Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Liberdade! Liberdade de Expressão! Liberdade de Reunião!
Ultimamente, tenho escrito pouco e publicado ainda menos.
Outros projetos. Outras atividades…
No blogue, todavia, a Poesia tem estado bem presente. Neste ano de 2018, dos posts publicados, a maioria foram dedicados, direta ou indiretamente, a esta Arte.
Neste Dia tão especial, hoje - 25 de Abril, voltamos à Poesia.
Nesta data, que entre outros Valores, vincou o da Liberdade e, neste, frisou a Liberdade de Expressão, que maneira mais nobre de a evocar, senão através da Poesia?!
Não diretamente, mas através da divulgação de acontecimentos poéticos, dignificantes da Poesia, para este próximo fim-de-semana. (Outro valor associado a Abril – a Liberdade de Reunião!)
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Em Portalegre, Cidade… “Momentos de Poesia” continua a sua “Odisseia” na divulgação e promoção da Poesia! Desta vez, homenageando uma Poetisa: Maria José Miranda.
Uma maneira extraordinariamente relevante: lembrar outros Poetas, outras Poetisas. E esta tem sido uma das facetas mais meritórias de “Momentos…” Dar a conhecer a Poesia e os seus Autores!
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Também em Almada, na SCALA, igualmente sábado, 28, pelas 17 horas haverá uma sessão de “Poesia à Solta”, como é habitual no último sábado de cada mês.
Antecedida, às 16 horas, de inauguração de exposição de fotografia de Clara Mestre, também uma excelente Poetisa. E “Dizedora” de Poesia! E Cantora!
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E na CASA DA CERCA, também em Almada, e também a 28, pelas 15 horas, haverá visita guiada à exposição, da consagrada Poetisa Ana Haterly, “O Prodígio da Experiência”, orientada pelo Curador: Fernando Aguiar.
Ah! E no dia 29, 15 horas, domingo, na sua Sede, aos Olivais, Lisboa, a APP – Associação Portuguesa de Poetas, promove igualmente a sua habitual Tertúlia APP, de final do mês.
Será proferida uma pequena palestra por Mabel Cavalcanti, sobre o tema “Literatura de Cordel – uma viagem poética pela cultura popular do Brasil”. Acompanhamento ao violão, por Carminha Pontes.
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E veja, e reflita, e avalie, você, Caro/a Leitor/a, se a POESIA, permite ou não lembrar e comemorar esta Data, e se é ou não, de igual modo, beneficiária da Liberdade que a ocorrência desse Dia nos permitiu?!
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(Imagem cartaz: Organização de "Momentos de Poesia".
Fotografia "Casa da Cerca": Original DAPL - 2017.)
Uma visita em Dezembro, em Dia muito, muito especial!
Celebração Natalícia!
ALMADA é uma Cidade em que a ocorrência de eventos culturais, de diversificadas tipologias, é uma constante.
Por vezes, o difícil é escolher.
Agora, por ex., nestes meados de Dezembro, entre várias atividades possíveis, ocorrem o “Mercado de Natal Amigo da Terra” e o “Ciclo de Cinema Católico”! Ambos acontecendo bem no centro de Almada, na Praça São João Batista, com o Metro ali mesmo a jeito.
Mas não vos venho falar de nenhum destes acontecimentos, por agora…
Trago-vos a conhecimento, um espaço, para além de outros, em que regularmente acontecem atos culturais variados, ligados às Artes.
Para além desses eventos, acontecimentos, ocorrências, atividades, “happenings”, … o próprio espaço, o espaço envolvente, e o espaço disponível como visionamento… são uma montra artística permanente. Merecem uma visita, uma não, várias e periódicas visitas.
Já aí fiz voluntariado! Que é uma das atividades regulares que aí são promovidas.
Falo-vos da CASA da CERCA.
Que visitámos recentemente, neste final de Outono, quase Inverno, num início de Dezembro, em dia celebrativo e que fica de recordação.
Apresentamos, caso não conheçam, alguns espaços mais emblemáticos da “Casa”, pretendemos sugestionar-vos uma possível visita, caso não tenhais feito, deixamos algumas fotos, como quase sempre, originais de D.A.P.L. (De telemóvel, registe-se!)
Este post, como muitíssimos outros, resulta de um Trabalho de Equipa. Daí o plural...
(Caso não possais fazer de outro modo, que, ao menos, fique uma breve visita virtual. Conto ainda voltar a este tema!)
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Átrio Principal, visto do lado norte, mostrando a entrada na Casa propriamente dita. (Duas esculturas, integrantes de uma Exposição em curso.)
