Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Nalguns casos é mesmo só para “arrenegar” o adversário!
Aproximam-se as legislativas antecipadas. Iniciou-se a pré-campanha eleitoral.
Considero estas eleições uma perfeita desnecessidade!Já o referi em postais anteriores, a um e a dez de Novembro de 2021.
Preocupassem-se os dirigentes partidários com os interesses do País e tinham-se esforçado por negociar, todos eles, sem exceção, a começar pelo defensor do orçamento, o partido no governo.
Abstinham-se os partidos não governantes, “deixando passar” o orçamento.
Que Sua Excelência o Senhor Presidente da República deveria ter tido outra atuação?! Sem dúvida. Ao começar a falar em dissolução do Parlamento, em eleições antecipadas, foi como se tivesse dado música aos partidos. Foi um cântico de sereia!
E a acontecer o que era previsível na Covid. Ontem quase chegou aos quarenta mil novos casos!
Mas como o que eu penso não conta nem desconta para o assunto…. Começou a pré-campanha eleitoral com os célebres debates televisivos.
Concordo com a realização de debates entre os vários candidatos a primeiro-ministro. Dois a dois, “como manda a lei”!
Se gosto de ver debates? Muito sinceramente, não tenho grande paciência. Mas já ouvi alguns excertos. E vou lendo as notícias…Dos que vi, nas questões “debatidas”, alguns candidatos focam-se em pormenores não muito relevantes. Andam ali à volta e as questões essenciais ficam por debater.
Seria fundamental que cada partido apresentasse as respetivas propostas fundamentais para o país em domínios essenciais das respetivas políticas que defendem. O que muitas vezes não acontece.
Alguns indivíduos vão para ali só mandar bitaites, para “arrenegar” o adversário, como dizíamos em crianças, uns para os outros. (É só para te arrenegar!) Há um tipo então que é especialista nisso. Adiante…
Quando nos pomos a olhar para estes políticos atuais, deste século XXI, até temos saudades dos políticos a seguir ao vinte e cinco de Abril de 74, que ajudaram a criar, a consolidar, a estruturar a Democracia.
Podendo ou não concordar com eles, revendo-nos nós ou não nas respetivas políticas e ideologias, mereciam-nos admiração, ademais, agora, à distância. Independentemente dos respetivos quadrantes político-ideológicos!
Poderia citar nomes, mas não o faço. O Caro/a Leitor/a conhecerá tão bem ou melhor do que eu!
O que posso acentuar, isso sim, é que os atuais políticos bem se podiam mirar neles.
Acho um exagero a utilização de cartazes em papel ou plástico e espalhá-los pelos mais diversos locais do País. Nos outdoors / “fora de portas”, nas paredes, nos placards, nas estruturas energéticas ou outras, ou em qualquer lado. É um desperdício!Por demais em campanhas eleitorais, em que deverá haver exemplo de civismo. E ainda mais numas eleições presidenciais.
Para além do gasto desnecessário em papéis, tintas, eu sei lá que mais, em plásticos… é depois o resultado que as fotos documentam.
Julgo que nenhum dos candidatos gostará de ver este esboroar contínuo da respetiva imagem, mas é no que isso resulta.
Mas então… Porque, após os atos eleitorais, não promovem a remoção dos respetivos cartazes e os deixam ir morrendo aos poucos e oferecendo uma imagem pouco digna para si mesmos e para os partidos que representam?!
Deixo este refletir à consideração, de quem de direito.
A última foto reporta-se não às eleições presidenciais deste ano, 2021, mas às penúltimas, as de 2016! O cartaz está no fim. O placard lá continua...
Um candidato peculiar de um partido ainda mais singular, o MRPP. Ainda se conseguem ver algumas letras “*eopoldo…”. Lembro-me perfeitamente do cartaz, afixado no respetivo placard, há mais de cinco anos! Do personagem político também, figura icónica do partido referido, nos idos de 75/77, no ISE – Instituto Superior de Economia – Lisboa!
Para futuros/as candidatos/as ou partidos:
Futuramente, deixem-se destes tipos de publicidade de campanha.
Agora e ainda… Removam toda a papelada, cartazes, placards, tarjetas, nos mais diversos locais, por esse País. Como forma pedagógica e elucidativa.
As imagens são destes candidatos, mas haverá de outros por aí. Estas recolhi-as numa simples volta de “passeio higiénico”. Numa Freguesia… Por aqui!
O Governo resolveu-se a aplicar medidas mais duras. Não sei se irão dar resultado. O que sei é que, de Domingo (10385) para Segunda (6702) o número de novos casos diminuiu. Consequência de, no domingo, ter havido menor circulação das pessoas?
