Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
...Reportaram-me para um livro de consulta, deveras interessante:
“Pelas Linhas da Nostalgia – Passeios a Pé nas Vias Férreas Abandonadas”,de Rui Cardoso e Mafalda César Machado, Edições Afrontamento, Novembro de 2008.
«20 anos depois…
Nos últimos 20 anos, Portugal perdeu mais de 700 Km de vias férreas, desactivadas em nome da boa gestão, do controlo do défice e dessa abstracção onde tudo cabe chamada progresso. À evidência, nem o país ficou mais rico, nem as populações mais bem servidas. Com a ajuda da crise do petróleo, começa, aos poucos, a olhar-se para este imenso património de outra forma. (…) Surgem ciclovias, geralmente por iniciativa camarária, enquanto nalguns casos se reequaciona o regresso do comboio, nem que seja para fins turísticos, de resto como já vem sucedendo em Espanha, França e noutros países europeus. (…) …, estes caminhos são parte integrante do nosso património e da nossa memória colectiva. Não os deixar desaparecer, popularizá-los e dar-lhes nova vida é o objectivo deste livro. (…)»
*******
(Nota: Os sublinhados são de minha lavra.)
Um excelente livro de consulta para Si, Caro/a Leitor/a, que se interessa nomeadamente por Comboios e por Caminhadas. E, já agora, por Património, por Cultura, Natureza, História, eu sei lá!
Não lhe disse que ainda iríamos "viajar" de comboio?!
E ainda iremos a Barca D’Alva?!
(Nota Final: A 1ª foto, a 3ª e 4ª são dos Autores do Livro. Limitei-me a fotografá-las com o telemóvel, a partir do livro e transferi-las para o computador e editá-las no blogue.)
Obrigado pela sua atenção. Boas viagens. E Feliz Ano Bom!
Nestes passeios e passeatas de início de Verão, no contexto de atividades em Setúbal, que isto de estar reformado, não nos isenta de termos “coisas” para fazer. O primeiro contacto que tivemos com o enquadramento da Cidade foi precisamente no Campo.
A EN10, trânsito imenso, velocidades de meter medo ao susto, proporcionou-nos a possibilidade de, descansando um pouco, observarmos os campos que desaguam na Cidade Sadina.
A Serra de São Luís proporcionará ótimos passeios pedestres, alguns assinalados. Locais emblemáticos espalhados pelos montes, guardando tradições centenárias ou viveres modernos adaptados à Natureza. As marcas de antigas pedreiras, algumas relativamente recentes, entretanto desativadas. Antes que a Serra ficasse cariada, conforme mostram as cicatrizes dessa prática. Também pudemos observar a preferência de ciclistas que frequentemente trilham esses caminhos desbravando a Serra, a partir da Estrada Nacional. Também caminhantes.
Sendo nós despertos para as coisas simples da Natureza não deixámos de nos fascinar com a realidade natural que observámos.
É esse registo documental fotográfico que apresento neste postal nº 932, subordinado ao tema Ruralidades, contraponto a anteriores de “Urbanidades”!
Fotos de corriolas ou verdizelas, as habituais, de cor branca.
Outras plantinhas de flores em corola semelhantes à verdizela, mas de cores que nunca havia visto: azul e cor-de-rosa, na 3ª foto.
Imagens da Serra, não sei se a vertente visível ainda é a de São Luís. A Serra da Arrábida, designação global, ganha nomes específicos. Trânsito bem visível. As faldas da Serra, campos de onde terão obtido fenos. Quintas espalhadas pelas encostas. A sempre omnipresente EN10 e o trânsito efervescente de velocidade e tráfego.
Vislumbra-se o manto arbóreo denso, pinheirais e as árvores e os arbustos autóctones: aroeiras, zambujeiros, na foto anterior, roseiras bravas…. Funchos, na 1ª foto.
Plantas cujo nome desconheço, mas que são muito abundantes:
Vinhas, que estas terras são de bons vinhos. Palmela e Setúbal estão imbrincadas uma na outra.
Plantinhas de flor azul, que há por todo o lado, mas que não sei nome:
Mesmo no Verão, na Natureza nunca deixa de ser Primavera. Há sempre plantas em floração. Até no Inverno e Outono!
