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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Passeata na Cidade de Régio Abril de 2024!

Um rebento tardio de Olaia, florido, na Avenida Pio XII, no espaço do Hospital:

20240412_183221.jpg

Estevinha branca florida, no Caminho do Boi D'Água de Baixo:

20240412_181849.jpg

Planta muito peculiar, que desconheço nomenclatura, também no Caminho referido:

20240412_181213.jpg

Já se sabe. Imagem icónica da Cidade!

20240412_181557.jpg

Imagem pouco canónica, relativamente a limpeza de ruas:

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Estes restos de frutos são de árvores que bordejam a Avenida, anteriormente referida, tal como as Olaias, no lado do Hospital. Globalmente, designam-se "Ácer".

Uma sugestão que formulo às Entidades Camarárias da Cidade.

Não plantem mais Plátanos, nem destes "Ácer". Nem Olaias! Os respetivos frutos e as folhas enxameiam as ruas e passeios e os pós tornam o ar pouco respirável.

Se querem plantas que deem frutos e de folha caduca, usem os Carvalhos Negrais. Sempre são autóctones e podem apanhar as bolotas e dar-lhes alguma utilidade! (Digo eu, que nada sei!)

Se querem plantas de poucos frutos usem Loureiros, Aloendros, eu sei lá...

Fica a recomendação. Haverá mais plantas, para além das que referi. Preferencialmente autóctones.

 

De um Poeta para Outro Poeta!

«PARTIU UM DE NÓS, EM SILÊNCIO

JOSÉ BRANQUINHO

UM POETA QUE DEIXA SAUDADES

Serra. Boninas e Pinheiro. Foto Original. 2021.05. jpg

Era um homem afável, acessível, com quem se simpatizava de imediato. A sua permanente boa disposição conquistava amizades e boa impressão onde quer que estivesse. A simplicidade e a humildade eram notórias e davam bem a ideia da pessoa. Eram o seu melhor e fiel cartão de visita.

José Garção Ribeiro Branquinho, nasceu em Monte Carvalho, freguesia de Ribeira de Nisa, Concelho e distrito de Portalegre, em 1931. Deixou-nos este ano, em Fevereiro de 2021.

O nosso poeta, era um ser humano iluminado que a si próprio classificava deste modo: «Sou poeta, sou cantor, adoro poder cantar, e canto por amor…» e logo a seguir, fosse qual fosse o local onde estivesse e fossem quais fossem as pessoas presentes nos brindava sem cerimónias com alguma canção, ora de Coimbra, do Alentejo ou quaisquer outras, sempre «à capela», numa voz afinada, clara e possante. Obviamente romântico, sonhador e humanista, este professor jubilado do Ensino Básico sempre elegeu a poesia, a música e o canto como interesses favoritos na vida, através dos quais expressava todas as mágoas, saudades e alegrias.

José Branquinho participou em dezenas de antologias de poesia e conto, entre as quais do Círculo Nacional  D´Arte e Poesia. Colaborou em inúmeros jornais e revistas, com destaque para o seu clube do coração, o Sporting, no Jornal do Sporting, onde foi um dos fundadores do grupo coral e pertenceu à direcção da Associação de Solidariedade Sportinguista.

Uma alma apaixonada que ia buscar inspiração no seio da mãe-natureza, na beleza dum recanto urbano ou muitas vezes no silêncio da noite. O que lhe interessava era descrever o sentir profundo da relação com as pessoas e a natureza, tal como conta no livro «Cantos do Meu Canto» : «Quero dizer-te, meu amor/ Com verdade de coração aberto/ Que continua a minha dor no meu deserto/Que continua este fervor por ti/ Sempre desperto.»

Cidade de Régio vista da Serra. Foto original. 2021.05.jpg

Ao longo da vida José Branquinho nunca esqueceu os lugares por onde passou como Évora, Coimbra e sobretudo Portalegre, que o inspirava sobremaneira nos versos. E muitos escreveu alusivos à sua terra. A grande admiração e ternura pela mulher em geral, com especial relevo e carinho para a querida e saudosa esposa. Como só a alma sensível de um poeta sabe sentir e expressar.