De ontem, 2ª feira, para hoje, 3ª feira (10455), os novos casos voltaram a aumentar. O facto de ontem, dia de trabalho, de funcionamento das escolas, haver mais pessoas em circulação, terá originado o ressurgimento de maior número de pessoas infetadas?
Aguardemos o dia de amanhã e observemos os números.
Que as pessoas se deviam restringir às saídas imprescindíveis é atitude que defendo e comportamento que procuramos seguir. Basta-nos quem tem de trabalhar, em contexto de risco, em contacto com outras pessoas, no enquadramento de pacientes. Basta-nos! Quem pode resguardar-se, deve fazê-lo. Por si mesmo. Pelos seus próximos, familiares, vizinhos, amigos… Por todos. Deixemo-nos de egoísmos estúpidos.
Quando se iniciou esta coisa de Covid, em Março 2020 e começou o 1º confinamento, o pessoal foi muito mais ordeiro. Também mais altruísta. Solidário. Assertivo. Posteriormente começou tudo a andar ao molho… No final do ano, descarrilharam de vez. O Corona aproveitou. Cavalgou por tudo quanto é sítio.
Atualmente, atrevo-me a afirmar que certamente não haverá nenhum portuga que não conheça outro ou outros portugas que estão ou estiveram infetados. Familiares, amigos, vizinhos, conhecidos, mais perto ou mais longe, certamente todos conhecemos. Se observarmos os focos de que temos conhecimento, conseguimos aferir algumas constâncias na propagação. E, em muitas delas, quase todas, a interação familiar ou relacional e/ou funcional de proximidade, caso dos lares, foi determinante.
Faça esse exercício mental, SFF.E tire as suas próprias conclusões. (É claro que escrevo sobre o que conheço e não julgo que o que conheça seja paradigma global.)
No 1º confinamento, as pessoas, os cidadãos souberam ser gratos com quem para eles trabalha. Profissionais de Saúde. Trabalhadores que nos asseguram os bens e serviços que nos são indispensáveis no dia a dia.
E, agora, neste 2021 que se inicia e com muito mais perigo, muitos mais casos, não há lugar ao agradecimento e ao aplauso?! Bem sei que tudo isso foi fogo de artifício!
E os candidatos presidenciais vão continuar em campanha presencial, terra a terra, rua a rua, casa a casa, comício a comício, jantar a jantar?! …?!
Houvesse sensatez, que não se compra nem vende, todos eles, sem exceção, teriam terminado essas ações. Dão péssimo exemplo. Todos, todos os que andam nessa roda.
Ide antes bater palmas para quem trabalha em locais e contextos de perigo. Relevância para os Profissionais de Saúde!
E, as Escolas vão continuar a funcionar presencialmente?!
Deixo umas ligações sobre trabalhos poéticos ou outros sobre o Corona e Covid, eles próprios também refletindo a evolução das minhas perspetivas sobre o tema. Ultimamente pouco tenho produzido de artístico sobre o assunto. Talvez, também cansaço. O mesmo que se observa em muita, boa e santa gente, por aí.
Neste início de ano 2021, os números de novos casos de covid e de mortes associadas vêm atingindo números record.
Entrámos na 6ª feira, 15 de Janeiro, em novo confinamento.
Contrariamente ao anterior, este é bastante suave. Saindo à rua, de tarde, na Cidade de Régio, pouco se notou de diferente dos dias anteriores. Havia gente por todo o lado. Escolas abertas, não faltava rapaziada nos locais habituais. São mais as exceções que a regra de confinar. Talvez por isso tanta gente tenha andado à vontade.
No sábado não passeámos por aí. Apenas visitas à família. E ida ao quintal. Mas, nos noticiários da noite, relataram esse deambular das gentes por tudo quanto era sítio, se especialmente agradável para os “passeios higiénicos”.
Hoje, domingo, o confinamento notou-se bastante bem no tráfego automóvel. Muitíssimo menos trânsito. Muito menos! Tanto no IP2, quanto nas autoestradas!
Escolas abertas: Percebo que o ensino à distância não se compara com o presencial. Mas não serão as escolas fontes de contágio? E as condições em que se trabalha?
Campanha eleitoral: faz algum sentido?
Confina-se, mas no dia das eleições, 24 de Janeiro, pode andar tudo à vontade. E há candidatos que fazem campanha presencial, de rua em rua, de terra em terra.
Neste aspeto, o candidato Vitorino é o que apresenta mais Tino!