E, não esquecer, a quem de direito:
É fundamental a construção de passeios nas bermas dessa Estrada Nacional 10, pelo menos até às bombas da BP. Estacionamentos... Ler postaisanteriores, SFF!
E a quem é torto por natureza:
Não deixem lixo na Natureza. (Estes portugueses… e portuguesas?!)
Hoje, voltamos a percorrer Caminhos de Outrora. Aliás, de sempre. São caminhos que desbravamos com muita regularidade, “Percursos” não assinalados oficialmente, mas que mereciam sê-lo. Por “Fontes, Passadeiras e Pontes”!
Debruço-me sobre Plantas, que passam despercebidas à maioria de nós. Mas que desempenham o seu papel na Natureza, pese serem vistas como um estorvo. E, convenhamos, quando excessivas, tornar-se-ão.
Mas se até as Árvores são completamente ignoradas! A peculiar “Cegueira Botânica”!
Ora aí vamos nós.
Olhos de Mocho: a flor que tutela o postal. Desde criança que assim vi nomear esta planta e respetiva flor.
Esta 2ª flor também já a vi designada, como "Olho de Mocho".
Borragem: planta muito melífera. As abelhas adoram!
Flor do Soajo
Uma variedade de Giesta?
(Esta planta não é muito exuberante, mas florida ganha outra dimensão. As giestas eram muito usadas, antigamente, para fazer vassouras. Antes de entrarmos nas eras dos plásticos e do consumismo. Digamos, anos sessenta / setenta.)
Papoilas, na berma da Azinhaga.
Não sei o nome desta planta. Já o vi escrito, algures, mas não fixei, ou esqueci-me.
Altemira, no meio da Rua, mesmo ao pé de casa.
Corriola, também conhecida por Verdizela. (Este segundo nome vi no dicionário. Há uma povoação na Margem Sul, assim designada.) Esta planta, como muitas outras, tem a particularidade de, à medida que o sol se vai pondo, começar a fechar-se. Esta foto foi já tirada à tarde, por isso já está meio fechada, meio aberta.
Poejo
No meio da Rua / Travessa / Azinhaga. Este ano, um “poejal”!
Dente de Leão.
Preparando-se para desempenhar o seu papel fundamental. “… Multiplicai-vos!”
Todas estas florações e fotos são de Maio. Saudades da Primavera! Apesar de, hoje, o dia estar muito fresco, pelo menos de manhã. Agradam-me especialmente estes dias assim, pelo menos as manhãs frescas. De tarde, ainda não sei bem, mas está mais quente. Por vezes: “de manhã neblina, de tarde, calor de rechina”.
(Já, ao por do sol, haveremos de ter calor, virtual. O jogo!)
Algumas destas plantas estavam na própria rua, na borda dos caminhos, a maioria. Crescem espontaneamente, que é esse o seu modo de ser.
(Azinhaga da Atafona, Azinhaga do Porcozunho, ou da Fonte das Pulhas, Azinhaga da Fonte do Salto: Locais de recolha das fotos. Em Maio, já escrevi. Primavera!
O Verão está quase, quase a chegar. Mas, aqui, pelo Norte Alentejano, parece um dia de Inverno. Uma chuvinha, tudo nublado, fresco. Gosto destes dias assim. Já me basta quando vier o calor a sério. Que venha tarde.
Volto a um postal sobre a Natureza. Com fotos de Maio. Que saudades já da Primavera!
Não me apetece falar da atualidade, mas não tardará pela demora. Euro: 2020 ou 2021?! As politiquices, sem nexo. As futebolices… O Corona que nos atropela… que se lixe o atropelo da Alemanha…tantos atropelos…
Apresento um conjunto de plantas, na época da floração, que assim é Maio, pelos campos Alentejanos. De algumas sei o nome, de outras não.
Na foto anterior, para além das "boninhas" amarelas e brancas, pontificam umas plantas de flores rosadas, que desconheço. Fotos tiradas no "Percurso do Salão Frio", ainda praticamente na Cidade. Nas encostas sobranceiras ao antigo Colégio, ao Convento de Santo António.
Gladíolos Italícus.
Uma "boninha" espreitando e outras plantas.
Esta planta desconheço. No caminho do "Boi 'Água".