Entrada para o “Jardim dos Pintores”
Neste ano de 2017, neste Jardim enquadra-se um espaço especialíssimo intitulado “Jardim Sensorial”.
Nele, vários subespaços enquadram plantas, seus derivados, estruturas, elementos arquitetónicos, sugestionando-nos os cinco sentidos, no sentido de vivenciarmos a realidade subjacente, mais especificamente direcionada para: Visão, Olfato, Sabor, Audição e Tato. Com sugestivas etiquetas…
Contemple, não esquecendo que uma visita presencial torna a perceção muito mais apelativa.
(Sim! Nesta imagem há apenas a perceção de quatro sentidos. O quinto, que falta na imagem, ouve-se, escuta-se, no contexto real!)
Eis cada um dos cinco sentidos!
Visão / Olhar: “Olhe para mim! Look at me!”
Olfato / Cheiro: “Cheire-me! Smell me!”
(É neste conjunto que consigo identificar a maioria das plantas: alfazema, alecrim, erva-princípe, tomilho...)
Gosto / Sabor: “Prove-me! Taste me!”
(Neste caso, não abuse das malaguetas!)
Audição / Ouvido: “Escute-me! Listen to me!”
(Este é o tal quinto sentido que falta na imagem inicial e também a muito boa gente!)
Tato: “Toque-me! Touch me!”
(Que impressão me faz ao tacto, melhor, aos cinco sentidos, escrever tato! E os pontos de exclamação (!) são meus.)
Ainda haveremos de voltar para observarmos melhor e elaborar novo post.
E ainda ficam as vistas gerais.
Da Cidade de Almada antiga.
Do Rio Tejo e de Lisboa.
(Bem sossegado o Rio! Só um barquinho...)
Da Ponte sobre o Tejo - “Vinte e Cinco de Abril” e do Cristo Rei e do pôr-do-sol!
E ainda fica muito por contar…
E lembrar que no início do Verão, altura do solstício, aí promovem habitualmente uma Festa Final…
E, ao longo do ano, há múltiplos e variados eventos, em que já tenho participado, nomeadamente em colóquios.
E, no final desta parcelar, mas muito enternecedora visita, ainda pode tomar um chá especial - uma infusão de ervas aromáticas, bebido em especiais canecas, marca da Casa.
Mas não esqueça!
Bebe o chá, mas não leva as canecas!
(E a propósito de canecas. Quem não leva o caneco da Taça, este ano, é o Benfica!)
Não, não vou falar sobre a célebre canção de Elis e Tom Jobim, não.
Também não vou comentar sobre tanta coisa importante ou nem por isso, que por aí pulula nos media. Muitos assuntos, até preocupantes, que nos surpreendem ou talvez não, como foi possível chegar-se a tal. Não estou virado para as “políticas e politiquices”, apesar de haver assuntos que mereceriam alguns comentários.
Nem também sobre o Portugal – Hungria irei perorar. Por enquanto, o futebol não me merece destaque. Acompanhemos o campeonato e aguardemos o próximo sábado.
Falo-vos, e para começar, precisamente de águas… de chuva.
Que finalmente resolveu brindar-nos, já na Primavera, quando se esquecera de nós, todo o Outono e Inverno. Mas, mais vale tarde… Que, “Março, marçagão…”
E, com ela, o frio. Não sei como serão as águas de Março, lá para o Rio, que anunciam o final do Verão. Aqui, “deveriam” (?) vir no Inverno e/ou no Outono, mas só agora chegaram. Precisamente com a Primavera! Que supostamente se deveria anunciar radiosa, alegre, iluminada. Mas não! Chuva e frio!
Ainda bem que nós não mandamos nisso, diz o povo!
E é precisamente e também da Primavera e das ocorrências humanas a ela associadas, que vos quero falar.
Ainda no dia 20, pela tarde, quando o sol, no seu movimento aparente, atingiu a posição de equinócio, passando a linha do equador, para o hemisfério Norte, oficialmente, iniciou-se a dita Primavera!
Habitualmente, essa ocorrência situa-se no dia 21 e é nesse dia que se celebram duas datas festivas importantes: “Dia da Árvore” e “Dia da Poesia”!
Em Almada, associada às boas-vindas à Primavera, organizam-se os “Dias da Floresta”.
Nessas atividades, entre outras igualmente interessantes, promovem a distribuição de árvores, plantas, arbustos, ervas aromáticas, a troco de lixo para reciclagem, conforme pode verificar na ligação anteriormente assinalada.