Seria necessário haver tantos candidatos? Percebo que vários funcionam como correias de transmissão dos respetivos partidos e são um meio de fazer publicidade e obtenção de financiamentos. Acaba por se desvirtuar o conceito de candidato a Presidente da República. A campanha também adquiriu o ar de atração de feira, pela mercê de um candidato que tudo tem feito para achincalhar. E os outros e outras têm-se deixado levar. Perdem todos. Perdemos nós também. Seria conveniente devolver dignidade a estas eleições, mas já a perderam em definitivo.
A atuação das nossas governanças na gestão da pandemia, a partir do fim do primeiro confinamento, deixou muito a desejar, é certo. Mas nós, cada um de nós tem de consciencializar que nos cabe um papel fundamental na contenção do vírus. Natal foi o que foi e Ano Novo não ficou atrás. Agora todos reclamam do descalabro.
Muito boa e santa gente, até com muita responsabilidade, antes do Natal, fartou-se de mandar vir porque o Governo queria impedir os santos convívios natalinos.
Agora, aproveitam para malhar, porque a pandemia parece descontrolar-se.
O Governo e o Presidente bem podem apelar ao civismo das pessoas, que quase ninguém faz caso. Então com a campanha eleitoral em que Professor Marcelo é simultaneamente “Presidente de todos os Portugueses” e candidato a futuro presidente e, neste papel, é saco de pancada de todos, bem pode invocar a respetiva condição de Supremo Magistrado da Nação, que o pessoal não liga.
Neste contexto, nem Governo nem Presidente se atrevem a impor medidas mais duras. E, assim, o confinamento nem é nem deixa de ser.
(É neste aspeto que entendo os monárquicos, o Rei não precisando de se sujeitar a plebiscitos. Se a realeza é bem aceite no país, mesmo sendo folclore demasiado caro.)
E as vacinas?! Vão começar com a segunda dose. É importante essa aplicação, mas não podem deixar de ter cuidado, mesmo vacinados.
Realizar-se-ão eleições para a escolha do futuro Presidente da República, no próximo dia 24 de Janeiro.
Os candidatos já andam todos numa efervescência de pré-campanha, que a campanha propriamente dita só se iniciará no dia 10 de Janeiro, e decorrerá até 22.
Ao todo são dez os candidatos! Para além dos que já ficaram pelo caminho…
Não será manifestamente um exagero haver logo 10 candidatos?!
Estão todos nesta campanha por direito próprio, sem dúvida, pois sendo cidadãos de pleno direito e no uso de todas as condições para tal fim, é um direito que assiste a qualquer cidadão candidatar-se a este cargo, desde que reúna também o número mínimo de assinaturas proponentes. E estando todos legalmente na "corrida para Belém” é sinal que todos conseguiram esse pré requisito. No mínimo, 7500 assinaturas.
Enquanto cidadãos todos podem concorrer, é certo. Mas será que todos devem?! Será que todos têm a noção do que andam para ali a fazer?
Também me surpreende que alguns candidatos tenham reunido os milhares de assinaturas necessárias. Certamente pessoas conscientes que, enquanto cidadãos, também têm esse direito, serem proponentes de uma candidatura. Mas ouso questionar: será que todos os que assinaram para certos candidatos o fizeram num sentido construtivo?! Ou plenamente conscientes da sua decisão?
Levanto outra questão: Será que todos os candidatos, que entraram nesta corrida, têm uma noção cabal das funções e das condições para o exercício de tal cargo? Será que acham que a sua candidatura engrandece e dignifica, de algum modo, esse cargo e função?! Ou pretendem simplesmente promover-se e engrandecer a sua própria vaidade pessoal?
(Que a Presidência da República corresponde ao mais alto Cargo do Estado, da Nação e do País!)
E tantos debates, com tantos candidatos! Suscita esclarecimento, ou provoca confusão?! Essa situação credibiliza ou debilita a Democracia?
Nesta campanha também há outro aspeto que quero destacar. O facto de duas Mulheres, com peso político significativo, serem candidatas ao cargo de Presidente. Algo que aconteceu parcas vezes, apesar de vivermos em Democracia. (Há trinta anos aconteceu a candidatura da saudosa Maria de Lurdes Pintassilgo!) Durante o designado Estado Novo não houve candidatas e na 1ª República também não. (É claro que tivemos duas Rainhas, Marias, a Primeira e a Segunda! Mas Monarquia não é o mesmo que República.) Este facto, quer queiramos ou não, é um sinal de mudança cultural, de mentalidades, neste País. (Como também, e paralelamente, a composição do atual Governo também apresenta sinais de mudança de mentalidades. Assim também promovam mudanças nas políticas…)
Friso que este artigo apenas pretende ser um mero artigo de opinião, de um cidadão exprimindo o que pensa sobre o assunto, sem qualquer pretensão de se sobrepor a quaisquer outras opiniões muito mais fundamentadas e avalizadas que a sua. É, reforço, uma simples opinião!