Na foto anterior, a planta que desconheço é a da flor lilás. Parece uma trepadeira, que se enrosca nas outras plantas. Também no mesmo caminho do "Boi D'Água". Rodeando essa planta desconhecida, as "boninhas" e as impetuosas acácias mimosas, que tendo sido todas cortadas neste último Outono e Inverno, estão a rebentar por toda a encosta. Como é seu apanágio!
Hipericão, que mal se distingue na profusão dos amarelos de Maio primaveril!
Bole Bole!
Também na mesma zona, com vistas para a Cidade, quase junto ao Miradouro.
Dedaleira.
(Planta muito venenosa. É ela que dá o famoso "Chá de Abeloiras"!)
E, por hoje, termino, com uma imagem da estrutura destes terrenos em que assenta toda esta riqueza vegetal destas encostas da Serra.
Lembra-me algumas pinturas e colagens de alguns pintores cubistas.
Fica muito por contar. Para outros postais. Que as caminhadas fornecem excelente informação documental.
Certamente não saberá o nome da planta e eu também não sabia. Agora, já sei!
Designa-se por Espora – Brava, com o inerente nome latino: (Linaria Triornithophora).
Como soube?
Vamos por partes.
Volto ainda ao célebre “Percurso” supracitado. Realizado a 12 de Maio. (Ao tempo que isso já vai. Parece que não tem outro assunto, dir-me-á.)
Nessa caminhada, realizada ao final da tarde, no trajeto, já após termos deixado o pequeno povoado designado “Salão Frio” e termos desviado para o entroncamento, que sobe na direção Leste, após as imponentes habitações que se destacam na paisagem, uma moderníssima e outra tradicional, deparou-se-me no lado direito do caminho, um conjunto destas plantas, que me intrigaram. E que desconhecia.
Na altura pensei que fossem resquícios de algum hortejo, que por ali tivesse havido e tivessem ficado “esquecidas” pelos donos. (Pensei, na minha ignorância.)
Todavia, não resisti a fotografá-las, pese embora as fotos não tivessem ficado por aí além…
(Para ser mais preciso na localização, o local fica em frente de um bosque cerrado de pinheiros, situado no lado esquerdo do caminho, sensivelmente a Norte / Nordeste. Antes do célebre desvio, que mais adiante corta no lado direito, para a Quinta D’Matinhos e Atalaião, no sentido Norte - Sul. Antes do portão antigo e da calçada, que a foto documenta.)
Ah! Como soube o nome… Não foi na internet.
Já este mês, a meados, catorze, passei pelo Posto de Turismo da Câmara Municipal de Portalegre, a pedir uns folhetos sobre percursos pedestres, pois lembrava-me de ter lido um sobre o “Salão Frio”.
Em boa hora o fiz. Aí deparo com uma foto desta planta, de pormenor e muito melhor que a minha. Aí vêm os nomes de batismo da “plantinha”, em português vulgar e latim clássico, como é norma científica. E que é um “endemismo ibérico”! (Isto é, que existe apenas nesta Península.)
Pois, veja, Caro/a Leitor/a, o que eu julgava ser algum resto de coleção, de alguma horta ou quintarola que por ali tivesse havido, afinal, é um exemplar raro de uma planta, ser vivo, que é exclusivo da nossa Ibéria.
As “Caminhadas” também servem para aprendermos. “Aprender até morrer”!
Na consulta do folheto também pude observar que o percurso é bem mais vasto. Que ainda nos falta percorrer território em circuito, antes de infletirmos para o Atalaião, a lugares designados “Três Lagares / Charais”.
E que a Quinta abandonada, com o portão marcante, de ferro e o muro a todo o comprimento, a Oeste da calçada, se poderá designar do “Paraíso”?! Fica a questão…
Os folhetos, bastante elucidativos sobre vários e diversificados aspetos, apresentam as siglas das Entidades promotoras.
Em primeiro lugar: CIMAA – Comunidade Intermunicipal Alto Alentejo.
A quem aproveito para frisar aquela questão dos “cães à solta”, um perigo para qualquer passeante.
E, já agora, para periodicamente promoverem passeios organizados. (Não sei se os fazem, ou se os suspenderam devido à Covid. De qualquer modo, obrigado pelos folhetos, que são bastante informativos e interessantes.)
Passada a contrariedade dos cães, que, na altura, nem avaliei devidamente, continuámos.
Em breve chegámos à estrada que nos levaria ao Atalaião.
Passámos pela “Quinta D’Matinhos”!
Por outras quintas abandonadas…
Pela Estação de Meteorologia, também abandonada.
(Lembro-me de uma visita de estudo, quando aluno do Liceu, para aí em 71 ou 72, no âmbito de Geografia!)
Mas com lindos roseirais!
E, finalmente, o fortim que batiza este Bairro da Cidade: “Atalaião”.
Também abandonado?! Particular? Fechado? Sem hipótese de visitas?
(Também me lembro de, quando jovem aluno, nesses idos iniciais de setenta, termos ido, de motu próprio, em visita espontânea.)
E uma rosa, bordejando uma casa também meio abandonada, mas persistindo na sua vida e função primaveril. (“Dirá a corola para o gineceu!”)
E o último sinal do percurso!
Ou o primeiro?! Se quiser e se se sentir com forças de novamente subir a Estrada da Serra, até à Fonte dos Amores, até ao Miradouro e por aí, nesse percurso pedestre, por demais interessante.
Mas que ficará para outra oportunidade.
Até breve. Faça caminhadas. Mas, agora com o calor, selecione devidamente os percursos, a hora, leve sempre água e companhia. E abrande no ritmo e na velocidade! E atenção aos cães!
SAÚDE! Muita!
(P. S. – No dia dez, “Dia de Camões”, passei pelo local de início de percurso, frente à Rádio, para saber o nome da Avenida.
À entrada do caminho, deparei-me com lixo e porcarias. Para além de um dos pinheirões mansos, parcialmente cortado.
Digamos que, para suposto caminheiro, deparando-se com essa primeira imagem desagradável, não será estimulante realizar caminhadas!
Há por aí muita gente que não merece a beleza que a Terra proporciona aos humanos. Destroem e conspurcam tudo com o lixo! Esquecem que o Mundo é um todo! E depois admiram-se de tanta lixeira nas praias!)
Nesse entroncamento, de 90 graus, há sinalização dos percursos.
Temos duas hipóteses.
Prosseguir em frente, na direção Leste, como vínhamos caminhando. Ou infletir para a direita, na direção Sul, em que a orientação solar nos sugeria irmos diretamente ao Atalaião, como pretendíamos.
Na sinalização para essa via, na tabuleta, assinalam “Percurso da Quinta D’Matinhos”!
Era este percurso que iríamos seguir.
Mas vindo um casal, também caminhando, em sentido oposto ao nosso, proveniente de Leste, resolvi esperar e perguntar-lhes. O senhor sugeriu esse mesmo caminho para chegarmos ao Atalaião, mas a senhora falou no prosseguimento no sentido Leste, aonde encontraríamos uma estrada que também nos levaria ao Atalaião.
Seguimos o caminho, supostamente e de facto, mais direto para a Cidade, mas onde se nos depararia uma surpresa bem desagradável, perante a qual, o desaconselho.
Na primeira parte do trajeto, a antiga calçada apresenta-se conforme a foto documenta, sempre bordejada pelo imponente muro, no lado direito, a Oeste do nosso percurso, no sentido Norte – Sul. (Muro que a 1ª foto documenta. E um tipo de cardo que desconhecia!)
Nota-se desgaste no calcetamento, antigo e em desuso. Será ainda resquício do designado macadame?! Ou será mais antigo? O esboroamento é sinal de que é percorrido, frequentemente, por veículos motorizados.
Mais adiante, uma quinta, em cuja entrada se encontra este tronco de velho castanheiro.
Continuamos...
E foi um pouco depois, já com o caminho com menores sinais de utilização, aliás bem conservado e com mais matos, que se nos deparou ocorrência perigosa e inesperada.
Fomos surpreendidos por uma matilha de cães à solta, sete, que rapidamente nos rodearam e ameaçaram, ladrando e prontos a atacarem-nos.
Valeu-nos o respetivo dono, que interveio, não fazendo nem mais nem menos que a respetiva obrigação.
Lá os acalmou. Também não sei para que tem tantos cães! E, em pleno dia, todos à solta!
Essa é a principal razão pela qual desaconselho a utilização dessa alternativa de percurso, que, todavia, está prevista e devidamente assinalada.
E que é interessantíssima de percorrer. Pela calçada, pela vegetação autóctone, pela paisagem envolvente.
Obviamente, agora, no Verão, com a canícula abrasadora, desaconselho não só esta como a maioria das caminhadas, por terrenos com demasiado mato.
