CAVALO de FERRO!
CAVALO de FERRO
Eh! Cavalo de ferro
Que malhas no ferro
Repisando no erro!
A campainha, já avisada
Anuncia a tua alvorada.
Trriim, Trriim, Trriim, Trriim,
Trriim, Trriim, Trriim…
Debita milhões de decibéis.
(Ralos, não vos raleis.
Vosso ralar já não rala.
Que outra Natureza nos fala!)
Ainda ao longe, relinchas.
Estremecem os teus compinchas
Lembrando a tua chegada.
ppppiiiiiiiiiIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
E galopas sobre as travessas
Maradas das tuas pressas.
catrapum, catraPUM, CATRAPUM
CATRAPUM, CATRApum, catrapum…
Te perdes no horizonte
Mal ultrapassas a ponte.
Não sendo mais que um ponto
Não se ouve já teu grito.
Tendes para infinito.
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Escrito em 1982.
Publicado em:
- Revista Família Cristã”, rubrica “Lugar aos Novos” – Nov. 1985.
- III Antologia de Poesia Contemporânea - 1986, Organizada por Luís Filipe Soares