Dos dez candidatos, praticamente só tenho prestado um pouco mais de atenção a cinco: Edgar Silva, Marcelo Rebelo de Sousa, Maria de Belém, Marisa Matias e Sampaio da Nóvoa. Os cinco que acho poderão ter alguma influência, em termos dos hipotéticos votos, de que, eventualmente, poderão dispor. Mera suposição e simples opinião, como já referi.
Nesta análise, designo os candidatos apenas pelo nome, sem qualquer indicação académica e/ou funcional. Penso que é o mais adequado.
Edgar Silva e Marisa Matias provêm e afirmam-se de matriz partidária. Julgo que terão plena consciência desse facto, que, se por um lado é garantia de, pelo menos disporem de apoio do eleitorado que lhes é afeto, pelo menos em parte, também terão consciência que essa mesma situação os limitará. Dificilmente obterão apoio de outros campos eleitorais e mesmo do eleitorado que supostamente lhes seria afeto, não o terão na totalidade. Que este se dispersará por outros candidatos. Alguns até, para outros candidatos aparentemente improváveis.
Afirmam ir até ao final e sujeitarem-se à votação. Hipoteticamente para, numa hipotética 2ª volta, jogarem com os seus votos. Mas eu não tenho plena certeza disso. Até julgo que, se ponderarem muito bem, desistirão no final da campanha da 1ª volta, indicando um sentido de voto aos seus eleitores. Aliás, essa é a atitude que acho que os próprios e os partidos que os apoiam diretamente deverão fazer. Usarem a campanha para desempenharem o papel que realmente lhes cabe, mas irem preparando o eleitorado para uma eventual desistência tático-estratégica. Que não seria desistir. Seria agir estrategicamente. De outro modo, arriscam-se a uma dispersão de votos e não haver sequer 2ª volta. O ideal, será centralizar os votos num candidato de uma área afim!
Que não é, obviamente, Marcelo.
Marcelo Rebelo de Sousa, quer queira, quer não queira, é também de uma matriz partidária, ainda que, agora, para concorrer, se tenha desvinculado do partido a que pertence desde a respetiva fundação e, no qual, e pelo qual, desempenhou vários cargos. Ideologicamente também se enquadra numa área muito determinada e específica, aquela que nos “governou” nos últimos quatro anos. Se analisarmos no tempo, ainda mais remotamente, então ainda o vemos a beijar a mão ao padrinho! Desdiga-se ele ou não e pretenda afirmar-se como suprapartidário, como independente, como acima ou para além dos partidos, não é, nem está! E “pode alguém ser quem não é”?! Ufanamente, vangloria-se que vai ganhar, se não à primeira, logo à segunda. Qual jogador de poker, faz bluff. A comunicação social faz coro e continua a usar a informação, tanto na forma como no conteúdo e as sondagens, para manipular. E, no plano social e económico, a que tipo de Poderes tem ele estado sempre umbilicalmente ligado?!
Pois, eu acho que não vai ganhar! Assim os outros quatro candidatos que mencionei e os respetivos suportes políticos, partidários, ideológicos, saibam jogar tática e estrategicamente.
Maria de Belém, quer queira ou não, também está muito enquadrada numa estrutura partidária. E dela não se liberta. Também se desvinculou de militante para poder concorrer… Mas, seja qual for a sua vontade manifesta, não se desvincula, nem se liberta do aparelho partidário a que pertenceu e no qual desenvolveu a sua ação cívica. Ainda que não deixasse de ser interessante que uma Mulher desempenhasse a mais alta magistratura da Nação. Mas, neste caso, seria apenas interessante!
E será que não seria preferível termos um Presidente que estivesse realmente desvinculado dessa “canga” partidária?!
Alguém que nos representasse enquanto Cidadãos, todos os Cidadãos, sem preconceitos de posicionamentos políticos e ideológicos, independentemente de pertenças ou não a estruturas mais ou menos partidárias? E o que nos convinha mais, não seria termos um Presidente da República que realmente estivesse além dos partidos, ainda que equidistante deles, por não pertencer a nenhum? Nem ter estado vinculado a nenhum deles?
E quem é esse Candidato? Pois, na minha modesta e parcelar opinião, esse candidato é Sampaio da Nóvoa!
Assim os outros Candidatos, globalmente enquadráveis no espaço político e ideológico deste, inclusive os que não mencionei, percebam esse facto e saibam e consigam ceder estrategicamente!
Se ainda tiver paciência, pode ler estas estórias, SFF: