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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Plantas Silvestres: Por Caminhos de Aldeia.

Sabe que Planta(s) – (X)?!

 

Hoje, voltamos a percorrer Caminhos de Outrora. Aliás, de sempre. São caminhos que desbravamos com muita regularidade, “Percursos” não assinalados oficialmente, mas que mereciam sê-lo. Por “Fontes, Passadeiras e Pontes”!

 

Debruço-me sobre Plantas, que passam despercebidas à maioria de nós. Mas que desempenham o seu papel na Natureza, pese serem vistas como um estorvo. E, convenhamos, quando excessivas, tornar-se-ão.

Mas se até as Árvores são completamente ignoradas! A peculiar “Cegueira Botânica”!

 

Ora aí vamos nós.

Olhos de Mocho. Foto original. 2021.05.17.jpg

Olhos de Mocho: a flor que tutela o postal. Desde criança que assim vi nomear esta planta e respetiva flor.

Olho de Mocho. Foto original. 2021.05.17.jpg

Esta 2ª flor também já a vi designada, como "Olho de Mocho".

Borragem. Foto original. 2021.05.02.jpg

Borragem: planta muito melífera. As abelhas adoram!

Flor do Soajo. Foto Original. 2021.05.02.jpg

Flor do Soajo

Giesta florida. Foto Original. 2021.05.02.jpg

Uma variedade de Giesta?

(Esta planta não é muito exuberante, mas florida ganha outra dimensão. As giestas eram muito usadas, antigamente, para fazer vassouras. Antes de entrarmos nas eras dos plásticos e do consumismo. Digamos, anos sessenta / setenta.)

Papoilas. Foto Original. 2021.05.22.jpg

Papoilas, na berma da Azinhaga.

Foto Original. 2021.05.22.jpg 

Não sei o nome desta planta. Já o vi escrito, algures, mas não fixei, ou esqueci-me.

Altemira. Foto original. 2021.05.22.jpg

Altemira, no meio da Rua, mesmo ao pé de casa.

Corriola. Foto original. 2021.05.22.jpg

Corriola, também conhecida por Verdizela. (Este segundo nome vi no dicionário. Há uma povoação na Margem Sul, assim designada.) Esta planta, como muitas outras, tem a particularidade de, à medida que o sol se vai pondo, começar a fechar-se. Esta foto foi já tirada à tarde, por isso já está meio fechada, meio aberta.

Poejo. Foto original. 2021.05.22.jpg

Poejo

No meio da Rua / Travessa / Azinhaga. Este ano, um “poejal”!

Dente de Leão. Foto original. 2021.05.22.jpg

Dente de Leão.

Preparando-se para desempenhar o seu papel fundamental. “… Multiplicai-vos!”

 

Todas estas florações e fotos são de Maio. Saudades da Primavera! Apesar de, hoje, o dia estar muito fresco, pelo menos de manhã. Agradam-me especialmente estes dias assim, pelo menos as manhãs frescas. De tarde, ainda não sei bem, mas está mais quente. Por vezes: “de manhã neblina, de tarde, calor de rechina”.

(Já, ao por do sol, haveremos de ter calor, virtual. O jogo!)

Algumas destas plantas estavam na própria rua, na borda dos caminhos, a maioria. Crescem espontaneamente, que é esse o seu modo de ser.

(Azinhaga da Atafona, Azinhaga do Porcozunho, ou da Fonte das Pulhas, Azinhaga da Fonte do Salto: Locais de recolha das fotos. Em Maio, já escrevi. Primavera!

A propósito, sabe o que era uma atafona?!)

 

CAMINHADAS

 CAMINHADAS

 

Pouco a pouco, os Sonhos são quimeras

Arredados nos Caminhos percorridos em Outrora.

 

No tecido da urbe que habitamos

Os passos do presente registamos

Deixando sempre outros caminhos

Passos, ruas, por correr…

 

Entramos em casas, nunca em todas

Qu’impossível se torna estar em todas.

Saímos, fechando algumas portas

Que abertas, ficar deviam. Todas!

Mas nem sempre podem.

Vai havendo sempre novas portas

Para abrir.

Enquanto conseguimos.

E portas há que nunca abrimos

Fechadas “ab aeterno” pelos Deuses.

 

Mas cada vez mais quedados em nossas casas

Quando não no nosso quarto, já sem asas

Cada vez mais em si mesmo dados.

 

Por vezes nos achamos em becos sem saída

Ou em quartos sem janela

Nesta cidade cada vez menos construída

Para nós, Homens, vivermos nela.

 

Resta-nos rasgar paredes e, nelas

Inscrever o Sol, a Luz, o Mar de barcas – belas

O Tempo das calmarias sem procelas.

Sabendo que mais fácil é dizê-lo

Do que, todavia, será fazê-lo.

 

Marca-nos sempre ao Longe termos

O Campo Santo que a Natureza 

Povoou d’esguias árvores apontando

O Céu, o Astro, o Sol, a Vida!

 

E, enfim, os olhos descansaremos

Nessa imensidão Sem Fim, do Mundo!

 

 

Escrito em1986.

Publicado: Revista “Família Cristã”, rubrica “Lugar aos Novos”, Fev. 1987.

"A Nossa Antologia" - APP - XIII Vol. 2006 

 

Caminhadas. Foto de D.A.P.L. 2014

 

 

 

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