Já, por diversas vezes, temos participado nessa ação, neste ano novamente.
Cada pessoa tem direito a duas plantas, em função dos respetivos objetos levados para serem incorporados nos bidons específicos de reciclagem.
Cinco árvores: um pinheiro manso, dois carvalhos, uma alfarrobeira, uma azinheira e uma planta aromática, cujo nome não fixei, mas que, supostamente, é dissuasora dos mosquitos, quando colocada à janela! Haverei de saber-lhe o nome.
Ainda no âmbito das atividades integradas nos “Dias da Floresta”, ocorreram no dia 23, 5ª feira, as ações “Vamos Plantar!” e “Observação de Aves”.
Já tenho participado nesta última ação noutras ocasiões. Desta vez, envolvi-me mais na primeira: “Vamos Plantar”!
E plantei?!
Plantar, plantar mesmo, como já fiz imensas, tantas vezes, no Alentejo; em Almada e no Parque da Paz, não.
Apenas ajudei a plantar. De pá, com enxada, apenas atirei a terra para as covas onde os técnicos da Câmara haviam depositado uns choupos de folha branca e uns carvalhos portugueses. Que as covas estavam feitas, as árvores já colocadas.
Nesta ação, dei a minha ajuda e colaborei com as crianças da Escola “Primária” do Pragal, que aí estavam, entusiasmadíssimas, num trabalho prático, que lhes perdurará, certamente, nas suas vidas futuras, essa lembrança.
“- Sabes?! Recordas-te?!, quando viemos plantar estas árvores, aqui, quando andávamos na Escola?!” Dirão elas, daqui a alguns anos, quando, já crescidas, vierem correr ou passear para o Parque.
Também havia alguns adultos, mas poucos, que eu contasse, apenas quatro e um, o que pretendia era o kit das ervas aromáticas, que supostamente deveriam dar-lhe, em troca da participação. Ironicamente, não haviam sido levados os kits para o evento, com medo da chuva!
E voltando à plantação. Após pedir a pá a uma criança, questiona-me esta, numa voz cheia de alegria, contentamento e admiração.
“ – Você é Alentejano?!”
Dada a resposta, após saber o como e o porquê de tal pergunta, trivialíssima; chegou a minha vez de saber também a localidade de origem da menina. Que ela era daqui, de Almada, só que os familiares são da Esperança, já se viu nome mais bonito para uma aldeia?! Esperança: concelho de Arronches, duas localidades tão bonitas!
E voltando ou continuando na Poesia!
No dia 21, também o C. N.A.P. – Círculo Nacional D’Arte e Poesia promoveu uma bonita sessão dedicada a esta Arte Poética, no Centro de Dia de São Sebastião da Pedreira.
Disseram-se poemas, poesias, recitaram-se, leram-se, declamaram-se versos e rimas ou não, sobre temas poéticos; pelos presentes, que rimaram o ambiente do Centro. Parabéns a todos.
Também circularam boas amêndoas da Cidade de Régio.
E, nessa bela Cidade, e à mesma hora, a Poesia saiu à rua, homenageando os seus Poetas e suas Poetisas, em “Momentos de Poesia”!
E também e ainda em Março, se comemora o “Dia do Pai”. Que todos os dias são dias de pai. E que Saudades e que falta me fazes, PAI!
E, igualmente em Março, e como de costume, o Grupo Coral Etnográfico Amigos do Alentejo do Feijó, comemorou o seu trigésimo primeiro aniversário, no Clube Recreativo do Feijó. Aniversário a vinte e um, festejado ontem, sábado, vinte e cinco.
E que belos momentos se vivenciaram, através daquelas vozes telúricas, que em coro, no ponto ou no alto, nos evocam o nosso querido Alentejo, no âmago mais profundo do seu Ser!
E esta “crónica salteada” ainda tem mais condimentos?
Ontem, também planeara ir à sede da SCALA, aonde haveria também uma Sessão de Poesia.
Julgava que funcionava na Incrível. Também aportei à Academia. Aí indicaram-me a localização, no esquema: “direita, esquerda, frente…” e é facto assente, não dei com o local. Acabei por desembocar, voluntariamente, na Casa da Cerca. Local lindíssimo da Cidade de Almada, que é imprescindível visitar-se.
De volta, acabei por saber, no Centro de Interpretação de Almada Velha, que a sede da SCALA é na antiga Delegação Escolar, junto à antiga Escola Conde Ferreira.
Já sei, in loco, onde fica. Futuramente já não me irei “perder”!
E, nestas deambulações, antes passara pela Oficina da Cultura e pela Biblioteca, constatei o óbvio, em Almada: Cidade e Concelho.
Há sempre imensas atividades culturais, dos mais diversos tipos e âmbitos e pelos mais variados locais públicos e em espaços relativamente perto uns dos outros.
Por vezes, o difícil é escolher. Dada a simultaneidade dos eventos!
E, por aqui me fico, nesta crónica salteada, de eventos e “condimentos”, por locais e acontecimentos!
Realizou-se este evento cultural, subordinado à temática referida, na pretérita quarta-feira. Como designá-lo? Palestra? Debate? Colóquio? Conferência? Bate papo?! Troca de impressões e ideias?...
Penso que foi um pouco de tudo, um encontro de ideias versando esta singular Árvore, sobre que já aqui apresentei dois posts, documentados com originais fotografias de D.A.P.L., 2015.
Havia simultaneamente dois acontecimentos culturais que me interessavam, como é comum em Almada. Além do já referido, também um colóquio sobre um Escritor Almadense, esse na Sala Pablo Neruda, no Fórum Romeu Correia.
As palestrantes abordaram a origem da árvore, enquanto espécie cultivada, remontando a 3000 anos A.C., coincidindo com o início da agricultura. Silvestre, existiria desde 8000 anos A.C.
Foram encontradas amêndoas no túmulo de Tutankhamon, 1325 anos A.C. Egípcios, gregos e romanos cultivaram-na.
Foi introduzida em Portugal pelos Árabes, quando invadiram a Península, 700 D.C.
E, aqui, não podia faltar a célebre “Lenda das Amendoeiras Floridas” e da princesa Gilda. Uma promessa de florir, de renascer, “Epifania da Primavera”, que a amendoeira é a primeira árvore a florescer! E, deste modo, anuncia um novo ciclo de Vida! E produz um fruto que pode ser guardado e comido ao longo de todo o ano.
Também houve um reportar para a simbologia da planta, “Promessa de Beleza, Símbolo da Ressurreição!” “Símbolo da Virgem Maria” e “modelo da Menorah!”. Citações de versículos bíblicos, “Êxodo: 25: 33 – 34; 37: 19 – 20; Números: 17: 1 – 8; Génesis: 43:11”.
Documentaram a apresentação com imagens e fotografias, algumas de desenhos que fazem parte do acervo da “Casa da Cerca”.
Reportaram para a utilização tradicional em pintura, de que se produziam cores, tintas, a partir das raízes, das folhas, das cascas e de como a resina pode ser usada na estruturação dos pigmentos, em substituição da goma-arábica.
A polinização é cruzada, realizada predominantemente por insetos.
E, para mim, uma grande novidade, há uma correlação direta entre a cor da flor e o tipo de amêndoas. As amendoeiras de flores brancas produzem amêndoas doces, as de flores rosa presenteiam-nos com amêndoas amargas.
As amargas têm na sua composição cianeto de hidrogénio. E comidas numa certa quantidade podem ser fatais. Só que elas são amargas precisamente por isso, para afastarem qualquer comilão desprevenido.
Mas são usadas em culinária!... Porque, combinados com os açucares, os elementos nocivos perdem a sua toxicidade. Que até Rasputine, não resistindo a doces de amêndoa, conseguiu resistir aos efeitos do veneno!
Esta componente tóxica também existe nas sementes das ameixas, pêssegos, cerejas, damascos, maçãs...
(O amargor será aviso sobre essa toxicidade?, questiono eu, agora.)
E foi assim...Também um reportar para a Literatura policial, Agatha Christie e “Sperkling Cyanide”; para a mitologia grega, a lenda de Demofonte e Phyllis; para a Pintura, as estampas japonesas. (“Na pintura japonesa não há efeito de sombra, porque a pintura é uma evocação da memória, e na memória não há sombras.”)
E também Van Gogh...
E, para terminar, uma outra forma de Arte: a Culinária, e a imagem de uma tarte de amêndoa. Pena não ter sido experienciada!
Ao longo do ano de 2016 haverá outros colóquios.
Preste atenção à “AGENDA ALMADA”!
E documento o post com fotografias originais de D.A.P.L., de uma célebre Amendoeira, que até tem a sua história contada neste blogue!
Este post é também uma forma de voltar a expor as fotos da Amendoeira, agora numa “dimensão média”, contrariamente ao que fazia há um ano atrás. Que foi algo que aprendi, do que estou sempre a aprender, desde que opero neste “Mundo dos Blogues”.