Como companhia literária o nosso membro tertuliano lia Camões, Fernando Pessoa, Bocage, Florbela Espanca, Eça de Queiroz e especialmente José Régio. Seus clássicos preferidos

Calou-se a voz de um amigo poeta e homem franco e bem disposto com a vida. Vai ser difícil continuar sem o ouvir cantar tão bem, sem a presença calorosa onde o seu sorriso se harmonizava com qualquer ambiente. José Branquinho, o ser humano que exaltava o sol, as flores as saudades e sobretudo o amor. Felizmente deixou-nos os versos, pedaços de alma, emoções e sentimentos à flor da pele.

Estaremos sempre contigo, José Branquinho.

«Até à Eternidade

ROLANDO AMADO RAIMUNDO» 2021

*******

Notas Finais:

OBRIGADO a Rolando, pela amabilidade em deixar-me reproduzir tão belo e sincero testemunho de Amizade Poética. Já agora, também clubística, porque Rolando também é do Sporting! (Os negritos são de minha lavra.)

Se não forem os Poetas a lembrarem-se dos Poetas, quem o fará?!

Lembre-se e preste atenção, Caro Leitor/a Leitora/a, Se Faz Favor!

Aproxima-se o “Dia de Camões” também celebrado como “Dia de Portugal”.

Nas “Cerimónias Oficiais”, consta o “Dizer Poesia” de Camões? Oxalá eu esteja completamente enganado!

Obviamente há Instituições particulares, modestas muitas delas, que farão essa homenagem. A APP – Associação Portuguesa de Poetas será uma delas. O CNAP também já o tem feito. Outras Instituições também.

Obrigado pela sua Leitura e votos de muita Saúde!

 

O Amarelo é ou não uma Cor bonita?!

Passeio ao “Cabeço das Antenas”: Imagens (III)

Giesta amarela florida. Foto original. 2021. 04. jpg

A 1ª foto é de uma giesta florida, em toda sua explosão de amarelo.

São arbustos autóctones, que proliferam naturalmente por estes campos. Face ao contexto ambiental têm a particularidade de serem apreciadíssimas pelo gado: lanígero - ovelhas, e caprino - cabras.

Mesmo no final do Verão, as sementes são um maná para este gado. Havendo estes animais nos terrenos, desbastam-nas e assim controlam a respetiva propagação. Lembre-se do terreno que mostrei no anterior postal. Aqui não há sinais de gado e é pena! Como se observa também na imagem seguinte.

Pinheiral no Cabeço Antenas. Foto original. 2021. 04. jpg

As antenas, rodeadas do pinheiral, que abunda excessivamente em toda a encosta.

Sobreiro no matagal. Foto original. 2021. 04. jpg

Foto do matagal, um sobreiro e vislumbrando ao fundo, novamente a Cidade!

Sobreiro descortiçado. Foto Original. 2021. 04. jpg

Sobreiro descortiçado em 2018.

Já agora... Sabe quando será novamente descortiçado?

Eucalipto. Foto original. 2021. 04. jpg

Uma exótica, à beira do caminho! Não são muitas nestas encostas, apesar de tudo. São mais os pinheiros.

Carvalhinho negral. Foto original. 2021. 04. jpg

A Natureza sempre a renovar-se: um pequeno carvalho negral, novíssimo.

Pinheiral. Foto original. 2021. 04. jpg

O pinheiral excessivo. A pedir um desbaste radical.

Fetal. Foto original. 2021. 04. jpg

E terminamos, já no vale do Boi D’Água, com a imagem de um fetal.

Também autóctones, estes fetos. Neste vale, corre um ribeiro atrevido, perto há uma cascatinha que o ajuda no caudal sempre murmuroso, entoam sinfonias os rouxinóis, coadjuvados por melros, outras passaradas que desconheço nomes... e insetos.

Um deleite para os ouvidos!

E o que espera para fazer caminhadas?!

Votos de muita Saúde. E linda Primavera. Aliás, floridíssima!

 

 

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