Europa, nomeadamente ao serviço de D. João IV, de quem foi embaixador em França, Holanda e Itália.
Voltou ao Brasil, onde permaneceu de 1652 a 1661.
Levou o decreto real de libertação dos "índios", que provocou violentas reações dos colonos e o seu desterro para Lisboa.
Na sua segunda estada na Europa, 1661 – 1681, foi preso em Coimbra, em 1665, nos cárceres da Inquisição.
Viveu em Roma de 1669 – 1675. Regressaria ao Brasil em 1681, onde morreria em 1697.
Foi um Cidadão do Mundo, atravessou sete vezes o Atlântico, percorreu milhares de quilómetros, muitas vezes a pé.
Distinguiu-se especialmente nos sermões. Profundo conhecedor do coração humano. F. Pessoa o intitulou “Imperador da Língua Portuguesa”. Elogiado por A. Sérgio “nunca se escreveu em português mais claro, mais próprio, mais natural…”
Arrebatava tanto a gente inculta do Brasil, como o requintado mundo dos cardeais da Cúria Romana.
“Expoente da oratória sacra portuguesa e um dos maiores da oratória universal, foi político, missionário, defensor dos fracos, crítico audaz dos poderosos e patriota visionário.”
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(Para este excerto sobre P. António Vieira, mais uma vez, me baseei na Lexicoteca – Moderna Enciclopédia Universal – Círculo de Leitores - Tomo XVIII – pag.s 164, 165, 166.
Manias pré históricas!!!)
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E ainda...
Relacionado com o postal anterior, dizer que continuei com Tieta. Apaixonante a narração. Dá vontade de não parar. É sempre assim com Jorge Amado.
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E a foto?!
Original, como gosto que sejam. De flores, ou de plantas, pela(s) sua(s) simbologia(s).
Repare, SFF:
Hoje é dia 13 de Junho. Dia de Sto António. A respetiva flor simbólica é o lírio branco. (Na minha terra, também chamamos a estes lírios, açucenas.) E qual foi o celebérrimo sermão de Padre António Vieira? De Santo António... aos peixes. Que é isso que também ando a fazer... Mais valia ao pessoal que, em vez de desconfinar por dá cá aquela pallha, fosse tratar de jardins, que bem precisam. Nem sabem como é relaxante, tratar de um jardim ou de uma horta. Experimente, SFF.
Homenagem a Luís Vaz de Camões
(1525? – 10/06/1580 - Lisboa)
“Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia ao pai, servia a ela,
e a ela só por prémio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
passava, contentando-se com vê-la;
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel, lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
lhe fora assi negada a sua pastora,
como se a não tivera merecida,
começa de servir outros sete anos,
dizendo: - Mais servira, se não fora
para tão longo amor tão curta a vida.”
In:
“ALMA PÁTRIA – PÁTRIA ALMA”
“Pelo Mundo em Pedaços Repartida”
4º / 5º ANO
PORTO EDITORA LDA
Domingos R. Pechincha - J. Nunes de Figueiredo
*******
SONETOS – pag. 122
Notas Finais:
A escolha deste Poema para além dos diversos óbvios e, de certo modo, também a partir do universo dos blogues, também se enquadra no momento político atual e dos "servilismos" ou serão "oportunismos" (?) & Associados. - POLITIQUICES!!!
Já no dia 11/06, resolvi inserir uma foto de uma rosa de alexandria, certamente condizente com o objeto de Amor de Jacob: Raquel. Calculo que haveria rosas destas lá para as terras de Jacob e Raquel. Digo eu.
Segundo a tradição biblica, deduzo que terão vivido no início do segundo milénio antes de Cristo. Portanto, há perto de 4 mil anos! Jacob, terceiro patriarca bíblico, é o pai dos epónimos das 12 tribos de Israel. Esteve casado com Lia, de quem teve seis filhos. Mais tarde acabou por casar com Raquel, valeu a espera e o "servir", de quem teve dois filhos: José e Benjamim. Jacob acabou por emigrar para o Egipto e o seu filho José tornou-se figura importante na hierarquia dos faraós, chegando a ministro!
(É sempre importante sabermos estas coisas de ministros importantes nessa época, tal como agora. Estas informações não as soube na net, mas certamente lá estarão. Eu busquei-as na velhinha Lexicoteca - Moderna Enciclopédia Universal - Círculo de Leitores. Anos oitenta do século XX - 1986.
Em termos comunicacionais, reportam-se quase ao tempo dos faraós!)
E dou por findas as notas do postal, que gostaria de colocar outro novo.
"Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades"
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía."
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
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