Tomada de Posse de Sua Excelência, o Senhor Presidente da República Portuguesa!
Duas Questões Pertinentes.
Questão I – “Os Não – Aplausos”
No post em que abordo o Discurso de Posse do novo Presidente da República, refiro a questão dos “não – aplausos”. Mas não desenvolvi o assunto, nem fiz quaisquer comentários.
Entretanto, num outro blogue, comentei que: “Todos os Deputados deveriam ter aplaudido. Pelo menos por uma questão de Educação e Cidadania! Que o discurso até é muito consensual e está muito para além da matriz identitária do seu Autor!”
Pois são estes aspetos que quero acentuar. Deveriam ter aplaudido. E deveriam ter-se levantado. Naquele contexto e naquele enquadramento. Naquele Tempo e naquele Lugar. Pelas Pessoas que são e pelo que representam!
Por uma questão de Educação. De Cidadania. E acrescento, de Civismo.
Essas Atitudes e Comportamentos não os condicionavam em nada, em termos de futuro!
Pelo Ato em si: Investidura do Presidente da República. Pela Figura de Estado, que quer gostemos ou não, quer tenhamos ou não preferido a pessoa em causa, enquanto candidato, a partir do momento em que, tendo sido eleito e investido nas Funções de Presidente da República é a 1ª Figura do Estado, da Nação, do País. É o Presidente de Todos, ele próprio o frisou, logo no discurso de vitória.
Também pelo Local em que estão. Pelo que Significam e Representam. Por Eles Próprios.
Quem não respeita os Outros acaba por também desmerecer o Respeito que se lhe deve e dá mau Exemplo, neste caso, para todo o País.
E o Discurso, dir-me-ão que são apenas palavras, mas é um Discurso muito consensual, sem lançar farpas de modo a provocar, desde logo, atritos desnecessários.
E não podemos esquecer que se vive um momento especial em Portugal, de um Governo assente em Acordos e Consensos, nos quais estão envolvidos precisamente esses Partidos dos que não aplaudiram nem se levantaram. (Apetecia-me usar outras palavras!)
Mas cada um é livre de fazer o que quer e pode, mas tem que perceber, “Quem é”, “O que Representa”.
E as Atitudes e Comportamentos dos Senhores Deputados, naquele contexto e enquadramento espacial e temporal, são significativas e significantes para milhões de Portugueses que assistem às cerimónias!
Penso que esta atitude, infelizmente, volta-se contra os próprios, como outras igualmente infelizes que por aí ocorreram.
Questão II – Confissões Religiosas presentes no “Encontro Ecuménico”
No post em que abordei o evento considerado como “Encontro Ecuménico”, referi que:
“Desconheço a totalidade e especificidade de todas as Igrejas representadas, mas, por acaso, tenho curiosidade em saber.”
Entretanto, ontem, 5ª feira, dia 10, consultei o DN, edição papel, e, na pag. 10, sob o título “Só o Dalai Lama juntou tantas religiões na mesquita”, se explicita: «Encontro – Marcelo apelou que o “espírito ecuménico” manifestado pelos religiosos se estenda a toda a sociedade, até à política.»
E, no corpo de texto da notícia, se mencionam as confissões representadas, a saber:
«... Vale a pena elencar as confissões presentes: ‘Evangélica, Anglicana, Católica, Judaica, Ortodoxa Grega, Budista, Baha’i, Indu, Islâmica, Muçulmana Shia Ismaili, Xiita, Sikh, Adventista, Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Vetero Católica, Templo de Shiva e o Conselho Português das Igrejas Cristãs.’ »
(Nota: Coloquei a designação das igrejas todas em Maiúsculas.)
A Cerimónia, segundo li, também foi muito simbólica.
E também termino, formulando votos que esse Espírito Ecuménico, de Diálogo, de Tolerância, de Estabelecimento de Acordos e Consensos, de Compreensão e Aceitação do Outro, nas suas especificidades e particularidades, se estenda a Portugal, ao Mundo e que comece, desde logo, e como exemplo nacional, na Assembleia da República Portuguesa!