Como disse nos poemas anteriores “Os cardos são nardos, na Primavera… Mas lá vem o Estio, lá vem o Verão…” E, de facto, o Alentejo perde algum do encanto exuberante que tem na “Estação das Flores”.
E caminhar com calor e no meio de terrenos cheios de mato é desaconselhável.
(P. S. – Para além do mais, nestes últimos dias têm ocorrido trovoadas.)
A 1ª foto é de uma giesta florida, em toda sua explosão de amarelo.
São arbustos autóctones, que proliferam naturalmente por estes campos. Face ao contexto ambiental têm a particularidade de serem apreciadíssimas pelo gado: lanígero - ovelhas, e caprino - cabras.
Mesmo no final do Verão, as sementes são um maná para este gado. Havendo estes animais nos terrenos, desbastam-nas e assim controlam a respetiva propagação. Lembre-se do terreno que mostrei no anterior postal. Aqui não há sinais de gado e é pena! Como se observa também na imagem seguinte.
As antenas, rodeadas do pinheiral, que abunda excessivamente em toda a encosta.
Foto do matagal, um sobreiro e vislumbrando ao fundo, novamente a Cidade!
Sobreiro descortiçado em 2018.
Já agora... Sabe quando será novamente descortiçado?
Uma exótica, à beira do caminho! Não são muitas nestas encostas, apesar de tudo. São mais os pinheiros.
A Natureza sempre a renovar-se: um pequeno carvalho negral, novíssimo.
O pinheiral excessivo. A pedir um desbaste radical.
E terminamos, já no vale do Boi D’Água, com a imagem de um fetal.
Também autóctones, estes fetos. Neste vale, corre um ribeiro atrevido, perto há uma cascatinha que o ajuda no caudal sempre murmuroso, entoam sinfonias os rouxinóis, coadjuvados por melros, outras passaradas que desconheço nomes... e insetos.
Ontem, ficámos a meio do passeio para o Cabeço do Mouro – “Cabeço das Antenas” e descida para o Boi d’Água! Na bela “Cidade de Régio”. Onde temos a possibilidade de, mal saímos da parte urbana, termos excelentes oportunidades de caminharmos pelos campos e por demais nas serras, que esta região é um Alentejo muito especial.
Prosseguimos nesse trajeto, agora na Estrada da Serra, na direção do Centro Vicentino, frente à Quinta da Saúde.
Antes de aí chegarmos, em toda essa zona há belíssimas quintas e a imagem seguinte é particularmente documental: Quinta do Belo Horizonte! Nem mais, nem por menos.
(Aqui, a propósito de “Belo Horizonte”, aproveitamos para nos dirigirmos aos nossos Leitores/as Brasileiros/as, que nos vão seguindo também. Também haverá por aí Poetas e Poetisas?! Também sócios da APP?!
E também a todos que nos seguem, também no Estrangeiro! E em Portugal!)
Na bifurcação da estrada, no Centro Vicentino da Serra, deixamos novamente o caminho assinalado, haveremos de o seguir um dia, e cortamos à esquerda na direção do Cabeço do Mouro.
Uma imagem de um lilás, quase rosa, florido!
Campos, já no Cabeço, que é uma região planáltica. Uma vinha antiga, algumas árvores frutíferas, cedros e, em baixo, a uma cota inferior de altitude, vislumbra-se a Cidade.
Uma imagem de uma construção antiga. A parede formada por pedras soltas, parecem-me de xisto, empilhadas quase sem argamassa. Técnicas centenárias!
Foto da entrada de uma quinta rústica. Repare no enlevo de plantas ladeando o caminho: alecrins, lilases, roseiras, lírios roxos… ao fundo, o arvoredo de fruto.
Finalmente o “Cabeço das Antenas” e o caminho de terra batida, saibro, de "cabras" e de BTTs, que iremos descer.
E não continuamos a caminhada?!
Não, hoje já não continuamos. Já temos muitas fotos no postal, é quase um album. Estamos cansados e é melhor fazermos o percurso por etapas. A seguir é só a descer e não podemos ganhar muita velocidade ou ainda tropeçamos.
Caro/a Leitor/a, nos aguarde até amanhã, se faz favor!
Obrigado por nos acompanhar neste percurso pedestre.